Prólogo



Prólogo:

"Uma vida sem amor é como árvores sem flores e sem frutos. E um amor sem beleza é como flores sem perfume. Vida, amor, beleza: eis a minha trindade." (Gibran, Temporais)

_________________________________________________


- Gina! Acorda! – Ela resmungou e se mexeu.

- Hum? – Gina abriu os olhos devagar e se sentou na cama. Levou alguns instantes para se acostumar com claridade e similar o que estava acontecendo. Piscou duas vezes e enxergou o rosto de Rony a sua frente. Ele parecia atônito.

- Vamos! Vista-se rápido, já estão todos lá em baixo.

- Han? O que está acontecendo, Rony?

- Não há tempo. Te explico no caminho.

Ela tentou questionar e protestar, mas quando percebeu o irmão já caminhava em direção a porta, e antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, ele bateu-a com força. Ela se levantou bufando e olhou pela janela. O céu estava pintado de tons de cor-de-rosa, indicando o início da manhã. Enquanto se trocava, ficou imaginando o que seria tão importante, e um arrepio percorreu sua espinha. Na certa, coisa boa não era.

Desceu as escadas de madeira da casa quase correndo, e foi encontrar os outros na sala. Era uma casa simples, tão simples quanto a’Toca. Ah, como Gina sentia falta d’Toca e de tudo que vivera lá... Mas nessas épocas de guerra, concordou que a segurança da família era mais importante que tudo. Foram hospedados numa propriedade rural, a fim de se protegerem contra todos os perigos que rondavam a comunidade bruxa.

- Finalmente! – Alguém gritou, e todos se dirigiram em direção a saída.

- Mamãe, o que está acontecendo? – Gina berrou impaciente, enquanto era empurrada com os outros para fora.

- Não há tempo minha filha. – “Não há tempo”!? O que estava acontecendo de tão grave que ninguém podia ao menos lhe dar uma explicação? – Eles foram vistos perto daqui... – falou enquanto empurrava Gina com suas mãos gordas.

A voz da Sra. Wesley estava bem diferente do normal. Estava preocupada e assustada, e não doce e suave como sempre fora.

- Eles!?

Não obteve mais resposta. Sua mãe segurou firme a mão de Gina e começou a correr, puxando-a. Correram. Não só as duas, mas toda a família. Todos mantinham expressões estranhas no rosto, alguns pareciam entender o que estava acontecendo tanto quanto Gina. Outros tomavam as rédeas da situação, guiando-os. Ela percebeu que todos empunhavam suas varinhas e isso a apavorou ainda mais. Notou também a ausência de alguém.

- Onde está Harry?- ela estava berrando.

Harry passara os últimos dias com eles, e apesar de tudo o que acontecia, era maravilhoso ficar com ele em tempo integral. Mas agora ele não estava lá, no meio deles. Deu mais uma olhada nos rostos dos irmãos, desnorteada.

- Ele vai ficar bem, minha filha.

E foi empurrada para dentro de uma cabana. Ela relutou. Queria respostas mais completas. “Será que alguém poderia me dizer o que está acontecendo, pelo amor de Merlin!?” Mas ninguém disse. Ela foi jogada contra a parede de pau-a-pico da cabana simples. A porta foi fechada com um estrondo e a escuridão invadiu os olhos dela. Havia uma única pequena janela na parede oposta, que era a única fonte de iluminação do ambiente. A lareira, à direita de Gina, estava apagada. Os minutos se arrastaram, e a garota resolveu se calar, diante da expressão apavorada de toda a sua família. Estavam todos em um silêncio promíscuo, que a incomodava.

Coisas horríveis começaram a se passar pela cabeça de Gina. Eles, os comensais estavam por perto, e Harry havia sumido. “Ele provavelmente está lutando...” pensava desesperada. Queria ajudá-lo! Não poderia deixar que ele morresse, não iria deixar que ele morresse! Fez menção de se levantar, mas a seguraram pela cintura. Uma lágrima de medo percorreu sua face e sua alma.

De repente, a porta começou a ser esmurrada e ela ouviu gritos do lado de fora. Foi abraçada pelo corpo quente de sua mãe, suas mãos tremiam.

- Alohomora! – Berraram do lado de fora e a porta se escancarrou.

O pavor tomou conta dos corpos imóveis no chão da cabana. Tudo aconteceu muito rápido. Antes que eles pudessem erguer suas varinhas, uma chuva de feitiços invadiu a atmosfera. Luzes coloridas cortavam o ar, vindas de todos os lados, e gritos desesperados enchiam os ouvidos de Gina. Ela se virou, tentando alcançar a varinha que estava no bolso interno das vestes, mas foi impedida de se mexer por causa do abraço apertado da mãe, que jogara seu corpo na frente do da filha para protegê-la. Ela olhou para a porta. Uns 15 homens se atropelavam, para adentrarem na cabana. De repente, ela viu. Na porta, um homem alto, com feições ainda infantis. Um rosto pálido que sustentava tristes olhos cinzentos e reluzentes cabelos prateados. Foi a ultima coisa que Gina viu antes de apagar.

N.A: É, depois de anos voltei a escrever. o/ Então nem reparem se eu estiver meio inferrujada @__@" Ah, tem algumas explicações que eu quero dar antes de continuar. Todo mundo deve conhecer ou ter ouvido falar do filme “Anastácia”, né? Pois é, mas o que muita gente não sabe, é que ele foi baseado numa história verdadeira, a história da Família Imperial Russa, Os Romanov. *-* Existem muitas versões da história, e eu to me baseando em uma delas pra escrever. Então é isso :} COMENTEM! ;*

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.