O rapto



Londres


_Consegui! –grita o loiro correndo para o quarto da ruiva.

_Conseguiu o quê? Um novo perfume muito mais masculino do que usa habitualmente? –pergunta com cara de sono.

_Que gracinha. – debocha sarcasticamente. _ Não quer mesmo saber?

_Não estou minimamente interessada. Vai dormir! – exclama tapando a cabeça com a almofada.

_Ok, pensei que gostaria de saber que acabei de localizar uns quantos comen…

_O quê? – pergunta destapando a cabeça e arregalando os olhos. _Como conseguiu?

_Porque está tão interessada agora?

_Pensei que íamos trabalhar juntos. –brada furiosa.

_Blá blá…Melhor telefonar para Granger avisando, que eu localizei os comensais.

_E já agora aonde?

_Adivinha?

_Hum, deixa ver, na mansão do seu pai?
O loiro roda os calcanhares afim de abandonar a divisão.

_Espera, volta aqui. – Draco vagarosamente virou e deixou-se cair na cama, ao lado dela.

_Não me agradece?

_Pelos dias chatos que tenho passado contigo? Aliais eu disse para voltar e contar onde estão eles e não voltar para acomodar-se na minha cama.

_Em Itália.

_Sério? –interroga sem acreditar. _Tenho de falar com Hermione. Você até que não é tão inútil como aparenta ser, sabe. Agora pode ir saindo.

_E o meu beijo de bom dia?

_Quer mesmo?

_Claro, afinal mereço por ter trabalhado a noite toda, enquanto você roncava aí.

Gina resolveu ignorar o comentário e falou:
_Fecha os olhos.-ele obdeceu. _Quer assim um bem quente?

_Precisamente.

_Suave ou selvagem?

_Acordou bem está manhã. Selvagem. –diz sorrindo.

_Até ao fim?

_O que acha?

_Ta. Agora continue com os olhos fechados e faz biquinho.
Entretanto Gina pegara sua varinha e fizera aparecer um sapo nas suas mãos, pegou no animal cuidadosamente e direccionou-o de encontro com os lábios de Draco, colando-os.

_O que é isso? –pergunta ao sentir a textura e o cheiro do animal.

_Seu beijo de bom dia, ora. Não me faça a desfeita de dizer que não gostou. –ironiza fazendo o sapo voltar a desaparecer.

_Que coisa nojenta! –exclama limpando os lábios.

_Oh, ela não se transformou numa princesa. A propósito, ela se chama Umbry, e representa e evolução da espécie Umbridge. –fala desiludida.

_Meu bem, pensei ser possível existir um futuro para a gente, mas se você continuar beijando assim, acho inadmissível.

_Para sua informação, eu beijo muito melhor que as suas..de que aquelas a quem chama de namoradas.

_Quero ver isso.

_E verá…um dia destes.

_Estou ansioso. Eu acho que me iludi quando pensei que a gente podia ser dar bem.

_ Eu e você, darmo-nos bem? Em que planeta vive hein Malfoy? –pergunta sem deixar de achar engraçado a cara do loiro.

_Só queria saber se você beijava bem.

_No dia em que souber isso, eu já estarei morta, meu bem. E, olha se estiver interessada em Umbry, temos de falar com os familiares, ta bom.

_Ainda bem que eu não ligo para essas suas besteiras. A propósito tenho um assunto para resolver está noite…

_Com quem?

_Porque tanto interesse? Pergunta desdenhoso.

_Ora, não é da sua conta. Vá e não volte.

_Eu até te convidava, mas não quero que fique lá segurando vela. –provoca ele.

_Desinfecta do meu quarto. –vocifera expulsando-o de cama.


Veneza

Hermione, estava dormindo, quando é acordada da maneira mais provável, com um telefonema. Preguiçosamente, se arrastou em cima da cama, até a escrivaninha, onde atendeu:

_ Sim?

_Bom dia. Seria possível falar com a mulher da minha vida?

