E alguém resiste a Sírius Blac
Graças à ajuda de Sírius, Tonks fez uma excelente monografia e se formou. Iria iniciar seu trabalho no Dep. de Aurores em meados de agosto. Mesmo estando de férias ainda passava pelo ministério três a quatro vezes por semana e dessa forma tinha acesso a muitas informações que passava para Remus e este para Sírius.
Pouco antes de terminar o mês de Julho, Tonks já estava entediada, jogada no sofá. Havia acabado de desligar a televisão quando um belo pássaro tropical entrou por sua janela e lhe entregou uma carta. Ela abriu-a com uma expressão interrogativa que mudou completamente quando viu de quem era.
-- Uma carta de Sírius! – falou para si, alegre.
Por medida de segurança apenas Remus se comunicava com o primo. Esta carta era uma completa surpresa.
Sírius estava agradecendo o empenho de Tonks em conseguir informações de dentro do ministério. Ele dizia por alto que estava em algum lugar no sul da Europa.
Desde aquela tarde em que conheceu o primo não conseguia retirá-lo de seus pensamentos. Ele não era mais aquele jovem lindo das fotos de quando foi preso, mas havia alguma coisa nele. Tonks sabia que estava atraída, já havia sentido isso antes por outros caras. Ela sorriu sua mãe sempre havia lhe dito que Sírius era um colecionador de mulheres, ele não seria uma presa difícil. Em um impulso, algo próprio de sua personalidade, Tonks escreveu a ele perguntando se não poderia ir ao seu encontro. Enviou a carta pelo mesmo pássaro.
Foram três dias de espera, porém de muito trabalho para convencer seus pais a deixarem-na ir. Andrômeda havia percebido o interesse de Nimphadora por Sírius. Ela adorava o primo, mas sabia muito bem como ele era conquistador. Por outro lado a jovem não era mais uma criança que ela deveria proteger. Com a idade de Nimphadora, Andrômeda já estava casada e tinha uma filha! Elas conversaram mais um pouco e a mãe teve certeza de que a filha não estava apaixonada ou iludida com o primo.
Depois de muito ponderar, a Sra. Tonks decidiu deixá-la seguir para Grécia. Ainda teve algum trabalho para convencer Ted, porém ele sabia que não teria muita chance contra duas Blacks e terminou cedendo.
Quando chegou a resposta de Sírius dizendo que ele havia ficado surpreso mais muito feliz com a idéia já estava quase tudo acertado. Dois dias depois ela partiu através da rede internacional de Flu para Athenas.
Encontrou-se com Sírius em sua forma anímaga, próximo a uma praia turística da cidade. Eles se disfarçaram e seguiram para o hotel onde ficariam hospedados.
Apesar de só terem se encontrado uma vez, Tonks sentia-se completamente à vontade com o primo.
-- Quantas saudades, Sírius! – abraçou-o logo que a aporta do quarto foi trancada por um feitiço
-- Também senti saudades, Tonks! – abraçou-a de volta pela cintura, sorrindo.
Soltavam-se lentamente do abraço quando seus olhos se cruzaram, o sorriso dele sumiu e o coração acelerou. Ele sabia que não deveria, mas naquele momento não conseguiu enxergar Nimphadora como a filha de Andie. Ele a viu como uma mulher linda e sensual que também parecia enxergá-lo como homem e não como um primo mais velho. Lentamente desviou os olhos para os lábios dela e o desejo de beijá-los inundou seus pensamentos, afogando sua razão.
Tonks se perdeu nos lindos olhos cinza de Sírius. Ela percebeu que ele também a desejava. O viu desviar o olhar para sua boca e lamber os lábios. Nada lhe pareceu mais certo!
Aproximou-se e tocou os lábios quentes dele com os seus. Ele tentou resistir por um segundo, mas em seguida colocou uma das mãos na nuca dela e a segurou com firmeza pela cintura, grudando seus corpos.
Ela aprofundou ainda mais o beijo, entrelaçando seus dedos nos cabelos dele. Suas línguas se embolavam, os corações galopavam. As mãos de Tonks saíram dos cabelos dele e desceram pelas costas, acariciando-as. A mão de Sírius que estava na cintura dela subiu pela lateral do corpo se aproximando dos seios.
Nesse momento como que um lampejo de lucidez tivesse passado pela mente dele, Sírius interrompeu o beijo e se afastou bruscamente dela.
