Insaniedades




Capítulo 13 - Insanidades

Londres


_É preciso ficar assim? -pergunta Harry a Hermione assim que chegaram a casa.

_Quer que eu fique como?

_Sei lá…animada, afinal era apenas o Julian. – fala depreciando a importância que o efeito do ‘simples’ soco teve. _Podemos ir dormir e amanha telefonamos pra ele pra perguntar se já conseguiu algum feitiço pra por o olho no estado normal. - fala abraçando-a e preparando-se pra aninhar seu queixo em seus ombros quando:

_O que vocês estão fazendo? -perguntou Lily deixando Hermione congelada por breves instantes e Harry incomodado.

_Er...nada! – exclama Hermione soltando-se de Harry e evitando olhar pra ele.

_Lily que acha de eu te levar pra dormir? – propõem Harry.

_Ok... Boa Noite!

_Boa noite. – retribuiu Hermione.

...

_Harry, não acho que você dormir no meu quarto seja uma boa idéia. -fala Hermione encostada na porta semi aberta.

_Você está me expulsando?

_Não. Apenas não estou te deixando entrar. Tem uma diferença. Boa noite.-fala com intenção de fechar a porta que foi bloqueada por Harry.

_Oh, ficarei quieto e que há de mal em dois ‘amigos’ dormirem na mesma cama? – ela nada respondeu. _Aff...quer que eu durma no sofá?

_Não, pode ficar no quarto de Gina é logo ali ao lado. -fala apontado pra o quarto que estava a frente.

_Você mudou muito. – fala pensativo.

_Não mude de assunto pra me dar a volta.

_Não estou mudando de assunto...- disse franzindo o cenho.

_Hum...você também. – afirma notando as feições do homem que ele se tornara.

_Eu também o que?

_Ora...também mudou.

_Sabe, eu sempre quis ver o mundo mesmo que fosse por um dia, através dos seus olhos, do seu jeito? Saber os seus sonhos, objetivos, medos, pensamentos e até o que acha da nossa relação.

_É, também sempre quis entender as suas atitudes infantis, a sua forma de enganar o tempo e fingir que tudo está bem, mesmo quando sabe que o mundo está desmoronando à sua volta, o porquê de querer sempre proteger as pessoas, o porquê de nunca cumprir as regras… e o porquê de repentinamente, me abandonar daquele jeito tão ignóbil, e agora parece que virou a pessoa mais vaga que tive o desagrado de pensar que conheci.

_Já não sou aquilo que fui.

_Sempre achei que quando voltasse te veria rodeado de… outras pessoas, de sua própria família. – diz deixando a porta aberta e de modo a que Harry pudesse entrar.

_Desde que me afastei de você, tenho estado aberto às mulheres erradas. -fala irónico.

_ Nunca soube amar. – ela retorquiu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

_Mentira. O problema é que nunca soube amar outra mulher que não fosse você.

_Aff...está tentando seduzir alguém com essas palavras românticas?

_Não.

_Como as coisas mudam, antes te amava tanto, talvez demasiado, mais do que você mereceria ou necessitava. – Hermione fala pensativa.

_ Não existem demasiados no amor.

_Existem sim... Tudo na vida precisa de barreiras, limites, abismos...

_ Por que apresenta as coisas desse modo?

_Porque o mundo não é um mar de rosas. E além do mais porque faz tantas perguntas?

_Eu não faço se deixar tudo voltar como antes. Caramba, esquece o que aconteceu.

_ Quando desapareceu, estive doente de corpo e de alma. Mas escolhi continuar. Continuar sempre, pisar nos defeitos que ganhei desde que sumiu, tentar rir do sucedido, pensar no futuro e ainda assim continuar. Sabe o que aprendi? Que a vida é uma mera espiral de ciclos mais ou menos longos. Por isso é que não quero que você fique esperando que eu te abrace e até que algum dia, por mais longínquo que ele esteja, volte para ti e finja que nada aconteceu, desculpa, mas acho que não sou capaz de o fazer.

_Você acha. Não tem a certeza. -diz aproximando-se dela e fazendo-a recuar até a parede onde pôde prendê-la com o seu próprio corpo.

_Boa noite, Harry. – diz olhando para a porta.

_Boa noite! - fala antes de retirar-se.

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Hermione estava entretida colocando alguma coisa no forno. Harry chegou, sem fazer barulho, no exato momento em que ela se inclinava para alcançar a grade de baixo.
Andou devagar pra não assustá-la.
Ela levantou o corpo, e começou a mexer em uma panela que estava sobre o fogão. Quando ia colocar uma colherada de molho na boca, sentiu a respiração quente do moreno, próximo ao seu pescoço enquanto os braços deste prendiam sua cintura. Pulou de um sobressalto, e acabou queimando levemente o lábio superior, soltando um gemido.

_Porque é que eu simplesmente não te expulso daqui? - pergunta pra si mesma.

_Ora...porque você me ama, razão mais forte não há. Precisa de ajuda?

_Pode ser, lave a louça…-ao olhar pra as expressões dele, continuou. _...se não for muito incomodo.

_Não. Ah, esqueci de avisar só iremos almoçar nos os dois. Lily vai passar a tarde com Gina. – avisa enquanto ela punha a mesa.

_Com a Gina? E nem sequer me avisou mais cedo?

_Só agora me lembrei. E além disso elas amaram a ideia de passarem a tarde juntas.

