Cap. 10

Mais ou menos uma semana depois, Harry Potter estava muito bem acomodado na casa de Bellatrix. Sirius passava lá quase que diariamente, para visitar o afilhado. Mas um dia, ele chegou muito alegre, com um envelope pardo, abriu a porta, mas deu de cara com Bellatrix, Andrômeda, Rodolfo, Ninfadora e Nia. Todos juntos, um ao lado do outro, em fileira.

-O... o que houve? –indagou Sirius, já adivinhando o ocorrido. –Nada com Harry, não é?

Bellatrix mantinha uma expressão seríssima no rosto.

-Sirius... alguém entrou aqui... levaram Harry.

-Quem? Quem levou?

-Não sei, tiraram ele do berço, e...

-COMO, BELLATRIX, COMO?

Bellatrix, que se mantivera em silêncio até o agora, falou:

-Nia e Harry dormiam aqui na sala, eu estava lá em cima, alguém entrou na casa, ouvi os dois chorando, resolvi descer e dei de cara com uma pessoa encapuzada, que quando me viu pegou Harry e saiu correndo!

-POR QUE VOCÊ NÃO FOI ATRÁS DELE? POR QUÊ?

-Sirius, eu fui! Só que no momento eu estava no meio da escada! Fiquei com medo, não é todo dia que alguém entra na sua casa! Eu imaginei que ele pegaria qualquer coisa da sala, um abajur, uma televisão, qualquer coisa, menos as crianças! Aí quando cheguei na rua não o vi, vaguei por Londres inteira, e juro, não encontrei nem sinal do ladrão, nem sinal do garoto...

-Por quê ficou com Harry se sabia que não era capaz de cuidar dele, Bellatrix?

-Eu era... digo, eu sou capaz!

-Por quê simplesmente não disse que estava ocupado demais cuidando de Nia?

-SIRIUS, ME OUÇA!

-Me ouça você, Bellatrix! Como que você deixa dois bebês sozinhos na sala, com a porta aberta?

-Sirius, nós não moramos ao lado de um presídio! Ninguém nunca entrou aqui!

-É melhor eu mandar isso de volta à Nova Zelândia... –disse Sirius , olhando para o envelope.

-O que é isso?

Sirius desembrulhou um chocalho em forma de canguru, uma carta e uma foto, que dizia o tempo todo: “Harry, querido, não se preocupe, nós voltamos logo!” e a foto repetia a frase freneticamente.

-Sirius, nó vamos encontra-lo. –disse Andrômeda.

Mas ele bateu a porta, em seguida, abriu-a novamente.

-Não esqueçam de trancá-la. –e foi embora.

-Bella, a culpa não é sua. Não tinha só você em casa. –disse Andy. –Eu estava aqui também. Você sabe como o Sirius é, precipitado demais...

-Um mal-educado. –disse Rodolfo. –Um mal-educado, esse primo de vocês.

-O que faremos para encontrar o garotinho?

-Boa pergunta, Ninfadora. O que faremos?

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