O baile real
CAP 17 - O Baile Real
_Te acalme, Gina – Disse ele, puxando-a pelo braço e a abraçando. Estavam sozinhos os dois, em frente à porta para o grande salão, onde aguardavam serem anunciados. Aguardavam também por Draco e Hermione.
O barulho de passos fez com que se separassem. Ficaram se fitando com sorrisos bobos no rosto, ao longe Draco adentrou no corredor.
_No jardim! – Exclamou ele exasperado. – Hermione está no jardim, e eu preocupado! – Harry e Gina se viraram e o encararam. – E Creevey me disse que estava acompanhada por um cavalheiro desconhecido.
Harry levantou a sobrancelha. Estranhou a afirmação de Draco, mas não teve tempo de contestar, pois Hermione entrava pelo corredor naquele momento, arfando por estar correndo. Ela segurava as saias do vestido e as largou abruptamente, alisou as dobras, arrumou os ombros, e sorriu para todos. Passou as mãos pelos cabelos para checar se estavam ainda arrumados, e então seguiu andando majestosamente em direção a Draco.
_Não precisava mandar Colin me buscar. – Disse ela mantendo seu sorriso – Eu já estava vindo. Só fui lá um pouco, sempre fico nervosa quando precisamos fazer essas entradas. Não gosto disso.
_E quem estava com você? – Perguntou Draco em dianteira, ficando em frente a Hermione.
Ela sorriu magicamente para ele, então desviou seu olhar para Gina.
_Você terá uma surpresa no baile, Gi. Magnífica, você verá. – A ruiva a fitou curiosa, mas apenas sorriu.
O guarda que aguardava no outro lado da porta entrou e virou-se para Harry.
_Majestade? Estão prontos? – Perguntou, em uma reverência.
_Sim. Pode nos anunciar. _Respondeu Harry, segurando Gina pelo braço, repetindo o mesmo gesto de Draco com Hermione.
_Você está linda. – Sussurrou ele no ouvido de Gina. Ela vestia um longo e volumoso vestido de veludo carmim, o decote em U era discreto, mas sensual, a cintura era delineada pelo espartilho apertado, o qual ela reclamara muito à Aia quando apertava os laços, mas no final, adorou o resultado.
_Você também. – Ela respondeu. Harry vestia suas vestes reais. Um conjunto de calças justas negras, e uma bata vermelha com o desenho de uma fênix em fios de ouro. Sobre os ombros uma pesada capa, que continha o brasão de Avalon, uma fênix e um unicórnio.
Ele sorriu para ela, e virou-se para Hermione. A irmã parecia tremer junto a Draco, estava muito nervosa. Ele sorriu, ela sempre ficava nervosa em bailes reais.
_Vai ficar tudo bem. – Ele ouviu Draco sussurrar para ela. – Você com certeza é a mais bela de todo o baile.
Ela apenas sorriu para ele em agradecimento.
Ouviram as cornetas tocar do outro lado do portão, Harry e Gina se afastaram alguns passos de Hermione e Draco, que entrariam primeiro.
Ouviram o cavalariço anunciar.
_Senhoras e senhores... Majestades... Tenho a honra de vos apresentar as majestades reais de Avalon: Princesa Hermione Jane potter e o comandante da guarda real, sir Draco Malfoy.
Draco e Hermione adentraram o salão. Estavam todos de pé, as mesinhas redondas que haviam por todo o salão sumiram, deixando o salão livre. Mesas maiores apareceriam depois da entrada dos senhores do castelo, onde todos se sentariam juntos e desfrutariam das iguarias preparadas pelos serviçais.
Hermione adentrou o salão majestosamente, com a postura ereta e o olhar firme para todos. Um sorriso doce se estampou em seu rosto quando visualizou Lady Arwen e Aragorn, mas seu sorriso mais belo foi quando visualizou, por traz das largas costas do rei de Rohan, Ronald Weasley. Ele lhe deu uma piscadela de longe a qual ela respondeu sorrindo.
Todos se ajoelharam diante da princesa de Avalon e o mesmo fez Draco, soltando seu braço e caindo em uma reverência. Ela cumprimentou a todos também com uma leve reverência, e foi acompanhada por Draco até seu trono, à esquerda do de Harry. Draco sentou-se atrás dela, em uma das quatro cadeiras ali dispostas.
Todos levantaram –se de suas reverências e voltam-se novamente para a porta do salão, as cornetas tocaram e o cavalariço anunciou.
_ Senhoras e senhores... Majestades... Tenho a honra de vos apresentar a majestade real, Harry Thiago Potter, o rei de Avalon e sua acompanhante, Lady Ginevra Molly Weasley.
