"Ela é tão doce"
Naquela mesma manhã,na mesma hora em que o sol acordara Gina Weasley e Hermione Granger,acordava também um homem de meia-idade,sentado numa poltrona verde-musgo,tipicamente Sonserina,mas isso não vêm ao caso.Voltaremos um pouco no tempo,antes dele acordar... Estava numa casa com aspecto de abandonada,para que os trouxas não suspeitassem de nada,e,principalmente devido aos barulhos noturnos de pratos se quebrando,o homem fizera vários feitiços para que o que acontecia lá não emitisse som algum. A casa,já levemente torta,estava localizada em um lugar muito sujo, exalando podridão,e,pelo seu estilo,podia-se dizer que antes ali,já havia funcionado uma fábrica.
Voltamos ao homem. Tinha os cabelos (antes impecavelmente lisos,agora, desgrenhados e sujos),na altura dos ombros,mas ainda que sujos,negros como ébano. Tinha um nariz um tanto grande,e exibia um corte recente na ponte(onde também se encarrapitavam óculos de aro redondo num jovem homem com uma cicatriz de raio na testa,mas isso já é outra história), lábios finos e pele alva como a neve.
Dormia tão placidamente que ninguém poderia imaginar que,um segundo depois,ele acordaria raivoso,contraindo amargamente a face,praguejaria contra o sol,fecharia as janelas com o estrondo tão familiar para os alunos e chutaria a poltrona,os olhos incrivelmente negros como seus cabelos faiscando.
Desamassou as vestes negras,também,e em vários volumes com um aceno displicente da varinha,murmurou “Accio café-da-manhã”,com voz rouca.
Enquanto comia,tentou desviar suas atenções para as notícias do Profeta,mas,por mais que relutasse,não conseguiu. Tudo girava em torno dela. Ele sabia que estava viva, Dumbledore já havia comentado isso,numa carta,mas queria ter certeza que não estava ferida. Agora se perguntava por que diabos tinha dito aquelas palavras,rapidamente,a ela.
Não era burra,logo somaria dois mais dois e iria lhe atormentar todos os dias em Hogwarts,quando voltasse.(Mesmo alegando que continuar a ensinar pirralhos cabeças-ocas não era o que queria, convenceu-se que em Hogwarts era o único lugar em que ele pôde,um dia,encontrar paz,e cedeu aos apelos de Dumbledore.)
Pensou,agora,mais a fundo nela. Era tão bonita,tão doce. E ele sempre a tratara mal. Severo Snape era um nome,ele tinha certeza,que causava muita repulsa em Hermione Granger.
Começou a lembrar dos anos em Hogwarts dela:
No primeiro ano, era a mais sedenta de conhecimento,levantava a mão antes mesmo de ele terminar as perguntas. Tinha onze anos apenas,cabelos volumosos e encaracolados,olhos arregalados e castanhos,sempre querendo aprender mais. Ele lembrava de tê-la visto,durante um jogo de quadribol, colocando fogo nas suas vestes,mas nunca pudera confirmar,apesar de quase ter certeza. Quem mais,além dela,poderia ter cabelos tão volumosos e castanhos brilhando ao sol?
No segundo ano,já estava um pouco mais madura,mas ainda era a mesma garota sabe-tudo,que fora petrificada,mas mesmo assim ajudara os amigos. (Os desprezíveis Potter e Weasley,pensou ele.)
No terceiro ano,já estava muito mais adulta.Embora com treze anos,enfrentou Malfoy, descobriu que Remo Lupin era um lobisomem,o que o surpreendeu muito.(A Snape,não a Remo).Já exibia um rosto mais alongado,seu sorriso ainda era de dentes grandes,mas o caeblo,já estava um pouco menos volumoso,e alguns cachos lhe caíam amavelmente sobre os ombros.
No quarto ano,ele lembrava,ela fora atormentada por Rita Skeeter e uma das “vítimas”,dizendo assim,do jogador de quadribol búlgaro Vítor Krum,que convidava garotas para sair, prometia mil coisas,mas depois nunca mais tomava conhecimento dos acontecidos. Ela estava linda,mil vezes linda no Baile de Inverno. Aquele vestido azul-pevinca lhe caía perfeitamente bem. Continuava sabe-tudo, passando horas e horas na biblioteca.
Mas ele parou por aí,não queria se atormentar mais. Resignado, levantou da mesa,disse um “Limpar” e subiu para o quarto.
Quando chegou lá,encaminhou-se lentamente para a estante de livros que cobria uma parede,apenas para um momento,para se olhar num espelho e dizer “Arrumar”,apontando a varinha para os cabelos.
Pegou um exemplar já muito surrado de “Hogwarts,uma história” e novamente desceu para a sala, sentou-se na poltrona verde-musgo e começou a leitura suspirando,não sabendo o que o dia lhe traria.
No mesmo momento,a quilômetros de distância, a jovem que povoava os pensamentos desse homem chorava num barraco de vassouras,com o mesmo livro que ele anteriormente pegara,no colo,deixando que as lágrimas molhassem as páginas,já amareladas.
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N/A: UHULZ! Nem acredito que postei!!! Que bom! Obrigada a todas vcs,lindas,adoro mto cada uma de vcs.
Não irei pedir desculpas pelo capítulo curto,vcsvão ter q se contentar! (Que má eu...)
Bjãããããããããão,
Lety Snape
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