Capítulo Cinco



Capítulo Cinco

À tarde de domingo nunca pareceu tão agradável para Harry. Era bom relembrar velhos momentos. Sua juventude em Manchester, seu desespero para passar no vestibular, seu amor secreto por Hermione não revelado na conversa, desviar o assunto quando Hermione insinuava que Harry deveria procurar um médico para examinar aquela amnésia.

- Eu já disse, Mione. Se não melhorar, eu procuro um médico. - a moça estranhou a falta de interesse de Harry se curar, mas resolveu deixar pra lá. Se algo acontecesse, ela interveria com ou sem a permissão de Harry. Só queria o bem do amigo.

A segunda chegou e Harry tinha que encarar mais um dia como chefe. Prometera a si mesmo que seria um bom chefe tanto quanto Eric e que faria a Archtect crescer muito. Teria que contar com ajuda de seus empregados e de Ashley, sua fiel escudeira no trabalho.

- Ash, quero que marque a reunião com os árabes. Diga que o projeto está pronto e quero encontrá-los o mais breve possível para fecharmos o acordo.

- Sim, senhor.

O dia estava bem ocorrido. Harry supervisionou projetos de aprendizes de arquitetos. Relembrou que era ele que estava do outro lado da mesa há... um ano e que ajudaria esses trabalhadores a alçarem o sucesso.

Harry estava ansioso em mostrar a maquete para a cooperativa árabe e ver a reação. Pensou que seria boa. Afinal, todos os seus trabalhos foram aprovados e graças a um em especial lhe deu o cargo. Harry nunca imaginara que Eric lhe desse esse tal reconhecimento, lhe fornecendo a presidência do grupo Archtect and Cia. Ficaria agradecido durante muito tempo.

Ginny acordou com uma fome de leão naquele dia. Lily parecia ter adivinhado os pensamentos da ruiva e preparou um café-da-manhã bem reforçado, com tudo que uma mulher grávida tinha direito. Ginny alegou que não conseguira comer porque teve que acompanhar uma jovem durante uma quimioterapia que duraram horas.

- Ela é muito nova? - Lily estava fazendo uma torta de coco para a sobremesa naquele dia.

- Vinte anos. Leucemia. Ainda estão tentando achar um doador compatível. - Ginny não sabia se falava ou se devorava a comida deliciosa de Lily Potter.

Lily ficou sem silêncio por alguns minutos até resolver quebrá-lo.

- Eu falei com Harry ontem, sobre essa amnésia dele. - agora ela tinha total atenção da ruiva.

- E o que ele falou? Que não se lembra de mim e...

-... que está apaixonado pela Mione. É, foi exatamente isso que ele falou. - Ginny ficou quieta por alguns instantes. Remover aquela história a incomodava.

- E ele perguntou como eu apareci na vida dele? Eu já contei uma parte: que eu tratei ele durante sua recuperação...

- Ele queria saber como se apaixonou por você. Talvez não tivesse coragem de perguntar a você.

- Queria que ele se lembrasse sozinho... - Ginny sentiu um certo abalo no estômago. - A senhora contou pra ele... tudo?

- Contei. Não sei por que, mas senti que tinha que contar. É como se... - suspirou - é como se eu nunca tivesse visto aquele Harry antes. Como se fosse um estranho, sabe... - levantou-se da mesa. - O que estou dizendo? Eu sou a mãe dele!

- Ele está meio abalado com essa história da amnésia. - Ginny tentou acalmar Lily. - Ele vai se lembrar de tudo. E nós vamos ajudar.

- Tomara, minha querida, tomara. - Lily falou, sem saber por que, sem muita convicção.


O trabalho estava tão corrido que Harry teve que pedir comida para entregar à empresa. Ele concluiu que não fora uma boa idéia, porque a empresa parecia mais um restaurante mundial quando a comida chegou. Tinha comida japonesa, chinesa, McDonalds, McBob’s e quentinhas de todos os tipos. Embora a confusão, a comida deixou todo mundo disposto para o trabalho após o horário do almoço.

Ashley marcara a reunião para segunda que vem, já que o sheik estava numa viagem de negócios no Iêmen e voltaria naquele final de semana. Harry achou aconselhável verificar a maquete e não mexer mais nela, pois estava bastante organizada e qualquer modificação poderia estragar tudo.

