Planos
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?
E agora como posso te esquecer?
Se o seu cheiro ainda está no travesseiro?
E o teu cabelo está enrolado no meu peito?
Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo
Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo
E agora, como passo sem te ver?
Se o seu nome está gravado no
Meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o "N"
Como um elo
E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o
Meu prazer?
E o meu corpo está moldado com o teu?
Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo
Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo
Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo
De novo...de novo...de novo...
N
Nando Reis
- Então você acha que está tudo sob controle? – perguntou com a voz fria.
- Sim, como eu já disse, tenho um plano.
- O garoto está com o pai como se fossem melhores amigos há anos, meu filho voltou a ficar com a sangue-ruim nojenta e você me diz que está tudo bem porque tem um plano? Sua estúpida!
- Não me trate assim, Lucius, você não tem o direito, não sou sua serva ou coisa do tipo.
O homem se levantou da poltrona onde estava, aproximou-se ameaçadoramente da mulher e lhe deu um tapa no rosto.
- Sua tola, incompetente! Deveria ter conquistado meu filho, dado a ele um herdeiro sangue-puro e tê-lo feito se casar com você. Seus planos são ridículos e você tem sorte por eu te considerar como uma serva ou já estaria morta! Nunca tolerei falhas. – segurava-a pelo pescoço, erguendo-o para não quebrar o contato visual e apertando sua jugular, mantendo-a calada. – Vai fazer exatamente o que eu mandar, entendeu? – alterou a voz pela primeira vez.
Sem opções, a mulher concordou com a cabeça.
- Ótimo! Você vai trazer aquele bastardo até mim. Diga a ele que para abrir mão do acordo ele terá que fazer uma coisa e traga-o aqui.
Os olhos do homem brilhavam intensamente, algo maníaco dentro deles fizeram com que ela o temesse. – ENDENTEU? – ele apertou com mais força, estava completamente transtornado. Ela acenou freneticamente com a cabeça e Lucius a soltou.
- Ótimo! E não demore, você tem um mês para trazê-lo até mim, sem erros dessa vez. Agora vá.
Ela não retrucou, até porque sua voz não sairia.
Fazia mais uma semana que estavam de volta a Hogwarts. O clima de festa ainda contagiava todos.
Philip tomara uma decisão, abandonaria o plano ridículo e caso ela não o deixasse em paz se abriria com os pais, contaria a verdade sobre o que planejara.
Gostava de Draco, ele era engraçado, inteligente, turrão às vezes, mas de modo geral carinhoso, apesar de um tanto desengonçado talvez.
Estava feliz, todos estavam. Seu pai e Meg, sua mãe e seu outro pai... Era confuso, mas muito bom!
Daria um jeito nas coisas no dia seguinte.
As coisas não podiam estar melhores entre eles. Draco e Hermione nunca se deram tão bem, nem mesmo quando eram mais jovens. E, apesar dele e Harry se estranharem às vezes, a relação estava melhor, até porque ambos sabiam que o bom convívio entre eles era essencial para os meninos, e também porque apesar das divergências, os dois descobriram coisas em comum durante a guerra, tinham algumas idéias parecidas.
Ambos se empenharam muito durante o natal para ajudar Phil como batedor. O loirinho era realmente bom, e com certeza conquistaria lugar no time.
- Nunca fui tão feliz!
Draco e Hermione estavam juntos no salão comunal, sentados no mesmo sofá, um de frente para o outro.
Era tarde e a lareira era a única fonte de luz e calor que havia no lugar.
- Isso é só o começo. – ela respondeu entre o beijo que trocavam.
- Pra tudo ficar perfeito só falta meu pai nos deixar em paz.
Ela suspirou longamente e ele se afastou, fitando-a. Depois de algum tempo, tirou uma mecha de cabelo do rosto dela e falou sério.
- Vamos vencê-lo! Em breve poderemos ser uma família normal, os meninos e nós dois.
Hermione sorriu e entrelaçou os dedos pelo cabelo fino dele, trazendo-o para mais perto.
- Seremos.