Não se sabe dizer se o murmúrio foi de espanto ou de alegria. Se estavam surpresos por estar diante do rei ou de sua acompanhante, que lhe seguiu majestosamente até o centro do salão. Todos reverenciaram Harry, mas ele impediu Gina de fazê-lo, segurando firmemente seu braço. Ela sorria nervosa e ele feliz, por poder mostrar a todas como era bela a sua rainha. Bom, eles inda não sabiam que ela era sua rainha, mas mesmo assim estava satisfeito.
Ele segurou levemente a mão dela e a levou até seu lugar, atrás de seu trono, perto de Draco. Os presentes apenas levantaram de suas reverencias quando ele se sentou.
Quando todos se acomodaram nas duas grandes mesas laterais, Harry levantou-se novamente e falou:
_Sejam bem vindos, amigos de Avalon. Espero que todos se sintam bem vindos em nosso reino. Desejo a todos uma boa noite, com muita festa e alegria. Que assim se repita amanhã em nossa comemoração. Sejam bem vindo amigos, e bom apetite. - Ele bateu duas palmas, e os pratos vazios que havia sobre as mesas se encheram magicamente de todos os quitutes e delicias que poderíamos imaginar. Ele buscou a mão de Gina e a levou para a mesa da direita, sentando-se com ela ao seu lado, na ponta da mesa. O mesmo fizeram Draco e Hermione.
O jantar foi magnífico. Na mesa de Harry estavam os reis de Rohan, Éowyn e Faramir. Sirius também estava lá, sempre fazia alguma brincadeira com Harry, e principalmente sobre Harry estar junto a uma garota.
_Eu lembro que quando você era mais novo, tinha medo da sobrinha do conde de Ralew, e ela era uma menina encantadora. – Disse Sirius em um sorriso – Pelo menos, acredito que agora você tenha perdido seu medo de garotas. –Brincou ele.
_Eu não tinha medo de garotas, Sirius. Aquela menina era muito chata, e eu tinha seis anos, não queria ser beijado o tempo todo.
Quando Harry viu o sorriso de triunfo no rosto de Sirius, se arrependeu de ter falado.
_E agora, Gina? Ele gosta de ser beijado o tempo todo? – Ele perguntou virando para moça, que ficou com as bochechas da cor do vestido ao perceber a metade da mesa virada para ela.
Ela sorriu com delicadeza e respondeu.
_Não posso responder isso senhor Black. – Ela falava cordialmente, depositando seu cálice de vinho sobre a mesa, com medo de derrubá-lo.
_Por que?- Perguntou Sirius em um tom brincalhão. Harry virou-se para encará-la.
_Por que eu não sei. – Disse simplesmente, e Harry sorriu satisfeito com a resposta.
Sirius olhou indignado para o afilhado.
_Harry! O que você fez com tudo o que eu te ensinei? – Fingia estar irritado – Eu lhe dei aulas por anos, de como conquistar uma garota. E você faz isso comigo?
_Gina é minha amiga, Sirius. – Aquilo doeu nele, Gina não era sua amiga, era muito mais, mas não podia contar isso a Sirius no meio de todo mundo.
_Sim, Senhor Black. Eu e o Rei Potter somos apenas amigos. E como Hermione decidiu aceitar o pedido do Senhor Malfoy este ano, eu aceitei de bom grado ser a acompanhante do Rei. Quer maior honra para uma dama?
Sirius a fitou, zombeiro. Eles estavam mentindo, e ele sabia. Decidiu deixar passar e encurralar Harry quando estivessem a sós.
_Qual o seu sobrenome mesmo?
_Weasley. – Ela respondeu.
_Todos têm cabelos vermelhos como você? – Ele perguntou, não olhando para ela mas sim para a outra mesa, no outro lado do salão.
_Sim, tão vermelhos quanto.-Ela estranhou a pergunta.
_É sua família? – Ele perguntou, apontando para um grupo de ruivos que estavam na outra mesa.
Gina se virou delicadamente, mas quando os viu, sentiu seu corpo amolecer. Soltou uma exclamação de surpresa e quase caiu da cadeira onde estava. Harry a segurou. Sua família estava lá, todos. Precisava vê-los. Ela se virou para Harry e sorriu feliz, acabou esquecendo de todos que estavam ali.
_Harry, meus irmãos – Ela disse, apontando para a outra mesa - Meu pai, estão todos ali. – Lágrimas de alegria escorriam por seus olhos. Ele lhe sorriu de volta, sentia uma vontade louca de beijá-la ali mesmo, de abraçá-la, mas não podia. Ele se levantou e ofereceu-lhe a mão.