Virou-se de costas, afastando-se ainda mais. Passou as mãos nos cabelos, ansioso. Respirou fundo tentando se controlar. Estava sendo difícil. Muito difícil!! Ele lutava contra o desejo crescente de beijá-la novamente, de acariciar aquele corpo jovem, de jogá-la na cama do quarto ao lado e fazer amor com ela! Por Merlin! Que espécie de monstro ele era?!
Em seu cérebro ocorria uma sangrenta batalha. Sua parte racional lhe dizia para ficar bem longe de Nimphadora “Seu louco! Ela é filha de Andie, só tem vinte e dois anos!”.
Por outro lado seu coração maroto o desafiava “Que isso, cara?! Azkaban amoleceu você, é? Qual o problema dela ser mais nova?! Foi ela que te beijou!! Ela está caidinha por você!!!”
Tonks ficou um pouco atordoada com a interrupção brusca do beijo, mas se aproximou dele colocando uma mão em seu ombro e falando suavemente.
-- Sírius o que houve?! – Ele virou-se e ela notou a guerra que se travava nele.
-- Isto está errado! – falou com firmeza, porém mais para si do que para ela – Tonks isto não deveria ter acontecido.... – os olhos dele novamente caíram nela.
A moça tinha um meio sorriso, parecia tranqüila, apesar de sua respiração ainda estar um pouco ofegante.
A voz dele morreu. Respirou fundo novamente, tentando se acalmar. Olhou para a mulher a sua frente. A voz gritou em sua cabeça “Ela ainda é uma garota! Afaste-se dela!”
-- Nós não podemos – falou quase em um sussurro.
-- O que é isso Sírius! – disse sorrindo – Até parece que estou te pedindo em casamento! – aproximou-se novamente dele.
Era exatamente isto que Tonks estava sentindo. Ela não havia dito aquilo apenas para tranqüilizar o primo. Ela estava encantada por ele, mas não estava apaixonada. E se estivesse? Qual o problema?! Não seria nem a primeira e nem a última mulher no mundo a se apaixonar por um primo, ou por um cara mais velho! De qualquer forma, naquele momento ela teve vontade de beijá-lo e foi o que fez. Esse era o jeito dela, não se preocupava com o amanhã, vivia o agora, aproveitava o momento e não via nada demais em dar uns beijinhos em Sírius. Os dois eram adultos e solteiros. E se as coisas evoluíssem.... Bom, ela não seria hipócrita em dizer que não havia pensado nessa possibilidade!
Ele franziu a testa ao comentário dela.
-- É isso mesmo! – ela sorriu – Mas se você quiser eu não faço mais, certo? – perguntou como se fosse uma criança que havia acabado de receber uma advertência. “Seria uma pena, o cara beija que é uma maravilha!” – pensou – “Se o beijo é tudo isso, imagina o resto!!”. – Só que deu vontade e eu não achei que fosse algo tão grave – deu de ombros.
Ele a olhava com os olhos arregalados “Ela não existe! Será que estou fazendo uma tempestade em copo d'água?”
-- Não.... é só..... não é isso! – ele foi desarmado pela segurança, ou seria inocência (?!) dela.
Sentou-se em uma cadeira próxima para por os pensamentos em ordem.
-- E só que você é muito nova, pouco mais que uma criança! – novamente tentava se convencer que aquilo era errado.
Tonks fechou a cara, cruzou os braços sobre o peito e falou com irritação.
-- Não precisa apelar, Ok! Só falta agora querer me chamar de Srta. Tonks! – Bufou. Então se aproximou e olhou-o nos olhos – Eu posso ter só vinte e dois anos, mas já sou uma auror formada. E talvez não seja muito te lembrar que você tinha pouco mais que isto quando foi preso e jogado em Azkaban – ele prendeu a respiração, mas não a interrompeu – você se considerava “pouco mais que uma criança” naquela época? – falou dura.
Ele tentou desviar do olhar inquisitivo dela, mas não pode. Respondeu em uma voz baixa e sombria.
-- Não! Eu não era pouco mais que uma criança. – respirou pesadamente – Me desculpe, Tonks! Não foi minha intenção te ofender.
A expressão dela já estava mais branda e ela falou mais calma agora.
-- Me desculpe se te assustei, mas eu sou assim. Gosto de viver o momento, aproveitar tudo que a vida me oferece.
Sírius a olhou pensativo. Aquela conversa estava muito surreal, nunca imaginou que ele se assustaria em ser beijado. Tonks era a garota de seus sonhos. O único problema era ser filha de Andie. E se a prima achasse que ele estava se aproveitando dela.