_Desculpe mas, não estou a ver de quem se trata. –responde asperamente, claro que já sabia de quem era.

_Olhe, é uma mulher com um charme que fulmina, de olhos penetrantes e que faz da minha vida um caminho com sentido, por acaso é uma meia louca, que quando a beijo avidamente e com as mãos libertinas a faço gemer como uma felina. Ela não se encontra aí? – pergunta a voz de Harry extremamente provocante ao telefone.

_Uma mulher que está tentando levar uma vida normal, depois de um idiota ter passado por cima dos sentimentos dela e que agora a última coisa que desejava era ouvir ele telefonando para ela de manhã bem cedo?

_ Ela mesmo, estou precisando dela, pode lhe dar o recado?

_Não!

_E também diz para ela que a amo muito.

_Vai para o inferno Potter! –vocifera com raiva antes de pousar bruscamente o telefone.

_O quê? –pergunta Lily, que acabara de acordar.

_Nada, continue dormindo.

_Você estava falando com o papai?

_Sim, quer dizer não…

_Era ele ou não?

_Sim…

_Então, porque mandou ele para o inferno?

_Er…Bom, porque…-sua cabeça trabalhava a mil para arranjar um desculpa perfeita. _O papai e a mamai antes de se casarem, fazíamos um jogo bem divertido que é assim...hum… tentávamos ver quem aguentava mais tempo chamando nomes ao outro. Entende. –fala pouco convincente da desculpa.

_Desculpa, mas esse jogo não é meio estúpido? É coisa de crianças. –fala franzindo o cenho.

_Pois, mas seu pai é meio chato e gosta de testar a minha paciência. Mas que tal ir agora encher a banheira de cheia de espuma?

_Hum… ta bom. A gente vai partir quando?

_ Hoje a noite.

_Que ótimo, sem Julian a vista, tardes realmente bem passados, vou estar no paraíso. – comenta antes de sair em direção ao banheiro.

Espreguiçou e decidiu levantar-se para fazer as malas, quando o telefone toca novamente.

_Você quer que eu te defina o meu conceito de inferno? –interroga secamente.

_Não obrigada.

_Gina, é você, pensei que fosse o Harry?

_Harry? Aí como? Vocês se encontraram?

_Aham, numa festa, organizada pelos pais de Julian em homenagem ao Sr. Potter.

_E beijos houve?

_Enlouqueceu? Obviamente que não. No inicio ainda me envio com aquela cantada irónica e melosa de desculpa, eu te amo…blá blá…

_Que amoroso?

_Amoroso? Afinal de que lado você está?

_Ora, da sua , mas no entanto não posso deixar de confessar que sinto saudades dele.

_Você deve ser a única.

_Mas e aí a Lily falou com ele?

_Gina, não viaja muito, porque eu e Lily vamos viajar hoje para Grécia.

_Já estava me esquecendo, a gente, quer dizer o Malfoy, localizou os comensais. E imagina onde eles estão?

_Onde?

_Aí em Itália.

_Sabe porque eles estão aqui?

_Não faço a mínima, mas eu e Malfoy, amanha a noite, estaremos aí?

_Então melhor eu voltar antes a Londres, e deixar Lily aí com a sua mamai.

_Hermione, você está de férias, não se incomode.

_Tem certeza?

_Absoluta.

_Eu não estou muito seguro de que eles estão aqui para brincadeira. Tenho um mau pressentimento.

_Fique descansada, que tudo vai correr bem.

_Não sei, não. Deixando isso de lado como estão correndo as coisas por aí?

_Eu nem te conto, o adulterado do Malfoy trouxe para jantar aqui uma loira turbinada, que ele conheceu sei lá aonde e nem quero saber. Não se preocupe que a casa continua inteira, só tive de gastar meu latim, escorraçando ela daqui.

_É impressão minha ou você não gosta que ele leva as namoradas lá.

_Evidentemente e não é uma questão de gostar ou não, é mais de respeito. Ele tem de compreender que não está na casa dele para fazer essas barbaridades.

_Sim, sim.