_Vamos, quero conhecer a todos. – Ele deu uma piscadela para Sirius e seguiu com Gina em direção à outra mesa. Os Weasleys, quando avistaram o rei vindo em sua direção, se levantaram. Tinham ouvido o nome de Gina, claro, mas não acreditaram que poderia ser ela. E como a moça estava muito arrumada, não conseguiram reconhecê-la.
Mas agora, assim de perto, eles podiam ver o mesmo brilho dos olhos de Gina na moça que acompanhava o rei.
_É a Gina? – Perguntou Fred para Jorge, que estava ao seu lado.
_Sem dúvidas. – Respondeu o irmão.
_Podemos abraçá-la?- Perguntou Rony.
Gina, que já estava perto o suficiente, ouviu o questionamento de Rony.
_Sim, vocês podem, por favor. – Carlinhos, que estava mais perto, levantou a caçula no ar e rodopiou com ela, beijou inúmeras vezes a face da irmã e elogiou a sua beleza com sussurros em seu ouvido. Depois foi vez de Guilherme, que quase a deixou sem ar. Fred e Jorge quiseram abraçá-la juntos e perguntaram desde quando ela usava vestidos e parecia com uma dama. Ela apenas riu em resposta. Então seu pai a abraçou, e ela o beijou no rosto, cheirou seu cabelo, e o apertou, sentia muita falta dele. Por fim Ronald veio abraçá-la.
_Pensei que nunca mais ia te ver, pimenta. – Ele falou em seu ouvido.
_E eu pensei que nunca mais ia ouvir você me chamar de pimenta. – Ela o apertou forte – senti sua falta. “Eu também” ele respondeu.
Quando soltou Ronald do abraço, percebeu que todo o salão os fitava. Sentiu suas bochechas queimarem, mas isso não importava, estava com sua família.
Harry pigarreou para lhe chamar atenção. Ela se virou para ele, e sorriu. Na opinião de Harry aquele foi o sorriso mais lindo com o qual ela já lhe presenteou. Era iluminado.
_Harry, estes são meus irmãos. – Ela apontou um a um dizendo seus nomes e cada um respondeu com uma meia reverência. – E este é meu pai, Arthur Weasley.
O velho homem lhe reverenciou.
_È um prazer conhecê-lo majestade.
_O prazer é meu senhor Weasley, de conhecer todos vocês. Gina não parava de falar em vocês um minuto, quem sabe assim eu e minha irmã tenhamos um pouco de sossego. – Ela lhe deu um tapinha no braço, o que surpreendeu a muitos no salão, que a encaravam recriminosos. Seu pai também lhe olhou surpreso. – Acredito que ainda não viram Molly. – Todos o olharam, estupefatos. – Ela deve estar nas cozinhas, pegou para si a tarefa de Governanta. Acredito eu que deva estar dando ordens às cozinheiras.
_Mamãe está aqui?- Perguntou Carlos.
_Sim, ela chegou quase uma semana depois de mim. Harry foi buscá-la. – Senhor weasley a olhou, recriminando-a.
_Refira-se a ele como o rei ou majestade, querida.
Harry ouvindo o que o Sr. disse o cortou.
_Desculpe Senhor Weasley, mas eu ficaria realmente chateado se Gina me chamasse de majestade, ela é minha amiga. – Ele a olhou e sorriu, ela sorriu em resposta. – Na verdade, prefiro que todos me chamem de Harry...
_Não vai me apresentar à sua família, Ginevra? – Gina sorriu ao ouvir a voz de Hermione atrás de si. Ela virou-se para amiga e a abraçou forte.
Seguindo o mesmo ritual, ela apresentou cada um de seus irmãos, mas agora o fazendo pela segunda vez percebeu que faltava um deles.
_Onde está Percy?
_Ele esta na outra mesa, conversando com o conde de sei lá o que. – Respondeu Jorge.
Todos riram.
_Podemos ir ver a mamãe? – Perguntou Ronald.
_Claro. – Respondeu Hermione, que até aquele momento estava se contendo para não olhá-lo. Quando ele falou, não pode segurar o impulso, e sentiu uma sensação estranha em seu estômago, mas mesmo assim sorriu. Ele também lhe sorriu.
Gina pareceu ser a única que havia percebido que Rony, ao ouvir a resposta de Hermione, havia ficado levemente vermelho e com um sorriso realmente bobo nos lábios. “Ai tem coisa”, pensou a uiva.
_Mione. – Disse ela, após se lembrar de algo – Você disse que eu teria uma surpresa no baile, era isso? A minha família?
_Sim – Respondeu a princesa – Encontrei com Ronald nos jardins.
_Ela também havia me dito que eu teria uma surpresa. – Ele disse para Gina, mas sem tirar os olhos de Hermione. – Foi maravilhosa. Obrigada.