Beijou o pescoço dela demoradamente, fazendo-a fechar os olhos, e em seguida a orelha, sentiu que ela ficou arrepiada, e sorriu antes de dizer.
- Passaremos todos os feriados de natal e páscoa juntos, talvez com o Potter e a Meg de intrusos, bem, tem os Weasley também... é, teremos muita companhia, o que será bom para as festas que vamos fazer. Acompanharei os meninos virarem dois grandes jogadores e vencerem muito pela Grifinória. – Hermione sorriu e acariciou o rosto dele que ficou contorcido por ter confessado isso. – E explicarei a eles que namoradas, ou melhor, que as mulheres de maneira geral, são perigosas. Elas transformam você em uma pessoa submissa, boba e imensamente feliz, e possuem o poder de nos levar do céu ao inferno em um piscar de olhos.
Os olhos de Draco brilhavam com uma intensidade que Hermione nunca vira antes. Parecia estar falando de um sonho que demorou uma vida inteira e está perto de realizar, seus olhos estavam mais claros do que o normal e prestes a marejar. – E quando tiverem decepções amorosas, vou dizer a eles que a outra pessoa não merece tal sofrimento, e levá-los para beber se for o caso!
- Draco!
- Sim, todo mundo precisa de um porre ou outro uma vez na vida Hermione, e se eles puderem contar com o pai deles ou com um dos pais deles pra isso, melhor.
Prefiro meus filhos enchendo a cara comigo ao invés de ser com outras pessoas.
Ela sorriu, aquilo era tão perfeito que estava difícil de acreditar que realmente estivesse acontecendo. Draco começou a beijar seu ombro e passou a distribuir beijos em toda a extensão de seu braço.
Voltou a fechar os olhos para sentir os lábios frios tocarem sua pele quente. Esse contato sempre a deixara sem rumo e Draco sabia disso.
- Então eles vão virar homens e arrumar esposas e nos dar netos, muitos netos.
- Puxa vida! Já está pensando em netos? – perguntou abrindo os olhos.
- Claro! Mas antes dos netos, você me dará uma filha!
Voltou a encará-la, estava sério e Hermione teve a sensação de que se ficasse presa aos olhos dele daquele jeito poderia ficar cega ou coisa do gênero.
- Como!?
- Sim, quero ter uma filha com você.
- Draco, nada nos garante que se eu, por ventura, engravidar, será de uma menina.
- Eu garanto, tenho certeza!
- Não sei, já temos o Phil e o Ti. Acho que já é o bastante.
- Hermione, eu quero ter o que infelizmente eu não tive com o Philip. Ver ela crescer dentro de você, mãozinhas, pezinhos e tudo mais. Vê-la nascer, cuidar à noite, trocar as fraldas, dar banho, tentar acalmá-la, fazê-la dormir encostada no meu peito, brincar, vê-la aprender a andar e falar, ouvir ela me chamar de papai, dar colo quando chorar, acompanhar tudo dela.
Hermione ficou calada por algum tempo, não sabia o que pensar ou responder, então falou com a voz baixa.
- E se não for menina?
- Eu vou amar e cuidar do mesmo jeito, mas eu tenho certeza de que será menina. E também, se não for, vamos tentar até vir uma!
- As coisas não são fáceis assim!
- E por que não? Somos novos ainda e podemos muito bem ter mais filhos.
- A questão é que os meninos estão crescidos. Será difícil pra eles aceitarem.
- Eles vão adorar! Imagina, uma coisinha pequena e mandona andando pela casa!
Hermione ergueu a sobrancelha e Draco continuou.
- Eu quero que se pareça com você. Seja mandona e inteligente, mas principalmente em relação às regras e namorados, nada de excessos!
- Não entendi a parte dos excessos. Quebrei, querendo ou não, todas as regras que Hogwarts tinha!
Draco ficou pensativo.
- Está certo. Que se pareça em relação aos namorados.
- Ela não precisa namorar, pode só curtir.
- Não! Nada de curtir, só namorados, com uns 30 anos e poucos, como você.