_Não concorda?

_Sim, plenamente de acordo.

_E quanto ao Harry, como ele está?

_Não sei, nem quero saber e tenho raiva de quem sabe.

_Hii…Já notei que acordou maldisposta. Isso deve-se a que?

_Ao telefonema do Potter, foi ele quem me acordou.

_Ele gosta de você, o que está esperando?

_Gina, acredita em mim, é horrível acordar de manhã e escutar a voz da pessoa que se mais odeia. Não há nada pior.

_Sei como é.

_Agora vou ter de desligar. Quando chegar a Grécia telefona. Nem imagina como tenho saudades de umas férias assim.

_Então trabalhe no duro, talvez a directora-chefe do Departamento dos Aurores fique contente e aí resolva te dar umas férias.

_ Hum…Acho que ela vai dar mesmo, porque nos próximos anos ela estará ocupada, pensando veementemente em como afastar o homem da sua vida.

_Que piada! Eu vou tomar um duche. Adeus.

_Mande um beijo meu ao Harry. -desafia ela.

_Não se preocupe, irei entregá-lo com maior carinho.

_Ta, adeus.

_Voltei. – fala Lily. _A seguir posso ir me despedir do James?

_Ta, eu vou contigo.

_ Mas ele mora na porta ao lado.

_Ok, mas então não se demore por lá. Enquanto isso vou tomar um duche bem rapidinho. Até já.

_Tchau.
Hermione não percebia o porquê da alegria de Lily quando se tratava de ver o tal James? O que tanto ele tinha que chamava a atenção da garota? Ignorou os pensamentos e entrou no banheiro.

Lily chegou na porta 338 e tocou a campainha. Pouco depois James abriu.

_Oi garotinha. Tudo bem? Entra. –fala deixando espaço para ela entrar.

_Sim, eu passei aqui para me despedir de você.

_Se despedir? Não me digam que vocês vão embora.

_Eh, eu e mamai, vamos para Grécia.

_Hum…interessante. Lá é muito bonito.

_Já esteve lá?

_Claro.

_Eu até que não queria ir, vou sentir muitas saudades suas. Mas existe ai um cara que passa os dias colado a mamai, um chato.

_Também eu, hoje a noite vou voltar para Londres, assuntos de trabalho.

_A gente não se vai ver mais?

_Que isso? Claro que sim, Londres é pequeno, vamo-nos ver sempre. Que tal um último sorvete?

_Ótimo!

Os dois desceram até ao restaurante. Depois de ter terminado o duche e estar pronta Hermione, foi à suite ao lado, tocou a campainha e nada. Esperou uns minutos, sem resposta, foi para a zona dos elevadores, chamou um deles e poucos segundos depois abriu. E para sua surpresa, Julian estava lá.

_Oi. Vim te visitar, mas pelos vistos você, já estava descendo.

_Eh, a Lily veio visitar um amigo, mas devem estar lá em baixo. –diz enquanto desciam.

Chegaram a recepção e não os avistaram, seguiram o caminho que dava acesso até ao restaurante. E aí avistou a garota, sentada numa mesa, tomando sorvete com o tal de James. Observou este de perfil. Onde já o teria visto. Reparou no jeito de passar as mãos pelos cabelos morenos. Seria possível? Como? Era o Harry. E como conhecia Lily? Seria ele o tal James de que ela tanto falava? Sentiu seu coração acelerado. O que faria? Não podia aparecer assim do nada e falar que Lily era sua filha?

_Ela está ali, vamos?

_Hum, não, deixa eles acabarem. Enquanto isso, aproveito para te comunicar que eu e Lily, vamos viajar.

_Porquê?

_Somente para conhecer outros lugares.

_Vou sentir saudades suas. –fala beijando as mãos da morena.

_Eh, também eu. –fala tentando não evidenciar o quanto dispensava aquela demonstração de carinho.

Ficou atrás de uma pilastra que se estava situada no centro da recepção, e ia observando os dois, numa das espreitas, reparou no olhar da filha encontrando com a sua.