_Você deve agradecer a Harry, por trazer Gina para cá. – Ela disse.
Todos olharam para Harry, esperando uma resposta. Mas quem falou foi Gina.
_Estava nas terras sem rei, e os orcs me perseguiam – Todos deram exclamação de surpresa – Então eu avistei Harry, Mione e Hagrid, e eles me ajudaram e me acolheram no castelo, estou aqui há quase três meses. – Disse ela.
_Obrigado! –Disse Arthur, apertando novamente a mão de Harry – Por acolher minha filha e minha esposa.
_Não precisa agradecer Senhor. Foi um prazer ter Gina no castelo. – Quem respondeu foi Hermione, pois percebeu que o irmão ficara sem resposta. – Agora, acredito que todos queiram ver Molly. Ela vai ter um treco – Disse a princesa, alegre. – Draco, você pode nos esperar aqui, vamos todos até a cozinha – Disse ela virando-se para o comandante, o qual ninguém havia percebido antes.
_Sim, majestade. – Ele respondeu seriamente e saiu.
_Vamos, vamos rápido – Gritava a velha senhora, enquanto limpava as mãos no avental outrora branco. – Vamos, estes dois senhores devem estar famintos, e quem tem fome tem pressa! – Gritou ela para as cozinheiras.
_Não precisa se incomodar conosco, Molly – Disse um dos senhores com uma voz bondosa – Apenas não queremos entrar no salão depois de Harry. Sabe, chamaria muita atenção.
_Vocês chamariam atenção entrando antes ou depois dele, todos os conhecem, são famosos. – Os senhores riram, enquanto as serviçais colocavam um prato para cada um, com cordeiro, pudim de carne e em frente a eles uma travessa com frutas frescas. – Bom apetite – Disse ela, deixando-os e voltando a dar instruções para as cozinheiras.
_Doce senhora. – Disse Gandalf sorrindo.
_Não a conhecia. – Falou Dumbledore pegando uma das maçãs – Deve ser nova em Avalon.
_Acredito que só falaremos com Harry amanhã, depois do torneio. Hoje é um dia de festa, devemos deixá-lo aproveitar.
_Sim, você está certo Gandalf, velho amigo. Vamos deixá-lo aproveitar a noite.
O barulho de risadas animadas invadiu a cozinha, o grito agudo de Molly foi ensurdecedor, ela se jogou nos braços de Arthur quando o viu na porta.
_Arthur! Meninos! – A mulher agora se jogou nos braços de Gui, e depois em Carlinhos e foi seguindo filho por filho. – Como vocês nos encontraram? Onde vocês estavam? Estão com fome?
Ela estava nervosa, e apertava cada um, como se quisesse conferir se estava tudo em seu lugar.
_Estamos bem Molly – Disse Arthur – E estamos mais do que satisfeitos, a comida do castelo é ótima. – Ele disse, virando-se para as cozinheiras que sorriram com o elogio – Viemos de Gondor, estávamos lá há algum tempo.
_Gondor? – Perguntou ela assustada.
_Tão longe! Meus meninos, coitadinhos – Ela agora apertava as bochechas de Ronald – Vocês passaram fome? Frio?
_Há mamãe... Sentimos fome, frio, e muito medo nas noites em que acampamos em céu aberto.
_Jorge! – Chamou-lhe o pai. – Não minta para sua mãe.
_O que levamos deu o suficiente para chegarmos em Gondor- Disse ele lançando um olhar mortal para os filhos- E ficamos lá hospedados como convidados do rei.
_Aragorn e Lady Arwen foram ótimos com a gente, mãe – Começou Carlinhos – Ganhamos treinamento em espadas.
_OH- Exclamou ela- Espadas? Mas é muito perigoso!
_Não se preocupe mamãe, o Roniquinho não se machucou com elas – Brincou Fred, caçoando do irmão.
_Ronald, você se machucou? – Perguntou ela preocupada, ficando nas pontas dos pés para alcançar o rosto do filho.
_Não Molly – Quem respondeu foi Arthur – Ronald não se machucou, e se você quer saber, segundo Garbet, um dos cavaleiros de Gondor, ele é um excelente espadachim.
_Oh, Ronald eu sempre acreditei em seu potencial.
_Obrigado, mãe.
_Senhora Weasley. – Era Harry quem chamava.
_Por que a senhora não larga este avental, coloca o vestido que preparou para o baile e vai aproveitar a festa com todos? Acredito que a cozinha está mais do que em ordem, as meninas podem se virar sem você.
_Claro Molly – Disse Hermione – Vamos, eu e Gina lhe ajudaremos a se preparar. Temos que ser rápidas.