_Claro que amaram a ideia, farão tudo o que proibi durante sete anos numa única tarde.

_Não entendi?

_Gina imaginou o que elas poderão fazer.

_Apenas foram ao parque de diversões. – diz tentando mostrar como estava exagerando.

_Não, não, você não compreende a Gina…Quando ela diz parque de diversões, é como quem diz: shopping e como estão lá aproveitam e enchem-se de pizzas e doces e depois disso tudo vão pra um passeio naqueles brinquedos…Mas ao menos não andarão de montanha russa, ela morre de medo disso.

_Ela não faria isso…-olhou-a e acrescentou_ Quer dizer, eu acho que não. Mas enquanto isso, depois do almoço podíamos assistir a uns filmes que peguei numa loja.

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Gina e Lily chegaram ao parque. A ruiva ficou encantada com a arquitetura. A entrada espalhafatosamente colorida, os brinquedos igualmente coloridos e atractivos, artistas populares fazendo shows em meio ao público e ainda ao fundo uma gigantesca montanha russa.

_Uau…Podemos ir almoçar? Estou faminta. - disse a morena.

_Claro, podemos começar pelos cachorros e terminar na pizzaria, depois podemos andar naqueles carrinhos. – fala observando os carrinhos eléctricos conduzidos por crianças que chocavam uns contra os outros.

_Hum…Importa-se de liberar o caminho? – sussurra alguém atrás dela provocando-lhe um arrepio na nuca.

_Oh, desculp…-começa, porém não continua o pedido de desculpa ao deparar-se com Draco. _Aff...você por aqui, velho?
O loiro estava lindo, usava calça jeans e uma camisa pólo azul cinza, combinando com seus olhos. Estava tudo muito bom para ser verdade.

_Em carne e osso, imatura.

_Pensei que estaria trancado em casa medindo a tensão, tomando os seus remédios ou alimentando a sua perversidade com aquelas revistas. Nunca pensei que alguém que tivesse a sua categoria estaria num lugar destes.

_Desculpe se estou violando o seu espaço.- fala sarcástico o mesmo sorriso cínico que nunca tirava do rosto irritando Gina.

_Meu espaço? – pergunta confusa.

_Afinal parque diversões é pra crianças.

_Eu vim trazer Lily.

_E a você mesma, suponho. Onde estão os seus pais? -pergunta a Lily.

_Em casa.

Draco gargalhou não acreditando: _Eles te deixaram com Gina? Com essa louca? Ela vai cuidar de você?

_Vê algum mal nisso? Acha que não sou capaz?

_Tenho a certeza. Como uma criança pode cuidar de outra criança?

_Se é pra crianças o que está fazendo aqui então? Me seguindo?

O loiro respondeu puxando numa mulher de curtos cabelos negros pela mão e passando a frente de Gina e Lily pra entrar no parque.

_Vamos logo meu amor, não queremos perder nada.

Tal como o casal a frente, Gina comprou os ingressos e entraram. Já lá dentro, Gina dirigiu o olhar pra um casal que estava a poucos metros delas. Eles permaneciam de mãos dadas enquanto caminhavam em direcção aos brinquedos.

_Podemos comer? -pergunta Lily vendo que a atenção da ruiva estava em outro lugar, tal como seus pensamentos.

_Claro. – as duas dirigiam-se a banca e pediram pizza.

_Come. – incentiva a ruiva pra Lily.

_Não deveríamos comer depois de andar nisso tudo? Porque se comermos agora teremos de fazer pausa pra a digestão e só depois poderemos andar na montanha russa.

_Montanha-russa?

_Sim...não me diga que vínhamos aqui sem andar lá.

_Ah, pois...Claro...Mas enquanto fazemos a digestão podemos ir andar no carrossel.

_Carrossel?

_Sim...você vai adorar.

_Ok...mas depois, já sabe.

….

_Gina, você está se enchendo com essa pizza e depois pensa em levar a menina para a montanha russa? – pergunta o loiro que acabara de chegar a mesa com olhos brilhando quando avistou a montanha-russa.

_Não é do seu interesse. A sua namorada sumiu? Ou já a descartou? – pergunta não vendo sinal da mulher por perto o que lhe trouxera uma certa satisfação.

_ Que gracinha…foi ao banheiro.

_Aproveitou isso pra vir me chatear, não é? – pergunta e de seguida tomando o último gole do seu refrigerante.

_Ora...claro que não…vim convidar você a andar na montanha russa.

_Mais tarde, agora estamos a comer…

_Eu já acabei. – fala a menina levantando e praticamente correndo até ela lá com o loiro, obrigando Gina a ir junto.
A entrada, a namorada de Draco já os esperava. Parecia pouco feliz pelo facto de Draco ter vindo com companhia interrompendo assim a tarde que provavelmente seria apenas pra os dois.

_Não, Draco, eu não vou andar nisso aí.- fala ela antes de Draco argumentar pra a convencer.

_Porque, Julie? Viemos aqui para nos divertir.

_Sim, mas uma diversão a sós. – fala lançando um olhar gélido a Gina.

_É melhor a gente ir andando Lily afinal não queremos interromper.-fala Gina pois andar na montanha russa era a última coisa que queria.

_Não precisam ir. - fala Draco pegando um cartão que daria acesso a entrada a montanha russa.

_Eu ou eles, Draco? – pergunta Julie terminante cruzando os braços e batendo o pé.

