A tavola redonda



CAP 20 – A távola redonda


O barulho de suas botas ecoava pelos corredores. Ele entrou a sua esquerda seguindo por um corredor escuro, desceu vinte degraus, e parou. Encarou a escuridão, retirou a varinha de um dos bolsos das vestes longas e azuis. Um floreio, e as tochas que haviam para iluminar o salão se acenderam em chamas.

Olhou ao redor a procura da única cela ocupada e ao avistar a figura junto às grades de aço, voltou a seguir em frente. Ele apenas gostaria de vê-la. Apenas isto.
E a viu.

Ela sempre o impressionou por sua beleza impar. Os cabelos, volumosos e negros, estavam revoltos, e desalinhados. Ela estava apenas há um dia em cárcere, mas suas feições demonstravam muito mais cansaço.

Ela levantou os olhos e lhe fitou. Um sorriso irônico brotou em seus lábios, e um ar arrogante e satisfeito.

_Professor. – Ela disse antes de se levantar. A voz, ao contrário da aparência, estava forte e firme. – Que prazer em receber sua visita. Sinto não ter nada para lhe oferecer. – Disse ao fazer uma reverência cômica – Talvez você possa me oferecer um pouco de vinho?

_Belatriz. – Cumprimentou ele. – Acredito que não devas beber vinho neste momento, mas posso lhe oferecer um chá de ervas?

Ela fez um careta de nojo.

_Vim aqui para lhe fazer uma única pergunta – Começou ele – Se puderes me responder...

Ela o fitou com curiosidade.

_O que Voldemort lhe ofereceu?

_Como? – Perguntou ela fingindo perplexidade.

_O que ele lhe ofereceu Belatriz? Dinheiro? Poder? Algo que você não possuía? Pois acredito que os Malfoy sejam uma família rica e poderosa, e com seu casamento com o Conde Lestrange seu poder aumentou muito.

Ela riu. E ele a fitou, curioso. Dos olhos dela, lágrimas de satisfação. Estava louca. Ou não.

_Alvo, acredito que estais realmente ficando velho. Ele me ofereceu poder? Fortunas? Sim! – Exclamou ela alto, e sua voz ecoou pelas masmorras. – E melhor, ele me ofereceu liberdade! Os Malfoy são uma família de sangue bruxo, e puro – Disse ela arregaçando as mangas do vestido negro, e mostrando os pulsos. – Sangue puro, sangue Bruxo. Voldemort nos ofereceu a oportunidade de nos livrarmos desses mestiços. Nos ofereceu poder? Sim, um poder acima do rei de Avalon, um poder que nos faz livre para sermos o que quisermos, e sempre maior que os outros.

_Um poder que os deixa matar livremente? – Perguntou ele a fitando – Livremente? Inocentes?

Ela gargalhou.

_Inocentes? Eles nos roubam nossos poderes, estão a dominar estas terras as quais as bruxas e bruxos as criaram, o reino de Avalon! Estas terras não pertencem aos homens, e sim aos bruxos que dominaram nossas terras, usurpam de nossos poderes...

_Belatriz...

_Você, Dumbledore, o grande Alvo Dumbledore! Cujos poderes se comparam ao grande Mérlin! – Ela cuspiu aos pés do bruxo – Um nada! Um fraco amante de trouxas e sangues-ruins!

Ele deu um último olhar para a mulher. Ela o fitava enraivecida, os olhos brilhavam em fúria. Deu as costas e saiu, ouvindo mais gritos de raiva, ofensas e mentiras.

Segurando a mão de Mari junto a sua, Débora atravessava os jardins do castelo em direção a vila.

_Vamos, que não tenho muito tempo, essa reunião não vai durar o dia todo.- Disse ela puxando Mari para que a amiga andasse mais rápida.

Mari revirou os olhos, agarrou a barra das saias do vestido para levantá-las um pouco e assim facilitar a corrida.