A senhora se virou para as cozinheiras que estavam paradas olhando para a cena.
_Vocês podem se virar sem mim?
_Claro Molly, pode ir, aproveite a festa com sua família. – Respondeu uma das moças.
_Obrigada. – Disse ela tirando o avental e seguindo Gina e Hermione.
Quando elas saíram, uma voz conhecida chamou por Harry.
_Harry, meu rapaz... Pensei que não o veria hoje.
_Dumbledore! – Exclamou o rapaz que seguiu ate o senhor, que se levantou e abraçou o jovem, como um avô abraçaria seu neto querido. – Você demorou. Recebi sua carta há quase três meses.
_Tive contratempos. – Respondeu ele.
_Não ira me cumprimentar, majestade? – Perguntou Gandalf, brincalhão.
_Gandalf! – Ele se dirigiu ao outro mago e também o abraçou. Quem estava presente estranhou a demonstração de Harry entre os sábios senhores, mas eles se conheciam desde que ele nascera. Harry crescera ouvindo historias contadas por eles. – Meu Mérlin, és um homem! Na última vez que lhe vi, ainda era um garotinho que me pedia para contar a história de Frodo e o anel.
_Ainda é minha favorita. – Disse o jovem, sorridente. – É muito bom tê-los aqui hoje, vamos é um dia de festa, vamos para o salão.
_Não queríamos atrapalhar a comemoração. – Disse Dumbledore.
_Vocês nunca atrapalhariam, só me traz alegria vossa presença aqui esta noite. Vamos para o salão. Há, esses são os Weasleys, vocês vão adorá-los, são uma família incrível. A irmã mais nova deles é a jovem que citei na minha última carta. – Disse Harry, que recebeu uma piscadela como resposta.
No salão, os músicos já tocavam as valsas para todos que quisessem dançar e o salão estava cheio de corpos que balançavam e dançavam no ritmo da música.
No meio da multidão se sobressaltava uma jovem de cabelos loiros que dançava sozinha, e balançava os braços e o corpo, desritmada. Vestia um simples vestido lilás com fitas verdes na cintura.
_Luna. – Apontou harry – Ela é incrível, tem uma imaginação fantástica e é ótima com animais. - Explicou ele para a comitiva que o acompanhava pelo salão. Muitos pararam para poder observar o mago e o bruxo que chegavam com eles. Não era todo dia que você via Gandalf e Dumbledore juntos, em um mesmo lugar.
Eles voltaram para mesa dos Weasleys e lá todos puderem se acomodar, muitas pessoas já estavam na pista dançando.
_Potter! – Harry virou-se para ver quem o chamava.Era Pedro, de Nárnia.
_Pedro – Harry estendeu a mão para um aperto, e foi correspondido por Pedro. – Chegaram há muito tempo?
_Sim, pude ver sua entrada.
Harry sorriu.
_Gostaria de esclarecer uma coisa que me ficou confusa.
_Acredita que este seja o melhor horário?
_Sim, eu acredito.
_Então por favor, pode falar.
_Quem era aquela jovem que o acompanhou?
_Ginevra Weasley. – Respondeu ele. Todos os Weasleys, ao ouvir o nome da irmã se viraram para escutar melhor.
_O que ela é sua?
_Uma amiga, por enquanto. – Disse ele, sério.
_Por enquanto?
_Sim, pretendo me casar com ela depois que arrumar algumas coisas.
Os Weasleys se boquiabriram ao ouvir aquilo.
_E como fica nosso acordo? – Perguntou Pedro irritado, sua mão segurava forte a bainha da espada que estava em sua cintura.
_Não fizemos acordo, Pedro. – Disse firmemente.
_Você disse que se casaria com minha irmã, Potter.
_Se você insistisse em se casar com a minha para obter uma aliança.
Pedro sorriu.
_E eu insisto.
_Perde seu tempo! Hermione é livre e eu me casarei com Ginevra.
_Isso significa que para você, as alianças entre Avalon e Nárnia não são importantes? – Perguntou alterado.
_São, e eu acredito que elas continuam firmes, pois se eu bem me lembro, na última guerra que teve em Nárnia, o exército de Avalon esteve lá, e graças a ele seu país saiu vitorioso.
_Isso não muda nada. Fizemos um acordo e você o quebrou. Nárnia não é mais fiel a Avalon. – Terminou ele, dando as costas para Harry e saindo.
_Harry – Chamou Gandalf – Você acha que ele seria capaz de se unir a...
_Não. Ele não é tão estúpido para isso. – Respondeu ele, voltando a se sentar à mesa. – Ele logo voltará atrás, Nárnia não tem forças sem Avalon.
Dumbledore assentiu e sorriu para o jovem.