Ashley avisa que um amigo está para vê-lo. Harry fica feliz ao saber quem é manda entrar. A porta se abre e uma figura alta e morena entra na imponente sala.

- Saudações, majestade. – brincou ele ao que Harry sorriu.

- Neville, que saudades! – Harry abraçou o amigo como se não o visse há tempo.

- Saudade mesmo. Você não aparece mais no meu consultório. – Harry franziu o cenho. – Precisa fazer um check-up. Há cinco meses você não me aparece lá.

Foi ai que Harry percebeu como Neville estava vestindo: todo de branco. Calça e camisa totalmente impecáveis. Neville tinha se tornado um renomado dentista.

- Neville, eu... – Harry parou por um momento e pensou que não seria justo mentir para o amigo, dizendo “Estava trabalhando muito. Me desculpe”. – Aconteceram tantas coisas.

- Tirando o fato de engravidar a Ginny, o que mais aconteceu? – Harry sorriu fraco. – Fiquei feliz com a notícia. Aliás, há quanto tempo vocês estão tentando? – Neville fez um gesto pensativo. – Há quase um ano. – Harry ficou vermelho. Então, ele e Ginny já “haviam tentado” outras vezes?

- E consegui... – sorriu acanhado.

- Conseguiu mesmo. – o outro sorriu malicioso. – Agora eu e Luna também estamos tentando. – piscou. – Trabalho árduo.

Harry não pôde conter uma gargalhada. Neville e Luna estavam juntos. Olhou para o dedo do amigo e viu uma aliança dourada no dedo dele.

- Neville, aconteceu uma coisa... estranha comigo... – Neville fez cara de interrogação e Harry prosseguiu. – Eu perdi a memória. Eu não me lembro de muita coisa. Eu... amnésia... Isso...

Neville tentou entender onde Harry estava querendo chegar.

- Como assim, amnésia? Você se lembra de mim!

- Eu lembro de todo mundo que conheci no passado, mas sofri um pequeno acidente que bloqueou uma parte da minha memória. Quando você se casou com a Luna?

- Somos casados há seis meses.

- Então, eu não me lembro disso.

- Como assim? Você foi padrinho do meu casamento!

- Eu não lembro do que aconteceu depois do meu acidente! – Harry concluiu para o amigo, que arregalou os olhos.

- Você não se lembra... de nada? – foi a mesma reação que Ginny teve, pensou Harry. Ele negou com a cabeça.

- De nada. Nem da... Ginny. – baixou a cabeça, completamente envergonhado.

Eles ficaram quietos por alguns momentos. Neville tentando compreender o que estava acontecendo e Harry torcendo para que o amigo o entendesse.

- Como... como foi isso? – Harry não sabia como explicar. Apenas falou que fora da noite pro dia. – Por que não procura um médico.

- Hermione já me falou isso! Eu vou procurar, prometo!

- E a Hermione... você ainda... quer dizer, você disse que não se lembra de nada do que ocorreu depois do acidentem, nem da Ginny. E a Mione? – Harry sempre falava para ao amigo que conquistaria a amiga.

- Está bem. – deu de ombros.

- Você... voltou a gostar dela... quer dizer... – para Neville, era estranho falar sobre isso.

- Se voltei? Na verdade, eu não sei de mais nada! – Harry não estava certo sobre seus sentimentos. Hermione parecia tão distante dele. Ela fazia parte do seu passado e Harry teria que aceitar isso. – Ela é passado, Nev.

- Eu sei. – Neville sentou-se ao lado dele, no sofá. – Lembro que você ficou bem chateado quando ela começou a namorar.

- Devo ter ficado. Sai daquele restaurante totalmente chateado, transtornado, traído. Depois eu bati meu carro. – suspirou. – Acidente, desilusão amorosa...

- Você passou por um bocado. Se não fosse pela Ginny, acho que você não teria aqui nessa sala hoje. Acho que nem estaria mais aqui.

Harry tentou imaginar seu sofrimento pós-acidente. Devia ter sido duro. Hermione namorando e ele lá, totalmente impossibilitado, desiludido, amparado por Ginny. Harry sentiu que não queria passar por aquilo. Sentiu que a possibilidade de estar na faculdade e alimentando seu amor platônico pela melhor amiga era o que menos queria.