Chegaram à vila ofegantes. Débora olhava de um lado para o outro, puxando o ar com força. Avistou uma tenda onde se vendia tecido e jóias, correu puxando Mari junto. Pediu um espelho para a vendedora e fitou seu reflexo, ajeitou algumas mexas que haviam se desprendido dos cabelos, que estavam presos por uma fita azul, como o vestido. Depois passou o espelho para Mari, que a fitava irritada. Esta portava os cabelos completamente arrepiados, pediu uma escova para a vendedora que a ajudou com seus longos cabelos. Débora ficava olhando ao redor a procura de algo. O qual avistou.

Dois rapazes ruivos que caminhavam não tão calmamente. Eles olhavam ao seu redor, e para longe. Débora avistou Fred que lhe sorriu. Avistou também Jorge o qual olhava o irmão irritado, mas Débora nem prestou atenção. Caminhou até ele tentando manter a postura, ele se reclinou e lhe beijou a mão, depois ofereceu seu braço para ela enganchar, e assim deixando um Jorge e uma Mari furiosos, partiram caminhando pela vila.

Mari fitou Jorge, que também a estava encarando.

_Também fostes empurrada para isso? – Perguntou ele sem fingir estar descontente.

_Sim. – Disse ela entre uma baforada. - Eles estão...

_Loucos? – Perguntou ele.

Ela sorriu satisfeita. Enfim alguém que a entendia.

-

_Sentemo-nos na praça? –Perguntou ela lhe sorrindo.

_Não acho bom. – Respondeu ele – Seu pai...

_Tudo bem. – Ela olhou ao redor. – Eu soube que há um riacho abaixo destas colinas. – Ela apontou a frente deles, alem das ruas da vila. – Poderíamos cavalgar?

_Eu não tenho cavalos.

Ela sorriu.

_Vamos Weasley, onde está seu censo de aventura? – Perguntou ela – Vamos até os estábulos, e pegamos o de meu pai. – Ela pegou sua mão e o puxou rumo ao castelo de Avalon.

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_Então...- Começou Jorge.

_Então? – Perguntou Mari.

_Você é amiga do Rei?

_Não. Meu pai faz parte da Tavola redonda.

_Tavola redonda?

_Um conselho dos maiores reinos das terras mágicas e Terra Média.

_E o que eles fazem lá?

_Discutem...Coisas. – Respondeu ela. Ele riu.

_Que tipo de coisas?

_Acho que a taxa de impostos, guerras, leis...Essas coisas...

_Humm...Chatisses.

_É, chatices.

_Você gostaria de dar uma volta? Não conheço a vila e gostaria de conhecer.

Ela sorriu.

_Por que não? – Ele lhe ofereceu o braço e ela aceitou.

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Hermione estava a sonhar acordada novamente. Não impostava quanto esforço fizesse, era apenas fechar os olhos ou não, e ela podia sentir o calor dos lábios dele nos dela. Era maravilhoso o que apenas um leve beijo, um “encontro de lábios” podia fazer com ela, agora em seus lábios se mantinha um sorriso bobo e alegre. Suspirou.

Havia sentido tanto medo e vergonha, expectativa, e alegria ao mesmo tempo. Quando deu por si naquele momento, estava apenas fitando os olhos azul-céu, com um sorriso bobo nos lábios e todo o povo de Avalon aplaudindo. Ronald beijou sua mão como um cavalheiro, e saiu do “camarote”. Suspirou novamente. Ela lembrava perfeitamente a cara do irmão, lhe sorrindo abobado, cheio de perguntas. Ela não soube como agir, apenas lhe balbuciou alguma coisa e saiu rumo ao seu jardim, às flores de sua mãe.

Ficou lá ate a noite cair, e Gina foi buscá-la para o jantar. Seria a última noite onde todos os convidados ficariam, pois a maioria partiria na manhã seguinte.

Agora ela estava novamente em seu quarto, deitada de bruços na cama, sonhando acordada.
Não entendia ainda o por que de toda vez que pensava em Ronald, se lembrava de Morgana. Algo que ela havia lhe falado...Algo sobre seu destino.