_Olha ali, mamai. –fala apontando para a direção, onde Hermione e Julian se encontravam.

_Hum…estou ansioso para conhecer ela. –fala Harry levantando-se.

_Então ande, fala segurando na mão deste.

A morena, atrás da pilastra, ouvia os passos cada vez mais próximos, seu interior aflito, a procura de uma solução. Até que um elevador abriu, pegou Julian pelo colarinho e saiu correndo para entrar antes que este fechasse.

_Hermione, está me sufocando.

_Onde está ela? –pergunta o moreno, assim que chegaram ao sítio.

_Hum…eu juraria que vi ela aqui.

_Deve ter subido.

_Então vamos.

Subiram e pararam perto da suite de Hermione. Tocaram campainha e nada. Lá dentro, a morena estava com Julian na varanda.

_Desculpa pelo que aconteceu a pouco.

_Tenho de confessar que anda muito estranha hoje. De quem anda se escondendo?

_Eu? Me esconder? Claro que não, imaginação sua.

_Não vai abrir a porta?

_Não estou esperando ninguém.

_Já pensou que pode ser Lily?

_Não, ela foi visitar um amigo. –fala tentando fazer ele ignorar o barulho da campainha. Que explicação daria ao Julian para o facto de Lily conhecer Harry? Para não falar que o moreno se iria pegar com Julian. Ela podia sem querer despejar que Lily era filha de Harry. E se mais tarde Harry quisesse ficar com a filha? Ela não iria permitir. Mas e se a própria Lily assim o quisesse.

_NÃO! –exclama.

_Que foi?

_Nada de importante, eu é que estava para aqui imaginando um pesadelo. Mas não abra essa porta de jeito nenhum.

_Se não quiser contar tudo bem. Aceita jantar comigo?

_À noite tenho de estar no airport. –no entanto a campainha deixara de tocar.

_Um jantar rápido e depois te levo até lá.

_Já que insiste, tudo bem. Mas fora do hotel.

_Como desejar.

_Agora tenho de acabar de arrumar as malas, a gente se encontra mais tarde.

_Ta bom. – despede-se antes de beija-la na cara.

_Tchau. –fala abrindo a porta.

Assim que este sai, Hermione respirou fundo e sentou-se na cama. E agora como iria buscar Lily sem dar de cara com Harry? Seu cérebro começou a trabalhar em busca de uma solução, até que é interrompida novamente pelo barulho da porta. Lentamente, se dirigiu até lá, espreitou pelo buraquinho da porta e viu a filha do lado de fora. Abriu a porta e mando ela entrar rápido.

_Eu e James, tocamos a pouco e você não estava.

_Er…acabei de chegar mesmo agora.

_Hum…e porque desapareceu, lá em baixo? Ia te apresentar ele.

_Bom, Julian apareceu e aí resolvemos ir apanhar um pouco de ar fresco, e voltei a pouco tempo.

_Ta bom, então ande agora ver ele.

_Depois Lily, temos muito que arrumar, de certeza que até a noite, ainda há tempo para conhece-lo.

_Você vai adorar ele, é super amável. Se não estivesse comprometido com papai, até que fariam um belo casal.

_Imagino. – diz abanando a cabeça afim de afastar aquela possibilidade


Londres

She's got the kind of look that defies gravity (Ela tem aspecto de quem desafia a gravidade)
She's the greatest cook (Ela é a melhor cozinheira)
And she's fat free (E tem o corpo sarado)


She's been to private school (Ela estudou em escola particular)
And she speaks perfect French (Ela fala francês fluentemente)
She's got the perfect friends (Ela tem os amigos perfeitos)
Oh isn't she cool? (Oh, ela não é demais?)


She practices Tai Chi (Ela pratica Tai Chi)
She'd never lose her nerve (E nunca perde a calma)
She's more than you deserve (Ela é mais do que você merece)
She's just far better than me (Ela é muito melhor do que eu)


Gina acabara de chegar ao quarto dos hóspedes. A frente do espelho, Malfoy penteava seus cabelos.

