Cap. 11
-Bella... -disse Andrômeda com uma voz meio tímida. -Se quiser ir descansar um pouco... Eu tomo conta da Nia para você.
-Você tem certeza?
-Depois de criar Ninfadora, percebi que nada mais é impossível para mim.
Bellatrix deu um leve sorriso.
-Obrigada. -disse com a voz cava. Todos acompanharam com o olhar a mulher subir a escada.
Depois de uns dois minutos silenciosos, Rodolfo levantou-se bruscamente.
-Essa tensão toda está me matando. Vou para o escritório. -e aparatou.
Andrômeda e Ninfadora ficaram em silêncio por uns segundos até a garotinha virar-se para Nia e dizer:
-E então? Quer brincar com os jogadores de quadribol em miniatura? -e ofereceu os bonequinhos montados em vassouras. -Pegue um... isso. Agora, faça-o voar... assim. -e atirou o bonequinho, que voltou para sua mão.
”Faz duas horas e quinze minutos que estou deitada aqui. Faz duas horas e quinze minutos que esta sensação de culpa vem aumentando. Sirius estava certo, como pude ser tão tonta a ponto de deixar duas crianças sozinhas na sala? EU não acredito nem em...”
-Mim mesma. Que... que horas são mesmo?
”Ah, sim. Correção. Três horas e trinta e cinco minutos é o tempo que faz que estou aqui. Como pude ser tão... tapada? Imagino o que faria se tivessem pego Nia...”
-BELLATRIX!
”Ah, não...”
Bellatrix pulou da cama, rumou até a porta, abriu-a e disse:
-Que foi?
-Nia!
A mulher empalideceu e voou escada abaixo, olhou a sala e procurou a filha desesperadamente, mas lá estavam apenas Ninfadora, sentada, mais branca do que giz e Andrômeda com o rosto de neve marcado de lágrimas. Correu até a irmã e a agarrou pelos ombros.
-CADÊ A MINHA FILHA?
-N-não sei... ela e Ninfadora estavam brincando com as miniaturas, Ninfadora sem querer jogou o batedor atrás do sofá, nós duas nos viramos para pega-lo e, quando viramos... nia havia sumido, não ouvimos choro nem nada!
-E-ela n-não est-tá na cozi-zinha?
-Ninfadora acabou de olhar.
-Não... não... Primeiro Harry e agora Nia... quem faria uma coisa dessas?
DING-DONG. DING-DONG.
-Já estou indo, já estou indo.
Clic.
-Lily? James? O que... o que vocês fazem aqui?
-Sabe, Sirius, liberaram-nos um dia mais cedo porque entraram outros três aurores no nosso lugar. -respondeu James prontamente. -Então, cadê Harry?
-H-Harry? Ah, levei-o há umas quatro horas para a casa de uma amiga, ela tem uma filha da mesma idade do Harry... vou buscá-lo já. -e aparatou.
-Bella, aconteceu uma coisa horrível.
-Rodolfo sumiu também?
-Eu disse uma coisa horrível!
Bellatrix fechou a cara.
-O que é, então?
-Os pais de Harry estão lá em casa, querem que eu entregue-o a eles agora.
-Como é que você vai resolver isso?
-Você? Nós! Foi você quem o perdeu!
A mulher virou em lágrimas.
-É muito fácil você falar assim! Não é você que está uma pilha de nervos, não foi você que perdeu uma criança que mal conhece, você não perdeu a filha de seis meses, você não é pai, você não sabe metade do que eu estou passando, mas, pelo menos, pense antes de verbalizar qualquer pensamento!
Sirius calou-se e ficou olhando a prima chorar em silêncio, cada grama de seu corpo revelando intensa raiva.
-Desculpe, Bella, eu não sabia... levaram Nia também?
Bellatrix confirmou com a cabeça.
DING-DONG.
Sirius atendeu. Não havia ninguém. Olhou em volta. Nada.
-Esses moleques...
-Não, Sirius! Olha! -disse baixinho Ninfadora. -Ali embaixo!
-Cobertores, e daí?
-Cobertores se mexem, por acaso?
-Não costumam... Harry!
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