Gina entrou no quarto sem bater. Hermione apenas balançou a cabeça e sorriu, agora que eram amigas, as duas se deram estas liberdades.

_A reunião vai começar. – Disse Gina sentando da grande cama que havia no meio do quarto. – Então, o que as garotas fazem enquanto que eles ficam por lá?

Hermione sorriu. Encarou seu reflexo no espelho da penteadeira, e por ela fitou gina.

_As garotas... Compram vestidos, falam sobre moda e discutem as últimas fofocas da corte.

Gina gargalhou.

_Ok, então o que a gente faz? – Ela se levantou e foi até a amiga, a ajudou a prender os cabelos com uma fita, assim tirando as mechas insistentes que caiam em seu rosto.

_Nós podemos ficar aqui um pouco, e... Conversar. Depois poderíamos ir cavalgar, está um dia lindo, e como o verão está quase no fim e logo chega o outono, talvez não tenhamos mais esta oportunidade.

_Humm, sobre conversar, poderíamos começar discutindo “O beijo” que você deu no meu irmão...

Hermione sentiu o calor subir em suas faces.

_Ele venceu o torneio e...

_Mione! – Disse Gina em um suspiro e ficando ao lado da amiga, fazendo com que ela a encarasse. – Não adianta brincar comigo, eu sei que há anos Draco vence aquele torneio e nem por isso você o beijou assim. Nos lábios! – Gina sorriu – Eu ficaria muito feliz se você e meu irmão...

_Gina. Eu...Eu não sei o que dizer. Segui um impulso, e depois ele deu tanto de si, que achei que merecia mais...

_Mione, você está mentindo pra mim e pra você mesma...

_Talvez você tenha razão. – Disse ao se levantar. Ela seguiu até a janela, que dava para o jardim. Fitou as rosas vermelhas que quase dominavam todo o terreno, a não ser pelos caminhos de cascalho e o lírio branco que era destacado pelas rosas. – Talvez você tenha razão. – Repetiu.

_Preciso te contar uma coisa. – Disse Gina séria. – Deveria ter contado antes, mas eu...Nós estávamos com receio de não sermos aceitos...

_Você e meu irmão estão juntos. – Disse sem olhar a amiga, mas conseguiu imaginar perfeitamente as feições da ruiva. - Eu sei – Continuou antes de se virar – Dá pra perceber. Os olhares, vocês dançando no baile, e, além disso, pararam de ficar brigando um com o outro. Pensei: Só pode ser uma coisa...Amor.

Gina sorriu.

_Eu o amo Mione, e ele me ama. Mas é tudo mais complicado do que apenas nossos sentimentos.

_Ele é o rei de Avalon, e você uma plebéia. – Disse Hermione um pouco seca. – Nem todos têm a sorte de encontrar o amor, ou melhor, de encontrar um amor possível.

_Você tem. Harry te liberou dos compromissos como princesa. Pode escolher quem quiser...

_E se quem eu escolhi não me quiser, Gina?

_Para cada um existe alguém. Então, se você reconhecer o seu, ele também irá lhe reconhecer.

“Você ira saber quando encontrá-lo Hermione, você saberá, e apenas você. Quando encontrar o seu cavaleiro”

_Morgana...

_O que? –Perguntou Gina.

_O que você me disse, Morgana disse algo parecido.

_A madrinha do Harry?

_Sim, ela mesma.

Gina sorriu.

_O que ela disse?

_Que quando eu encontrasse meu cavaleiro eu iria reconhecê-lo...- Ela sorriu um sorriso doce ao lembrar disso – Eu era muito pequena, deveria ter sete ou oito anos...

*“Lembranças da Hermione”

_Morgana! – A menina correu ao encontro da mulher. Seu vestido azul esvoaçava, ela abraçou as pernas de Morgana. A mulher olhou para ela de cima, e a puxou para seus braços.

