Estrelas e Mapas



Capítulo sete

ESTRELAS E MAPAS

Andi achou que já tinha tomado sol suficiente e decidiu que ficaria dentro do castelo pelo resto da tarde. Mas o que ela faria lá?

Uma leve batida soou detrás da porta do seu quarto antes de um elfo-doméstico entrar.

- Eu sou Lollie, sua Elfa-Doméstica, senhora – ela disse humildemente. – Eu trouxe as roupas de ontem da Srta. Carver.

Ela caminhou até a cama e, equilibrando-se na ponta dos pés para alcançar o topo da cama, depositou ali o vestido de algodão branco e a tanga de Andi, junto com o vestido prateado que ela vestira na noite anterior.

- Ob-Obrigada, Lollie – Andi disse, perguntando-se se algum dia acostumar-se-ia a ver tais seres?

A pequena elfa pegou o vestido de seda e carregou-o para o guarda-roupa, tendo que o escalar para poder pendurar o vestido no cabide. Voltou à cama e repetiu o gesto com o vestido branco de Andi.

Quando voltou pela terceira vez, ela pegou a tanga e começou a caminhar para o guarda-roupa, quando então parou e voltou-se para Andi.

- Por favor, senhora, Lollie é tão atrevida… Lollie nunca viu tal roupa antes – ela mostrou a tanga – e se pergunta o que pode ser?

Andi não evitou o sorriso.

- Isso é um fio-dental... Uma tanga. – Então, vendo o olhar confuso no rosto da pequena elfa – É... uma calcinha. – Ela indicou em seu corpo para ilustrar.

Lollie estendeu a peça de roupa e olhou-a demoradamente, seus olhos estreitando-se.

- As senhoritas trouxas talvez sejam diferentes das senhoritas bruxas? – ela disse.

Andi riu.

- Isso não me surpreenderia – disse

Lollie deixou o quarto; Ainda sorrindo, Andi sentou-se em sua cama, até de repente um nítido horror percorreu por toda sua espinha e suas veias.

Suando frio, ela correu até o guarda-roupa e o escancarou.

Ali, perfeitamente dobrada, estava a sua tanga. As três pequenas estrelas de strass brilhavam para ela. Andi colocou as mãos acima dos quadris onde o golfinho estava tatuado em sua pele.

... Eu adoro peixe... como você adivinhou?”

Eu vi em seus astros, Srta. Carver...”

O H! M E U D E U S!

Quanto ele vira no dia anterior, enquanto ela estava deitada inconsciente na grama? Obviamente, se ele chegara a ver as estrelas e o golfinho, não havia muito mais coisas a serem vistas…

Ah, aquilo não era bom!

Cancele o jantar! Cancele qualquer oportunidade de ficar cara-a-cara com ele!

Para sempre!

Com o rosto completamente corado pelo constrangimento, Andi se sentou na beirada da sua cama e, com a cabeça entre as mãos, balançou-se para frente e para trás.

Merda!

Merda!

Merda!

Ela foi ao banheiro e jogou água fria em seu rosto. Olhou no espelho o seu rosto chocado. Gemeu. E jogou água de novo.

Ela tinha que sair dali e tentar escapar daquele terrível embaraço; mas para onde ir?

Saindo do banheiro, enxugando-se com uma toalha e considerando usá-la para cobrir o seu rosto para sempre, ela pegou o pedaço de papel que Dumbledore lhe havia entregado no dia anterior. Ele ainda estava dobrado em sua mesinha de cabeceira.

Abriu-o. Lá havia um lindo mapa desenhado à mão, com escrita ornamentada e belos desenhos. Ele começava nas masmorras (seu quarto), e acabava no primeiro andar (porta verde – maçaneta de prata – vire-a no sentido anti-horário).

Concentrar-se em seguir o mapa deveria tirar a sua mente do... Por Deus, ela não queria pensar naquilo!

Caminhou pelo corredor, arrepiando-se ao passar pela porta de Snape e apressando-se para a escadaria. No salão de entrada (muitos ladrilhos preto e brancos e plantas) ela achou a escadaria facilmente (um tatu em cada lado do corrimão, minha querida) e subiu. Virando à direita (duas urnas de Ali-baba – não remova as tampas sob nenhuma circunstância), caminhando pelo corredor e virou à esquerda (estátua de Horácio, o Gordo). Ela caminhou, procurando pelo retrato de Lady Evelyn McGraff.

- Precisa de ajuda, senhora?

Andi virou-se à procura da dona daquela voz, mas não achou ninguém.

- Quem… quem está ai?

- Sou eu, Jane, a vendedora de leite… Na parede…

Andi olhou para o retrato de uma jovem bonita que equilibrava em seus ombros um balde de leite.

- Precisa de ajuda?

- AH! – Pasma, Andi gritou. – Esse lugar fica mais estranho a cada minuto! – Olhou-a de novo. – Você está falando!

- Isso.

Bem, Andi supôs, aquilo provavelmente não era muito diferente de uma televisão.

- Isso... Quer dizer, sim. Eu estou procurando pelo retrato de Lady Evelyn.

- Milady Evelyn fica bem ali, há quatro quadros.

- Obr-Obrigada.

A vendedora de leite fez uma reverência.

Quatro quadros depois, havia um retrato de uma bela jovem que trajava um vestido esvoaçante branco e uma tiara em seus belos cabelos presos num coque. Abaixo do retrato estava a legenda “Lady Evelyn McGraff”.

A moça espiou Andi por detrás de um leque e cumprimentou-a com a cabeça. Andi obrigou-se a acenar de volta – mesmo que se sentisse bem idiota ao fazê-lo.

Em frente ao retrato estava uma porta verde, como prometido. Andi segurou a maçaneta de prata, virou-a no sentido anti-horário, e a porta se abriu…

XxXxXxX

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Bjus para a Lara e pra td mundo que revisou!

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