- Está dizendo que não tive namorados?
- Estou dizendo que teve poucos namorados, o que é diferente.
- Quantos namorados acha que tive? – perguntou em tom desafiador.
- Eu e o Potter! – respondeu sorrindo.
- Bom, tem razão, namorar só namorei vocês dois. – retrucou sorrindo para provocá-lo.
- Está insinuando que ficou com Hogwarts inteira? – perguntou debochado.
- Não, estou dizendo que o meu currículo amoroso engloba mais pessoas além de você e o Harry.
- Quem, por exemplo? – perguntou num tom que incomodaria Hermione se ela não estivesse tão tranqüila e feliz.
- Ernesto, Vitor...
- O jogador? Tinha me esquecido. – ele bufou. – Não gosto dele desde o baile de inverno. – respondeu irritado.
Ela sorriu.
- Memória curta, meu amor.
- Mais alguém?
Ela olhou para baixo e recomeçou a falar:
- Ralph, Lucky, Brian...
- Quem são esses? – perguntou com uma sobrancelha erguida.
- Oras, eu sempre viajei muito com os meus pais, os conheci em viagens. – respondeu corando e evitando o olhar de Draco e ele sorriu.
- Está mentindo!
- Como? – fingiu-se de ofendida.
- Sim, está mentindo. Não existiu Ralph, Lucky ou Brian.
- Claro que...
- Então responda olhando nos meus olhos. – a desafiou.
- Er... Uhm... – ela bufou. – Ok, você venceu. Estava mentindo! Dos três últimos que eu falei o único que realmente existiu foi o Ralph.
Draco sorriu enquanto olhava para ela.
- E quem foi ele?
Ela suspirou várias vezes antes de responder.
- Meu melhor amigo do jardim. – falou baixinho.
- Quem? Não ouvi! – disse debochado.
- Meu melhor amigo do jardim de infância. O máximo que fazíamos juntos era empurrar um ao outro no balanço! Satisfeito? – perguntou levemente irritada.
- Muito! E sabe por quê?
Ela mantinha o cenho fechado, estava brava e ele adorava isso.
- Porque isso te faz especial, te faz mais minha. – Draco voltou a beijá-la.
- Se eu for pensar assim, você é de toda a Hogwarts. Ficou com todas! – reclamou emburrada.
- Sempre fui seu. Porque o que importa é que eu sempre quis ser só seu, mesmo antes de saber.
Hermione relaxou e o puxou pela camisa para beijá-lo.
- Você não presta, sabia?
Voltou a beijar o ombro dela, preocupado em descer a alça da blusinha que ela vestia.
- Por quê?
- Cantada barata!
- Você gostou! Eu sei disso!
Ela sorriu.
- Convencido.
- Uhm, uhm...
- Draco.
- Hum?
- Eu vou dormir.
Ele sorriu malicioso.
- Estava pensando na mesma coisa. Vamos para o quarto de quem?
- Não, eu realmente dormir. – explicou. – No meu quarto!
Ele a encarou ligeiramente desapontado.
- Só vou pegar o meu pijama. – ficou de pé.
- Não, amor, não é por nada, mas hoje eu vou realmente dormir.
- Oras, durmo com você se é o que você quer. Por mais chato que isso pareça – completou brincando. – mesmo que não tenha me parecido ser essa sua intenção quando você me beijou!
- Eu sei, me desculpe por isso, mas estou realmente cansada.
- Certo, já te vou te encontrar no seu quarto.
- Não, acho melhor não. Amanhã tem provas e quero estar disposta.
- Hermione, são os alunos que terão provas e não a gente!
- Eu sei, mas nós que vamos aplicar, temos que estar dispostos. – ela se levantou também.
- Estou disposto! Ver um monte de aluno folgado entrar em pânico por não saber nada depois de terem me enchido o saco durante o ano inteiro! Vou adorar!
- Draco, estou falando sério. Acho melhor não dormimos juntos hoje!
- Ah Mione, larga a mão de ser chata. – reclamou a puxando para perto.