_Princesa, como você esta linda. – Ela rodou a menina no ar, antes de abraçá-la. Hermione descansou a cabeça nos ombros de Morgana, antes de perguntar.

_Morgana você sabe de onde é o príncipe com quem vou me casar?

_Não, minha querida, não de que reino é.

_E ele será bonito? Como meu pai?

A mulher sorriu.

_Princesa, não irás se casar com um príncipe, mas com o melhor cavaleiro que irá existir.

_Não é um príncipe... – A menina fez um bico com o lábio inferior, e seus olhinhos se encheram de lágrimas.

_Princesa, será um jovem fantástico e muito corajoso...Você saberá quando encontrá-lo, só você poderá reconhecê-lo. O maior cavaleiro, Hermione. Quando você o encontrar, isso ira ajudar muito ao Harry em sua busca.

A menina fitou a mulher. As lágrimas salgando a face. Parecia curiosa e desgostosa com aquilo.

_Ele será bonito? – A mulher riu.

_Há, isso não sei lhe dizer, você acha Dumbledore bonito?

_O vô Alvo...Não – Ela fez um careta – Ele é velho...

A mulher apenas sorriu.

_Bom eu acho ele muito bonito. – A menina ria, com lágrimas agora de riso – Mas acho que seu cavaleiro, pequena, será diferente do seu pai...Deixe me ver...Os cabelos, definitivamente não serão negros...

_Mas...Se ele não é um príncipe, como vou me casar com ele?

_Esta é uma parte muito importante, pequena Hermione. Você deverá escolher, se irás em busca seu cavaleiro ou aceitará se casar com o príncipe que seu pai escolher.

A menina sorriu, ela não havia entendido nada que Morgana havia falado. Morgana era sempre assim cheia de imaginação e historias linda, mas confusas...

“Fim”

“Quando você encontrar seu cavaleiro, irá ajudar Harry em sua busca...”

_Há! A busca do Harry!

_Mione?

_Gina, eu...Descobri...A busca do Harry, Ronald...Preciso encontrar meu irmão...

_Ele esta na Tavola redonda. – Quando Gina acabava de falar, Hermione já estava a correr escada abaixo, tão rápido que teve vertigens e quase caiu ao chegar no salão.

Correu, e quando chegou ao salão principal, suas sapatilhas escorregaram no chão, fazendo-a bater de encontro ao gigantesco tórax de Hagrid.

_Princesa...Mais cuidado.

_O Harry... Rubio... onde? – Perguntou ela ofegante.

_Na Tavola redonda.

_Preciso ir.

Ela correu em direção às masmorras, e parou antes de descer as escadas rumo à escuridão. A seu lado, uma porta de ferro, com o desenho de uma fênix e um unicórnio, o símbolo de Avalon. As laterais eram de ouro maciços, e no topo estava escrito a frase “Veritas von libertati” em latim, a verdade vos libertará. Ali naquela sala, todos eram iguais, e sempre a verdade deveria ser dita.

Ela abriu a porta irrompendo pela sala, no centro, em frente a seus olhos a imagem que viu a revoltou. Pedro de Nárnia segurava o colarinho da camisa de seu irmão, e ambos se encaravam irritados.

_O que é isso? – Perguntou.







Avalon é um reino de tradições, as quais são seguidas por todos, ano após ano, rei por rei, lorde ou plebeu. Tradições nas quais se enquadra o conselho, ou mais conhecido como a Tavola redonda.

A mesa redonda que ficava no salão de reuniões foi presente do pai de lady Guinever, esposa do rei Arthur nos tempos de Cammelot. Arthur e seus homens se reuniam na mesa redonda, onde cada um colocava sua espada em um globo. Sentados no circulo, ninguém era maior, ou melhor, que ninguém. Ali todos eram iguais, e suas idéias e votos tinham o mesmo valor. Assim é até hoje em Avalon. Todos os anos, no dia seguinte à Festa de São Petencostes, todos os reis, comandantes e lordes que eram membros do conselho se reuniam na Tavola redonda, e então discutiam de igual para igual os problemas de seus reinos. Naquele dia estariam presentes os sábios, Gandalf o Branco e Alvo Dumbledore, o rei de Avalon e seu comandante, o rei de Gondor e seu comandante, o rei de Rohan e seu comandante, os dois reis de Nárnia, o rei de Trevis, e Bretarth. Esse era o conselho, os membros da tavola redonda.