_Algum problema? –pergunta altivo.

_Nenhum.

_ Como estou?

_Irresistivelmente monstruoso.

_Que atenciosa.

_Eu vou indo. Se divirta sozinha pela casa.

_Melhor sozinha que mal acompanhada. –resposta ela.

_Está muito calma hoje hein. Não aprontar nada, me impedir de atravessar aquela porta?

_Não. Você merece se entreter.

_Não sei o que pretende. Eu volto de madrugada. Boa noite!

_Boa noite! E vai pela sombra, idiota. –afirma antes de trancar a porta e lançar um feitiço sobre a casa. _Da próxima vez que entrar por aquela porta será amanha de manhã.

So don't bother (Então, não se incomode)
I won't die of deception (Não morrerei de decepção)
I promise you won't ever see me cry (Prometo que você nunca me verá chorar)
Don't feel sorry (Não tenha pena de mim)

And don't bother (E não se incomode)
I'll be fine (Eu estarei bem)
But she's waiting (Mas ela está esperando)
The ring you gave to her will lose its shine (O anel que você deu a ela perderá o brilho)
So don't bother, be unkind (Então não se incomode, seja cruel)



Entrou no quarto de Malfoy, foi direto ao banheiro. Colocou uma música e começou a cantar. Segurou a loção de barbear e despejou no frasco de creme. Pegou no shampoo e misturou-o com um líquido verde. Dançou até a escrivaninha dele, tirou a tampa do perfume e despejou outro frasco daqueles perfumes baratos da feira, com toque feminino. Foi a gaveta das sungas, pegou neles e com um gesto da varinha, ficaram cor de rosas, e letras num rosa mais escura, dizendo: ‘I love my mum!’. Agarrou algumas camisas dele e fez um corte a volta dos mamilos. Antes de abandonar o local, tirou seu baton vermelho e escreveu no espelho: ‘Odeio Draco Malfoy’, pintou os lábios e beijou mais em baixo. Finalizado, olhou para trás contemplando a sua obra de arte.

I'm sure she doesn't know (Tenho certeza que ela não sabe)
How to touch you like I would (Como te tocar como eu tocaria)
I beat her at that one good (Nisso eu ganho dela)
Don't you think so? (Você não acha?)

She's almost 6 feet tall (Ela mede quase 1,83 m)
She must think I'm a flea (Ela deve achar que eu sou uma pulga)
I'm really a cat you see (Eu realmente sou um gato, veja)
And it's not my last life at all (E esta não é a minha última vida de jeito nenhum)


Voltou para sala e colocou um filme. Horas depois, foi vencida pelo sono e foi até ao quarto.

**^***^***

Amanhecera em Londres, depois da fantástica noite que teve Gina acordou e foi preparar o café da manhã.
Ouviu a campainha. Colocou um enorme sorriso nos lábios e abriu a porta. Tinha os cabelos despenteados, a camisa afrouxada, com o casaco na mão, expressões de quem não dormiu bem e ar de quem estava pronto para torturar alguém. Conseguiu conter o riso e perguntou:

_Entra. Draco, você não disse que ia voltar de madrugada? Ela te deu muito trabalho foi?

_Olha aqui, você está dando cabo da minha paciência. Ontem quando voltei, a porta estava trancada, tive de passar a noite dentro do carro.

_Desculpa, eu esqueci.

_Esqueceu? Para não falar que nem dava para aparatar para dentro. –fala tentando controlar a raiva que sentia.

Aproximou-se da ruiva e bem junto de seu ouvido disse:

_Você fez isso, porque não suportou que eu fosse sair com outra, certo?

_Totalmente errado.

_Só te dou um aviso, não me desafie Weasley, pode se arrepender muito. E não pense que serei sempre tão passivo contigo. Caso esteja interessada, fique sabendo que a noite foi excepcional. Agora vou tomar banho. –fala antes de sair.

_Vai, ah, bom dia para você também? –fala antes de se trancar no seu quarto.