A cabeça de Harry estava zonza com tanta informação que apreendera naquele dia e previra que viria mais. Afinal, um ano era tempo suficiente para acontecer muita coisa. A sua primeira prioridade ele já tinha planejado: visitar o hotel na Irlanda do Norte. Se desse certo, levaria Ginny consigo.

Mais um fator Ginny: quinta-feira seria o dia em que descobririam o sexo do bebê. Se seria menino ou menina. Para Harry, surpreendentemente, não importava. Amaria seu filho do mesmo jeito.


Outro drible daquele Ginny era sua mãe. Conseguia ver a preocupação estampada naquele rosto. Ele odiava mentir para a mãe, pois ela era a pessoa que sempre estivera do seu lado.

- Eu queria que você soubesse que pode contar comigo para o que der e vier. Durante a amnésia, depois... – Lily acariciava os cabelos dos filhos que estava deitado no colo dela. Eram oito horas. Ginny já havia saído para trabalhar.

- Eu vou me lembrar de tudo, mãe. Eu prometo... – Harry sentiu um bolo na garganta. Falar aquelas palavras era tão difícil sabendo que elas não se realizariam.

- Vai aprender a amar Ginny? Retribuir o amor que ela sente por você? – Harry não sabia o que dizer. – Eu nunca conheci alguém que te ama tanto quando a Ginny. Muito mais do que possa imaginar.

- Eu não sei... Meu coração diz que... Na verdade. – Harry levantou-se. – Meu coração está confuso.

- Entendo.

- Mãe... se a Ginny me amava tanto quanto você diz... Eu prometo que vou lembrar dela... e que vou amá-la como ela me amava.

Lily acariciou o rosto do filho e o puxou para um abraço. Harry não pensava o quanto era difícil encarar aquela realidade. Ele tinha o que sempre sonhara: uma mulher que o amava e estava realizado. O problema: ele queria ter vivido tudo aquilo.

Era oito horas da noite e Harry ainda estava no seu escritório numa busca incansável sobre algo que ele sempre achava inusitado: ele queria saber se alguém havia inventado a máquina do tempo finalmente e se ela realmente funcionara. Se fosse sim, ele pensou, ele foi a primeira cobaia a testá-la.

A idéia da amnésia se tornou mais forte. Não teria ele perdido mesmo a memória? Não. Harry sabia que era totalmente. Afinal, ele se lembrava dele. De tudo. Ele só queria saber uma coisa: como fora pular um ano com o acidente.

Procurou na casa inteira e até no sótão e porão. Nada. Porém, percebeu que guardara várias reportagens antigas. Algumas dela eram sobre o sucesso da sua empresa. Numa delas, viu uma foto ao lado do presidente George W. Bush. Outra novidade: havia projetado a casa de campo do presidente que custou 200 milhões de dólares. Harry era o responsável por elevar a empresa tanto na área social quando econômica e empresarial.

Depois de uma busca infundada, Harry achou na última gaveta de sua mesa um enorme rolo de papel manteiga. Tinha certeza que era uma planta. Abriu-o na mesa e observou. Era um projeto de um quarto com tudo que tinha direito. Seus olhos bateram na inscrição da planta:

Projeto para o quarto do bebê

Harry deu um sorriso fraco. Há quanto tempo estaria projetando o quarto do seu filho? Será que Ginny sabia disso? Ele só tinha uma certeza: faria que aquele projeto saísse do papel e montaria o melhor quarto que seu filho poderia ter.

Agora não era só Ginny, tinha seu filho para pensar. Será que seria um bom pai como o seu fora? Harry estava crente que sim. Queria ser o melhor pai do mundo. Mostrar o que era certo ou errado. Apoiar o filho nas decisões que tomaria.

Faltava apenas para descobrir o sexo do bebê. Harry começou a ficar na expectativa. Menino ou menina?

Sem perder tempo, pegou um lápis e escreveu na planta:

Se for menina, quarto rosa-bebê.
Se for menino, azul da cor do mar.

Falaria com Ginny sobre isso. E aguardaria o resultado da ultra-sonografia.