_Então você pretende se casar? – Harry sentiu as bochechas ficarem vermelhas, e somente então lembrou que os Weasleys estavam ali.
_E com a nossa irmã! – Disse Fred, fingindo estar irritado.
_Nossa Gininha! – Exclamou Jorge.
_Tão doce e inocente. – Completou Carlinhos.
_Indefesa. – Foi a vez de Guilherme.
_Indefesa? – Perguntou Ronald – Isso por que nenhum de vocês recebeu a maldição de rebater bicho papão dela. – Todos caíram na gargalhada, inclusive Harry.
_Acredito que fará um pedido formal no momento certo. – Disse Arthur o encarando.
_Sim, senhor.-Respondeu com confiança.
_E que Ginevra esta ciente disto, e aprova.
_Acredito que sim senhor. – Ele sentiu suas pernas tremerem de nervosismo.
_Não é por você ser um rei, Harry Potter, que deixarei que você machuque minha filha.
_Jamais faria alguma coisa para machucá-la. -Respondeu ele, o mais firme que pode.
_Veremos. – Concluiu o senhor, no exato momento em que molly, Gina e Hermione chegavam à mesa.
_O baile está lindo, não está? – Disse Hermione se encostando à cadeira de Harry – Draco sumiu – Continuou ela, para o irmão – Quer dançar comigo?
Ele se virou para ela, e sorriu.
_Não posso. – Respondeu, se levantando. – Tenho que dançar com a minha bela acompanhante. – Ele pegou a mão de Gina – Com vossa licença, cavalheiros.
Todos cumprimentaram com um aceno, e Harry saiu para a pista com uma Gina sorridente ao seu lado. Hermione encarou os irmãos Weasley.
_Alguém quer dançar comigo? – Perguntou, divertida.
_Claro! – Responderam Fred, Ronald e Gui.
_Acho que terá de escolher, princesa. – Disse Dumbledore, ao se lado.
_Alvo! – Disse ela – Não havia lhe visto. – Ela depositou um beijo carinhoso nas faces do senhor. – Gandalf, nem mesmo você. E olha que nem sempre você passa por despercebido, é tão alto. – Ela também lhe beijou as faces e então se virou para os três irmãos que estavam em pé. – Hum, vamos ver... Ronald, você poderia me acompanhar? – Perguntou ela, sorrindo.
_Será um prazer, majestade. – Respondeu ele saindo de seu lugar e guiando-se até ela. Ele a cumprimentou com uma leve reverencia e pegou a mão da jovem, conduzindo-a para a pista de dança. Alvo sorriu satisfeito com a escolha da princesa.
_O Roniquinho se deu bem. – Comentou Fred, cabisbaixo.
_E nós não. – Completou Jorge.
_Ainda têm muitas jovens no salão. – Comentou Gui.
Fred e Jorge se encararam, levantaram apressados e rumaram multidão adentro, a procura de seus pares.
Ela bufou pela quarta vez, e aquilo já o estava irritando.
_Débora, pare de bufar, isso não é digno de uma princesa. – Disse rispidamente para a filha.
Ela o olhou, irritada.
_Eu quero dançar! – Exclamou ela. – E você dispensa todos que vem me chamar. Por quê?
_Simples minha filha, nenhum deles era digno o suficiente para dançar com uma princesa como você.
Bufou de novo, e cruzou os braços em frente ao corpo.
Débora Everstar era a princesa do Reino de Trevis, uma jovem muito bela, tinha os cabelos longos e ondulados, negros como uma noite sem lua. Os olhos castanhos passavam um olhar astuto e inteligente, tinha uma personalidade forte o que irritava muito o seu pai, que a criou sem a ajuda de sua mãe, a Rainha de Trevis falecera logo após dar à luz a princesa.
_Com licença. – Ela ouviu alguém lhe chamar. Levantou os olhos e se deparou com um jovem cavalheiro, cabelos ruivos e longos até os ombros, olhos incrivelmente azuis, sorrira-lhe. – Gostaria de dançar? – Ele perguntou.
Quando ela abiu a boca para responder, seu pai lhe cortou.
_Quem és, jovem?- Perguntou sério o rei.
_Fred Weasley, Senhor. – Cumprimentou o rapaz com uma reverência.
_És nobre?
_Não senhor. Sou cavaleiro de Gondor, senhor. – Respondeu o jovem, e ao ver a expressão de desgosto do rei, completou. – Minha família é muito amiga de Aragorn e Lady Arwen, assim como do Rei Potter. Não sei se o senhor percebeu, mas minha irmã é sua acompanhante.
O rosto do rei pareceu se iluminar, o jovem parecia ser bem relacionado, isso é bom.