_EU TE MATO, WEASLEY! –explode Draco.

Gina ria desvairadamente, ao imaginar a cara do loiro com o que ele teria presenciando.

_ABRA ESSA PORTA! –rosna ele do outro lado da porta.

_Foi sem querer.

_Não interessa.

_Eu estava tentando imitar uma coisa que vi num videoclip, mas acabou por correr tudo mal.

_Não pense que me convenceu com essa desculpa desconexa.

_Sério.

_E no vídeo também estava lá escrito : ‘Odeio Draco Malfoy’, hein, sua desequilibrada?

_Não, isso foi para dar um toque final ao ambiente. E o mesmo aconteceu o videoclip.

_SAI DAÍ! –rosna novamente, dando murros na porta.


Veneza

Estavam naquele restaurante há pouco mais de uma hora, já tinham terminado a janta, só não estavam em direção ao airport, porque Julian decidira prolongar a conversa. No meio do diálogo era notável a aproximação das mãos deles sobre a delas.

_Da próxima vez, virá para ficar mais tempo.

_Se der…

_Já não devíamos ir andando? –interrompe Lily, aridamente.

_ É melhor. –fala Hermione consultando o relógio.

_Vamos.

Algum tempo depois chegaram ao local.

_Eu vou ao balcão perguntar a hora de partida.

_Espero que faça uma boa viagem. Vai gostar de lá. –diz ele para Lily.

_Tenho a certeza que sim. A gente vai mais cedo, porque mamae e eu estamos morrendo de saudades do papai. Imagino que quando chegar tenho de fazer novos amigos, porque quando aqueles dois se juntam, parece que não querem se desgrudar mais. –fala para provocar ele.

_Hum…entendi. –fala pouco agradado com a resposta da garota.

_Pronto, partimos daqui a quinze minutos. Temos de ir para a sala de embarque. –diz Hermione.

_Julian, foi um prazer conhece-lo. Adeus. –fala a garota, arrastando a mãe pela mão e não dando tempo dela se despedir.

_Eu acompanho vocês.

O airport estava apinhado de gente que acabara de chegar, outras que iriam partir e o barulho típico daquele lugar, tornava-o freneticamente movimentada e agitada. Juntaram-se a multidão apressada, indo em sentido contraio aos que acabaram de chegar. De repente, Hermione sentiu a mão da filha sendo puxada forçadamente. Parou e olhou em redor, avistou a filha sendo levada por um indivíduo vestido de preto. Correu para trás o máximo que conseguia, mas não os avistou mais. Seu coração batia descompassadamente, seus olhos ardiam e sentiu-se girando a volta de tudo.

_Hermione, o voo é daqui a cinco minutos.

_A minha filha desapareceu, Julian, acha que posso sair daqui sem ela? –contesta irritada.

_Ta bom, fazemos assim eu vou perguntar aos seguranças se viram algum suspeito saindo daqui com uma criança.

_Ok, eu vou ver lá fora.

Chegou ao exterior, mirou em todas as direções possíveis, nem um único sinal de Lily. Foi conquistada pelo alvoroço, seus olhos começaram a marejar na possibilidade de nunca mais voltar a ver a filha.
Deu meia volta para entrar quando esbarrou com alguém.

_Desculpa. –diz com intenção de sair dali.

_Hermione?

A morena levantou a cabeça e viu Harry. Não soube explicar o porquê, à que se devia, o que ela estava prestes a fazer, mas precisava daquilo, e foi o que fez. Abraçou-o, como há muito não fazia e deixou-se ficar assim.

_Que foi? –pergunta ele passado a mão pelos cabelos dela.

_Hermione, os seguranças não…-começa Julian, mas pára assim que identifica a pessoa com quem ela estava conversando.

_A minha filha desapareceu. Raptaram ela.

_Filha? Desde quando você tem uma filha? –pergunta incrédulo.

_Eu te explico depois, mas agora me ajude a achar ela, por favor.

_Ta bom, vamos.



To Be Continue…








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