-... ele sofreu um acidente e perdeu parte da memória. Na mente dele, não nos conhecemos... – Ginny relatava toda a história para uma amiga no refeitório vazio do Hospital. Muitas estavam atarefadas. Houve muitos acidentes envolvendo motos, carros e até um ônibus. Ginny e a amiga voltariam ao ambulatório mais tarde, pois a situação já estava sobre controle. Os acidentes não foram muito graves, exceto um motoboy que entrara em coma após colidir com um carro na London Avenue.

- Isso é muito estranho. Ele não te contou como foi o acidente? – Ginny negou. – Por que ele não procura um médico?

- Hermione já falou sobre isso. Disse que vai procurar um se o caso continuar.

- E como está a situação entre vocês dois?

- Bem, no começo foi difícil para o Harry se adaptar, mas acho que ele já está acostumando comigo. – sorriu.

- E você o está ajudando a se lembrar das coisas?

- Estou ajudando a se lembrar de algumas coisas. O fato é que somos quase casados e que eu estou grávida. – passou a mão na barriga. – Mas o maior baque foi quando viu que a Hermione tinha se casado com o meu irmão.

- Como assim??

- Na mente dele, ele ainda ama a Mione. Mas teve que aceitar os fatos.

- A memória dele registra fatos de que data?

- Do dia do acidente. – Ginny estranhou a surpresa da amiga. – Por quê?

- Ginny... você não percebeu?

- Percebi o quê?

- O acidente aconteceu há um ano. Então, na mente dele, nada disso aconteceu. Para ele, ele ainda devia estar na faculdade, apaixonado pela amiga...

- Cole... aonde você está querendo chegar? – Ginny sentiu o coração disparar no peito. O que a amiga tinha descoberto afinal?

- Ele não perdeu a memória, Gi... – a ruiva arregalou os olhos.

- Como não? Claro que perdeu! Ele não se lembra de nada do que aconteceu!

- Ele não perdeu a memória... A memória dele retrocedeu.


- Não fique nervoso, Harry. Vai dar tudo certo. Você vai saber o sexo do seu filho... isso! - Harry dizia para si mesmo aquelas palavras enquanto dirigia para o Hospital onde Ginny o esperava para fazer a ultra-sonografia.

A semana passara muito rápido. Harry pensou que isso acontecia quando se estava totalmente entretido no trabalho. Graças ao carinho da mãe, Ginny, Harry estava passando aquela semana definitivamente bem. Concluiu que era uma vida que ele realmente gostaria de viver.

Ginny o tinha deixado à vontade para que sua memória voltasse, mas percebeu que ela desconfiava de alguma coisa. Desde terça estava com um pé atrás com ela e nem Lily sabia o que a garota tinha. A ruiva usava a gravidez como desculpa.

- Deixa ela. O trabalho e a gravidez podem estressar uma mulher...

Harry chegou no Hospital St. Klaus. Era uma bela casa branca ornada com um jardim de rosas. Entrou e pediu para chamarem Ginny. Grande foi seu susto ao saber que a moça já estava na sala de ultra-sonografia. Perguntou onde era e não pensou duas vezes em correr até lá, ignorando os avisos.

Harry abriu a porta completamente sem fôlego, assustando a enfermeira.

- Bom dia, senhor Potter. – encheu um copo d’água e entregou a ele. – É melhor tomar isso.

- Obrigado... – Harry tomou a água num gole só.

Ginny saiu da porta lateral vestindo uma camisola branca e sorriu ao vê-lo.

- Que bom que chegou.

- Desculpe se atrasei... – aceitou o beijo que Ginny lhe dera.

- Sem problemas. A ultra foi antecipada, pois hoje haverá muitas mamães para saberem o que saberei agora.

- Ginny, pode-se deitar. – a enfermeira apontou a maca. Ginny deitou-se e Harry foi ao lado dela e segurou sua mão.

A enfermeira ligou o televisor e posicionou o aparelho na barriga quase saliente de Ginny, que apertou a mão de Harry com força. Uma imagem borrada que se mexia se formou na tela quando a enfermeira passava o aparelho.

Aquilo nunca tinha parecido tão real para Harry. Ele seria pai, realmente.