_Posso dançar meu pai?- Perguntou Débora, de uma maneira incrivelmente doce e delicada, o que espantou seu pai.
Ele lhe sorriu.
_Claro minha filha, divirta-se.
Fred segurou a mão da jovem e a guiou até a pista.
_Obrigada! – Disse ela, sorrindo com sinceridade para ele. – Meu pai não me deixou dançar com ninguém, a noite toda. Você é mesmo amigo de Lady Arwen? Sempre quis conhecê-la.
_Sim! - Ele sorriu, ela parecia ansiosa por conversar com alguém que não fosse o pai. Havia lhe chamado a atenção desde que havia chego ao baile, era incrivelmente bela, bela demais para a segurança dele. – Depois eu te apresento para ela, é uma mulher encantadora.
_Imagino. Ela é tão linda! Deve ser de sua origem élfica, não? – Ele segurou levemente na cintura dela com uma das mãos e com a outra, a mão dela, assim eles começaram a valsar ao som da música.
_Sim, ela é muito bela. Você tem origem élfica?
_Não. – Respondeu ela sorrindo. – Por quê?
_Bom, por que se você assimila beleza com o élfos, você é tão bela quanto Lady Arwen.
Ela sorriu e sentiu suas bochechas ficarem vermelhas.
Ela fitava a pista de dança, estupefata. Era inacreditável para ela, ele estar lá dançando e sorrindo bobamente com outra, que não fosse ela.
Ela gastara uma fortuna nos melhores tecidos e costureiros, para estar ali, linda para ele. Ela realmente estava linda, seus cabelos louros acinzentados estavam semi presos, cachos caiam em uma cascata dourada sobre suas costas nuas. O decote era um tanto quanto simples, mas lhe dava um ar sensual.
Ela fitou novamente a pista com seus lhos azuis em chamas, ele acariciou o rosto da jovem, tão delicadamente que lhe doeu por dentro. Precisava falar com Pedro urgentemente.
Parecia que mérlin a havia escutado, pois seu irmão acabara de chegar ao seu lado, arfando tão irritado quanto ela.
_Levante-se Su, e vamos procurar Lucy e Edy, vamos embora agora. – Ele disse dando um soco na mesa, o que assustou alguns dos que estavam ali.
_O que houve Pedro? – Perguntou ela em um tom baixo.
_Aquele canalha quebrou nosso acordo.
Ela o olhou, horrorizada. E depois, triste.
_Pedro, ele esta quebrando a aliança com Nárnia?
-Não, eu a quebrei.
_Seu estúpido. – Ela gritou levantando-se.
Ele não entendeu a reação dela.
_Nárnia nem ao menos tem um exército! Ou você pensa que iremos sacrificar macacos e gralhas, Pedro?
_Mas Su, ele quebrou o acordo com Nárnia, eu avisei que sem um casamento não haveria mais aliança.
_Pedro, dê tempo ao tempo. – Disse ela séria – Quem é a jovem com ele?
_Alguma coisa Weasley. Ele disse que vai se casar com ela.
_Precisamos saber tudo sobre ela. Quem sabe o que ela esconde debaixo do tapete?
Ele sorriu.
_Precisamos ficar aqui irmão, amanhã será o torneio, quem sabe você não tenha a sorte de Hermione lhe escolher?
_Você está certa. Continuaremos, então.
Susana sorriu, vitoriosa. O irmão se preocupava com alianças entre reinos, ela apenas queria ter Harry para si, nada mais, e se para isso ela precisasse passar por cima de tudo e de todos, ela iria.
_Você está linda. – Ele disse, olhando para ela. – Mais linda do que da última vez que te vi.
Ela riu.
_Você me viu há pouco e eu estava do mesmo jeito. – Disse, ainda sorrindo.
_Então, acredito que você tenha o poder de ficar cada vez mais linda.
_Ronald, estás me deixando constrangida.
_Não fique, apenas lhe digo a verdade.
Ela apenas sorriu em resposta.
Estava sendo muito agradável estar na companhia dele. Era muito diferente dos outros rapazes com que ela já dançara ou esteve junto. Era agradável e não ficava apenas lhe contando seus feitos heróicos ou quantas cabeças havia decepado durante uma batalha. Ele nunca fora a uma batalha.
_O que você acha do seu irmão e da minha irmã?
_Se tornaram bons amigos. – Respondeu.
_Ele disse que quer se casar com ela.
_O quê? – Assustou-se ela, soltando-se dele.
_Você não sabia?
_Não. – Respondeu, nervosa.
_Venha – Ele a pegou novamente – Todos estão nos olhando. – Ele riu, ela também.