Harry estava ansioso por aquela reunião, Nela iria expor o ovo e pedir ajuda dos outros reinos em sua busca pelo cavaleiro do dragão. Iria contar-lhes sobre as ameaças de Voldemort e sua aliança com os Orcs. Diria também a todos que iria se casar com Gina, plebéia ou não.

Naquele momento ele estava no grande salão. Os convidados que haviam se hospedado no castelo já haviam partido, apenas ficando os que iriam participar da reunião, que aconteceria em breve, no horário de almoço.
Olhou ao seu redor e não encontrou Hermione, nem Gina. A Senhora Weasley lhe sorriu do outro lado da mesa, e ele respondeu com um sorriso. Quando Gandalf levantou-se, Harry e os outros também o fizeram. Os homens se encararam sérios, e seguiram em direção das masmorras. Harry sentia seu estomago afundar, nunca havia se sentido tão nervoso com uma reunião, aquela seria muito importante.

Dumbledore os esperava em frente à porta de ferro, que se abriu com um empurrão, e os onze entraram.



Cada um postou sua espada dentro do globo mágico. Era um globo de vidro, com os mapas das Terras Médias, Mágicas e das terras não-mágicas. Fora encantado para que os cavaleiros colocassem suas espadas, no local referente ao seu reino.

Cada um se postou em seu lugar. Draco sentou-se ao lado de Harry, Sirius de Faramir. Ao lado de Aragorn o espaço ficou vazio, pois Legolas, seu comandante não pudera comparecer. Pedro ao lado de Edmundo, O rei de Trevi e o rei de Bertrand representavam as terras-não mágicas, e por fim, Gandalf e Dumbledore.

Os doze estavam mais uma vez reunidos, na Tavola redonda.

_Senhores – Começou Dumbledore – Estamos reunidos aqui hoje, para mais um conselho. Acredito que nunca, em todos estes anos em que nos reunimos, estivemos em uma situação tão delicada.

_Delicada? – Perguntou Aldemar, rei de Trevis. – Por favor, Dumbledore, nos ilumine, pois não estou entendendo – Ele olhou para Marcus rei de Bertrand procurando por apoio – Acredito que todos nós nunca tivemos anos de tanta paz e tranqüilidade.

_Estamos, sim, e apreciamos estes tempos. Nossos campos nunca foram tão prósperos e nossos homens nunca foram mais bem trinados, mas sempre há o mal. Sempre.

_O que queres dizer com isso Dumbledore? – Perguntou Edmundo, rei de Narnia.

Gandalf levantou-se.

_Alvo quer dizer, que nada é eterno, meu menino. Muito menos a paz. Haverá sempre uma força maligna pronta para destruir a paz, a alegria, mas sempre devemos nos manter unidos e com esperança.

_Gandalf, falas como se algo terrível estivesse por vir. – Cortou-o Marcus.

_E está. – Respondeu o mago branco.

_Harry? Por favor, podes nos contar sobre suas últimas aventuras? – Pediu Dumbledore.

_Claro. – Disse Harry levantando-se. – Há alguns anos, fui incumbido de uma tarefa, a qual quem me passou foram Dumbledore e meu pai. Havia um único ovo de dragão, perdido nas terras mágicas e terra média.

_O ovo de Nárnia? – Perguntou Pedro - Aquele que contam que os Orcs roubaram?

_Sim, o ovo de Nárnia. Eu, por muito tempo, procurei por estas terras, em Gondor, Rohan, Avalon, mas nada encontrei. – Ele fitou Dumbledore e sorriu – Pois eu não deveria encontrar o ovo, mas sim deveria ser encontrado por ele. - Muitos o olhavam, curiosos. – Eu deveria receber o ovo de bom grado, foi o que Dumbledore me disse, e entregá-lo àquele que deve ser seu cavaleiro.

