O PROTEGIDO



CAPÍTULO 12

O PROTEGIDO


(***) NOTA DO AUTOR:


Olá, galera! Tudo bem com vocês? Espero que sim!


Bom, este capítulo será um “Capítulo de Transição”; ele fará a passagem de um Período de Lutas para um Período de Calmaria. Após este capítulo, virá um período de calmaria e explicações e, creio, dentro de uns dois capítulos, vocês finalmente conhecerão a Profecia Apocalíptica e toda a história que ela envolve. Esse período de calmaria encerra a primeira fase desta fic, que é a Fase Introdutória. Depois dessa Fase Introdutória, começará a segunda fase da fanfic, que é a Fase do Desenvolvimento; nela, as coisas vão esquentar e ficar realmente sérias. Vocês não viram nada ainda! As coisas vão piorar de verdade no Desenvolvimento e, vocês verão batalhas incríveis e, claro, Quadribol! Sim, teremos Quadribol na fic, eu não me esqueci desse esporte tão divertido não! E o desenvolvimento nos conduzirá à terceira fase: a Fase da Conclusão, que é a fase final da fic, a terceira fase. E, claro, na fase final ocorrerá a grande Batalha Final e decisiva entre Abel de Oliveira e sua turma e Lúcifer e sua turma. Na segunda fase teremos a busca das sete Bestas Apocalípticas, Quadribol e aulas. Aí vocês perguntam... O que falta para acabar essa primeira fase? Falta pouco... Falta apenas algumas explicações e a entrada de Adan Silva, que será o novo Professor de Poções e Diretor da Sonserina. Vocês o conhecerão um pouquinho melhor ainda na primeira fase, mas, é evidente que a segunda fase dará uma idéia bem melhor dele e, não só dele, mas de todos os personagens, especialmente os novos (aqueles que entraram agora). Bem, é isso.


Agora quero agradecer a todos os meus leitores, todos mesmo! Tenho mais de cento e vinte leitores no Floreios e Borrões! Incrível! Muito obrigado mesmo! Obrigado também a todos os leitores do Fanfiction... Ei! Vocês já comentaram mais... Agora estão muito calados... De qualquer forma, obrigado! E, claro, um súper agradecimento aos meus leitores do Aliança 3 Vassouras! Agora o povo do 3v tá comentando! Que bom! Valeu mesmo, galera!


Agora é hora daquele agradecimento especialíssimo aos leitores que comentam a fic! Muitíssimo obrigadão mesmooooo!!! Vocês fazem parte do grupo dos meus Leitores Especiais. Valeu de verdade!


Bem, vamos, então, às respostas dos comentários, certo? Vamos lá!


Comentário: “Oi Bruno tudo bem?
Nossa...já venho acompanhando há algum tempo a sua fic, e quero te dizer que adoro ela.
Você sabe mesmo como prender o leitor...
Não gostei da morte da Gina!!!
Espero mais aventuras com o Abel...
Atualiza logo ok?
Bjos

Duda Malfoy”.

Resposta: Olá, grande Duda Malfoy! Eu vou muito bem, até agora... E você? Espero que tudo esteja bem aí! Sabe, comigo não vai ficar bem por muito tempo, porque alguns leitores estão formando um clube... Um tal de: “Eu vou lançar um Avada Kedavra em Bruno P. L., pra ele aprender a não matar Weasleys”! Ah... Tô ficando preocupado, sabe? Ah, que bom que você acompanha e gosta da fic! E, que bom, mais que bom mesmo que você resolveu comentar! Seja muito bem-vindo ao grupo dos Leitores Especiais e, comente mais vezes, ok? Ei! Eu já esperava que você não gostasse mesmo da morte da Gina, era pra você não gostar mesmo!Eu ficaria muito triste se você tivesse gostado... Ei! Não aponte essa varinha pra mim não! Abaixa essa varinha! Que isso, cara? Pensa que, se você lançar um “Avada Kedavra” em mim, vai ficar sem saber o final da história! *Bruno P. L. se desvia de um raio verde que ia na direção do seu peito*... Ei, não vai entrar no clube “Eu vou lançar um Avada Kedavra em Bruno P. L., pra ele aprender a não matar Weasleys” não! Ah... Mais um... Acho que preciso me esconder. Cat, será que eu poderia me esconder no seu quarto? _ “Ah... Você foi bonzinho comigo... Ah, vai... Acho que pode.” _ Catxerê responde. *Bruno P. L. se esconde debaixo da cama da Princesa Amazona*... Bem, não se preocupe, o Professor Oliveira não vai ficar sozinho, tá? Vai dar tudo certo no final, fique tranqüilo! Muitíssimo obrigado pelos elogios! E, espero seus comentários ao final de cada capítulo, ok? Comente sempre! Valeu!


Comentário: “Oie meu escritor favorito... (tbm, eh o unico q eu leio a fic) tdb com vc? espero q sim. Bom... esse capitulo 11 foi pra acaba, foi um dos melhores!! Como
disse antes, adoro mto sua fic!!! continue assim!!
P.S= agora tenho q come chocolate qdo leio ela 'xD bjuss

LoLy”.

Resposta: Olá, querida Loly! Que bom que você comentou de novo! Fiquei muito feliz mesmo quando vi seu comentário, muitíssimo feliz mesmo!!! Muito obrigado, de verdade! E, claro, continue comentando! Bom... Vamos aos negócios... Muito obrigado pelos elogios! Sinto-me realmente honrado por você acompanhar minha fic! E... Que bom que você gostou do capítulo! Ah! Finalmente alguém que não tentou me lançar a Maldição da Morte por eu matar a Gina! Valeu, Loly! Continue confiando em mim, no final, tudo vai dar certo! Ah, e... Sabe, eu adoro chocolate! Acho uma boa mesmo... Coma muito chocolate, tá? Kkkkkk!!! Só tenha cuidado pra não engordar! Kkkkkk!!! Brincadeirinha... Kkkkk!!! Ah, quanta honra! É muito bom mesmo ser seu “Escritor favorito”! Todos os leitores que comentam são, também, meus Leitores Favoritos! Loly, espero seus comentários sempre, ok? Então, comente sempre! Valeu! Você é uma leitora especial!


Comentário: “olá, olha eu de novo aki, bem vc já sabe o que penso sobre o q vc fez nesse capitulo!!! mas to aki para deixar clara a minha revolta... vc não podia ter
matado a Gina!!! Eu gostava muito dela e do professor Oliveira... de ante mão já anuncio o meu repudio oa novo casal q vc disse q se formara... to de luto
pela Gina!!! e ele foi muito insensivel com a morte dela...
Mas tirando o meu protesto adorei o capitulo, muito envolvente... cheio de emoções e dinamismo, como sempre parabéns!!!!
Mas não esuqeça vou odiar quem ficar com o prefessor Oliveira!! kkkkkkkkkkk
beijos e até mais

lyly”.

Resposta: Olá, estimada Lyly! Beleza? Olha, eu esperava mesmo que você me odiasse por matar a Gina, eu ficaria muito decepcionado se isso não acontecesse, sabe? Era mesmo pra você ficar de luto, triste e muito revoltada! Sim, fique mesmo de luto pela Gina, acho justo. Também acho sua revolta muito justa e é certo sim, fique mesmo revoltada. E, neste capítulo você entenderá o que aconteceu com o Professor Oliveira... Acho que, após ler este capítulo, você não o achará assim tão incensível. *Bruno P. L. fica todo encolhido no seu esconderijo*... Agora... Não, não guarde rancor nem ódio no seu coraçãozinho... Não odeie quem ficar com o Abel! Lyly, você, assim como todos os leitores que comentam a fic, é especial, não guarde ódio nem rancor, tá? Kkkkkk!!! Sei que, agora, você vai sentir um pouco de raiva, mas, depois, garanto que você acabará aceitando! Sim, você vai acabar gostando do novo casal, vai gostar da personagem que ficar com Abel também, tenho certeza! Agora você diz tudo isso... Agora você repudia... Mas é só porque você está de cabeça-quente... Depois você vai ver que a nova personagem é bem mais interessante que a Gina. Sim, estou certo de que você vai gostar! E, confie em mim, tudo vai dar certo no final! A Gina não é lá grandes coisas mesmo... Eu nem gosto dela... Kkkkkkk!!! Bom, Lyly, já me acostumei com seus comentários; você foi a primeira que comentou; então, espero sempre seus comentários após cada capítulo, ok? Muito obrigado por, apesar dos protestos, ter elogiado o capítulo! Que bom que, apesar de tudo, você gostou! Continue lendo e, claro, comentando! Valeu!


Muito bem, galera, valeu! Todos vocês que comentam são leitores especiais! É como eu disse, fazem parte do grupo dos leitores especiais da fic!


Neste capítulo vocês entenderão muitas coisas... O Professor Oliveira não é incensível e vocês verão isso. E, vejam, eu não gosto muito da Gina mesmo, ela ganhou muito espaço na história sem minha permissão... Riam de mim se quiser, mas, quem manda na história são meus personagens... Se eu não quero que ele controle, tenho que eliminá-lo... Kkkkk!!! E foi o que fiz com a Gina. Mas, Abel não ficará sozinho, não se preocupem. E, no final, tudo dará certo!


Vamos, finalmente, então, à história!


(***) FILOSOFIA:


Às vezes não vemos a verdade que está clara e evidente diante de nós. E... Por quê? O que ocorre é que buscamos sempre aquilo que está distante e que nos é inalcançável e deixamos de lado aquilo que está na nossa frente. Isso, claro, é reprovável.


(***) NO CAPÍTULO ANTERIOR...


Após uma longa batalha e as mortes de Remo Lupin e Gina Weasley, o Professor Abel de Oliveira conseguiu vencer Lúcio Malfoy, a parte humana de Lúcifer (depois de ver a garota Atena ser torturada até ficar inconsciente). Mais uma vez os Defensores de Hogwarts levaram a melhor sobre os seguidores de Lúcifer e a Profecia sobre o esconderijo das sete Bestas Apocalípticas ficou mesmo com o “Escolhido”. Depois do combate, o Professor Oliveira foi até a Escola de Magias Brasileira, a fim de buscar um ingrediente para uma poção que poderia trazer Atena de volta à consciência. Contudo, a caminho do território das Bruxas Amazonas Lendárias, ele foi surpreendido pelo próprio Lúcifer em pessoa, que lhe lançou um “Avada Kedavra”; a Maldição da Morte, no entanto, foi barrada por um feitiço... De quem seria?


(***) HISTÓRIA:


Abel caminhava na direção do território das amazonas... Ah, até caminhar estava quase impossível! Ele estava fraco, fraco demais...