- Estou falando. Só hoje, ok? Estou cansada e ansiosa pelas provas, depois tudo volta ao normal. – falou começando a distribuir beijinhos pelo rosto dele.
- Teremos provas a semana inteira!
- Mas essa é a primeira e a que me deixa mais ansiosa.
- Eu prometo ficar quietinho! – ele fez bico e Hermione o abraçou com carinho.
- Mas eu não, meu amor. Acha que é fácil dormir em paz com você do meu lado? – piscou brincando.
- Sou irresistível, né?
Ela acenou positivamente com a cabeça.
- Modesto também, mas isso não vem ao caso. Bom, eu vou indo.
- Sem chances mesmo?
- Nenhuma!
- Ok, fui derrotado! Mas caso mude de idéia, a porta está sempre aberta pra você! – completou piscando. – Boa noite minha vida!
- Boa noite!
Despediram-se e foram se deitar, sem desconfiar que não estiveram sozinhos em momento algum e que Jeanne sabia exatamente o que fazer. Se tudo saísse como ela planejara, se livraria de Hermione, Philip e Lucius de uma vez só.
Draco tinha o sono pesado.
Era uma luta acordá-lo de manhã e ela sabia disso como ninguém. Assim como também sabia que tinha exagerado em não dormir com ele. Draco tinha razão, eram os alunos e não eles que deveriam ficar ansiosos.
Levantou cedo e se arrumou, ia acordá-lo. Depois de tanto tempo dormindo e acordando ao lado de Draco, sua cama pareceu estranhamente vazia e grande. Estava com saudades.
Abriu a porta devagar e entrou sem fazer barulho, o objetivo era acordá-lo carinhosamente e não matá-lo de susto. Sabia que ele ia gostar de vê-la ali.
Ao se aproximar da cama, entrou em estado de choque. Ao lado de Draco semi-nu, estava Jeanne coberta apenas pelo lençol.
Perdeu a força nas pernas e teve que se apoiar na estante, fazendo barulho, acusando sua presença no quarto.
Hermione tinha dado o braço a torcer e “invadiu” seu quarto pela noite, o que tinha lhe proporcionado uma boa noite de sono. Ouviu-a entrar no quarto pela madrugada, mas não abriu os olhos, apenas a abraçou de modo que seus corpos se encaixaram e voltou a dormir.
Ouviu um barulho. Draco abriu os olhos lentamente, já não era noite e alguém estava em seu quarto próximo à estante. Mas quem?
O primeiro contato com as luzes do dia fizeram seus olhos arderem, demorou a reconhecer o vulto que permanecia imóvel e mudo em seu quarto.
O choque que encontrou nos olhos castanhos fez com que seu horror aumentasse, se Hermione estava ali de pé, quem estava abraçando?
Olhou para o lado e viu os fios loiros espalhados pelo seu peito. Levantou-se de supetão. O que Jean estava fazendo ali?
- Hermione!?
Ela não respondeu, parecia estar em choque ainda.
Jeanne espreguiçou-se demoradamente e sorriu antes de abrir os olhos. E ao ver o que acontecia, sentou-se também.
- Bom dia, meu amor. – falou olhando para Draco, como se não tivesse visto Hermione.
- O que diabos faz aqui? – perguntou furioso.
- Como assim? – demonstrou confusão e então olhou para o ponto onde Draco olhava.
- Oh oui, bonjour Herrmione!
A voz de Jeanne fez com que Hermione saísse do choque em que entrara. Uma noite, uma maldita noite que não passavam juntos e o desgraçado dormia com a francesa.
- Creio que não tão bom quanto o seu.
Ela manteria seu orgulho e sua dignidade, não se rebaixaria, não choraria ou gritaria, Draco Malfoy não merecia isso.
A frieza de Hermione assustou Draco, que se levantou rápido da cama, estava apenas de cueca samba-canção.
- Meu amor, e-eu não sei o que está acontecendo aqui, mas seja lá o que for, não é o que parece ser.