- Então, Liz, é menino ou menina? – Ginny não agüentava mais de ansiedade.

- Por que não descobre por si mesma? – Liz deu um sorriso misterioso.

Ginny começou a analisar a imagem com seu olho médico. Mais uma olhada para ter certeza. Os órgãos, tudo se encaixava. Sorriu, emocionada.

- Harry...
- O quê? – Harry seguiu atento à observação de Ginny, mas não conseguia decifrar nada.

- Olha... – apontou um dedo para a tela. – Olha.

- Anda, Gi, fale o que é! – Ginny não continha mais a emoção.

- Olha lá, Harry! A nossa filhinha! – a ruiva tinha lágrimas nos olhos de tanta felicidade.

Uma menina! Eles seriam pais de uma menina!

- E é muito saudável. – disse a enfermeira continuando a passar a máquina na barriga de Ginny. – É perfeita!

- Perfeita... – Ginny olhou para Harry e sorriu. O homem também estava emocionado.

- E que nome vocês darão a ela?

- Eu estava pensando em... Lucy. O que você acha, Harry? – Ginny o encarou esperando uma resposta.

- È um nome bonito. Lucy. Lucy Weasley Potter.

- Está decidido então. Vai se chamar Lucy!


Sexta-feira chegou e Harry nunca se sentira tão aliviado na vida. O trabalho estava indo de vento em poupa, estava dando conta de tudo como chefe (com a ajuda dos funcionários, claro). Agora só falta fechar o negócio com os árabes e mergulhar em um novo projeto.

Foi com muito entusiasmo que anunciou que seria pai de uma menina e pagou o almoço de todo mundo. Ashley comentara que nunca o tinha visto tão feliz. Parecia um pai-coruja e Harry teve que concordar com ela.

Estava jantando tranquilamente com sua mãe, que já começara a bordar roupinhas para a neta, quando o telefone tocou.

- Harry? – ele não pode deixar de sorrir ao reconhecer a voz, um pouco mais velha.

- Eric? Como tem passado?

- Bem. – tosse. – Velho, como sempre.

- Não diga isso. Você tem muitos anos para viver.

- Não sou Matusalém meu caro, infelizmente.

- Você e a Ellen têm vitalidade de sobra. – silêncio do outro lado da linha. – Eric?

- Harry... diz como se a Ellen tivesse aqui. Infelizmente, ela não tinha vitalidade de sobra. – a voz do ex-chefe tinha se tornado triste. E o que ele quis dizer com “tinha”?

- Desculpa... eu não quis dizer... – mas foi interrompido por Eric.

- Tudo bem, Harry... Não faz mal... – suspiro. – Escute, eu quero que você e a Ginny venham almoçar na minha casa amanhã. Faz tempo que não nos falamos e eu quero saber das novidades, como anda a empresa.
Harry não imaginava idéia melhor para conversar com Eric e por a conversa em dia.

- Parece uma boa idéia, mas a Gi está fazendo plantão e minha mãe está aqui.

- Claro que Lily Potter será bem-vinda. Minha mulher vai caprichar no almoço. Isso eu garanto. E a Ginny pode tirar um cochilo aqui. Harry não pôde deixar de rir. Eric realmente estava querendo conversar com o ex-funcionário.

- Está bem. Falarei com Ginny e darei a resposta amanhã.

- Está certo. Até mais.

- Até. – Harry desligou o telefone sentindo-se estranho. Por que Eric esmoecera quando falou sobre Harry? O que será que teria acontecida com a antiga secretária da Archtect and Cia?

Sentiu que tinha dado um fora falando sobre ela. Não poderia perguntar o que acontecera. Ele deveria saber, afinal. Mas daria um jeito de Eric comentar alguma coisa sobre Ellen.

Resolveu também não contar sobre sua “amnésia”. Não queria preocupar mais uma pessoa e agiria da maneira mais normal possível. Não queria que seu caso se espalhasse em enorme proporção.

Uma coisa ele tinha que fazer: esclarecer muitas coisas com o antigo chefe. Reunir o maior número de informações possível para seguir adiante.

Sua missão estava apenas começando.

Continua...

N/A: Gente, muito obrigada pelos comentários e continuem acompanhando a fic. Bjos, Juh.













Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.