Então, de repente, Lúcifer (não era a parte humana não, era o próprio) apareceu na frente de Abel de Oliveira e disse:


_ Ah, Abel... Que bom te encontrar! É uma pena que você não esteja em condições de duelar, sabe? Mas... Não faz mal... Prometo acabar com você rapidinho! Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha!!! Adeus, Abel de Oliveira!


Então, o Rei do Inferno apontou uma varinha extremamente negra para Abel de Oliveira e lançou, com toda a sua força e se divertindo:


_ [Aaavaaaaaadaaaaaaaaa... Keeedaaaaaaaaavraaaaaaaaaaaaaaaaa!!!]


Nessa hora, uma outra voz foi ouvida:


_ [Yaci Uarua!]


E uma barreira de águas puras, muito puras, foi criada na frente de Abel. Aquelas águas eram tão puras que eram capazes de refletir até mesmo a alma de quem olhasse para elas.


_ Nossa... _ Abel olhou, admirado, e constatou, mais para si mesmo: _ “Yaci Uarua” (o “Espelho da Lua”)... Um escudo que só mesmo as mais poderosas bruxas amazonas podem produzir e que reflete qualquer ataque... Incrível! Fantástico mesmo! Eu nunca havia visto um... Excepcional!


O raio verde bateu no escudo e se voltou contra Lúcifer; o Rei do Inferno se desviou, já que, fora do seu território, ele não era imortal. Então, o escudo se desfez e Lúcifer viu, parada ao lado de Abel de Oliveira, uma bela amazona; ela parecia ser mestiça, como a maioria dos brasileiros, mas se notava que sua pele era morena; contudo, não era possível ver muito além disso, já que, ao contrário do que dizia a lenda sobre amazonas, ela não andava nua; afinal, há muito a cultura dos povos nativos absorveu hábitos estrangeiros. Além disso, o Grupo das Bruxas Amazonas Lendárias (ao qual Catxerê pertencia) não era, como eu já devo ter dito, formado apenas por nativos: é um grupo de mestiços, formado pela miscelânea de vários povos e etnias.


_ Incrível! _ Murmurou Lúcifer. _ Eu jamais havia visto esse escudo... Diz-se que só pode ser lançado por uma bruxa amazona muito poderosa e que tenha no coração um amor verdadeiro... Além disso, só pode ser lançado para a proteção pessoal ou desse amor... Mas... Para mim, esse escudo era só uma... Uma lenda... Incrível! Mas... Mas... _ E o Pai da Mentira olhou para Catxerê e ficou confuso. _ Mas... Você é... Você é... É... É uma... Uma... Amazona? Não pode ser...


_ Sim, Lúcifer, eu sou uma amazona. _ Catxerê falou. _ Sou membro do Grupo das Bruxas Amazonas Lendárias e você já ouviu falar de nós, não?


_ Sim, claro... _ Lúcifer constatou. _ São as mais poderosas e temidas amazonas do mundo... Mas... Mas... As amazonas não protegem bruxos... Na verdade nem bruxas... Mas proteger bruxas é até algo imaginável... Agora... Proteger um bruxo? Isso é algo... Inacreditável. A não ser que... A não ser que... Você... Não, não pode ser! Você é... É... Escrava dele?


_ Tecnicamente sim, Lúcifer. _ Respondeu a Princesa Amazona.


_ Ora, vejam só! _ Zombou o Rei do Inferno. _ Então, quer dizer que o “Escolhido” andou escravizando amazonas? Mas... Posso saber quem é você?


_ Sim, pode... Eu sou Catxerê, a Princesa Amazona.


_ Oh! Eu não acredito! Você é a “Princesa Amazona”? Mas... Como foi que... Sua fama é incrível! Diz-se que você é a amazona mais poderosa de todos os tempos e que jamais um bruxo conseguiu sair inteiro de um duelo contra você... Mas... Como é que...


_ A lenda está errada. _ Catxerê explicou. _ Houve um bruxo que conseguiu muito mais que sair inteiro de um duelo contra mim... Só um...


_ Abel de Oliveira. _ Lúcifer murmurou, com nojo e ódio na voz.


_ Exato! _ Catxerê concluiu.


_ Ah, Amazona... Deve ser triste ser escrava, não? _ Lúcifer começou e, em seguida, continuou: _ Não sei se você sabe... Mas... Há um modo de você deixar de ser escrava... Você pode matar seu senhor. Assim que você o matar, ganhará sua liberdade.


_ Se eu fizer isso, Lúcifer, perderei minha liberdade no exato momento em que eu o matar. _ Rebateu a amazona.


_ Junte-se a mim, Catxerê! _ Lúcifer tentou. _ Eu posso te dar o poder e a liberdade! Você seria uma Amazona das Trevas... Seria muito mais forte do que você já é! Junte-se a mim! Declare fidelidade a mim e eu a libertarei!


_ Lúcifer, eu vou dizer apenas uma vez e espero que você entenda: eu sou fiel a Abel de Oliveira e lhe serei fiel até depois do fim do infinito, até depois do término da última eternidade! _ Catxerê disse, firme e decidida.


_ Então você não me dá outra opção, a não ser eliminá-la.


E o Rei das Trevas apontou a varinha para a princesa Amazona e lançou o pior feitiço que se podia lançar contra uma amazona:


_ [Infectus!]


O feitiço era mesmo horrível! Da ponta da varinha negra de Lúcifer saíram várias coisinhas semelhantes a vírus muitíssimos ampliados, que voaram na direção de Catxerê. O “Infectus” retirava a energia do alvo atingido; fosse o alvo uma pessoa comum (bruxo comum), ele teria treze minutos de vida, caso o contra-feitiço não fosse lançado; se, porém, o alvo fosse uma amazona, o tempo de vida se reduzia para apenas um minuto, além do fato de que a dor que a amazona sentia era, pelo menos, cem quadrilhões de vezes pior que a dor sentida por um bruxo comum.


Nesse momento, Abel não pensou em nada, ele não pensou que estava esgotado demais, não pensou que poderia morrer se recebesse o feitiço, não pensou que poderia ser fatal, ele apenas fez uma coisa: pulou na frente da Princesa Amazona e recebeu o feitiço, sendo jogado longe.


Lúcifer não acreditou. Afinal, não era comum um bruxo que tinha uma amazona como escrava se sacrificar por ela; o contrário sim era comum, mas só quando o bruxo ordenava isso.


_ Não... Não é possível! _ Bradou o Rei do Inferno. _ Ah, mas... Não importa! Agora você morrerá, amazona! [Infectus!].


O Rei do Mal lançou mais uma vez o feitiço na direção de Catxerê.


Abel, mesmo sob o efeito daquele feitiço horrendo, mesmo esgotado, levantou-se, ergueu a varinha e enunciou:


_ [Espelium!]


Nesse momento, um espelho se formou na frente da Princesa Amazona; o espelho não era tão incrível quanto o feitiço da amazona _ “Yaci Uarua” _, mas era muito eficiente: o “Infectus” foi refletido e Lúcifer foi duramente atingido. O Pai da Mentira gritou, com muito ódio:


_ Maldito! Você sabe que não pode me matar com esse feitiço!


_ Eu sei que não, Lúcifer, mas sei também que esse feitiço retira todas as suas energias mágicas por um bom tempo. _ Replicou o Professor Oliveira, de pé, ao lado de Catxerê, muito calmo e determinado.


Lúcifer não acreditava... Como era possível? Ele estava sob o efeito do “Infectus”, totalmente esgotado e muito machucado! Como ele podia estar ali, calmo, determinado e tão forte? Como? Será que ele era imortal? Ou mentia melhor que ele, Lúcifer, o Pai da Mentira?


_ Como? Como é possível? _ Questionou Lúcifer.


Nessa hora, a Princesa Amazona _ que não podia mais ser escravizada por ninguém (e nem escravizar ninguém), porque já era escrava (o Olhar da Amazona só podia ser dado por uma amazona uma única vez em toda a vida dela) _ olhou para Lúcifer, encarando-o e disse, com voz firme e guerreira:


_ Lúcifer, você vai pagar pelo que fez a Abel, maldito!


Então, ela tocou com a varinha no seu amuleto (o qual ela trazia pendurado no pescoço), apontando a varinha para Lúcifer e, em seguida, enunciando:


_ [Muiraquitã!]


O “Muiraquitã” era a Magia Suprema das amazonas; se o primeiro feitiço lançado por Catxerê só podia ser lançado por amazonas poderosas e que tinham um grande amor no coração, isso era mais verdade ainda para o “Muiraquitã”. Esse feitiço lançava no oponente parte da pura energia das amazonas; se o adversário fosse impuro, o ataque poderia levar até mesmo à morte; se, contudo, o adversário fosse puro e digno, o feitiço o purificaria. Você, leitor, tem dúvida do que aconteceu com Lúcifer?


Como você já deve imaginar, o Pai da Mentira não era lá muito puro... Então, ao ser duramente atingido em cheio pelo feitiço de Catxerê, Lúcifer sofreu, como jamais havia sofrido antes. Catxerê falou:


_ Lúcifer, o amor pode ser pior que o ódio, a quem o despreza.


Lúcifer moveu a varinha com muitíssima dificuldade, criou um portal e se jogou nele, sumindo.


Ao cair no inferno, Lúcifer gritou:


_ Adan!!!


_ Sim, mestre? _ Adan Silva atendeu à solicitação.


_ Por tudo que há de mais maléfico, dê-me uma poção que páre essa dor!


_ Sim, mestre!


Adan deu a Lúcifer várias poções para diminuir a dor, mas nenhuma fazia efeito.


_ Mestre, o que aconteceu? Parece que o senhor sofreu queimaduras... Nossa... Esse feitiço que lhe atingiu foi horrível! Que feitiço é esse? Eu não conheço...


_ Na verdade, Adan, eu também não conheço... _ O Rei do Mal admitiu.


_ Mas... Mestre... Que feitiço é esse?


_ Eu não sei, Adan... Não entendi quando ele foi pronunciado. Mas... É feitiço de amazona, isso eu sei que é!


_ Feitiço... De... Amazona, mestre? Mas... Como? O senhor foi...


_ Não, Adan! Eu fui eliminar de vez Abel de Oliveira! Após a batalha contra minha parte humana, Abel me parecia fraco demais para resistir ao meu ataque... Eu lancei-lhe um “Avada Kedavra” e tinha certeza de que ia matá-lo! Mas... Mas... Mas... Aí... Aí, uma amazona chegou e... E... Protegeu o maldito com um escudo fantástico! O... O “Espelho da Lua”, Adan...


_ Uma amazona protegeu Abel? Impossível! As amazonas não protegem bruxos...