-- E eu achei que você queria me beijar, apenas tomei a iniciativa – lançou-lhe um belo sorriso que ele retribuiu.
“Com certeza ela pensou que se tratava de um beijo inocente” – pensou ele.
-- E não pense que eu sou uma donzela inocente e indefesa – falou parecendo que havia lido os pensamentos dele. Deu-lhe uma piscadela – eu percebi muito bem aonde ia a sua mão!
-- Tonks! – Sírius levantou-se de um pulo. E dessa forma ficou muito perto dela.
Ela ainda tinha um sorriso a dançar nos lábios. Colocou uma mão no rosto dele e acariciou de leve. Havia decidido que não tomaria a iniciativa novamente, não por enquanto! Mas quis deixar claro que estava tudo bem.
Sírius não sabia explicar, mas ela tinha um magnetismo que o impedia de se afastar. Ele hesitou por alguns segundos, então com uma mão na cintura e outra na nuca a puxou para ele colando seus lábios aos dela. Ela passou os braços pelo tórax dele e aprofundou o beijo. Ele teve certeza de perceber ela sorrir.
-- E agora, Tonks? – perguntou ao separar os lábios dos dela e perceber o sorriso de vitória. Sorriu também.
-- Que tal passearmos? Soube que as praias da Grécia são lindas – Ela achava que já havia quebrado algumas das defesas dele, mas era melhor irem devagar. Sim, ela tinha “más” intenções em relação a ele, mas não queria que houvesse culpa ou arrependimento.
Sírius gargalhou “essa garota é demais” – pensou – “Daria uma ótima Marota”
-- Seu desejo e uma ordem, senhorita! – Fez uma mesura.
Tonks correu para dentro do quarto e voltou em seguida com roupa de banho. Por um segundo Sírius quase desistiu de sair, porém em seguida recuperou sua sanidade e achou que o melhor era mesmo irem para algum lugar bem movimentado.
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Como ela mesma havia admitido Tonks não era nenhuma “donzela inocente”. Havia percebido o desejo que Sírius sentia por ela. Não se iludia em achar que ele estivesse apaixonado e ela também não estava. Porém sentia uma atração irresistível pelo primo.
Depois da reação dele ao beijo, a auror decidiu ir mais devagar. Deixou claro o que queria, mas não tomou mais a iniciativa.
Essa reação dela o fez baixar a guarda e ele lhe contou sobre as aventuras que os marotos haviam vivido em seu tempo de Hogwarts. Nesses momentos, suas feições relaxavam e ele ficava muito parecido com o Sírius de antes de Azkaban.
Quando não conseguiu resistir à atração que sentia por Tonks e a beijou, Sírius se convenceu que “alguns beijinhos” não fariam nenhum mal a prima e também não despertariam a ira de Andrômeda.
Os dias que passaram juntos provaram a ele que seria muito mais difícil do que havia imaginado resistir a Nimphadora Tonks. Por mais que ele repetisse para si que deveria ver e pensar nela como fazia com Andie em sua juventude, isso era impossível!
Sírius havia crescido junto com as primas. Desde muito cedo já não se dava com Bellatrix e Narcisa. Já Andrômeda era sua amiga e companheira, ela era como sua irmã.
Com Tonks era diferente, havia visto a menina duas ou três vezes, depois passou doze anos preso e quando saiu encontrou uma mulher bela, inteligente e com um espírito semelhante ao dele.
Enquanto estavam passeando ou conversando era fácil pensar nela como uma amiga, porém quando ficavam sozinhos era impossível controlar seus impulsos. A cada beijo as coisas ficavam mais quentes.
Sírius conseguiu resistir a Nimphadora por oito dias, mas em uma noite após tomarem uma garrafa de vinho dos elfos ele sufocou a voz de sua razão. Ambos seguiram seus instintos e se entregaram a atração que sentiam.
Na manhã seguinte Sírius acordou sentindo-se feliz como não se sentia a mais de treze anos. Então ao tentar lembrar-se do motivo viu Tonks dormindo nua ao seu lado e as lembranças da noite anterior o atropelaram. Ele amaldiçoou-se por ter cedido a tentação e ter transado com a prima.
Não podia negar que a noite havia sido maravilhosa! Ele fechou os olhos relembrando as duas vezes que fizeram amor na noite anterior. Se Tonks não fosse quem era ele provavelmente estaria se amaldiçoando por ter demorado tanto tempo.
“Não pense assim, Sírius Black!” – recriminou-se quando seu corpo começou a dar sinais de que estava pronto para mais uma rodada.