_Vamos. Já voltamos Julie. –o loiro fala pra Gina e Lily.

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Em casa. Depois do almoço….

Ambos afastaram os móveis que estavam no centro da sala e optaram por sentar no tapete, apoiando as costas no sofá. Apagaram a luz, arrancaram os sapatos e colocaram o primeiro filme, depois mais uma, e ainda restava uma última. Era uma comédia romântica, e pra o agrado do moreno, Hermione parecia gostar.
Harry dava preferência aos de ação mas, desta vez, talvez aquele tema facilitasse as coisas entre eles.

_Oh, que linda declaração de amor. – suspirou Hermione. _ Seria muito difícil, algum homem, hoje em dia, agir dessa maneira, tão romântico e… -outro suspiro. _Já viu? Ela se esquece tudo e ele faz de tudo pra ela lembrar constantemente do amor que sentem. Eu me apaixonaria por um homem assim sem dúvidas.

Harry bufou enciumado. Ela queria uma pessoa romântica ao seu lado? Será que ele saberia corresponder a esse desejo? Olhou pra morena e notou uma lágrima no canto do olho, visivelmente emocionada.
Continuaram vendo o filme.

_Que calor. – fala retirando a camisa.

_Eu não acho. -fala olhando-o pelo canto do olho. A pouca claridade contribuía para que ele não se apercebesse do olhar dela.

Era difícil tirar olhos daquelas costas largas, de músculos altivos que se moviam com o ritmo com que ele tirava a peça. Realmente o moreno crescera e não fora pouco. O que a impressionava mais nele como sempre, eram as mãos, não eram grandes, nem pequenas. O que ela gostava era da firmeza delas, mãos que tantas vezes antes a tocaram. O moreno concluiu de tirar a camisa num gesto rápido, quase elegante.
Abanou a cabeça a fim de afastar aqueles pensamentos absurdos. Tinha de fingir para ela mesma que não adorava esse tipo de jogos de sedução que eles tanto gostavam de jogar.
‘Ele faz isso de propósito’, pensou ela. _Faz para me provocar.’

_Bom, er...eu vou dormir, não passei bem a noite. – fala Harry seguindo rumo ao quarto.
Ele sabia o que podia acontecer, caso permanecesse ali. Ela pausou o filme e respirou fundo, aquilo não poderia estar acontecendo novamente, tudo o que ele fazia simplesmente a endoidecia. Quando deu por si estava parada a frente do quarto que fora de Gina. Batia ou não a porta? Ficou ali na dúvida até sentir passos dentro do quarto se aproximando cada vez mais da porta. E agora? Ela ainda podia sair correndo pra a sala e fingir que nada aconteceu. Esquecer que nunca estivera ali. Sentiu peso nas pernas e pouco depois Harry abriu a porta.

_Nunca pensei que chegaria a viver pra assistir a uma cena dessas, Hermione Granger espreitando um homem.

_Eu não estava te espreitando. Apenas vim falar contigo.

_E…?

_E o que?

_O que veio me falar.

_Ah, isso…aff... não é nada demais. Aliais, já nem me recordo…-fala dando a volta pra sair dali.

_Entra. Acho que temos de terminar o nosso diálogo eficiente.
Ela deu um riso e aceitou o convite e não pelo diálogo eficiente e sim por um simples diálogo.

Sentou-se numa cadeira que havia aos pés da cama, ele ficou de frente pra ela.

Antes que ela tivesse tempo para dizer o que quer que seja, Harry chegou perto dela, sorriu e olhou-a com os olhos desejosos. Eles se beijaram sofregamente. Ao princípio ela pressionava as mãos contra o peito dele a fim de afastá-lo, mas vencida acabou por deixar o beijo prosseguir. Hermione levantou-se. As suas mãos passeavam entre os cabelos macios dele. Ele sabia que ela só não obedecera a vontade de abandonar o quarto, porque uma razão que estava fazendo prendia-a naquele local, involuntariamente, e essa razão era ele.

_Harry…acho melhor…a gente, quer dizer você parar…-fala entre suspiros quando ele beijou-lhe o pescoço. Afinal alguém no meio daquela insanidade tinha de dar o mínimo de sinal de racionalização.

Sem perder o contacto visual, o moreno já tinha desabotoado os três primeiros botões, revelando assim parte de seus seios. A peça de roupa foi parar no chão. Ele derrubava, com os dedos, as alças do soutien rendado, pelos braços dela.
O moreno passou suas mãos pelas costas dela, até alcançar o fecho da lingerie, e desprendê-lo.
Cada pedaço da pele clara e sedosa, que surgia diante dos abrasadores olhos cor de esmeraldas, era beijado com paixão.
Um calor percorreu-lhe todo o corpo, indo parar nas suas partes mais íntimas que pulsavam, na agonia do prazer.

_Sonhei tantas vezes com isto. – ele sussurra contra a pele dela. _ Você não faz idéia do quanto eu esperei por este momento...

_Ouviu o que eu disse?

_Hmm? Hmm… – murmura Harry entretido com os seios.

_Não, não está entendendo...
Caramba, porque não o afastava? Ela não conseguia... não conseguia zangar-se ou tentar distancia-lo.

_Entendi sim. – fala deslizando a mão por dentro dela, enquanto Hermione tentava pegar a camisa caída, que num gesto veloz, Harry chutou para outro canto do quarto. Não podia acreditar que depois de seis anos, finalmente a tinha a sua frente, em seus braços, em sua vida, novamente. Perfeita era uma palavra muito simples para descrevê-la.