_ Eu também pensava isso... Mas... Adan... Não foi qualquer amazona... Foi... Foi... Aquela tal de... De... Catxerê...


_ O quê? Catxerê não protege ninguém, mestre! Ela é a Princesa Amazona, a amazona mais poderosa de todos os tempos, a herdeira do trono do Grupo das Bruxas Amazonas Lendárias (o GBAL) e a fama dela é terrível! Conta-se que ela deixa todo bruxo que duela contra ela traumatizado... Ela vence todos... Não, mestre, ela não protege ninguém!


_ Adan, eu não o recrimino por não acreditar em mim... Afinal, se alguém me contasse isso alguns minutos atrás, eu o mataria por mentir pra mim... Mas... Adan, era verdade!


_ Mas, mestre, se ela estava protegendo Abel, isso significa que ele... Ele... Ele a escravizou?


_ Antes fosse só isso, Adan.


_ Co... Como assim?


_ Parece, Adan, que aquela amazona ama Abel de Oliveira, com um amor puro e infinito! E... E... E... Isso é... Horrível!


_ Não, mestre, isso é impossível! Nenhum escravo ama seu senhor! Não é possível!


_ Sim, é sim, Adan, ela ama Abel mesmo... E, dessa forma, ele é “O Protegido”... O protegido da amazona mais poderosa de todos os tempos... E... Adan, você sabe o que isso significa?


_ Não, mestre.


_ Se essa proteção se concretizar... Digo... Se esse amor for recíproco _ e eu acho que é _, Abel aumentará ainda mais seus poderes e ficará imune às Maldições Imperdoáveis e a quase todo o tipo de magia negra!


_ Nossa...


_ Adan, peço que você não conte o que vou lhe dizer a ninguém... Você me é fiel, não é, Adan?


_ Sim, mestre, claro que sim! Eu sou fiel ao senhor.


_ Adan... Eu... Eu... Eu tenho... Eu tenho medo.


_ O senhor, mestre? Com... Medo? Não deveria! O senhor é o mais poderoso! Vai vencer essa guerra!


_ Ah, quem me dera! Quem me dera fosse assim! Mas, não é. Abel é surpreendente, Adan. Ele não é como os outros “escolhidos”... Ele é diferente. Muito diferente! Ele me venceu três vezes usando das minhas próprias armas... As trevas. Veja... Nas primeiras duas vezes ele me venceu com as Maldições Imperdoáveis... Ele as domina melhor do que eu! Droga! E... Na terceira vez, eu quase implorei para que ele usasse só Magia das Trevas, porque o que ele usou foi bem pior! Pior, Adan! Pior! Você tem idéia do que isso significa? Abel consegue ser pior que eu! Ele consegue ser mais cruel! Os outros “escolhidos” eu conseguia... Eu conseguia prever os passos deles... Sabia o que eles iam fazer... Como agiriam... Como me atacariam... Sim, a maioria deles me venceu sim, mas por serem mais fortes que eu... Ou por serem ajudados... Mas eu venci um deles, um fracote! Eu previa tudo, eu sempre estava um passo à frente! Mas... Com Abel, Adan, isso é diferente! Ele parece mentir melhor que eu... É mais cruel... Mais frio... Mais... Mais... Ah, Adan, ele é bem pior que eu! Sabe, odeio admitir isso, mas ele governaria o inferno bem melhor que eu governo! Ele seria capaz de vencer qualquer “escolhido” que viesse, porque ele joga mais sujo que eu! Ele governaria o mundo da pior maneira, espalharia as trevas bem mais rápido que eu... Seria muito pior! Talvez ele até conseguisse controlar as criaturas do Subinferno, que eu jamais consegui! Até eu temo ir ao subinferno, mas sei que Abel não temeria... Ah, ele é terrível! E sempre está um paço na minha frente! Droga! Por que, Adan? Por quê?


_ Eu não sei, Mestre.


_ Agora que eu achava que o estava entendendo... Agora que eu tinha certeza de que poderia enfrentá-lo... Ele parece estar indo para o lado do amor! Afinal... Aquela amazona não o amaria se ele fosse impuro e indigno... Droga! Mas... Ele venceu minha parte humana com uma Imperdoável! Eu não entendo! Qual é a lógica disso, Adan? Qual é a lógica de Abel de Oliveira?


_ Eu não sei, mestre. Mesmo sendo amigo dele, ele me surpreende sempre... Por exemplo: eu não sabia do relacionamento dele com aquela amazona... Eu sabia que ele tinha passe livre no território das amazonas, como todos na EMB sabem, mas eu jamais imaginei que ele tinha escravizado... Ou... Sei lá o quê... A... A Princesa Amazona.


_ Eu tenho medo, Adan... Sinto que, se eu perder essa batalha, muita coisa vai mudar. E... Eu tenho medo disso... Minhas chances de vitória são pequenas demais.


_ Não, mestre! O senhor vai vencer essa guerra!


_ Que você tenha razão, Adan.


Concomitantemente...


Catxerê sabia que Abel estava sob o efeito do “Infectus”. Não, ele não conseguia enganá-la! Ela sabia muito bem que o famoso “Professor Oliveira” não estava nada bem! Ela apontou a varinha para ele, após tocar seu amuleto, e lançou:


_ [Muiraquitã!]


Abel foi atingido por aquela energia doce, pacífica e pura. Ah, como era bom! Todos os seus ferimentos se curaram e o “Infectus” foi anulado.


A Princesa Amazona, então, virou-se para ele e falou, séria:


_ Abel, seu idiota! Você precisa lutar até a exaustão? Precisa quase se matar? Acha isso certo?


_ Sim, Cat, eu acho.


_ Ah, é? Pois... Pois não é certo! Você não pode fazer isso!


_ Cat, eu preciso vencer Lúcifer a qualquer custo, isso ainda é minha função...


_ Eu não estou questionando isso, Abel! Eu sei de tudo! Mas... Você pode vencer Lúcifer sem ficar do jeito em que você está!


_ Cat, eu não posso deixar as pessoas que eu amo morrerem na minha frente sem que eu faça nada! Eu já sou incompetente... Quase não consigo salvar ninguém que eu amo e...


_ Ora, Abel! E você acha que, morrendo, vai salvar as pessoas que você ama?


_ Sim... Se eu...


_ Não, não vai! Se você morrer, todos aqueles que te amam morrerão junto! Acha que vai vencer Lúcifer morto?


_ Não, mas darei a minha vida para vencê-lo!


_ Ah, que lindo! Diga-me uma coisa, Abel... Você não se importa muito com sua vida, não é?


_ Não, Cat, eu não me importo, porque minha vida não vale nada...


_ Cale-se, Abel! Você não sabe o que diz! _ A Princesa Amazona agora estava no limite do seu controle. _ Sua vida vale mais do que você pensa, Abel! E você precisa se cuidar!


_ Isso é impossível numa guerra, Cat. _ Abel de Oliveira mantinha a calma.


_ Não, não é! Isso é plenamente possível, mas, claro, você precisa querer se cuidar!


_ Ah, claro... Quando eu estiver esgotado, vou virar pro meu adversário e dizer: “Senhor adversário, eu sinto muito, mas não vou poder continuar esse combate, porque tenho que me cuidar”... É essa a sua sugestão? _ Abel agora dava aquele sorrisinho sarcástico.


_ Não, não é isso! Você sabe que não é isso!


_ Então, Cat, o que você quer que eu faça? _ Questionou o “Escolhido”, mantendo o sorriso e a ironia.


Catxerê inspirou de maneira profunda, soltou o ar pesadamente e, em um tom bem mais ameno e triste, respondeu:


_ Eu... Eu só queria... Eu só queria que... Eu só queria, Abel, que você se lembrasse de que você tem motivos para ficar vivo após as batalhas...


A amazona lutava, em vão, para segurar as lágrimas que caíam dos seus olhos. A cara de fúria dela foi completamente substituída por uma expressão de total tristeza e melancolia. Não, Abel não gostava de vê-la assim! Ele não queria ver aquela menina, de dezessete anos, rostinho infantil, pura, guerreira, mas delicada sofrer. Não, ele não gostava e não queria ver aquela garota sofrer daquele jeito!


O “Professor Oliveira” se aproximou dela, enxugou as lágrimas do rosto da Princesa Amazona e disse, em um tom mais sério, mas brando:


_ Cat... Fique tranqüila... Vai ficar tudo bem...


A amazona continuou:


_ Eu... Eu só queria que você se lembrasse de que, mesmo após vencer Lúcifer, mesmo após passar o cargo de “Escolhido”, mesmo após o fim dessa maldita guerra, você tem motivos pra continuar vivo, Abel!


Definitivamente, Abel não queria vê-la chorar daquele jeito.


Então, ele falou:


_ Cat... Eu... Eu prometo que ficarei vivo após o fim dessa guerra, mas só se você me prometer que também ficará viva...


A Princesa Amazona sorriu, em meio às lágrimas... Então havia uma saída... Então era possível que Abel se preocupasse com sua vida... Ela teria que prometer também que ficaria viva, mas... Era justo. E, claro, isso só mostrava que ele se preocupava com ela também. Então, ela perguntou:


_ Isso seria um pacto?


_ Sim, seria. _ Respondeu Abel, calmamente.


_ Então... Eu prometo que ficarei viva no final disso tudo. _ Catxerê prometeu, veementemente.


_ Já que é assim... Eu também prometo que ficarei vivo após essa guerra! _ Abel concluiu, com um belo sorriso no rosto.


Os dois estenderam e se apertaram as mãos e selaram o acordo. A Princesa Amazona sorriu, pois sabia que o bruxo à sua frente sempre cumpria os acordos que fazia. Abel sorria porque sabia que, caso tudo desse errado, ao menos teria alguém que também sobreviveria. Sim, ele confiava naquela amazona, muito mais do que você, leitor, possa imaginar!


Bem mais calma, Catxerê examinou Abel minuciosamente e disse:


_ Ah, Abel... Você está esgotado! Olha pra você! Você devia estar deitado, em repouso! _ E, apontando a mão esquerda para ele, enunciou: _ [Mobilicorpus!].


Abel foi suspenso no ar. Ele não resistiu, aceitou os cuidados da garota.


No meio do caminho, Abel disse:


_ Cat, eu acho que posso andar, sabia?


_ Não, não pode! _ Catxerê respondeu, firme e com irritação na voz.


Porém, quando ela olhou para Abel e viu aquele sorriso maroto no rosto dele, não conseguiu deixar de sorrir também e dizer:


_ Você faz isso só pra me irritar, não é?


_ Ah... Como é que você adivinhou?


_ Ah, Abel, você não tem jeito mesmo!


E os dois sorriram.


