O último vira-tempo...





....
- Harry? – disse o diretor tirando o rapaz de seu devaneio – O que faz aqui?




- Professor – Harry levantou sem deixar de notar que os olhos do diretor brilhavam, ele havia chorado. – Eu quero, melhor dizendo, eu PRECISO de sua ajuda.



- Não há nada a ser feito Harry. Vidas foram perdidas, é tarde demais.


- Está errado. – retrucou o rapaz - Há algo que pode ser feito e só depende do Senhor e do vira-tempo.


- Vira-tempo? Harry, não há mais nenhum, você mesmo os viu serem destruídos no ministério.


- Esta enganado, eu sei que há um. O que pertenceu a... – Hary sentiu sua garganta se fechar – ...a Hermione. Ela o devolveu e tenho certeza que o senhor ainda o tem.


- Posso imaginar quais são seus planos meu jovem mas devo advertí-lo que não tente fazer o que pretende. – Dumbledore o encarava com olhos intensos. - Mudar o passado é algo extremamente difícil, você mais do que ninguém conhece os riscos.


Harry lembrava-se bem de seu terceiro ano. Quando descobriu que tinha um padrinho, Sirius e que, para salvá-lo, ele e Hermione haviam mudado o passado com a ajuda do vira-tempo que a garota havia recebido para poder assistir todas as suas aulas. Como sempre, era Hermione que fazia a diferença nos momentos mais dificeis. O diretor estreitou seus olhos azuis comdesconfiança, ele sabia que o rapaz faria qualquer coisa para conseguir o que queria e não ia medir esforços para isso. Empunhando a varinha, Harry aproximou-se do Diretor atento às sua reações.


- Não tentarei nada contra o senhor, professor – apressou-se Harry ao ver o diretor recuar. – Seria idiotice minha tentar qualquer coisa contra o senhor. Quero apenas que entenda que estou disposto a fazer qualquer coisa para reparar o passado e ter Hermione novamente. Nem que isto signifique acabar com minha vida para ir ao encontro dela.


- Harry, pense bem nas conseqüências de seus atos.


- Eu sempre pensei diretor. E o que ganhei com isso? – Harry sentia seu corpo todo tremer, tamanha era sua angústia. – Nada! Apenas perdas e sofrimento. O senhor nunca deve ter amado qualquer pessoa na vida, pois se tivesse, saberia exatamente como me sinto agora.


- Não diga o que você não sabe Harry! – Dumbledore olhava o rapaz com pena.


Seria loucura Harry tentar mudar o passado, porém o Diretor estava disposto a ouvir o que ele tinha a dizer.


- Muito bem. – suspirou - O que você pretende meu rapaz?


Harry então percebeu que tinha uma chance de convencer o diretor, respirou fundo procurando acalmar-se e pediu:


- Por favor senhor, me empreste sua penseira.


Sem questionar, Dumbledore pegou a bacia de pedra, colocou-a sobre sua mesa e aguardou paciente.


- Você sabe como usá-la, Harry? O que deseja me mostrar?


- Sei usá-la, senhor. – Harry também se colocou diante da penseira concentrado em suas recentes lembranças e, com a varinha as extraiu de sua cabeça, depositando a na bacia de pedra.


– Antes que decida qualquer coisa senhor, peço que veja o que aconteceu sob meu ponto de vista.


Dumbledore aquiesceu sem nada dizer. Ambos então inclinaram-se sobre a penseira e mergulharam na lembrança de Harry.








 





 



 

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