_Lembra da segunda vez que a gente fez amor? -ela abanou afirmativamente a cabeça. Foi ridículo. – fala rindo-se entre beijos.

_Desculpa, ridículo? Em que contexto? – protesta ela com os olhos arregalados.

_Calma… o local é que foi ridículo, nunca morri de amores por aquela biblioteca de Hogwarts, não gostava nada daquele cheiro intenso a papel velho...-ela gargalhou._ Prefiro gastar as minhas mãos em peles como a sua.

_A gente tinha obrigações, tarefas, sabia?

_Sabia. – diz afastando-se para admirar a sua mulher nua.

_ Nessas alturas eu queria reservar o pouco tempo que tinhamos para namorar, conversar, dizer todas aquelas coisas que tinham de ser ditas e que até hoje infelizmente nunca foram.

Beijou-a o rosto, os lábios…
_Já te disse que sou viciado nos seus lábios? – pergunta o moreno mudando de assunto.

_Porque nunca me disse as palavras que espero que diga?

_Nunca gostei de amar e falar ao mesmo tempo, mas tenho de confessar que estou a adorar a experiência.

_Harry, melhor a gente... dar um tempo.

_Eu não preciso de tempo. Preciso de ti.

_Agora, não é? – suspira descolando dele.

_Você não me ama e pelo que vejo tão pouco não me odeia. O que sente por mim?

_Poderia dizer que te odeio, mas isso é um sentimento e uma palavra forte capaz de deixar marcas e cicatrizes para o futuro. Não, não acho que aquilo que sinto por você não é tão forte quanto ódio, apesar de já se ter aproximado a isso.

_Você me faz perder o controle, sabia? – pergunta devorando os olhos castanhos cheios de desejos e puxando-a de volta.

_Então não se controle mais. -ela pediu em seu ouvido, buscando a boca dele outra vez.
Ela perdera, melhor desistir, rendera-se a ele, pelo menos, daquela vez. Já tinha acabado de dar a sentença.
Ela subiu suas mãos pelo peito forte e musculoso, sentindo cada espaço, cada curva, cada relevo rijo. Alcançou o pescoço e, acariciou-lhe a nuca, deixando que os cabelos macios dele penetrassem entre seus dedos. Ele não pôde evitar o arrepio que tomou conta de sua espinha dorsal. Com furor, abriu o zíper dos jeans dela, deixando-os cair ao solo. Em seguida, ele alteou-a nos braços, e a levou para a cama, devorando-lhe a boca, freneticamente, no caminho. Colocou-a em cima dos lençóis macios de cetim, e deitou-se sobre ela. Os cabelos castanhos dela se espalhavam pelo travesseiro, e os dele ainda recebiam as carícias das mãos dela. Os movimentos eram rápidos e precisos. Enquanto isso, sem demora, ele arrancou sua própria roupa de baixo. Iniciou então uma descida exploratória pelo corpo da morena. Primeiro, o pescoço do qual devorou, avidamente, todos os espaços, lambendo, chupando e beijando até chegar ao peito. Com a ponta da língua, percorreu as curvas dos seios, chegando ao meio, onde ficou por vários minutos brincando. Continuou a explorar o corpo da mulher.
Suas mãos acompanhavam, deslizando-se pela cintura, até atingir as nádegas que apertou com ímpeto, o que fez ela soltar um suspiro de excitação. Ele percebeu que estava no caminho certo. Beijou-lhe o umbigo, sensualmente, enquanto, com os dedos descia a lingerie rendada.
Todo aquele ‘passeio’, e as sensações táteis que a pele macia dela lhe transmitia, fizeram seu membro enrijecer rapidamente, mas, agora, ele não tinha mais pressa.

A mão dele agora ia de encontro ao seu íntimo. Ela suspirava baixinho de encontro ao ouvido dele. Rolando pela cama, trocaram de posição. Deitado de costas, o moreno acarinhou o corpo esguio, sentado sobre ele. Começou pelo rosto, depois o pescoço e, quando chegou nos seios, a ouviu gemer. A sensação de ter a pele dela contra a sua, sem nenhuma barreira de roupas entre os dois, era indescritível.

Com delicadeza, tocou novamente os seios que encaixavam perfeitamente na palma de sua mão. Sentiu os mamilos intumescerem, excitados. Subiu a cabeça para beijá-los.
Hermione não pode conter um gemido quando sentiu a língua quente acariciar suas sinuosidades. Seu corpo foi percorrido por uma onda de prazer extraordinária e agarrou-se a ele para não desfalecer. Harry deixou-se levar pelo desejo e firmando as mãos nos quadris dela, foi deslizando, sentindo-se cada vez mais invadido pelo calor que emanava daquele corpo macio.

_Aff…não acha que já chega dessa ‘brincadeira’? - Hermione pergunta.