Catxerê entrou no castelo onde seu grupo residia. Ela trazia, flutuando, Abel de Oliveira. A tia da garota, no meio do caminho, interceptou-a e falou:


_ Ah, Catxerê... Vejo que seu senhor não está muito bem!


_ Saia da frente! _ Disse a Princesa Amazona, ríspida.


_ Será que você não vê, minha sobrinha, que essa é a sua chance? Você pode deixar de ser escrava! Mate-o!


_ Tia, nós já conversamos sobre isso e eu mantenho o que eu disse antes!


_ Bom, se você não vai matá-lo, eu faço isso por você!


Então, a tia de Catxerê lançou um potente feitiço de corte contra o peito de Abel, mas Catxerê o protegeu:


_ [Yaci Uarua!]


A tia da Princesa Amazona se surpreendeu... Afinal, nem a mãe da garota conseguia lançar aquele escudo... Isso, claro, porque, para lançá-lo, era necessário ter um grande amor no coração e amor não era uma coisa comum às amazonas, ao menos não o amor necessário para lançar o escudo (o amor entre um homem e uma mulher). O escudo refletiu o ataque contra quem o lançou e a tia de Catxerê caiu no chão.


Abel olhou para a amazona mais velha... Olhou nos olhos dela. Ele podia fazer isso, porque aquela amazona já havia escravizado um homem, ou seja, ela já havia lançado o “Olhar da Amazona” em outra pessoa e, segundo as regras, não poderia mais lançar aquele olhar, nunca mais no resto de sua vida. Então, era possível olhar nos olhos dela. Abel a encarou, de modo penetrante, como se quisesse saber de todos os seus planos. Ele sabia que Catxerê daria sua vida por ele se fosse preciso, e sabia que a tia dela estava disposta a matá-lo, mesmo que, para isso, precisasse machucar a própria sobrinha. A tia da garota não entendeu aquele olhar... Em seguida, o bruxo trocou um rápido olhar com Catxerê. Era incrível como eles se entendiam rapidamente e apenas com uma simples troca de olhares!


Então, a Princesa Amazona apontou a varinha para trás de si e lançou um feitiço não-verbal que fez um corpo voar e atingir a tia dela. O corpo e a tia ficaram no chão e aí todos puderam ver de quem era o corpo...


_ Iara? _ Catxerê não acreditou. _ Mas... Então, quer dizer que você me atacaria pelas costas?


_ Eu... Eu... _ Iara parecia muito sem-graça. _ Eu só queria que você deixasse de ser escrava...


_ E você já pensou se era isso o que eu queria? Já se perguntou o que eu queria? Ou só caiu na ladainha de sua mãe? _ Catxerê estava agora muito irritada. _ Ah, Iara... Eu confiava em você. Que pena, não é?


_ Mas... Como é que você descobriu? _ A tia da Princesa Amazona perguntou.


_ Ora, tia, se você fosse um pouco mais esperta, você saberia! Agora... Saia da minha frente!


Após dizer isso, Catxerê moveu a varinha e tanto a tia quanto a prima voaram longe. A amazona, então, seguiu seu caminho, sempre mantendo Abel flutuando com a mão esquerda e, agora, mantendo a varinha alerta na mão direita, a fim de evitar qualquer eventualidade.


_ Para onde estamos indo? _ Questionou Abel.


_ Ah... Para o lugar mais seguro que existe!


_ E... Posso saber onde seria? _ Abel sorria, quando perguntou.


_ Claro! Mas antes, uma pequena história... Sabe, o quarto de uma amazona é único e exclusivo, é só dela. Tanto que, quando uma de nós morre, o quarto é enviado a outra dimensão e um novo quarto surge para a nova integrante do grupo. E, o mais importante é que, só pode entrar no quarto de uma amazona as pessoas que ela autoriza. É claro que receber essa autorização não é nada fácil, porque o quarto é o seu templo, e não é qualquer pessoa que pode entrar, só as realmente importantes. Bom, no meu caso, só minha mãe tem autorização para entrar no meu quarto... Isso, claro, até agora. Mas agora você também terá permissão; afinal, é o lugar mais seguro pra você.


E os dois chegaram diante de uma porta. Abel olhava tudo com um olhar curioso... Aquele quarto parecia ser tão normal! A amazona, prevendo os pensamentos dele, explicou:


_ Não se engane com as aparências... Você só está vendo a porta porque é convidado meu.


_ Ah... Obrigado. _ Abel agradeceu meio sem-jeito, uma vez que aquilo parecia mesmo ser importante.


A Princesa Amazona abriu a porta e disse, conduzindo Abel para dentro do quarto:


_ Bom, Abel, seja muito bem-vindo ao meu quarto!


A garota parecia muito feliz. Abel agradeceu mais uma vez... É, aquilo parecia realmente muito importante para ela.


A amazona colocou Abel sentado em sua cama e perguntou:


_ Muito bem, você quer me contar o que aconteceu?


_ Ah... Cat... Eu... Eu não consigo. _ Abel respondeu. _ Mas... Bom, você pode ver, se quiser.


Então, o bruxo encarou Catxerê nos olhos e permitiu a entrada dela em sua mente. Catxerê era a única a quem Abel abria sua mente e permitia um acesso livre. Ele confiava mesmo nela, não pelo contrato mágico de escravidão (ele nem pensava nisso), mas sim porque ela se provou várias vezes ser confiável.


Catxerê entrou na mente do bruxo e viu tudo, toda a semana dele. Então ela descobriu o motivo de Abel não ter escrito para ela... A semana dele foi horrível! Ela viu tudo, tudo mesmo! E, depois, Abel disse:


_ Sabe, Cat, quando eu vi o corpo de Gina ali, caído, pensei que estava no fundo do poço! Sério! Parecia que parte de mim tinha ido junto, parecia que eu jamais conseguiria me reerguer... Sim, eu pensei que fosse o fundo do poço!


_ Você a amava muito, não é? _ Perguntou Catxerê, como se o entendesse.


_ Não sei, Cat... Eu pensava que sim, mas... Agora não tenho mais certeza.


_ Como assim? Eu não entendo!


_ Cat... Se eu a amasse de verdade, digo... Se eu nutrisse por ela um amor grande mesmo... Bom, eu teria reagido, não? Mesmo que fosse para vingar a morte dela, mas acho que eu teria reagido... Sei lá... Eu não sei mesmo, Cat.


_ Ah...


_ Veja... Nesses três mil anos e um montão de vidas, eu só amei de verdade na minha primeira vida... Mas, Lúcifer indiretamente matou a pessoa que eu amava. Desde então, decidi que jamais amaria novamente... Sim, eu me casava, mas era só pra manter as aparências. Eu tinha pena de quem se casava comigo, sabe? Elas realmente me amavam, realmente dariam a vida por mim, mas eu não correspondia. É claro que eu fazia de tudo para que elas não percebessem... Óbvio. Mas, eu não correspondia. Como eu era sempre desprezado pelos meus pais, eu dava todo o meu amor a meus herdeiros. Só um deles não teve meu afeto e você viu qual foi... Mas, como você também deve ter visto, eu já estou corrigindo isso. Bom, mas, voltando ao assunto inicial... Eu não sei se amei Gina, ou se foi só uma paixão passageira. Sinceramente, Cat, eu não sei.


_ Mas... Por que você acha que pode ter sido apenas uma paixão passageira?


_ Bom, vou terminar a história e aí você entenderá. Como eu ia dizendo... Bem, eu achava que estava no fundo do poço, achava que não tinha como piorar, sabe? Mas... Daí, Lúcifer, depois de fazer tudo o que fez com Harry, Hermione, Rony e, principalmente com Alana, bom, depois daquilo tudo, ele se voltou para mim... Mas... Atena interferiu... Ela desobedeceu uma ordem minha e interferiu... Ela é esperta... Prometeu que não interferiria, mas, deve ter cruzado os dedos... E, claro, fechou a mente muito bem! Ela interferiu, Cat, e foi longe, muito longe! Mas... Ela é inexperiente... Sim, a experiência conta muito em um duelo... Não adianta ter só a teoria, a prática é fundamental! E Atena não tem a prática... Ela só tem a teoria e muitas lembranças que ela nem sabe o que significam direito! Ela não tem prática e pagou por isso... Ah, Cat, quando eu vi Atena sendo torturada, eu percebi que o poço era bem mais fundo! Percebi que o lugar onde eu pisava antes era o chão... O poço era onde eu estava naquela hora! Daí eu esqueci o que tinha acontecido com Gina... Pareceu-me pequeno demais, insignificante demais perante o que estava acontecendo... E então eu consegui reagir. Sabe, Cat, a morte de Gina não me causa mais dor... Sofri muito na hora, mas, agora, não sofro mais. E isso me assusta. Agora, o que me preocupa é apenas Atena... Só isso. Bom... Eu não tenho mais prática no amor, faz três mil anos que não amo ninguém, mas... Acho que, se eu a amasse mesmo, sentiria ainda a dor da perda dela... Ou não? Cat, você acha que, se eu a amasse, eu ainda sentiria a perda dela? Ou você acha que não? Digo... Se... Se fosse um grande amor... O amor da minha vida... Eu sentiria ainda, mesmo com Atena estando naquele estado? Será... Será que eu ainda sentiria a perda? Ou... Ou será que não?


Catxerê pensou por um momento e depois respondeu:


_ Bom, Abel, eu não posso dizer o que você faria, mas... Posso falar por mim... Se eu perdesse o amor da minha vida, mesmo que, depois, minha mãe fosse torturada até a morte na minha frente, eu sentiria muitíssimo a perda dele. Eu sentiria também a perda de minha mãe, mas, não deixaria de sentir a perda dele... Sentiria de modos diferentes a perda dos dois, entende? Mas, não deixaria de sentir a perda dele, jamais!


_ Então, você acha que o que eu senti por Gina foi apenas uma paixão... Digo... Algo passageiro?


_ Bem, eu não sei se posso opinar sobre isso, mas... Pelo que vi na sua mente e pelo que você me disse há pouco, pode ser que sim, Abel.


_ Ah, pobre Gina... Então eu não correspondi ao amor dela... Pobre menina.


_ Não se culpe, Abel, você não pode se culpar por isso, nem por aqueles que morrem por você... Amor é coisa do coração, e por mais poderoso que você seja, não pode controlá-lo. Ainda está para nascer (e eu acho que jamais nascerá) alguém que controle o coração. E, quanto às pessoas que morrem por você... Bem, são escolhas, Abel. Elas fizeram as escolhas delas, e você não pode interferir nas escolhas das pessoas... Bom, talvez até possa interferir, mas, não pode escolher por elas.


_ É, eu sei. Eu já devia ter me acostumado com isso, mas, perder qualquer pessoa é muito triste.