_Queres dizer que você não deve ser um cavaleiro de dragão? – Perguntou Edmundo.

_Há, não. O cavaleiro que irá comandar o último dragão que voara por nossas terras, deve ser um homem de coração puro, de alma pura. Minha alma não é pura há muitos anos. Desde que matei o primeiro homem na primeira guerra que participei. – Nesse momento ele fitou Edmundo nos olhos. – O cavaleiro do dragão, deve ser um homem justo e inteiramente bom, corajoso e fiel, ele nos ajudará a vencer a guerra que esta por vir.

_Guerra? Que sacrilégio! – Exclamou o rei de Trevis batendo forte na mesa. – Estamos vivendo tempos de paz. E vocês falando de guerras? Onde está esta maldita guerra que eu ainda não vi, nem soube.

_Ela chegou primeiro em Rohan, majestade. – Desta vez quem falou foi Faramir, rei de Rohan. – A guerra chegou ao meu reino, e lá destruiu inteiramente uma das minhas mais prosperas vilas, matou dos mais corajosos e leais de meus súditos.

Rei Aldemar sentou-se. – Me perdoe Faramir, eu não sabia.

_Os acontecimentos em Rohan estão ligados a um artefato – Começou Sirius depois que Faramir se sentou. – Ainda não temos certeza, mas acreditamos ser uma espada, mágica. Ela provavelmente foi roubada de um tipo de templo, o qual eu e Legolas estamos investigando, essa é a razão pela qual o comandante de Gondor não está aqui.

Dumbledore levantou-se novamente.

_Acredito que todos já ouviram falar do reino de Eravem...- Disse ele fitando um por um sobre a mesa.

_O que esta guerra tem haver com Riddle?

_Tom Riddle deixou seu trono para seu filho, Tom Riddle II, mas hoje ele é mais conhecido por Lord Voldemort.

Os reis trouxas se encararam sem entender, os outros continuavam a fitar Dumbledore, mas agora mantinham seus maxilares pressionados pelo ódio.

_Eu não compreendo...

_Lord Voldemort, conhecido também pelo codinome O Rei da morte. Ele deseja dominar todas estas terras.

_Até mesmo os reinos não mágicos?

_Ele deseja dizimar as criaturas não mágicas, Marcus. Ele deseja um mundo inteiramente bruxo.

_Mas o que nos faz acreditar que vocês também não queiram isso? – Perguntou Aldemar. – Que vocês bruxos não desejam dominar todas estas terras.

Harry levantou-se.

_Acredito que Avalon é um ótimo exemplo que bruxos e não bruxos possam viver em harmonia. Aqui todos são respeitados.

_Mas vocês podem nos dominar facilmente é só...- Ele fez um gesto com a mão – Mexer com essas varinhas.

_Senhor – Começou Sirius. – Ha bruxos que não gostam de “trouxas”, assim como trouxas que não gostam de bruxos. O problema com Riddle é muito mais extenso. Ele não quer apenas acabar com os não bruxos, mas com todo bruxo que os apóiem, com todo bruxo mestiço.

_Ele não aceita misturas...- Começou Aragorn – Ele quer um mundo de bruxos de sangue puro.

_Mas isso...Isso seria praticamente dizimar todos os que vivem aqui, uma pequena fatia das pessoas que vivem nas terras mágicas e não mágicas são bruxos puro sangue. Ele iria precisar de um exército...Gigantesco!

_É o que ele está fazendo. – Disse Harry – Ele se uniu a criaturas que não têm nada a perder, criaturas que já perderam uma guerra e não se importam em lutar com um bruxo.

_Orcs...- Murmurou Marcus – Aqueles...