Ele parou, por um segundo, apenas para lhe responder:
_Com todo o prazer, senhora Potter…

Fez um ‘passeio’ inverso para cima até chegar aos lábios entreabertos, que imploravam por um beijo abrasador. Atendendo aos seus apelos, começou a beijar-lhe a boca e, ao mesmo tempo, introduziu seu membro rijo na cavidade quente e úmida, logo abaixo do umbigo.
Depois, foi acelerando, aos poucos, para dentro e para fora, rítmica e constantemente.
Por um instante, afastou sua boca dos lábios de Hermione, e seus gemidos de prazer se confundiram com os dela. Ambos estavam quentes e suados. Ela sentiu que o fogo que queimava, abaixo de sua cintura, vinha subindo por seu corpo, queimando-lhe também a face.
Como se pudesse compreender os anseios dela, possuiu-a cada vez mais rápido e mais intenso, o seu falo a saboreava-lhe o corpo.
Penetrava num misto de necessidade, braveza e desespero, como se ela pudesse mudar de idéia dentro de segundos e, loucamente, sussurra ao ouvido de Hermione mil e uma insânias e promessas. Ela já sabia que para Harry as promessas existiam para serem quebradas.
Ela mordia os ombros, enquanto afundava as mãos cada vez mais nos cabelos negros.
Quando ouviu os suspiros, Harry não pôde mais resistir, eles o incitavam a querer mais. Fitou o rosto de Hermione, delicado e viu a expressão de prazer e satisfação voltar às belas feições.
Quando chegaram ao prazer, Hermione deixou-se cair sobre o peito dele. Sentindo as respirações, antes descompassadas a normalizarem. Saiu de cima dele e deitou-se ao lado, na cama ainda arfando e suando. Fechou os olhos, por breves instantes, para degustar aquela sensação maravilhosa que percorria todo o seu corpo.
Hermione agiu da mesma forma. Pareciam estar sonhando.
Ainda de olhos fechados, Harry pegou na mão de Hermione, e sussurrou:

_Vem cá.
Ela obedeceu, aninhando no peito quente do moreno.
Durante incessantes minutos limitaram a fitarem-se calados processando tudo o que havia acontecido.
_ Não receia o meu silêncio? - perguntou ela.

_ Não - respondeu-lhe ele ao ouvido – eu sei compreender os seus silêncios. Foi assim que tudo começou…

_ Nunca desconfia que posso estar a pensar noutra pessoa? Num outro homem que não seja você, não?
Ele sorriu e beijou-lhe os dedos da mão.

_ E você? - retorquiu-lhe - Nunca teve medo dos meus sonhos, dos meus olhos fechados, dos meus dedos que tentam aprisionar seus imaginários?
Ela sorriu-lhe, enigmática, querendo esconder os pensamentos e as palavras, enquanto puxava os lençóis pra se tapar.

_Não se esconda. – quase implorou levantando-se e beijando-lhe as pernas longas - não se oculte assim quando tento saber o que mais mudou em você.

_Mas você não se cansa, não?

_De você? Nunca...

Ele a tocou, novamente entre as pernas, ávido, embriagado com o seu perfume e suas perguntas retóricas.
Deixou que ele a penetrasse novamente e a tomasse, mais uma vez, iludido na sua sensação inválida de posse. Onde ele era músculos, ela era curvas. Onde ele era força, ela era suavidade. Juntos eles eram perfeitos. Completos.
Depois daquilo tudo, será que ainda era necessário tempo até voltar a amá-lo? Pois o que estavam fazendo já era amor. Mas gostava de quando ele lhe passava a língua pelos ombros, pelas costas, pelas nádegas...
Deixou escapar um gemido e fechou os olhos. Preferia não ter de o olhar diretamente e ler-lhe nas feições do rosto o amor desmedido, cego que o ligava a ela. Logo, os movimentos se tornaram frenéticos, quase fogosos, buscando saciar, mais uma vez o prazer de ambos, mergulhando cada vez mais um no outro. Seus gemidos enchiam de sons o quarto. Contorceram-se pela segunda vez no orgasmo, essa noite.



_ Foi bom? - perguntou ele, inocentemente ansioso da sua aprovação.

_ Sabes que desprezo esse tipo de perguntas. - disparou a morena, enquanto se erguia e voltava a se vestir.

_ Mas que mania de se cobrir. -fala fazendo-a sentar-se na cama.

_Acho que duas vezes na mesma tarde já é suficiente. – fala olhando interessada o estado em que tinha deixado os cabelos dele.

_Eu tento, mas não dá pra o por pra baixo.

_Não faz mal…gosto dele assim. Te dá um ar selvagem e viril.

_Dantes dava preguiça. Cada vez que tinha um encontro tinha vontade de abaixá-lo, mas...

_Encontros? – perguntou espantada.
_Estou brincando, tinha de ver sua cara agora. Você supera qualquer uma.

_Melhor ir pra meu quarto.
"Eu estou matando minha liberdade e amor próprio nesta relação que já provou não ter futuro. Preciso acabar com isto... mas como? Prometi a mim mesma que nunca mais deixaria cair nessas investidas, quando o voltasse a ver..." - pensou amargamente.

_Ei, não ficou chateada pois não?

_Não, se eu ficasse chateada cada vez que você dissesse essas coisas a está hora estaria morto. Mas me diga uma coisa: quantas?

_Quantas? Como assim?

_Com quantas esteve durante a minha ausência.

_Acho perdi a conta.

_Harry James Potter, você não nem uma noção? -pergunta num misto de raiva e irritação.

_Nenhuma.

_Quem está querendo enganar?

_Te juro. Nada que durasse mais do que algumas semanas. Mas agora fique aqui. – fala puxando-a pelo braço e a abraçando, sem deixar de olhá-la.