_ É, é sim. Mas você não deve lamentar tanto as perdas... Isso só vai te deixar triste, melancólico e fraco. Acho que você deve olhar pro lado e ver que ainda existem muitas pessoas que te amam e que estão do seu lado. Bom, vou buscar algumas coisas e já volto, tá?


_ Tudo bem...


_ Não quero vê-lo de pé, entendeu? Quando eu voltar, quero ver você aí, deitado, em repouso! Ouviu bem?


_ Fique tranqüila, Cat, eu não vou fugir.


A amazona sorriu e falou:


_ Bom, já volto, então.


E saiu.


No caminho, a garota se encontrou com a mãe. Esta, questionou:


_ E então, Catxerê? Como ele está?


_ Ele não está nada bem, mãe. Mas, vai ficar.


_ Ah... Não foi isso o que me pareceu quando olhei pra cara dele, filha. Acho que você está exagerando...


_ Não, mãe, ele só fecha muito bem a mente dele! Mas aquela cara boa não me engana!


_ Tá certo... Tudo bem, então. Posso vê-lo?


_ Claro!


Quando a mãe se distanciou, a tia de Catxerê se aproximou, agora sem a filha, e perguntou:


_ Onde você o escondeu, menina?


_ Não lhe interessa! _ Respondeu a jovem amazona, muito irritada.


_ Você o levou para o seu quarto, não foi?


_ Oh! _ Ironizou a Princesa Amazona. _ Como você é inteligente, tia! Fantástico! Brilhante dedução! Só que... Sabe, eu não tenho tempo pra ouvir suas deduções tão inteligentes...


_ Por que você o escondeu, garota?


_ Para evitar que ele sofra ataques de loucas como você! Agora, suma da minha frente, antes que eu...


_ Antes que você faça o quê?


_ Isso: [Depulso!]!


E a tia de Catxerê foi jogada longe. A garota seguiu seu caminho.


Enquanto isso, a mãe de Catxerê se dirigiu ao quarto. Chegando lá, viu Abel deitado, quieto. Ela cumprimentou:


_ Olá, Abel. Tudo bem com você?


_ Olá, Naruna! Comigo está tudo ótimo! E com você?


_ Comigo sim está tudo ótimo! Mas, você não está tão bem assim... É exagero seu dizer isso. Mas, você e minha filha são muito exagerados... Vou ficar com o meio-termo.


_ Ah, ela deve ter dito que eu estava quase morto, não é?


_ Bem, foi quase isso. _ A mãe da jovem amazona respondeu, sorrindo. _ Mas você não está quase morrendo,pelo que vejo.


_ Mais é claro que não! Eu estou...


_ E também não está tão bem quanto diz.


_ Ah...


_ Acho que um meio-termo seria melhor pra definir como você está. Bom, de qualquer forma, minha filha ficará encantada em cuidar de você.


_ É, eu sei... E, claro, também fico... Encantado em tê-la cuidando de mim. _ Abel falou, sorrindo.


_ Eu sei que fica... E fica muito mais do que você pensa. Mas... Bem, deixa isso pra lá. Bom, vou me retirar, antes que minha própria filha me expulse e diga que você precisa descansar...


Abel sorriu abertamente agora. Aquele era mesmo bem o estilo da Princesa Amazona.


_ Ah! _ Completou Naruna. _ Boa sorte! Quem sabe amanhã minha filha deixe que você mova a perna esquerda, né?


_ Tomara! _ Abel respondeu, gargalhando.


_ Bom, vou indo, minha filha já tá aí... Até mais, Abel!


_ Até!


Nesse momento, Catxerê entrou pela porta do quarto, trazendo flutuando, duas bandejas. Em uma delas, havia um leve lanche, e na outra, algumas poções. Ela falou:


_ Voltei!


Em seguida, ela depositou as bandejas em uma escrivaninha que tinha ali, retirou um frasco com uma poção, entregou-o a Abel e ordenou:


_ Tome isso, vai fazer você se sentir melhor!


Abel não ousaria desobedecer... Após tomar a décima poção que a amazona lhe passou, a garota fez com que ele comesse algo, apesar de seus protestos:


_ Não é que eu não goste da comida daqui, Cat, mas eu já jantei...


_ E você sabe, por acaso, que horas são? Quatro horas da manhã! Você deve ter jantado por volta das dezenove horas, ou talvez até antes, então, é claro que, após essa batalha horrível, você perdeu muitas energias! Faça-me o favor de comer logo!


Não teve jeito. Depois, a amazona se sentou na cama, bem perto dele e disse:


_ Agora deite-se e descanse. Sei que você está louco pra fazer a poção que anula os efeitos do Cruciatus... Mas... Você só pode dar a poção a Atena a partir de quinze horas depois de ter lançado o “Anti-Crucio”, certo?


_ É, é sim.


_ Então, tem tempo de sobra pra você descansar!


_ Ah, Cat... Parece que eu estou em Hogwarts há dez anos, sabe? Essa semana está sendo horrível!


_ Eu sei... _ Catxerê falou, compreensiva.


_ Sabe, eu tenho medo...


_ De quê? _ Perguntou a garota.


_ Toda guerra cobra seu preço, Cat, e o preço da guerra é alto demais... Na primeira guerra que participei, perdi meu grande amor, minha irmã me fez o favor de me trair e meu mestre morreu para me salvar. Preço bem alto, não é? Nas últimas duas guerras, eu não tinha ninguém pra perder; mas... Paguei caro por me isolar... Perdi minha felicidade... E, agora, agora que resolvi não me isolar mais, agora que resolvi tentar destruir Lúcifer usando o amor, e não o ódio, tenho medo do que posso perder... Eu já perdi Gina, que, sendo meu grande amor ou não, foi uma grande perda, que eu queria evitar... Quase perdi Atena... Tenho medo, muito medo, pelas pessoas que eu amo... Por você, por Atena e por Alana... E por Adan também, que é um grande amigo.


_ Não tenha medo Abel, o que tiver que acontecer acontecerá... E, não tema por mim, eu prometi que vou sobreviver e vou cumprir a promessa! Eu vou estar sempre com você, Abel! _ A amazona disse, segurando a mão do bruxo em seguida.


Abel de Oliveira adormeceu ali, em paz, tendo, finalmente, uma noite tranqüila de descanso.


Em Hogwarts a noite não foi muito boa. Afinal, a escola acabava de perder seu diretor e também uma aluna (uma das melhores, diga-se de passagem).


Na Ala Hospitalar a coisa estava feia. Madame Pomfrey decidiu cuidar primeiro de Alana, que era o caso mais grave dentre todos. A garota havia recebido um feitiço que a enfermeira de Hogwarts não conhecia; ah, que feitiço horrível! O que seria aquilo? As poções que Papoula ministrava à irmã do Professor Oliveira não surtiam o efeito esperado; faziam sim algum efeito, mas era bem reduzido. Quanto à Atena, Pomfrey apenas olhava para a garota ali, inconsciente, mas nada podia fazer; se o professor não tivesse pedido que ela deixasse a garota ali, certamente ela mandaria a menina para o hospital dos bruxos.


Após fazer tudo o que era possível por Alana, a enfermeira de Hogwarts se voltou para Harry.


_ Ah, Potter... Mal começou o ano e você já está aqui... _ Murmurou.


Então, ela apontou sua varinha para o “menino que sobreviveu” e enunciou:


_ [Enervate!]


O garoto acordou e a enfermeira deu uma Poção Revigorante para ele, recomendando em seguida:


_ Quero que você descanse, Potter. Não levante dessa cama!


_ Mas eu já estou bem, Madame Pomfrey!


_ Não interessa o que você acha, Potter! Quero que você fique deitado aí, em repouso, entendeu?


_ Sim, Madame Pomfrey.


A verdade era que Harry Potter não estava assim tão machucado; entretanto, você, leitor, bem sabe como Papoula é exagerada, não? Será que esse é o mal das enfermeiras?


Ela então se voltou para Hermione e realizou os mesmos procedimentos que havia feito com Harry, incluindo, obviamente, as recomendações. Depois, a enfermeira foi cuidar de Rony, que estava melhor que Harry (isso fisicamente falando, é claro).


Após alguns minutos, a Professora Minerva McGonagal entrou na Ala Hospitalar e disse:


_ Papoula, preciso falar com Potter, Granger e Weasley.


_ Mas, Minerva, eles precisam de repouso!


_ Papoula, acho que eles não estão tão mal assim... Preciso mesmo falar com eles!


_ Ah, claro... Ninguém me ouve por aqui, não é? Cinco minutos, professora.


_ Talvez até menos...


_ Muito bem, então.


A contragosto, Papoula Pomfrey acabou concordando. A Professora McGonagal se aproximou dos três alunos e falou:


_ Potter, Granger, Weasley, a maioria dos alunos ainda não sabem da morte do nosso diretor, já que a batalha ocorreu, dessa vez, fora dos terrenos de Hogwarts. Eu gostaria que vocês não contassem a ninguém... Não conversassem com ninguém sobre isso e nem falassem sobre esse assunto perto de ninguém. Eu vou dar a notícia, mas não agora. As aulas continuarão normalmente.


_ Mas... Professora, nosso diretor morreu! Como é que... _ Harry Potter tentou argumentar.


_ Potter, esse foi o último ato de Lupin! _ Contestou a mestra de Transfiguração. _ Precisamos respeitar seu último desejo... Não concorda?


_ Sim, professora, claro. _ O “Eleito” aquiesceu.


_ Você, Potter, e você, Granger, têm condições de ir para a aula amanhã... _ A docente falou. _ Quero vocês dois nas aulas. Agora... A senhorita Oliveira, por motivos evidentes, está dispensada... O senhor também, senhor Weasley.


Rony não disse nada. Ele estava muito abalado emocionalmente com a perda da irmã. Depois do “filho desertor”, agora a família Weasley perdia a única filha... Triste, realmente muito triste.


Nesse momento, Alana acordou. Ela abriu os olhos e olhou para todos os lados... Sim, ela estava, indubitavelmente, na Ala Hospitalar de Hogwarts. Provavelmente, a batalha havia acabado... A garota viu a professora de Transfiguração ali e chamou, baixinho, uma vez que sua voz estava, como ela, fraca:


_ Professora?


Assim que ouviu o chamado daquela aluna brilhante, McGonagal se aproximou da cama onde ela se encontrava e perguntou:


_ Senhorita oliveira? Tudo bem com a senhorita?


_ Na medida do possível, sim, professora. Mas... E... Como está...