_Marcus...Riddle está em busca de armas para lutar contra os bruxos, ele sabe que os exércitos de Gondor, Rohan e Avalon juntos são praticamente invencíveis, ainda mais se juntarmos os poderes de Bertrand e Trevis, e claro, Nárnia. Mas os Orcs se reproduzem em uma velocidade impressionante, e há cada vez mais bruxos querendo se unir a eles. Já perdemos famílias importantíssimas, até mesmo aqui em Avalon.

Draco se mexeu, desconfortável, em sua cadeira.

_Mas por que isso? – Perguntou Aldemar.

_Ele acredita que não haja ninguém que possa derrotá-lo. – Disse Gandalf.

_Ele acredita ser a encarnação de Merlin. – Disse dumbledore.

_Mas de onde ele tirou isso? – Perguntou Aldemar zangado – Mérlin! É uma lenda!

Todos o encararam, as expressões de Draco e Sirius não eram nada amigáveis.

_Majestade, por favor, acredito que deva respeitar nossas crenças...E Merlin sim, existiu e foi um bruxo muito poderoso. O maior deles.

Aldemar voltou a sentar-se.

-Como eu estava dizendo, Voldemort acredita ser uma metade da alma de Merlin...E sabe que se conseguir se aliar a outra metade, seria invencível.

- E quem é a outra metade? – Perguntou Faramir.

_Harry Potter.

Harry se sobressaltou, assim como todos os outros.

_O que estás falando Dumbledore!- Exclamou o jovem rei.

-Peço-lhes calma meus caros, há muitas coisas para serem contadas e explicadas.

-Então explique Dumbledore. O que Harry tem a ver com isso?- Sirius parecia furioso enquanto falava.

Dumbledore fitou Gandalf e depois os outros e se pôs a falar. Contou a história de Merlin, da Terra Média, de Avalon... Contou sobre a profecia. - Ela dizia nestas palavras – Ele começou - “A paz nas terras médias reinam, até o senhor da morte acordar. Ele marcará seu inimigo, o homem cujo cavaleiro encontrará. Uma maldição o acompanha, e uma benção o salvará, somente quando ele encontrar sua maior força, a paz voltará às terras médias, mas cuidado, ao encontrar o cavaleiro ele encontrara a discórdia, traição...” – Completou – Mas o fim da profecia é o que devemos temer.
Gandalf mexeu-se em seu lugar.
-O que o fim da profecia diz? – Perguntou Aragorn.
-A profecia diz, que se o amor não vencer, na escuridão o coração do “escolhido” se aprisionará, e as terras médias sucumbirão ao maior mal que já existiu.
-Merlin, em sua forma completa, e má. – Completou Gandalf.
-Você está dizendo que eu...Eu...Posso... – Harry não conseguiu terminar.
-Harry, todos aqui conhecemos você, e sabemos que jamais deixarás que o mal lhe vença.-Disse Sirius lhe tocando no ombro - E ainda não encontrastes o cavaleiro.

-Não, mas já encontrei o amor. E realmente não sei o que me tornaria se ele fosse tirado de mim.

Todos o encaram.

-Então, nos diga Harry quem é esta jovem tão afortunada? Uma princesa? Uma Lady?

-Não, senhores. Uma plebéia.

-O quê? – Exclamaram Aldemar e Marcos juntos.

-Mas você deve se casar com uma princesa! És o rei soberano de muitas terras, meu rapaz.

-Sim, ele é. E ele havia prometido casar-se com minha irmã. - Disse Pedro encarando Harry.

-Jamais prometi nada para você ou sua irmã, Pedro. - Declarou Harry.

-Como ousas? – Exclamou Pedro se levantando e Harry o acompanhou.

-Majestades...- Começou Alvo – Creio que isso não seja necessário.

Draco já se colocava em posição, assim como Edmundo.

-Você prometeu casar-se com Suzana para que eu não me casasse com Hermione. – Pedro avançou e segurou Harry pelo colarinho. Ambos se encaravam ferozes quando a porta da sala foi aberta abruptamente, e uma Hermione ofegante apareceu.