Tonks mexeu-se ao seu lado, a coberta escorregou um pouco deixando a mostra seus seios. Inconscientemente ele lambeu os lábios. Em seguida repreendeu-se novamente “Pare com isto! A cubra e saia daí!”. Porém ele estava paralisado.
Ela moveu-se novamente passando um braço pelo tórax dele e colocando uma perna possessiva sobre a perna dele.
Imediatamente seu corpo respondeu as carícias e ele engoliu em seco. Em seguida ela abriu os olhos e disse ainda sonolenta.
-- Bom dia, Sírius! – bocejou – você já acordou há muito tempo? – aconchegou-se mais a ele, deitando a cabeça em seu braço.
“Céus! Ela parece tão tranqüila! Só pode ser porque ainda não acordou de verdade. Quando acontecer ela vai me odiar!” – pensou.
Contrariando os pensamentos pessimistas de Sírius, Tonks não estava dormindo e percebeu que o homem ao seu lado estava tenso. Ela abriu novamente os olhos, apoiou-se em um cotovelo.
-- Aconteceu alguma coisa? Você está estranho! – olhou interrogativamente para ele.
-- Não! Quer dizer, sim! – “Que situação” – pensou – “Será que ela estava tão alta que não se lembra do que fizemos?”
Tonks franziu a testa, em seguida percebeu o que provavelmente estava causado o constrangimento dele. Riu alto, aproximou-se dele lhe dando um beijo rápido.
-- Você está preocupado com o que aconteceu esta noite? – Sorriu. Ele não sabia o que dizer.
Tonks rolou para o outro lado e levantou-se. O coração do maroto acelerou e seu corpo respondeu a visão do corpo nu dela. Ela espreguiçou-se e entrou no banheiro. Voltou pouco depois vestida com um camisão largo. Sua expressão era tranqüila. Subiu novamente na cama.
-- Você quer discutir esse assunto?
Ele respirou profundamente.
-- Acho que no mínimo lhe devo desculpas, Tonks! – Ele não conseguia olhá-la nos olhos.
Ela pôs um dedo nos lábios dele.
-- Desculpas não são necessárias, Sírius! Tudo aconteceu porque nós dois queríamos. Eu te disse no primeiro dia, não sou tão inocente quanto você quer acreditar. É claro que eu percebi a atração que você sentia por mim.
Tonks não podia imaginar que havia conseguido algo inédito. Sírius Black estava corando! Ele a olhou nos olhos confirmando.
-- Mas achei que você também perceberia a atração que eu sinto por você.
Sim, ele havia percebido isso, mas se preocupava, sabia que não poderia assumir uma relação com ela. Ele era uma companhia perigosa. Imagine se alguém descobrisse que a recém-formada Auror Nimphadora Tonks era amante do procurado assassino Sírius Black. A vida dela estaria acabada. Sem falar que eles não estavam apaixonados. Ainda!!! Ele não sabia em relação a ela, mas achava que se continuassem assim isso provavelmente aconteceria com ele.
-- Tonks você sabe da minha situação, sabe que logo terá que voltar e eu terei que me esconder novamente.
-- Hei, Sírius eu ainda não te pedi em casamento – sorriu e acariciou o rosto dele – Eu não estou procurando compromisso. – Ela falou séria – É verdade! Eu sei que você não está apaixonado por mim.
Ele relaxou um pouco e ela percebeu.
-- Se você prometer não ficar muito chocado lhe conto mais uma coisa – Ele concordou curioso – Eu também não estou apaixonada por você!
Ele riu. Aquela garota não existia. Ela o puxou para fora da cama.
-- Vou te contar mais uma coisa! – falou o puxando para fora da cama – Mas vamos preparar algo para comer que a noite foi desgastante – deu-lhe uma piscadela – e eu estou morrendo de fome!
Ele riu alto. Vestiu-se e seguiu para a cozinha do apart-hotel.
-- Então conta! – Sírius assumiu o preparo do desjejum, já havia percebido que Tonks não era muito hábil na cozinha.
-- Eu sempre te achei um gato! Mas achava que você era do mal – Sírius franziu a testa – então não pensava sobre isso. Quando nos conhecemos pessoalmente, eu já sabendo que você era inocente, fiquei encantada por você. Não sei te explicar o que foi exatamente, mas foi o que eu senti. – Ele sorriu com carinho – Quando cheguei aqui percebi logo que você também sentia algo por mim – deu de ombros – Eu sou assim, impulsiva. E as coisas entre nós aconteceram de forma tão natural! – Ela o olhou e ele parecia um pouco constrangido. Ela respirou fundo. – O que estou tentando dizer é que, não acho que fizemos nada errado, Sírius!