_Porque me olha tanto?

_Como você não me quer dizer o que sente, talvez o olhar ajude.

_Os olhares enganam, deturpam.

_Se não enganaram no passado, tão pouco o farão no presente.

_Aff...Não me recorde o passado, daqui a pouco vai perguntar os homens que já passaram pela minha vida.

_Não houve nenhum outro pra além de mim.

_Tem certeza?

_ E mesmo que houvesse duvido que tenha existido algo sério. Eu fui o único que deixou algo de importante para você.- exibiu-se ele.

_Ciúmes nunca fizeram parte dos seus defeitos.

_Não só é um defeito como também uma qualidade. Mas é estranho! Eu queria que por vezes olhasses para mim com ar de quem me quer desbaratar com medo de me perder. Toda a gente que ama sente medo de perder alguma vez na vida.

_Acredita, eu já senti inúmeras vezes esse medo, talvez mais do que você possa imaginar.

_Não aguentaria pensar que alguém te pode ter da forma que só eu posso ter. Começando por aquele Julian.

_É, aposto que ele não te percorria a pele com a língua como eu faço, não te observava a despir-se, até porque você não devia dar muita confiança à ele como a mim. Podia te beijar a nuca, acariciar-te, mas não da mesma maneira que eu faço. E melhor – baixou a voz e murmurou maliciosamente. _ ele não te agarrava, apertava ou se movia como eu.

Durante longos segundos, ela apenas riu.
_Alguma vez já parou para pensar na quantidade de besteiras que fala? -perguntou a morena.

_Não são besteiras… – falou ele.

_Vamos tomar banho e depois podemos acabar de assistir os filmes. -fala puxando pela mão até ao quarto dela.
Encheram a banheira de água, algumas essências e muito espuma de banho.
Deitaram-se no meio daquela espuma branca e cheirosa, um em frente ao outro. Ambos inclinaram a cabeça para trás, por alguns minutos, descansando a nuca sobre a beira da banheira. Começou a bolinar, com os dedos dos pés, as pernas de Hermione.
Ela, fingindo que nada sentia, permaneceu de olhos fechados. Ele não se deu por convencido, subindo-os para a barriga dela, e massajando-lhe o umbigo. Ela sentiu um leve arrepio, e precisou ajeitar-se na banheira.

_Pare Harry.

_Ok, ok. – fala aproximando-se pra beijá-la.
Harry não sentia necessidade de procurar a verdade do que sentia, pois ela era verdade e agora estava bem à sua frente, na família unida, e nos prazeres sem limites com Hermione. O que mais ele poderia desejar?
Nada voltaria a estragar momentos como aquele. Será?


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_Depois de te chatear, existe alguma coisa mais emocionante do que uma montanha-russa?

_Não, Draco. Nem pensar. É melhor fazemos a digestão primeiro.

_Mas você disse que não havia problema. – relembra-lhe Lily.

_Disse? – a menina anuiu com cabeça. _Mudei de ideia. E além disso não sabemos a segurança que essa coisa oferece. Existem muitos casos de acidentes em brinquedos desse tipo.

_Já entendemos. Você está com medo! - exclama Draco.

_Não, não estou com medo. Apenas quero prevenir algum incidente.

_Você agora pareceu mamãe falando.

_Deixa de bobagem, vamos logo. Tecnicamente, você já enfrentou coisas bem piores do que uma montanha-russa. - incita Draco que pela primeira vez parecia uma criança e seu rosto irradiava sua alegria.

O loiro puxou Gina e ela foi obrigada a entrar no carrinho. Ela estava com medo, suas mãos suavam e suas pernas tremiam, mas ela não ia admitir isso jamais. Lily sentou-se e de seguida Draco.
Quando a trava de segurança fez um barulho para travar, o pânico dela pareceu aumentar.
Ele segurou a mão dela e sorriu, dizendo: _Você vai ver como vai se divertir.

Essa frase a acalmou durante alguns segundos, porque logo que o carrinho começou a se movimentar ela se desesperou.
Segurou com força a trava de segurança e fechou os olhos. O carrinho subia a rampa e ela não queria ver o tamanho da queda que viria em seguida.
Sentiu o carrinho diminuir a velocidade e abriu o olho, exatamente no instante em que eles mergulhavam em uma queda estonteante. Enquanto Lily gritava de euforia, Gina só conseguiu gritar de pavor. Draco, com os braços para o alto, parecia se divertir muito.
Depois de uma sucessão de quedas, o carrinho parou bruscamente e a ruiva pôde enfim respirar. Seu coração batia descompassadamente e seu corpo ainda tremia. Precisou da ajuda de Draco, inabalado, para sair do carrinho.

_Foi tão ruim assim? - perguntou ele vendo o estado dela.
Ela não conseguiu responder, apenas fuzilou-o com o olhar. Estava sentindo tonturas e náuseas, mas aquele era apenas o primeiro brinquedo e tanto Draco como Lily com certeza que iriam querer andar nos outros.

Mesmo sem se recuperar totalmente, a ruiva caminhou abraçada ao loiro em direcção a outro brinquedo sugerido pela menina. Tudo parecia girar em seu redor, mas voltou ao normal quando ela e o loiro avistaram uma torre de aproximadamente 70 metros, da qual despenhavam carrinhos a quase 100km/h.
"Ah, não. Meu Mérlim, tomara que eles não estejam pensando em andar nisso." foi a única coisa que pensou.