_ Acalme-se, Oliveira... Seu irmão deixou uma carta pra você, acho melhor que você a leia... Ele deve ter explicado tudo aí. _ E a mestra de Transfiguração entregou a carta a Alana. _ Oliveira, você está dispensada das aulas de amanhã. Fique aí, na Ala Hospitalar, de repouso; afinal, parece que você não está muito bem, não é?


_ É... _ Concordou Alana, pegando a carta das mãos da docente e começando a ler.


A carta dizia:


“Querida irmãzinha: Não se preocupe comigo, eu estou bem. Quem não está muito bem é Atena, mas ela vai ficar. Fui para a Escola de Magias Brasileira, para o território das Bruxas Amazonas Lendárias, buscar um ingrediente para a poção que anula os efeitos do Cruciatus... Isso fará com que Atena fique bem. Bom, é melhor que você saiba por mim, então... Preciso dizer que duas pessoas morreram: Remo Lupin e Gina Weasley. Mas, a parte humana de Lúcifer também foi para o espaço... Então, acho que o saldo foi negativo, mas, ao menos eles também tiveram uma perda. Na medida do possível, procure não ficar muito triste... Sei que Gina estava se tornando uma grande amiga sua... Acredite, também lamento a perda dela. Mas, é como eu sempre digo: toda guerra cobra seu preço; e, maninha, o preço da guerra é muito alto! Só nos resta aceitar, erguer a cabeça e seguir em frente. Não lamente as perdas, Lana... Olhe para o lado e veja que há muitas pessoas que te amam e que precisam de você. Sua felicidade é a minha felicidade, e sua tristeza é a minha tristeza também; então, procure não ficar muito triste, ok? Você está dispensada das aulas de amanhã. Quero que fique aí, na Ala Hospitalar de Hogwarts, em repouso. E não ouse sair daí, entendeu? Se você sair daí... Bom, você sabe. Fique bem, na medida do possível. Estarei de volta bem rápido. Abraços: Abel de Oliveira.”


Alana ficou triste, muito triste ao saber da morte de Gina. Era verdade que a jovem Weasley estava se tornando uma grande amiga de Alana... A única amiga que ela teve em toda a sua vida. A família Oliveira não era uma família que tinha muitos amigos; todos os Oliveira eram de poucos amigos; todavia, os amigos dos Oliveira eram verdadeiros, muito amigos mesmo! E Gina parecia ser uma boa amiga para Alana. Além disso, a garota queria saber como o irmão estava realmente... Ela não acreditava que ele estivesse tão bem assim. Se bem que, no território das amazonas, Alana sabia que ele seria bem cuidado. Ela sabia de toda a história... Não conhecia a Princesa Amazona, mas sabia de tudo e, sabia, logicamente, que Catxerê cuidaria bem, muito bem de Abel. Alana de Oliveira resolveu ficar realmente de repouso. Ela não estava muito bem, sentia-se muito fraca.


Quando viu a garota acordada, Madame Pomfrey fez a garota tomar um monte de poções. Alana comentou:


_ Ah, não... Eu odeio Poções! Odeio mesmo! Primeiro, é horrível prepará-las; depois, elas têm um gosto horrível!


_ Odiando Poções ou não, mocinha, a senhorita terá de tomá-las! _ A enfermeira rebateu, categórica.


Após um monte de poções, a enfermeira fez a irmã do Mestre de Defesa Contra as Artes das Trevas tomar a poção para dormir sem ter sonhos. Então, sob o efeito da poção, a garota acabou adormecendo.


_ E então, Papoula? Como ela está? _ Perguntou Minerva.


_ Mais ou menos, professora... _ Respondeu a enfermeira. _ Para alguém que recebeu um feitiço tão horrível, até que ela está bem... Mas, claro, ela precisará de muito repouso. Eu diria que um mês...


A mestra de Transfiguração ficou preocupada. Então, ela resolveu que aquele era o momento de deixar a Ala Hospitalar:


_ Bom, Papoula, vou deixar que você cuide de seus pacientes em paz... Até amanhã.


_ Até, professora. _ Madame Pomfrey respondeu.


E todos passaram mesmo a noite na Ala Hospitalar.


No outro dia, bem cedo, Harry e Hermione foram dispensados. Mais tarde Rony também seria mandado para o quarto. Quanto a Potter e Granger, teriam que ir mesmo às aulas.


Na mesa do café-da-manhã, todos notaram a ausência do diretor; no entanto, isso não era tão incomum assim... Ora, o diretor poderia ter ido ao Ministério, não?


Harry e Hermione tomaram seu café e se dirigiram à sala de Transfiguração. Era Sábado e, conforme o combinado, eles teriam as aulas que deveriam ter tido na Quinta-feira. No caminho, Harry comentou, mais para si mesmo que tudo:


_ Ah... Não sei pra quê estou estudando... Sou incompetente mesmo...


O comentário foi baixo, mas Hermione ouviu. Ela contestou:


_ Não, Harry, você não é incompetente!


_ Ah, Hermione... Eu sou sim. _ O garoto retrucou. _ Eu nem consegui salvar Lupin! Meu escudo foi horrível!


_ Harry, você estava muito longe dele!


_ O Malfoy também estava!


_ Mas, Harry, o Malfoy é a parte humana de Lúcifer! Ele tem muito mais experiência! E... Além disso, você foi pego de surpresa! Ou você sabia que ele ia lançar aquele feitiço horrível contra o Professor Lupin?


_ Não... Eu não sabia.


_ Então! Harry, você não pode se culpar pela morte de Lupin! Você não foi o culpado! O único culpado foi Lúcifer. Harry, você é um grande bruxo!


_ Não, Hermione, eu não sou...


_ É sim! Se não fosse, você não teria derrotado Vol... Vold... Voldemort... E... O Professor Oliveira não teria te chamado pra ser sucessor dele!


Hermione sabia sobre isso porque Harry havia contado a ela. A garota continuou:


_ Harry, você é um grande bruxo... Um grande bruxo, Harry! E não é sua culpa a morte de ninguém!


_ Ah, Hermione... Eu... Eu não sei o que eu faria sem você... Você sim é uma grande Bruxa!


Hermione ficou vermelha com o elogio; entretanto, nada a preparou para o que viria...


Harry se aproximou dela e a abraçou fortemente, dando-lhe um beijo no rosto. A garota ficou totalmente corada... Mais vermelha que a própria cor vermelha. Ela tentou falar, sem-graça:


_ Ah... Harry... O... Obrigada...


Os dois chegaram na sala. A Professora McGonagal continuou a ensinar sobre Animagia.


_ Bom, hoje eu vou mostrar a vocês o processo de transformação de um bruxo em animal. Vou mostrar a vocês todo o processo, para que aprendam e, quando partirmos para a prática _ com os alunos que tiverem o dom e disposição, é claro _, vocês não tenham dificuldade. Aqueles que não tiverem o dom, ou que não tiverem disposição, acompanharão a transformação dos colegas e farão um trabalho sobre essa transformação. Bom, vou explicar o processo e, na próxima aula, vamos fazer o teste para ver se vocês têm o dom e, se têm, em qual animal vocês se transformarão.


E a docente explicou o processo. A aula correu bem. A única coisa estranha era que Harry prestava até mais atenção na aula que Hermione, porque queria aprender a ser um animago, como seu pai.


Depois, eles foram para a aula de Feitiços. O Professor Flitwick continuou a ensinar sobre Conjuração e, claro, Hermione foi a primeira a conseguir conjurar algo maior que uma pena.


O casal foi para o almoço. Em seguida, eles aproveitaram um horário livre para fazerem as tarefas acumuladas; parecia que Harry Potter estava levando os estudos mais a sério _ não se sabia se era maturidade ou uma outra coisinha...


A próxima aula seria de Poções. Eles acreditavam que não teriam, já que não viram o Professor Oliveira _ o qual estava ministrando a disciplina naquela semana _, porém se enganaram. Eles viram um aviso pregado na parede que dizia que a aula seria ministrada por um professor substituto.


_ Nossa! O Professor Oliveira conseguiu um substituto rápido demais! _ Comentou Hermione.


_ É, é sim. _ Concordou Harry.


E eles foram para as masmorras.


No território das Bruxas Amazonas Lendárias, um certo professor de D. C. A. T., que estava, esse ano, dando aulas em Hogwarts, acordou bem tarde. O dia estava bem ensolarado e Abel de Oliveira há mais ou menos uma semana não tinha uma noite de sono tão boa! O bruxo acordou, abriu vagarosamente os olhos, olhou para todos os lados e não reconheceu o ambiente... Onde mesmo ele estava? Mas, quando ele viu aquela garota, de rostinho infantil, dezessete anos e uma beleza incrível, o “Professor” se lembrou de tudo. A paz que aquela garota transmitia era incrível! Abel até seria capaz de se esquecer dos problemas... Mas não podia. Ele precisava se levantar e fazer a poção. A Princesa Amazona o saudou:


_ Bom-dia, Abel!


_ Bom-dia, Cat... Você ficou acordada aí o tempo todo?


_ Ah... Bom, não foi bem assim... Mas, você estava bem mais cansado que eu, sabe?


_ Entendo...


A amazona conjurou uma vasilha com água morninha e, com suas mãozinhas, lavou o rosto de Abel. O bruxo disse que podia fazer aquilo sozinho, mas a garota não aceitou argumentos; na verdade, o “Professor Oliveira” não se importou com isso... Depois, a Princesa Amazona fez desaparecer a vasilha de água e conjurou uma bela bandeja com um café-da-manhã delicioso... Terminada a refeição, os dois foram buscar o ingrediente que Abel precisava.


_ Ah... Essa poção é complicada... _ Abel comentou.


_ Imagino... _ Catxerê disse.


Os dois recolheram o ingrediente necessário. Catxerê, então, propôs:


_ Se você quiser, posso ajudá-lo...


_ Bom, a Poção é muito complicada... Não posso dispensar ajuda... Mas... Você teria que ir a Hogwarts...


_ Ah, eu adoraria, Abel! _ A amazona falou, animada e sorridente.


_ Bom, vou ver se sua mãe concorda, então...


E Abel foi até a mãe de Catxerê.


_ Naruna, _ o bruxo começou _, preciso fazer uma poção muito complicada... Bem, é uma poção que criei há pouco tempo, ela anula os efeitos da Maldição Cruciatus. Será que Catxerê poderia ir até Hogwarts me dar uma mãozinha? Prometo trazê-la inteira amanhã à noite...


_ Ah, Abel, é claro que pode! Você nem precisava me avisar! Mas... A quem você vai dar a poção?


_ À minha irmãzinha... Eu a encontrei na batalha de ontem... Lúcifer estava com ela, mas... Eu consegui trazê-la de volta... E... Bom, ela foi torturada... Está inconsciente...


