A pior perda...
Harry disparava pelos corredores de Hogwarts.
Queria mais do que nunca ver o diretor e precisava de desesperadamente sua ajuda. Ele precisava mudar o rumo dos acontecimentos pois, se não o fizesse, Harry sabia que o que restava de sua vida iria se esvair em pouco tempo. Seu desespero chegara ao limite máximo. Já havia agüentado todas as perdas possíveis, mas aquela recente perda ele tinha absoluta certeza, não suportaria. Ao chegar a frente da gárgula de pedra, Harry parou, com lágrimas nos olhos relembrava o motivo que o trouxera até ali.
Flash back
"Depois de enfrentarem os comensais da morte que haviam tentado invadir o castelo, liderados por Belatriz e Lúcio Malfoy. Harry, Rony, Luna, Neville, Draco e Gina membros da antiga AD, acomodaram-se na enfermaria do castelo para aguardar os cuidados de Madame Pomfrey. Pelas vidraças era possível ver a paisagem invernal, o frio fazia com que as feridas recém adquiridas na batalha por Harry queimassem. Mas a dor dos ferimentos não eram nada em comparação com a dor que assolava seu peito. Sentado em um dos leitos ele sequer desviava os olhos da porta da enfermaria por onde, a qualquer instante, entrariam Lupim, Tonks, e a profª. McGonagal carregando consigo o corpo sem vida de Hermione. Harry, permanecia em silêncio em respeito a seus amigos mas mantendo,com um tremendo esforço, um grito de dor e desespero aprisionado em sua garganta. Queria gritar com todas as forças, até que a vida se esvaísse juntamente com todo o ar de seus pulmões. Ele fora obrigado, durante toda sua vida, assistir àqueles a quem amava partirem. E agora, impotente via partir a garota que aprendera a amar mais que uma amiga ou irmã, a única que lhe dera alguns dos poucos momentos felizes na vida. Estava tudo acabado, os planos, os bons momentos enfim, todo um futuro ao lado de sua Hermione. A porta da enfermaria se abriu e por ela passaram os dois aurores, a profª McGonagal e levitando juntamente com eles uma Hermione sem vida. Eles a colocaram sobre um dos leitos e cobriram seu corpo com um lençol branco. Harry permanecia acompanhando a tudo atento. Enquanto o corpo dela era acomodado, sua mão direita pendeu para fora do leito, revelando uma delicada aliança prateada que refletiu a luminosidade que vinha da vidraça próxima. Ao vê-la Harry não se conteve mais. Aproximou-se do corpo, retirou o lençol do rosto da garota.Vê-la ali tornava sua morte mais real. - Mione, por favor, me perdoe por não te-la salvado. Você era o que mais importava em meu mundo e por minha culpa se foi. Perdoe-me. - Harry abraçou o corpo alheio aos olhares comovidos. Ele retirou com cuidado anel pousando a mão dela novamente sobre o corpo, ele a cobriu e acariciou a face coberta. Feito isso, Harry segurou o anel de Hermione firmemente contra o peito, fechou os olhos e deixou as lágrimas descerem silenciosas por seu rosto. - Harry? – disse Tonks preocupada. - Tudo bem Tonks - o rapaz abriu os olhos com um brilho indecifrável – Preciso ir imediatamente falar com o professor Dumbledore. Antes que qualquer um pudesse reagir, Harry saiu desabalado em direção a sala do diretor. Fim do flash back E agora lá estava ele diante da gárgula. Disse a senha e subiu as escadas prometendo a si mesmo que usaria todos os argumentos possíveis para convencer o Dumbledore a ajudá-lo. Harry o ameaçaria se fosse preciso, pois sua própria vida dependia da decisão do diretor. Ele parou diante da porta, bateu e esta se abriu sem resistência. Dumbledore não estava. Como ele não estava nem um pouco disposto a desistir, entrou e sentou no chão próximo a lareira. Abraçou os joelhos apoiando a cabeça na parede. Sozinho na sala vazia, sua mente foi tomada por novas lembranças. - Mione, me perdoe, pois sei que você jamais aprovaria isso. Mas, se eu não conseguir o que pretendo, ainda hoje irei a seu encontro. – disse em voz alta. Mal falara de seus planos Dumbledore entra silenciosamente na sala, pescando no ar as palavras ditas. - Harry? – disse o diretor tirando o rapaz de seu devaneio – O que faz aqui?
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