Tarde demais, Draco já estava levando-a para a fila.
Enquanto isso, ela escutava os gritos dos que estavam andando e via o estado como a maioria chegava no chão. O pânico tomou conta do seu corpo novamente.

_Não precisa ter medo. Eu estou aqui com você. Relaxe e aproveita. -disse ele passando a mão no rosto de Gina.
Dos minutos que se passaram até que chegasse a vez deles andarem, ela torceu para que o brinquedo desse uma pane e fosse interditado e ela não precisasse andar. Nada ocorreu e chegou a vez deles. Extremamente feliz, ele conduziu-as até ao brinquedo. Eles se sentaram e a trava os grudou nas cadeiras. Gina sentiu seus pés balançarem no ar enquanto o carrinho subia. Quando atingiu o ponto mais alto, parou.

_Até que a vista é bonita. Olhe pra ela e esqueça que estamos a mais de 60 metros de altura. – comentou Lily. Antes que ela pudesse apreciar a vista, o carrinho despencou. Draco e Lily gritavam desesperadamente e Gina rezava para que aquilo acabasse logo.
Preferia viver com alienígenas, era menos assustador ou admitir o que quer que Draco quisesse.
Quando chegou ao chão, não conseguiu se mover. Draco praticamente a carregou da cadeira, enquanto ela olhava fixamente para algum ponto desconhecido. Seus olhos estavam vidrados e seu rosto bastante vermelho, além dos cabelos totalmente desalinhados.

_Pura adrenalina! Vamos de novo? -propõem ele não cabendo em si de contentamento.

_Nem pensar, Draco! Vai você. Aproveita e pega meu coração que ficou lá em cima quando saltou pela minha boca.

_Tudo bem, vamos em um brinquedo mais light.

_Tem o Trem-fantasma, o rio de correntezas. Qual delas? - pergunta Lily.

_Não gosto de nenhum dos dois. E não quero mais nada que envolva velocidade. Podemos ir no Carrossel ou Túnel do Amor…Ops! - Gina percebeu que falou besteira.
O que ela acabara de dizer? Túnel do amor com o Draco? Draco Malfoy? Pronto, ela havia acabado de denunciar algo e ele havia entendido, tanto que mostrou sua escolha. Caminharam até o túnel, elas instalaram-se e rapidamente, ele se sentou ao lado dela no cisne branco gigantesco que se movia lentamente sobre a água. A medida que iam adentrando o túnel, mas escuro ficava. Ela não conseguia ver nada, apenas sentir. Sentiu quando ele segurou sua mão e colocou o braço a volta de seus ombros. Sentiu quando ele deu um leve beijo na sua bochecha. Aquela situação a incomodava, até porque Lily estava ali ao lado e parecia prestar atenção nas iluminações e ilustrações criativas nas paredes.
Quando ele ia finalmente beijá-la, o túnel acabou e a luz voltou fortíssima, era o fim do passeio.
Uma ponta de frustração podia ser notada na face dos dois.
Foram comer alguma coisa e acabaram optando por comerem sanduíches. A dieta de Gina já tinha ido pelo ralo, então agora restava aproveitar.

Andaram em mais alguns brinquedos. A ruiva tomou coragem e os acompanhou em todos os radicais e que não tivessem nada de descer rampas a grandes velocidades. Ele foi solidário e a acompanhou no carrossel. Ela parecia uma criança em cima daquele cavalinho branco e seu sorriso infantil era lindo e o encantava.

Foram no trem-fantasma e se divertiram com os bonecos de monstros e fantasmas que estavam lá, na verdade, até identificando alguns que já foram bem reais.
Draco riu muito quando Gina saiu encharcada do bote que passeava pelo rio de correntezas. Devia ter levado a máquina fotográfica, daria uma excelente foto. Deixaram por último a roda gigante. O final da tarde já estava chegando, as luzes acenderam. Ela estava completamente iluminada, realizando jogos de luzes muito harmónicos.
Entraram na roda e subiam lentamente quando ela parou bem no momento em que estavam no alto. Gina, de batinha, reclamou do vento frio e o loiro a abraçou, esquentando-a confortavelmente. Ficaram contemplando a vista da cidade lá em baixo.

Se olharam durante um longo tempo e Draco viu que poderia ser a oportunidade perfeita para continuar o que havia sido interrompido no túnel do amor. Se aproximou lentamente e puxou a ruiva para mais perto de si, colando seus lábios aos dela. Ela olhou Lily que parecia estar dormindo.
Iniciaram um beijo tímido, mas que se tornou quente momentos depois. Ficaram se beijando por um longo tempo, sentido o gosto um do outro e só se separaram quando estavam sem fôlego. Iam começar outro beijo mais frenético quando a roda gigante começou a se movimentar novamente, assustando-os.
Desceram e caminharam normalmente com Lily que dormira nos braços de Draco até a saída, quando foram interrompidos pelo estrondo que os fogos de artifício faziam no céu. Olharam para o espectáculo de cores por alguns segundos e se olharam novamente, com mais ardor do que antes. Sob suas cabeças, o céu continuava a receber uma festa linda e colorida. Os fogos comemoravam a inauguração do parque, ou talvez, o beijo dos dois.

********************************************************************************
Draco tocou a campainha. A porta foi aberta segundos depois por Harry que os cumprimentou e tomou Lily de Draco mandando-os entrar de seguida.