Colocou a mão no ombro dela, sua voz saiu com uma tentativa frustrada de manter a calma. Ela não acreditaria.
- Apenas não toque em mim. – sibilou.
- Hermione, você tem que acreditar em mim...
- Acreditar no quê? Que você não sabe como ela veio parar na sua cama? Ou que ela dormiu aqui porque tem medo do escuro? Em qual mentira eu devo acreditar Draco?
- Merda! Pensei que fosse você!
Ele só teve consciência da força de suas palavras, quando sentiu a mão de Hermione esquentar o seu rosto.
- O que fez com que se confundisse? A cor dos olhos, os cabelos lisos ou o fato dela ser mais alta que eu? Me diga, o quê?
Havia se traído, sim, as palavras saíram tremidas e seu tom de voz aumentou. Mas não iria, não podia chorar. Não ali.
- Eu estava dormindo. Você sabe como tenho o sono pesado. Não percebi, pensei que fosse você. Eu...
- Me poupe das suas histórias.
- Non devemos satisfações a ela, mon amour!
Jeanne ficou em pé e se agarrou no pescoço de Draco, que rapidamente a empurrou.
- Hermione...
- Ela tem razão, Malfoy, você não me deve satisfação!
Estava sem forças para continuar ali, precisava liberar do nó que estava formado em sua garganta e chorar.
Sem olhar para trás, saiu do quarto.
- O QUE VOCÊ FEZ?
Draco andava desnorteado de um lado para o outro, aquilo não podia ser verdade! Não podia.
- Apenas estou abrindo seus olhos, meu querido!
- O que quer dizer com isso?
- Que eu te amo e ela não.
- Não seja imbecil! Você acabou de destruir minha vida!
- Tolice!
- Tolice? Você é uma ridícula. Não sei como pude ficar um dia seque com você!
- Não diga isso, me ofende!
- Jura?! – perguntou irônico. – Acredita que foi a intenção?
- Está sendo grosseiro!
- Ora sua... sua... SAIA DO MEU QUARTO!
- Non me trate assim!
- SAIA!
Vendo que a mulher não cederia, pegou-a pelo braço e a arrastou para fora do quarto.
- Se ela confiar em você, eu conto a verdade, caso contrário, ficará provado que ela não te ama!
- Ela nunca vai acreditar em mim... Eu não acreditaria. – concluiu derrotado.
Foi ao quarto dela precisava se explicar, mas Hermione já não estava lá.
“Merda de prova! Deve estar na sala.”
Seguiu o caminho para a sala dela, pouco importava se suas provas ficassem atrasadas ou algo do tipo.
Ao chegar à porta, viu que Hermione já aplicava sua prova.
- E não tentem colar, não serei tolerante com isso!
Talvez fosse melhor conversarem quando estivessem mais calmos.
O dia passou devagar. Tudo a irritava, não tinha tido seu momento para “surtar”. Tudo o que queria era seu quarto, sua cama, silêncio e escuridão.
Após a última aula, seguiu para onde tanto desejava, não jantaria.
Hermione tomou um banho demorado, nada melhor para se acalmar, ao menos Malfoy não tinha ido perturbá-la.
Deitou em sua cama e lá ficou.
Como tinha sido estúpida em acreditar nele depois de tudo, quanta burrice. Ele era um Malfoy, e isso já era uma prova contra seu caráter! Phil não é assim, não foi criado por ele.
Ouviu baterem na porta.
- Hermione? Abra a porta, vamos conversar.
Ficou muda.
- Eu sei que você está ai, abra, por favor!
As lágrimas passaram a ser mais grossas e mais intensas. Queria que saísse logo dali.
- Não vai abrir... – ele suspirou longamente. – Eu poderia abrir a porta, nós dois sabemos disso. E adoraria abrir e te obrigar a me encarar, ver nos meus olhos que estou sendo sincero com você. Que não sabia que era ela, que pensei que fosse você, que eu jamais te trairia e que eu te amo, mas não vou. Não vou abrir a porta porque preciso sentir que você confia em mim... e que me ama também.