Seguiram o caminho para fora do salão, mas antes de conseguirem sair despercebidos, alguém chamou Hermione pelas costas, ela se virou sorridente, mas logo seu sorriso morreu ao fitar quem a havia chamado.
_Eu estava te esperando. – Disse ele friamente – Acredito que EU seja seu acompanhante.
_Desculpe Draco, eu não havia lhe encontrado.
_Você me disse para ficar em nossa mesa, e eu fiquei lá. Vi você voltar com Ginevra, e você não me procurou.
Ela ia falar, mas ele a interrompeu.
_Quem é o cavalheiro? – Perguntou, com uma voz áspera que ela não conhecia.
_Ronald Weasley. – Disse Ronald, estendendo a mão para Draco.
O jovem comandante não respondeu o cumprimento.
_Irmão de Ginevra, suponho.
_Sim.
_Obrigado por cuidar de Hermione por mim, Sr Weasley, mas agora ela deve voltar a ficar comigo.
Ronald encarou Draco.
_Devemos saber com quem ela prefere ficar Sr?
Draco virou-se para Hermione, que olhava para os dois nervosa.
_Então Hermione?
_Draco, eu não vou escolher ninguém, isso é ridículo!
_Claro que é ridículo, você veio comigo, e comigo deve ficar.
_Se ela quiser. – Disse Ronald.
Draco tentou avançar sobre Ronald, mas foi barrado por Hermione.
_Não gostei de sua atitude, comandante. Ronald é meu convidado e você o está desrespeitando. Espero que volte para o baile e se acalme, Malfoy. – Disse ela rispidamente, mostrando seu ar de rainha.
_Sim majestade. –Respondeu Draco desgostoso e saiu.
Hermione respirou fundo e deixou os ombros caírem.
_Me desculpe pela atitude dele Ronald, mas ele pensa que é meu dono e eu estou cansada disso.
_Tudo bem, - Falou ele segurando a mão dela e a puxando pra perto dele, ficaram frente a frente, ela estava de cabeça baixa, então ele levantou o rosto dela pelo queixo. – Você é linda apenas quando sorri. – ele disse sorrindo – Assim triste você fica muito feia, Hermione.
Ela sorriu.
_Apenas você me acha linda. – Disse ela – Se queres saber, você é o primeiro rapaz com que eu danço que não é meu parente, cavaleiro, ou meu irmão. Há, já dancei com Alvo e com Gandalf também.
Ele riu. Eles seguiam em direção ao jardim.
_Ou eu sou o cara mais sortudo deste reino, ou os outros são muito “trouxas” para não querer dançar com você.
_Você esta me deixando constrangida.
_E você me deixou com medo.
_Medo?
_Sim, pensei que ia azarar o Senhor Malfoy.
Ela riu.
_Como eu disse, Draco pensa que manda em mim. Ele quer se casar comigo e meu irmão aprova, mas eu não o amo. Harry me prometeu que eu poderia me casar com quem eu amar. – Ela disse olhando para ele e sorrindo.
_E como vai sua busca?
_Quase no fim. – Ela respondeu ao se sentar no banco do jardim.
-Estão nos olhando – Comentou ela, baixando a cabeça e a descansando no ombro dele. Agora tocava uma balada em flautas, muito lenta e leve.
_Estão admirando a sua beleza. – Disse ele em um tom brincalhão.
_Não, as garotas devem estar pensando que você deveria estar com elas, são ricas e lindas! – Disse Gina agora o olhando e sorrindo.
_E os homens devem estar morrendo de inveja. Você é a mais linda do baile.
Ela riu e lhe deu um tapinha de leve.
_Eu queria poder te beijar. –Disse ele, ela ficou com as bochechas vermelhas. – Queria poder gritar para todo salão que eu te amo, e me casar com você hoje...
Ela acariciou o rosto dele.
_Agora eu não posso Gina, mas logo poderei, você verá. Preciso ainda reunir a Távora, e discutir sobre Voldemort. Depois disso, nós iremos ficar juntos.
Ela sorriu e beijou de leve a face dele.
_Está tudo bem. Namorar escondido é divertido. – Ela olhou para ele e piscou.- Sabe, acho que vou à biblioteca, estou com vontade de ler. – Disse, lançando para ele um olhar sapeca.
Ele balançou a cabeça e sorriu.
_Em um minuto. -Ele disse antes dela sair.
N.a:/ Ok, sem respostas hoje, tudo bemm??
Obrigada a todos que comentaram, amei cada um deles, obrigada a todos que me parabenizaram pelo meu aniverssario (nao é todo dia que uma bruxinha faz 20 anos,nao é?). Fiquei super feliz por voces terem gostado do bonus, ele foi feito com muito carinho...prometo que teraos outros hehe...
aquele abraco...
beijao
Tonks
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