_ Ah... Bem, boa-sorte, então!


_ Obrigado, Naruna...


_ De nada! Agora, vá rápido, ou você não fará a poção a tempo, não é?


_ Sim, eu vou lá. Obrigado!


_ De nada, Abel.


Enquanto isso, Catxerê estava sentada, distraída, nas nuvens! Ah, que legal! Ela iria a Hogwarts! É claro que seria por pouco tempo, mas... De qualquer forma, seria muito legal!


Então, de repente, cordas surgiram de algum lugar. Não, leitor, não era a tia de Catxerê, nem a prima dela. Era um grupo de amazonas revolucionárias, que pretendiam acabar com a vida de Catxerê e de Naruna. O grupo era liderado por uma amazona mais velha... a maior rival de Naruna e pretendia matar sua filha. Afinal, se ela fizesse isso, conseguiria matar a mãe mais facilmente (já que ela estaria triste pela perda da filha) e livraria as amazonas da vergonha de terem uma escrava no grupo... O ataque foi certeiro: Catxerê estava amarrada, sem ação. A líder das insurgentes falou, com gosto na voz:


_ Ah! Finalmente eu consegui! Agora, “Princesa Amazona”, será seu fim! Adeus!


Dizendo isso, a velha amazona fez um gesto com a varinha e o gesto foi acompanhado por todas as outras do grupo; vários feitiços de corte voaram na direção de Catxerê, mas a tia da garota _ a qual viu tudo _ protegeu-a com um escudo e com seu próprio corpo. Agora a tia de Catxerê estava no chão, inútil. A velha amazona, líder das insurgentes, falou:


_ Oh! A tia protetora! Mas... Agora, acho que você não poderá proteger mais sua sobrinha, não é? Então... Adeus, maldita garota!


Novamente, vários feitiços de corte voaram na direção da Princesa Amazona, mas, dessa vez, Iara foi quem protegeu Catxerê, primeiro com um escudo e, depois, com o próprio corpo. Nem Iara nem sua mãe conseguiam produzir o escudo supremo, o “Espelho da Lua”, mas produziam bons escudos. Agora, contudo, Iara estava, tal como sua mãe, no chão, inútil. A velha amazona gritou:


_ Droga! Maldição! Será que tem mais algum verme pra proteger essa fedelha maldita? ... Bom, parece que não! Então...


Mas ela foi interrompida por uma voz dura, fria e firme, que não pediu, mas sim, ordenou:


_ Abaixem as varinhas!


O tom imperativo daquela voz tão firme, aliado à aura de poder que surgiu ali depois que a voz foi ouvida, levou quase todas as amazonas do grupo das insurgentes a obedecerem à ordem dada; a única que não obedeceu foi a velha amazona, a líder do grupo.


E novamente a voz foi ouvida:


_ Abaixe a varinha, maldita!


E um raio voou, atingindo o braço da velha amazona. Com o braço que segurava a varinha fraturado, a líder das insurgentes não conseguiu mais segurá-la. Seu grito foi alto, muito alto; a dor que ela sentia era tremenda! As outras insurgentes se encolheram e Abel de Oliveira foi visto, flutuando; o bruxo pousou suavemente ao lado de Catxerê e, com um aceno displicente da varinha, as cordas que amarravam a Princesa Amazona desapareceram. Abel se virou para a jovem amazona e perguntou:


_ Cat, tá tudo bem com você?


Catxerê respondeu, sorrindo e aliviada:


_ Tá, tá tudo bem sim, Abel...


O bruxo moveu a varinha e os cortes de Iara e da mãe dela desapareceram. Em seguida, ele falou:


_ Vocês _ e apontou para o grupo de insurgentes _ não são más, creio. Vocês têm um bom coração, mas caíram na ladainha desta aqui _ e apontou para a líder. _ Mas eu vou lhes mostrar o que acontece com aquele que ousa tocar em Catxerê, seja física, emocional, moralmente, ou de qualquer outra forma... Vocês escaparão da morte, por ora. Mas... Você _ e Abel apontou o dedo novamente para a velha amazona _ vai implorar pela morte, eu garanto!


A líder das insurgentes tremeu. Abel, então, continuou:


_ Sabe, eu sei que não posso lançar Maldições Imperdoáveis em amazonas... Por outro lado, eu sei uns feitiços que não são Magia das Trevas... Mas são bem piores... O ruim pra você, é que esses feitiços também não são Magia da Luz... Eles não têm classificação assim, entende? São apenas Magia Suprema. Há um feitiço de tortura de Magia Suprema... O feitiço foi criado por um antigo Faraó do Egito e, adivinha? O Faraó era uma de minhas encarnações! O feitiço é terrível! E, ele se chama...


E Abel apontou a varinha para a líder das insurgentes, desenhou uma pirâmide no ar e enunciou:


_ [Animus Nocendi!]


E a velha amazona caiu no chão, contorcendo-se de dor... Ah, como doía, como era horrível! Aquilo tinha que ser Magia das Trevas... Não podia ser outra coisa! Parecia que o inferno estava fluindo dentro das veias dela, os ossos pareciam que se quebravam e rasgavam a carne de dentro para fora, a pele parecia se rasgar, o corpo parecia mergulhado em um oceano de ácidos e não havia esperança, tudo era dor, pura dor, só dor e sofrimento! Mas... Se fosse Magia das Trevas, não a teria atingido!


_ Não, não é Magia das Trevas... _ O “Professor Oliveira” insistiu. _ É como eu disse antes: é Magia Suprema.


A aura de poder que emanava de Abel de Oliveira era enorme! As amazonas nunca o viram daquela forma... Elas jamais o tinham visto assim! Ele parecia irritado, muitíssimo irritado! Após torturar bastante a velha amazona, ele disse, depois de parar o feitiço:


_ Bem... Sabe o que eu faço com a mão que se levanta contra a Princesa Amazona?


O grupo das insurgentes estava parado, todo ali, perplexo. Abel continuou:


_ Eu arranco... _ E o bruxo lançou: _ [Expelliarmus!] _ A mão da líder das insurgentes voou longe e o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas continuou: _ e destruo! _ E apontou a varinha para a mão que estava caída no chão, lançando: _ [Incendio!]. _ E a mão se tornou cinzas. Para finalizar, Abel apontou a varinha para as cinzas e murmurou: _ [Evanesco!] _ E as cinzas desapareceram.


Agora sim, as amazonas insurgentes estavam temerosas de verdade! Não, aquilo não era comum! Não era comum um senhor ficar tão irritado assim só porque sua escrava foi amarrada! Na História só havia registros de senhores que, quando suas escravas eram pegas em armadilhas, quando os senhores eram muito bonzinhos, eles tiravam as escravas das armadilhas e as castigavam depois. Mas, registro de senhores que se irritavam tanto apenas porque a escrava estava amarrada... Não, isso não existia nos registros históricos. Aquilo era, pois, muitíssimo incomum. A princípio as insurgentes não temeram, porque pensaram que o “senhor de Catxerê” apenas salvaria sua “escrava”; contudo, quando viram a cólera dele, aí sim todas tremeram de medo de verdade.


A tia de Catxerê olhava para Abel com surpresa... Ela não esperava que ele fizesse isso. E o bruxo ainda estava seguindo as leis das Amazonas, já que, como futuro líder delas, ele poderia aplicar a pena correspondente às revoltosas, que era a Pena de Morte. Iara olhava para Abel com surpresa e, também, com admiração; ela olhava para a prima com um olhar de compreensão e um pouquinho de inveja também. Afinal, a prima achou alguém que a defendia. Agora Iara entendia o porquê da prima não se revoltar com a suposta “escravidão”... Agora Iara compreendia tudo. Sim, ela devia desculpas à prima pelo que ia fazer...


Catxerê olhava para Abel com gratidão e admiração. Sim, aquele bruxo era realmente fantástico!


Abel continuou a falar, encarando a velha amazona (ela também, logicamente, já havia lançado, há muitíssimo tempo, o Olhar da Amazona):


_ Muito Bem, agora é hora da sua morte, maldita! Mas... Não vou deixar que sua alma vá para um lugar bom... Vou garantir que ela vá ao subinferno! E, eu tenho o feitiço perfeito para isso! Hahahahahahahahaha!!! Mas, antes, prepare-se para cinqüenta e nove segundos de muita dor! _ E, apontando a varinha para a líder das insurgentes, ele lançou: _ [Infectus!].


Agora sim, quase todas as amazonas do grupo das insurgentes ficaram desesperadas! Muitas delas não agüentaram e... Bom... Como eu vou dizer isso... Ah, acho melhor não dizer... Deixa pra lá.


A dor que a velha amazona sentia era inimaginável! Quando aquelas coisinhas parecidas com vírus muitíssimos ampliados saíram da varinha de Abel e a atingiram, ela gritou, gritou, gritou, gritou demais!!! Por cinqüenta e nove segundos ela sofreu demais e, quando chegou o segundo final, a hora da morte dela, quando a alma se libertaria da dor, Abel de oliveira lançou, veemente:


_ [Espírito in lócu!]


E a alma da velha amazona, da líder das insurgentes, foi enviada ao subinferno, para um longo período de sofrimento. Em seguida, Abel se voltou para o grupo insurgente e disse, com bravura:


_ Ouçam bem! Ouçam bem, porque eu só vou dizer uma vez! Catxerê é intocável, entenderam? Bem, se não entenderam, eu explico: quem ousar pensar em sonhar em tocar em Catxerê, seja fisicamente, moralmente, ou de qualquer outra maneira, vai implorar pela morte! Entenderam?


Todas entenderam e muito bem! Depois, Abel, apontando a varinha para o grupo bradou:


_ Agora... Sumam daqui!


E ele moveu a varinha... E todas as insurgentes voaram longe, muito longe, muitíssimo longe mesmo!


Então, Abel se voltou para a Princesa Amazona, examinou-a minuciosamente e questionou, novamente:


_ Tudo bem mesmo com você, Cat?


_ Tudo ótimo, Abel! _ Respondeu a amazona.


Ela ainda estava meio que em estado de choque... Afinal, ela quase foi morta, não é?


Mas, quando ela percebeu o que havia acontecido, pulou nos braços de Abel, abraçando-o fortemente e agradeceu, sorrindo:


_ Ah, Abel, obrigada!


_ De nada! _ Abel respondeu, sorrindo também.


Em seguida, Iara se aproximou de Catxerê e disse:


_ Ah... Eu... Eu lhe devo desculpas... Agora eu te entendo... Desculpe-me!


_ Tudo bem... _ Catxerê respondeu.


_ Sabe, se eu encontrasse um bruxo como Abel de Oliveira, eu também não me importaria em ser escrava...