Ela se levantou e encostou na porta, ele ouviu, e fez o mesmo.
- Diga alguma coisa! Que me odeia, que eu sou um monstro! Fale comigo... Por favor!
Vendo que ela permaneceria muda, concluiu.
- Estou indo, quando quiser me ouvir, fale.
Ao ver que tinha partido, ela escorregou pela porta e voltou a chorar. Tudo o que mais queria era que seus olhos tivessem se enganado.
Harry viu que alguma coisa estava estranha entre Draco e Hermione, e após se despedir de Meg, foi ao quarto de Draco, que parecia bastante abatido.
- O que aconteceu, Malfoy?
- Perdi a Hermione.
- E como conseguiu fazer isso de novo?
- Não fiz nada Potter.
Harry o encarou, Draco respirou profundamente.
- Conte-me o que aconteceu, talvez eu possa ajudá-lo.
- Eu duvido Harry, mas de qualquer forma...
Após a narrativa, Harry ficou sobressaltado.
- Quer dizer que a Mione entrou no seu quarto e encontrou a Jeanne na sua cama?
- Isso!
- E que você não sabia que era ela?
- Exatamente! Também não acredita, não é?!
O loiro estava derrotado demais para um mentiroso.
- Por algum motivo, Draco – usou o nome dele para mostrar confiança. -, acredito em você. Vou tentar falar com a Mione, abrir os olhos dela.
- Obrigado Harry, mas eu não acredito que consiga.
- O que não me impede de tentar!
Harry colocou a mão no ombro de Draco antes de sair.
- Mione abra a porta!
- ...
- Se não abrir, abro eu!
Logo ouviu um barulho vindo do quarto e o som da porta se abrindo.
Odiava vê-la naquele estado, esse era o motivo pelo qual passara a odiar Malfoy, só ele a deixava assim.
Sem dizer nada a abraçou carinhosamente e deixou que chorasse em seu ombro.
Hermione soluçava e Harry permaneceu em silêncio, apenas acariciando seu cabelo.
- Mione, eu sei que não quer ouvir isso, mas acho que ele não está mentindo.
- Ela estava na cama dele Harry!
- Eu sei querida, mas você acha que esse é o tipo de coisa que Draco faria?
Ela fungou mais forte.
- No fundo sabe que não.
- Não consigo acreditar Harry, não consigo.
- Mione, você está errada, ao menos dê a ele a chance de se explicar. Draco te ama.
Hermione não respondeu, mas seria não sabia como se portar diante aquilo. Harry ficou ali até que Hermione dormisse, ela estava tão frágil.
Os dias passaram e ela não mudou sua maneira, continuou a ignorar Draco e seguir como se nada tivesse acontecido, ele por sua vez, não a procurou, precisava que acreditasse nele.
- Vai deixar as coisas assim, Draco? – perguntou pela milésima vez durante o jantar.
- Não enche Harry! Já falei que ela tem que confiar em mim.
- Você acreditaria se entrasse no quarto dela e Harry estivesse lá? – perguntou Meg, fazendo Harry se sobressaltar.
Draco a encarou sério, provavelmente não.
- Então não cobre que ela acredite em você!
Sentiu o coração apertar, Meg estava certa. Tinha que criar coragem e ir dizer tudo e obrigá-la a encará-lo.
Quando chegou ao salão comunal, Hermione estava lendo um livro, não tinha ido jantar de novo.
- Não vai comer nada?
- Estou sem fome.
- Mas não faz bem.
- Isso não é da sua conta!
Ele se sentou de frente pra ela.
- É sim, nós sabemos que é.
- Me deixe em paz Malfoy!
- Tem que me ouvir.
- Não, não tenho!
- Por favor, Hermione, em nome do nosso filho.
- Não coloque nosso filho nisso! – retrucou irritada.
- Você tem que acreditar em mim.
Normalmente ela gritaria, mas após um longo suspiro, sua voz saiu derrotada.
- Como Draco? Como eu posso acreditar em você?
