CAPÍTULO 7



-Nós vamos o quê? – exclamei, assustada.

-Voar, Lily. – ele disse segurando a minha mão e me arrastando para o quarto dos meninos. – Eu vou te ensinar.

-Ah, não! – eu disse tentando me afastar. – De jeito nenhum eu vou ficar longe do chão.

-Não vai ser muito alto. – ele disse. – Vamos praticar na cobertura.

-Não, James, não. – eu disse apavorada.

-Lily, você é minha amiga? – ele perguntou.

DÃÃÃÃÃ!!!

-Sou. – eu respondi.

-Você confia em mim? – perguntou me fitando.

-Confio. – eu respondi.

-Então vamos voar! – ele disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Confesso que estava apavorada. Muito, muito, muito apavorada. Então ele me arrastou até a cobertura, me colocou na vassoura e começou a me ensinar.

-Segure firme. – ele disse. – Senão vai escorregar pelo outro lado. Ótimo. – continuou. – Agora de um impulso forte com os pés. Não! Espera Lily! Não dobre os joelhos tanto assim. Senão você vai subir muito. Agora sim. Vai.

Depois do impulso eu olhei pra baixo e vi que flutuava a, mais ou menos, meio metro do chão.

-Certo, meio metro é patético. – ele disse. – Agora vai! – e me empurrou para fora da cobertura.

Certo, agora eu estava a mais de seis metros do chão.

-James! – exclamei, apavorada.

-Confie em mim, Lily. – ele disse tentando me acalmar. – Hey! Save!

Vi que Save se virou para nós, lá da praia.

-O que você quer? – ele gritou de volta.

-Trouxe a sua Stars Storm? – ele perguntou.

-Trouxe! – ela gritou. – Está no armário do corredor.

-Certo! – disse James.

Então ele me deixou ali, há seis metros do chão, morrendo de medo, enquanto ia buscar a vassoura da Save. Voltou um tempo depois já montado nele e voou pro meu lado.

-Certo, Lily. – ele disse. – Agora relaxe. Não! Não o seu corpo! Você vai cair se fizer isso. Relaxe a sua mente. Confie em mim.

Fiquei ele, me segurando filme, tentando, com todas as minhas forças, relaxar a minha mente, não o meu corpo. Mente, não corpo. MENTE, NÃO CORPO. MENTE, MENTE, MENTE!!!

-Agora vamos subir mais um pouco. – ele disse.

-O quê? – exclamei, assustada. – Quanto é mais um pouco?

-Uns dez metros. Vamos, Lily! Confie em mim.

Então ele se inclinou e subiu mais dez metros no ar, me deixando mais assustada ainda. Fiz o mesmo que ele. Inclinei-me na vassoura e subi mais dez metros. Com um frio horrível no ventre, os olhos fechados e os cabelos balançando com o vento. Era uma sensação muito ruim mesmo. Mas havia também a sensação de liberdade. Acho que era por isso que o James gostava tanto assim de voar e arriscar a própria vida naqueles jogos bárbaros de Quadribol.

Foi aí que aconteceu. Eu abri os olhos, olhei pra baixo, senti um frio maior ainda no ventre, soltei-me da vassoura, sem querer, é claro, e comecei a cair, cair, cair, gritando sem parar.

-Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! – eu não ia parar não cedo. De gritar, quer dizer.

-Lily! – James exclamou voando até mim e me colocando na vassoura em que ele estava. – Você está bem?

-Acho que sim. Obrigada por me salvar. – agradeci.

-Sendo que ali embaixo há um jardim de rosas e que se você tivesse caído ali teria se transformado num queijo suíço, de nada. – ele disse “tentando” me acalmar.

-Engraçadinho. – eu disse, irônica.

-Eu não ia te deixar cair. – ele tentou me acalmar. – Além do mais, eu odeio queijo suíço.

Até nesses momentos ele age como um perfeito maroto? Onde eu fui me meter, Merlin? Socorro! Pelo visto essa não será a última vez que ele vai me meter numa situação perigosa. E certamente não foi a primeira, pois aquele jogo de tênis era, sem dúvida, muito perigoso. Certo, estou sendo manhosa. É melhor parar com isso.

-Ok, eu fiquei a dezesseis metros do chão e quase morri. – eu comentei. – O que tem de mais nisso?

-Acho que a “quase” queda afetou o seu cérebro. – ele disse voltando para a cobertura e se certificando que eu estava “mesmo” com os pés no chão.

-Acho que foi você quem afetou o meu cérebro. – eu disse passando a mão nos cabelos. – Puxa, que começo de dia!

Descemos as escadas e passamos pelo corredor, onde ouvimos aqueles mesmos barulhos vindos daquele armário.

-O que é isso? – perguntei, em voz baixa.

-Vamos descobrir. – James disse segurando firme na maçaneta do armário e abrindo de uma vez.