-O que é isso? – Ela perguntou rumando até o irmão e Pedro. Retirou as mãos de Pedro que seguravam Harry e encarou o rei de Nárnia irritada.

-Como ousas Pedro? Estais em nossa casa... Como ousas?

-Seu irmão foi quem provocou.

-Não tens o direito, Pedro de Nárnia. E se ainda quiseres o nosso respeito, senta no teu lugar e fica quieto.

Todos a encararam surpresos, como ela ousava ordenar um rei.

-Nárnia não precisa de Avalon. – Declarou Pedro – A partir de hoje, meu lugar nesta mesa esta livre, para qualquer outro que aceite. E Nárnia retira suas espadas como aliada de Avalon. Passar bem. – Ele se retirou da sala com Edmundo em seu encalço.

Hermione encarou Harry.

-Como podes deixar ele te enfrentar deste jeito? – Ele abriu a boca para falar, mas ela não deixou –Há, isso não importa, tenho algo importante a dizer.

-Esperamos que seja realmente importante princesa, pois estais interrompendo nossa reunião. - Disse Faramir.

-Bela reunião majestade. – Disse ela sarcática -Por acaso é assim que resolvem os problemas, aos punhos?

-Não – Respondeu Faramir – Mas desse jeito seria bem mais fácil.

Ela suspirou, e voltou-se para o irmão.

-Eu sei quem é o cavaleiro do dragão. – Declarou solene. Havia decidido ser direta quando encontrasse Harry e o foi.

-Como? –Perguntou Harry.

-Senhorita – Começou Gandalf – Poderia nos esclarecer esta declaração?

-Homens! – Ela disse em um suspiro – Bom, eu sei quem é o cavaleiro.

-E como você descobriu isso? – Perguntou Sirius.

-Morgana.

-Minha madrinha? –Perguntou Harry.

-Sim, quando eu era mais nova, ela me disse que eu ajudaria você a encontrar o cavaleiro, o maior de todos eles.

-Mas como você saberia? –Perguntou Draco.

-Eu...Eu...iriaapaixonarmimporele. – Disse ela baixinho.

-Mione, por favor. –Disse harry.

-Ela disse que eu iria me apaixonar por tal cavaleiro. Que meu coração iria dizer quem é ele.

Todos fitaram-na em silêncio por um momento, ate que Sirius perguntou.

-E quem é o sortudo de conquistar seu belo coração?

Todos a fitavam novamente, agora com expectativa.

-Ronald Weasley.




*Encontro de lábios: Crédito a autora de – Encantamento das almas, Fic R/Hr, muito linda, quem não leu DEVE.
* Achei mais fofo por “lembranças da Hermione”do que um seco Flashback hehe (coisa da tonks neh).





Na.: OK, agora é pra valer...sei que voces queriam era um CAP de verdade, e não CAP bonus hehe, entao esta ai...

Como eu ja disse em uma NA passada, há Clches em HP que sempre devemos seguir, e mais um deles se concretizou na minha Fic...O Ronald ser o "escolhido"....
Acho que nao foi surpresa pra ninguem hehe...mas era a escolha certa...

Espero que tenham curtido o CAP, demorei muito para escrever ele, e espero que esteja bom...meu Beta nunca me critica, mas eu acredito que seja por que ele é meu amigo e nao quer me deixar triste....hehehhe

Humm... obrigada para todos que comentaram no bonus...

E Lari ....toda vez que te mando e-mail ele volta!!! Por que????


Bom é isso...esse CAP quero dedicar a alguém muito especial...Sirius Black...hã??? Há é meu passarinho, ele fugiu e me deixou sozinha, eu amava muito ele...ele nao sabia cantar direito, me bicava quando queria carinho...era perfeito igual ao sirius....hehehe (podem rir deu deixo)...


Ateh o proximo, nao prometo nada sobre ele, por que ainda estou montando as ideias, ma sja começei a escrever...

Beijao!!!


Comentem muito hemmm!!!


Tonks B.

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