Pela primeira vez, ela o encarou nos olhos e ele sentiu que ela precisava tanto quanto ele aceitar que aquilo tudo tinha sido uma armação.
- Não sei, mas tem que acreditar! Eu fui deitar e logo dormi, no meio da noite senti alguém deitar ao meu lado e tive certeza de que era você.
- Eu... eu queria tanto..., mas não posso, não consigo!
Sem dizer mais nada, Hermione se levantou e foi para o seu quarto, deixando Draco sozinho na sala.
A estréia de Philip pela Grifinória não podia ter sido melhor. O time bateu a Lufa-Lufa rapidamente, num jogo limpo.
O próximo jogo seria contra a Corvinal, que enfrentaria a Sonserina na semana seguinte.
O garoto já tinha percebido que algo estava estranho com seus pais, mas não sabia o que era, nenhum dos dois contava, por mais que ele insistisse. Será que Jeanne tinha conseguido?
Resolveria as coisas com ela. Tinha que resolver.
Foi até a sala onde ela dava aulas.
A sala era azul, mantendo um tom neutro, cheia de ábacos, quadros e vasos elegantes. Um lugar extremamente sofisticado.
- O que você fez?
- O que está falando?
- Meus pais, eles estão brigados, você tem algo aver com isso? – perguntou de maneira arrogante.
- O que acha?
Ele ficou em silêncio, fazendo-a gargalhar.
- Claro garoto estúpido!
- Eu vou contar tudo a eles! E vou agora!
- Não vai a lugar algum!
Antes que Phil pudesse reagir, ela bateu com um vaso na cabeça dele, fazendo-o desmaiar.
- Talvez, te levar ao Lucius seja a melhor saída, garoto estúpido!
Se deseja encontrar seus filhinhos vivos, venha à Casa dos Gritos. JV
Ela releu várias vezes para acreditar naquilo. Saiu desnorteada em busca de Tiago e Philip, mas ninguém os tinha visto. Falou com Rebeca (filha da Ginny), sua última esperança e quando a menina respondeu não saber onde estavam os meninos, nem Arthur (filho do Ron), Hermione sentiu o coração acelerar. O que tinha acontecido a eles?
Seguiu desesperada para o lugar indicado, não avisaria ninguém, se os meninos estivessem com Lucius, todo tempo era precioso.
A passagem pelo Salgueiro Lutador parecia mais estreita e o ar parecia não chegar. Precisava de seus filhos e Artur... Tinha que vê-los.
Ao chegar ao lugar escuro que um dia encontrara Sirius, ela olhou para os lados com a varinha em punhos. Avistou os três garotos amarrados com os braços para cima por cordas imaginárias, mas no momento que foi se aproximar, viu uma figura que tanto odiava se aproximar de Philip e com a varinha apontada para ele, ordenar:
- Avisarei apenas uma vez, abaixe a varinha Granger!
N/A:Em primeiro lugar, me desculpem pela demora! Sei que é um saco esperar pra ler e tudo mais, mas realmente só consegui postar agora!
Hmm, como puderam ler a maioria de vocês acertou quem era a tal "pessoa misteriosa", maaas agora que posso falar sobre o assunto preciso comentar... rs
Durante a fic, muitas pessoas foram suspeitas, algumas pessoas cogitaram ser a Meg, mas o que mais me surpreendeu foi quando acreditaram ser o Harry! Confesso que fiquei =O, achei a idéia tão legal! Mas eu não podia fazer isso com ele tadinho! rs
Esse é o penúltimo cap. depois dele vem o último (dããh) e o epílogo!
Espero que gostem dos últimos caps.. E só a título de curiosidade, a fic tem quase um ano. Vou pegar direitinho a data de início dela e depois falo para vocês!
Obrigada a todos!
Beijos!
Ahh, eu ia responder os comentários por e-mail e tal, maaas não sou organizada para isso... rs... então, lá vai:
Carla Ligia Ferreira, obrigada pelo big comentário!!! *.* Adorei!
Bom, muitas coisas sobre a Vasseur foram explicadas agora...