FOI CHOCANTE!!! Muito, muito chocante. Lá dentro estavam o Remo e a Jessy meio que se amassando. Entre beijos e sei lá mais o que eles arrumaram tempo para nos olhar assustados e envergonhados.

-Nem muita terapia vai curar isso. – comentei corando também.

-Desculpem-me pela interrupção. – James disse fechando a porta do armário.

Então nos dois corremos pra fora da casa e fomos pra praia, onde, pelo que pudemos notar, Mandy, Black, Save, Jack e Pettigrew não estavam mais. Fomos correndo até nos jogarmos na areia e ficarmos deitados ali, olhando para o céu.

-Foi a coisa mais estranha que eu já vi. – comentei.

-Eu nem sabia que o Remo sabia dar amassos. – James comentou rindo.

-Não tem graça! – eu disse. – Acabamos de pegar nossos amigos no flagra! Pare de rir!

-Não tem como. – ele disse. – Além do mais, não estou rindo porque achei graça. Estou rindo porque estou chocado.

-Só você mesmo. – comentei olhando para o mar.

Ficamos uns momentos em silêncio até o James dizer a coisa mais idiota que eu já esperei ouvir dele:

-Vamos fazer um castelo de areia?

Aí eu comecei a rir. Então percebi que ele falava sério.

-Ah, não. Você não pode estar falando sério. – comentei ainda rindo.

- Vai ser legal. – ele disse rindo também.

-Tá bom. – eu disse me sentando na areia.

Então ficamos ali, um bom tempo, tentando construir um castelo de areia usando água, conchas e, é claro, areia. Não, Lily. Não se usa areia para fazer um castelo de areia. Meu Deus, como eu estou dã! O James está derretendo os meus neurônios. Tenho que parar de passar tanto tempo com ele.

Pensando bem, é legal passar o tempo com ele. Não há um momento que eu ainda não ri. Ele provou ser um bom amigo, mesmo.

-Ok, Lily, procure uma concha cor-de-rosa. – ele disse.

-Uma o que? – perguntei.

-Uma concha, Lily. Cor-de-rosa.

-Por que cor-de-rosa?

-Porque sim. Agora vai procurar.

-Escuta aqui, James, quem te nomeou o Rei da Praia?

-Escuta aqui, Lily, vai procurar a droga de concha.

-Por que você não vai?

-Porque eu estou mundo ocupado dando uma de arquiteto.

-Seu bobo.

-Lily, vai procurar a concha!

É claro que ele estava rindo enquanto falava, então eu sabia que ele não estava sendo um chato. Encontrei a droga de concha cor-de-rosa a uns dois metros de onde estávamos e taquei na frente dele.

-Toma. A sua conchinha preciosa. – eu disse rindo.

-Obrigada. – ele disse rindo também. – Está ficando bom?

Olhei para aquele monte de areia.

-Parece mais um vulcão desmoronando. – comentei. – Não. Parece um pudim que deu errado.

James começou a rir e tentou se levantar, mas quando fez isso ele acabou tropeçando e caiu bem em cima do nosso castelo (pudim) de areia.

-James! O pudim! Quero dizer, o castelo! – eu disse rindo.

Então ficamos ali, um bom tempo mesmo, rindo que nem uns idiotas até a Save nos chamar pra almoçar. Dessa vez havia sido a Mandy quem havia se atrevido a cozinhar. Ela havia feito nhoque, e de sobremesa, pudim de chocolate. Quando eu e James vimos aquele pudim, começamos a rir.

Fomos comer aquele nhoque, mas quando provamos todos fizemos uma careta. Não parecia nhoque. Tinha gosto de...

-Tem gosto de batata-doce. – Remo comentou empurrando o prato.

-Certo, eu não sou boa cozinheira. – Mandy admitiu. – Save, vem cozinhar alguma coisa decente.

-Certo. Vou fazer pizza. E de sobremesa... Maçã caramelada. – relatou Save. – James, Lily, vão até o quintal dos fundos buscar umas maçãs.

-Vermelhas ou verdes? – perguntei me levantando da mesa.

-Qualquer uma. – Save disse pegando umas coisas da geladeira.

-Vamos. – disse James me arrastando para o quintal dos fundos.

Lá eu perguntei:

-Certo, vermelhas ou verdes?

-Vermelhas. – ele disse.

-Não. Verdes. – eu disse.

-Vermelhas!

-Verdes!

Lindo! Estávamos discutindo por causa de maçãs. ONDE ESSE MUNDO VAI PARAR?




*.* Oiê!!! Blzinha? Obrigada pelos coments. Sendo que, só dois é patético.

Snoopy: Muuuito patético. Auuu!

GS: Snoopy, vai arrumar alguma coisa pra fazer.

Snoopy: Vem me ajudar a procurar o meu ossinho?

GS: Ossinho? Aquele osso que a minha mae comprou pra ti é quase do seu tamanho! Ok, lá vou eu. Caçar um osso. Comentem, ok? Beijao!

Snoopy: É! Comentem! Auuuu! *.*

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