Ele a olhou sério e então falou como que medindo as palavras.
-- O problema é você ser filha de Andie – Ela ia retrucar, mas ele a impediu com um gesto – Me preocupa que ela ache que eu me aproveitei de você, Tonks!
-- Sírius, minha mãe te adora! Nunca ia pensar isso de você – disse sorrindo.
-- Eu também a adoro. Só que a minha fama é péssima.
Desta vez Tonks gargalhou!
-- Conheço muito bem a sua fama! – ele arregalou os olhos – e devo confessar que baseada nas informações colhidas, achei que seria mais fácil.... – olhou-o e como ele parecia não ter conseguido completar o pensamento, ela continuou – ...levar você para cama. – falou displicente mordendo uma torrada.
-- Tonks!! – disse chocado.
-- Certo! – falou séria – sem brincadeiras, agora. Foi minha mãe que me contou sobre como você era na época de Hogwarts. Mas ela confia em você – ele fez aquela cara de “ta vendo, ela vai me odiar!” – e sabe que você não ia me seduzir! Por outro lado ela conhece muito bem a filha que tem.
Ele já havia terminado de preparar o café-da-manhã e sentou-se em frente dela um tanto pensativo.
-- Então você acha que ela não vai ficar com raiva de mim. – A moça concordou com um aceno.
-- O que aconteceu pode não ter sido “a noite dourada de um casal apaixonado”, mas foi algo que aconteceu entre duas pessoas que se gostam e se respeitam. Pessoalmente acho que a noite foi ótima, espero que você também! – sorriu.
-- Sem a menor dúvida – devolveu-lhe o sorriso.
-- Sírius – falou ficando novamente séria – eu podia ter me apaixonado por você facilmente, mas não foi isso que aconteceu. – Olhou-o diretamente nos olhos e ele mais uma vez teve certeza da sinceridade das palavras dela.
Ele não saberia explicar porque, mas naquele momento teve certeza de que Tonks nunca seria dele. Ele sentiu que o coração dela já tinha dono, apesar de nem ela ter percebido isto.
-- Eu entendo o que você quer dizer. Foi isso que senti também. Se bem que se estivéssemos apaixonados as coisas seriam mais complicadas, não é? – Ela concordou com um aceno. – Você já se apaixonou de verdade por alguém?
Ela pensou um pouco antes de responder.
-- Acho que não! Eu gostava muito de Carlinhos e também de Bob, um cara que namorei quando estava no fim do meu primeiro ano de Auror. Mas não acho que fosse paixão, sabe? A companhia deles era legal, mas não era aquela coisa – fez uma cara engraçada.
-- Comigo também sempre foi assim. – Falou rindo do jeito dela – Fico imaginando como deve ser se apaixonar de verdade, como aconteceu com James e Lily.
-- Ou com os meus pais – Tonks completou com um sorriso sonhador – Deve ser algo muito bom, não é? – Sírius concordou sorrindo. – Acho que o dia que amar de verdade, nada vai me fazer ficar longe dele.
O constrangimento que ele sentia quando acordou já havia se dissipado quase completamente. Tonks falou de repente.
-- Então sem culpas ou arrependimentos, certo?!
Sírius foi pego de surpresa, mas sorriu.
-- Certo! Mas se eu tentar passar dos limites de novo você me azara, ok! – se aproximou e lhe deu um beijo no rosto.
-- Se eu conseguir resistir – sorriu marota.
Ele balançou a cabeça sorrindo.
-- Vamos sair que hoje é o seu último dia aqui!
Ele já havia tomado sua decisão, não deixaria acontecer mais nada entre eles. Não mais por se preocupar com a reação de Andrômeda e sim porque não queria se apaixonar por uma mulher que ele sabia: nunca seria dele! Não se arrependia do que havia acontecido, mas não se repetiria.
Nimphadora retornou a Londres na manhã seguinte, Sírius seguiu para o interior da Grécia, onde ficou escondido com Bicuço.
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Marcela Almeida - oi amiga acho que você é a única que lê minha fic, mas que bom que está gostando. Eu adoro esse capítulo do Sírius cheio de dúvidas éticas em relação a Tonks.
Já pensou quando o Sírius encontrar o Remus agora? Aguarde e veremos.
Um Beijão Diana
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