_ Ah, não se preocupe, Iara, você vai encontrar um bom bruxo para ser seu escravo! _ Respondeu a Princesa Amazona, sorrindo.


Enquanto isso, a tia de Catxerê disse a Abel:


_ Muito bem, garoto... Eu não confiava em você, mas, hoje você se provou... Digno de minha confiança.


_ Mostre que confia em mim cuidando muito bem de sua sobrinha! _ Respondeu Abel.


_ Sim, claro. _ A tia de Catxerê concordou.


Depois de tudo isso, Abel e Catxerê foram para Hogwarts. Os dois prepararam as poções necessárias e se dirigiram à Ala Hospitalar.


Enquanto isso, na sala de Poções...


O Professor de Poções Substituto entrou na sala. Ele era estranho... Primeiramente, ele estava todo coberto por uma capa negra, exceto os olhos... Ele parecia sombrio... Quem seria ele?


O Mestre das Poções substituto começou:


_ Muito bem, a pedido do Professor Oliveira, serei seu Professor de Poções por hoje. Podem me chamar de professor, ou de senhor, e meu nome não importa! Eu não admito conversas nas minhas aulas e nem admito incompetência, entenderam? Muito bem, então. Hoje vamos fazer a Poção do Amor. Alguém sabe me dizer o que é a Poção do amor?


_ A Poção do Amor é... _ Começou Hermione.


_ Qual é o seu nome? _ Questionou o professor.


_ Granger... Hermione Granger.


_ Muito bem... Granger. Em primeiro lugar, eu não permiti que você falasse! Você me ouviu autorizando que falasse?


_ Não... Professor... _ Respondeu a bruxinha, muito sem-graça.


_ Em segundo lugar, eu odeio pessoas como você, que ficam se exibindo por aí e acham que sabem tudo só porque decoram os livros! E, por fim, dez pontos a menos para a Grifinória, porque a senhorita falou sem minha autorização na minha aula! Agora já chega de palhaçada! As instruções estão no quadro! _ E o docente apontou para o quadro, fazendo as instruções aparecerem. _ Eu quero as poções no final da aula! E, quero também o trabalho pedido pelo Professor Oliveira.


E todos começaram a fazer as poções. O mestre comentou, ainda:


_ Mas... É claro que eu não espero que alguns incompetentes _ e olhou diretamente para Harry _ consigam fazer a poção, não é?


Harry tremeu... Ah, aquele olhar o fazia lembrar de... Que horror!


O garoto estava fazendo a poção. O professor passava nas mesas, criticando a poção de todos os grifinórios e elogiando as poções dos sonserinos. Quando ele passou pela poção de Hermione, não viu nada de errado e lançou um olhar mortal à garota. E, quando passou na poção do “menino que sobreviveu”...


_ Potter, seu imbecil! Não é assim que faz a poção! Você não sabe ler?


_ Sei, senhor...


_ Não parece! Você está fazendo totalmente errado! Você acha que não precisa aprender mais, não é mesmo?


_ Não, senhor...


_ Você acha que, só porque venceu o Lorde das Trevas, não precisa aprender mais nada, não é? Pois você está enganado! A guerra que virá é bem pior que a que você venceu, Potter! Voldemort é só um amador! Um amador, entendeu? Você é um inútil incompetente, Potter!


_ Mas, senhor...


_ Cale-se! Acha que tenho pena de você? Acha que me rendo à sua fama? Está, mais uma vez, enganado! Você, pra mim, não é nada!


_ Tem alguma coisa contra mim, Professor? _ Harry Potter questionou, já irritado.


Enquanto isso, na Ala Hospitalar, Abel e Catxerê chegaram. Abel, primeiramente, dirigiu-se a Alana e a cumprimentou:


_ Olá! Beleza?


_ Ah... Sim... Tudo bem. _ Respondeu a garota, ainda muito fraca.


_ Toma essa poção... Vai fazer você se sentir melhor. _ Abel falou, entregando a poção à irmã.


_ Ah, não... Isso tem um gosto horrível! _ Alana reclamou, sem nem mesmo tomar uma gota.


_ Não, não tem... Você tem sorte, Lana... Essa poção foi feita por Catxerê e tem um gosto muito bom! _ Abel retrucou. _ É sério! Eu não sei como ela consegue essa façanha...


Alana tomou a poção e, era verdade! Depois disso, a garota se sentiu maravilhosamente bem!


_ Nossa! _ Comentou a garota, animada. _ A Princesa Amazona é mesmo muito boa em Poções, heim?


_ É, ela é sim. _ Abel respondeu. _ Talvez até melhor que eu.


_ Não, não sou não. _ Catxerê interferiu. _ Você é o melhor produtor de poções que eu conheço, Abel!


_ Ah, Cat... Você sempre diz que sou mais do que sou realmente... _ Abel falou.


_ Não, tudo o que eu disse é verdade! _ Insistiu Catxerê. _ Ah! Você deve ser... Alana... Certo?


_ É, é sim. _ Alana respondeu.


_ Muito prazer em conhecê-la! _ A amazona disse, estendendo a mão e cumprimentando a irmã de Abel.


_ O prazer é todo meu! _ Alana correspondeu ao cumprimento.


_ Abel fala muito de você... _ Catxerê disse.


_ Ah, que coincidência! Ele fala muito de você também! _ Alana falou. _ Se bem que essa semana foi horrível, nem deu tempo da gente conversar muito...


_ É, eu vi... _ Catxerê disse.


Em seguida, Abel e Catxerê foram para a cama onde Atena se encontravam. Abel disse:


_ Bom, Cat... Preciso que ela tome o tanto certo da poção, nem uma gota amais, nem uma gota a menos.


_ Certo. _ Respondeu a Princesa Amazona.


_ Então, por favor, ajude-me para que ela não deixe derramar nenhuma gota da poção, tá?


_ Claro, Abel! Vamos lá!


_ Vamos!


E os dois ministraram a poção à garota; ela tomou todo o conteúdo do frasquinho, não derramou nada. Em seguida, Abel falou:


_ Bom, agora é só lançar o “Enervate” e, se tudo deu certo, ela acordará...


_ Vai dar tudo certo, Abel! Você vai ver!


_ Ah, Cat... Eu tenho medo... Medo de ter errado alguma coisa...


_ Abel, você é o melhor em poções de todo o mundo! Você sabe disso! Tenho certeza de que você fez tudo certo, Abel! Agora... Lance o “Enervate” nela e você vai ver que deu tudo certo!


_ Bom, tudo bem, então... Vamos lá.


E o Professor Oliveira apontou a varinha para Atena e Lançou, após dizer:


_ Eu espero, sinceramente, que tudo tenha dado certo. [Enervate!].


(***) E, NO PRÓXIMO CAPÍTULO...


Será que deu tudo certo? Será que Atena será salva? Ou terá o mesmo destino de Gina e Lupin? Será que o Professor substituto de Poções tem algo contra Harry Potter? E, se tem, o que seria? O funeral de Gina e Lupin será feito. Quem será o novo... Ou a nova... Diretor... Ou diretora... De Hogwarts? Entre funerais e decisões, Hogwarts terá que continuar a sua vida... Não percam o próximo capítulo de “A VIDA EM JOGO”: “CORPUS ETERNUS”!


(***) PALAVRA DO AUTOR:


Bem, galera, acho que muitas coisas foram esclarecidas nesse capítulo, não é? Por exemplo... Agora vocês já não acham o Professor Oliveira tão insensível, ou acham? Creio que vocês também conheceram alguns feitiços, não é? Digo... Acho que alguns feitiços originais foram explicados, certo? Muito bem: esse capítulo foi um capítulo de transição da luta para a calmaria. Os próximos capítulos serão mais calmos e explicativos. Imagino que, dentro de dois capítulos, vocês conhecerão a Profecia Apocalíptica, toda a história, enfim, tudo isso. Bom, espero que vocês tenham gostado do capítulo!


Então, continuem lendo a fic e, quem puder, comente! Valeu!



N/B: - Pai da Mentira? De onde você tirou isso???? Kkkkkkkk Vi que fez várias menções, mas não entendi por que ele é conhecido como o pai da mentira.

- Eu senti falta de uma coisa: depois que a Catxerê refletiu o Avada Kedavra, o que aconteceu com o Abel? Ficou desmaiado no chão? Isso porque depois disso se seguiu um longo diálogo entre Lúcifer e a Catxerê e nada do Abel. Talvez você pudesse mencionar que ele estava lá deitado, fraco, caído, inerte, ou então teremos a impressão de que ele ficou ao lado dela o tempo todo.

- Surpreendente... o melhor amigo do Abel está do lado do Lúcifer? Me lembrou o Rabicho...

- Sabe o que eu achei que seria legal? E aqui sugestão de beta: que a cópia do Abel ficasse num tipo redoma, uma bolha, para se isolar, já que ela foi atingida por um feitiço misterioso e estão tentando encontrar a cura. Se encaixaria direitinho na fic.

- E sim, o Abel ainda é um insensível.... kkkkkkk

- Bom, essas são as minhas observações, não tenho mais muito o que falar, exceto que este capítulo deu trabalho, de tão grande!!!! Mas a gente fica cada vez mais curioso pra saber o que vai acontecer em seguida. Meus parabéns Bruno.


(***) RESPOSTA DO AUTOR:


Bom, Belle... Alguns importantíssimos esclarecimentos...


Você está certa, enquanto corria o diálogo entre Catxerê e Lúcifer Abel estava do lado dela! Sim, ele estava bem fraco sim, mas ainda estava de pé, do lado da Princesa Amazona. O único momento em que ele foi ao chão foi quando ele pulou na frente da amazona para receber o “Infectus”. Sua “impressão” está correta! Kkkkk!!!


Quanto à sua sugestão... Como sempre, muito boa; contudo, não vejo necessidade para tanto... Kkkkkk!!! Além, claro, do fato de o capítulo já estar escrito... Kkkkk!!! Seria um pouco complicado mudar isso, além de ser bem pouco relevante... Uma correção: a “cópia de Abel” _ Atena _ não foi atingida por um “feitiço desconhecido”. O que ela teve foi apenas uma... Na... Digamos... “Overdose de Cruciatus”. Mas, no próximo capítulo isso já será resolvido, ou com a morte da garota, ou com a recuperação dela, não se preocupe.


Belle, Adan não lembra Rabicho não, e você prceberá isso bem rápido... Aguarde e verá. Adan Silva _ melhor amigo de Abel de Oliveira _ lembra sim um personagem de J. K. Rowling, mas é um outro personagem...


Muito obrigado pelos elogios e, parabéns pela maravilhosa betagem! Certamente não sou o melhor escritor; contudo, é indubitável que tenho a melhor beta!



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