_Quem é? -perguntou a morena atrás de Harry. _Draco? -pergunta estranhando a presença dele ao lado de Gina. Vejo que devem se ter divertido imensamente, nunca antes Lily dormiu antes da janta.

_Sim, muito divertido. – respondeu a ruiva revirando os olhos e voltando a recostar a cabeça no ombro de Draco.

_Bem, estou surpreendida, nunca pensei vê-los em…juntos. – ao dizer isso os dois prontamente se separaram voltando a recompor-se.

_Foram juntos? -perguntou Harry que tinha voltado.

_Draco, me seguiu até ao parque de diversões e ainda por cima teve a indecência de trazer a namorada, mas a coitada acabou ficando abandonada lá mesmo.

_Namorada? – Hermione dirigi-se pra Draco.

_Não, claro que não. Exageros de Gina. Era apenas uma amiga.

_Hum…e porque está assim? Aconteceu algo? – perguntou reparando numa ténue palidez na cara de Gina..

_Não, quer dizer…

_O que acontece é que ela fartou-se de comer tudo quanto era porcaria…

_E deixa adivinhar como terminou…depois de tudo isso foram a montanha russa? – pergunta já conhecendo o medo dela por aquele brinquedo.

_Claro que não. Você sabe que não sou muito de alturas.

_Eu sei, mas então porque está indisposta?

_Acho que foi a emoção toda, agora só preciso de ir pra casa, tomar banho e descansar…-fala caminhado pra a porta.

_Vai acompanhá-la, não vai Draco? -sussurra andando atrás dele.

_Mas ela tem duas pernas, pode ir sozinha…além disso não tenho vontade de ouvir bobices dela. – reclamou baixo.

_Ora…passou uma tarde inteira com ela, mas uns minutos não irá mudar o ‘ódio’ que você sente, se é que ainda é ódio.

_Não, não é ódio. É sensação de desagrado ao vê-la ou ouvi-la falar.

….

_Deu certo? -perguntou baixo de modo a que só Harry ouvisse.

_Deu…melhor seria impossível. -respondeu ele não conseguindo controlar o sorriso.

_Hum…só pelo sorriso eu apostaria que aconteceu muito mais de que trocas de palavras e uns beijos.

_E houve, mas não te contarei.

_Ora…eu fiz de cupido, mereço saber.

_Coisas íntimas…

_E que coisas intimas são essas? – insiste sem obter respostas. _Eu tive de ficar com a Lily pra te liberar o caminho, aguentar o irritante do Draco e além disso já tenho mais do que 18 anos, acho que mereço uma recompensa que poderia ser contar-me o que aconteceu. – fala maliciosa.

_Gina, sabe de uma coisa? O Draco ofereceu-se pra te levar pra casa, não é gentil? - anunciou Hermione chegando perto deles.

_Agradeço toda essa gentileza, mas posso ir sozinha. -fala tomando avante.

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_Pára de andar atrás de mim. – reclamou Gina pra Draco que estava logo atrás dela, mas de carro.

_Devia estar agradecendo…acha que faço-o por gosto? -retruquiu chateado tirando a cabeça pra fora.

_Então porque o faz?

_Pra te proteger…

_E quem falou que preciso de protecção?

_Já viu como está andando aos ziguezagues? Pareceu que bebeu.

_E por culpa de quem?

_Ora…Ninguém anda na montanha russa e fica infeliz do jeito que você está.

_Minha cabeça está doendo e meu estômago não pára de andar dar voltas. Como está vendo, eu fico.

_Mas digamos que você não conta como uma pessoa normal.

_Cala a boca e deixa de me seguir. -fala fazendo uma pausa e encostando-se numa das paredes da rua onde se encontravam.

_Não enquanto você não chegar a casa, coisa que estou achando cada vez mais difícil de se concretizar. Ande. – fala passando a frente dela e agachando-se.

_O que é…O quer que eu faça? - pergunta atrapalhada.

_Ora…salte em cima de minhas costas, eu te levo pra minha casa, fica mais perto daqui que a sua.

_Hum…eu aceito só porque sei que você lá no fundo se sente culpado e acha que se me ajudar ficará com menos peso na consciência. Mas não iremos de carro, não é? Posso vomitar ou qualquer coisa do género, sabe. Já que sua casa fica perto podemos caminhar até lá…

_Sim, seria uma coisa fácil de se fazer, se você fosse feita de pluma.

_Isso foi uma forma indirecta pra me chamar de que? -pergunta sonolenta.

_De nada.

_Ok, então vou fingir que nem ouvi isso. Ande mais rápido, preciso de algo mais confortável pra colocar a cabeça.

_Eu estou fazendo os possíveis.

_E não se atreva a abusar de mim quando eu estiver dormindo ou ficar olhando pra o que não deve, porque eu não sou daquelas suas namoradas descartáveis e além disso, suponho que elas já tenham passado noites no seu quarto, na sua cama, por isso antes de me deitar, troque os lençóis. E mais, você não se importaria de dormir noutro lugar pra eu ficar mais acomodada né? Tipo no sofá ou no…

_Cala a boca. Mais uma palavra que saía de você, eu juro que te deixo aqui sozinha, volto pra trás, pego no meu carro e vou pra casa. - avisou Draco e o silêncio que ela fez a seguir mostrara que não estava disposta a ficar ali, abandonada, com dores de cabeça…


Continua

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