Quanto ao Harry e ao Draco é exatamente o que você falou. Eles eram amigos durante a guerra, mas com tudo o que aconteceu a Mione e pelo casamento do Harry com ela ficou uma mágoa. Maaas certamente o filho deles será mais importante que essa diferença deles! ;)
Que bom que gostou do Harry com a Meg, particularmente, adoro os dois juntos! *_*
A cena do Tiago e do Phil foi gostosa de escrever... *suspira*
Obrigada novamente!
Beijos!
Diana, rs... Gostou do pai??? XD
Bom, "o pai" terá que entrar em ação a partir de agora!!! rs
Obrigada!
BjS!
Lena Radcliffe Malfoy, ohhh, adorei o comentário. Obrigada!
Gosto de imaginar que se o Draco e a Mione se estivessem bem, se dariam bem... rs
Sobre quem está falando para o Lucius você acertou... rs Como já pôde ler no cap.! ;)
Vou explicar um pouquinho melhor como tudo aconteceu no próximo e último cap. =(
Essa fic está perto de fazer um ano e está na hora de chegar ao fim... até porque já tenho tudo preparado na minha cabeça para ela... =S
Obrigada, muito obrigada mesmo pelo carinho!
BeijoS!
Lorena Malfoy, é, o cap. anterior foi um bem fluffy! rs Pra acalmar os animos, mas agora vem a parte final e espero que curta!
Obrigada pelo comentário!
BjS!
Teresa, que bom que gostou! Eles tinham que ter uma trégua, afinal era natal e o fim da fic está próximo... =X
Nhá, agora você já sabe que o misterioso e a Jeanne são a mesma pessoa... rs
Espero que tenha gostado!
Obrigada pelo comentário!
hauhauhauhauhauhauhuaha...
Ainda bem que "O Pacto" e "Só Pro Meu Prazer" me salvaram... rs Ufa!
Beijos!
Leti, ahh que bom que gostou!
Vou confessar uma coisa, eu mandei esse cap. para a minha beta e falei: "Acho que não ficou muito legal!", aí ela respondeu quando mandou betado: "Achei que ia ter problemas pra betar o cap., mas ele tá muito fofo!"
Bah, depois reli e gostei! rs
Mulher desprezada é um perigo! E a Jeanne não é diferente! rs
Que bom que gostou, muito, mas muito obrigada mesmo pelo carinho.
Ahh, não recebi seus e-mails... =S Se não teria respondido... =S
Beijos!
VlW!
Christine Martins, acertou? Sua suspeita foi confirmada? Acho que sim, né? No final ficou meio óbvio que era a Jeanne! ^_^
Até que enfim o Phil deu o braço a torcer para o pai!
Obrigada pelo comentário!
Beijos!
Xá Granger, você por aqui!!! Que legal!!!
Bom, muito obrigada pelo carinho e pelos comentários!
Já te passei as fics, né?!
Obrigada!
Beijos!
Naja Lima, me achou no 3v!! *.*
Fico tão feliz quando me encontram por ai! rs
Então, vou atualizar lá tbm... é que o 3v é mais birocrático e tudo mais... =S
huahuhauhuaha
Bom, agora você já descobriu que acertou!
Sim, era a Jeanne era a pessoa misteriosa.
Muito obrigada meeesmo!
Espero que goste!
Beijos!
RE Potter Malfoy, obrigada!! ^^
Você leu "E Se Fosse Verdade" também! Tenho que arrumar aquela fic. Reler, corrigir erros e tudo mais...
Fico feliz que tenha gostado e espero não decepcioná-la!
Obrigada!
Beijos!
Claudiomir José Canan , obrigada por toooodos os comentários. Sei que já respondi por e-mail, mas fiquei muito feliz mesmo!
Beijos!
Camila Black, *___________*
Adorei o comentário... rs
O que seria paçocar? rs =P
Brincadeira!
Espero que tenha gostado do cap!
Beijos!
Obrigada!!!
Deh Malfoy, tomara que volte mesmo!!!! *.*
Obrigada!
Beijos!
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