'Encontros'
Quando chegaram à Hogwarts Hafsa pulou do hipogrifo rapidamente, nem parecia que ela havia passado a mesma quantidades de horas do que ele montada no bixo. Snape olhou para ela de cima do hipogrifo, pulou do lombo do animal também, e sentido uma forte fisgada na coluna. Abaixou as costas e pressionou com a mão o local da dor.
- Hurg. – Gemeu Snape.
- Você está bem? – Perguntou a mulher com uma cara de divertimento.
- Senhorita, nem todas as pessoas param de envelhecer aos 18 anos! – Falou Snape com rabugice.
A mulher soltou uma risada sonora e disse:
- Você está mesmo ficando um velho ranheta! – Disse a mulher provocando.
- Obrigado pela parte que me toca minha querida. – Agora vamos, eu preciso falar sobre você para a ‘rã’ crescida. – Disse ele mal humorado.
- Rã? – Questionou a bruxa.
- Há sim, a Umbridge, nossa lastimável nova diretora. Você irá conhece-la, não se preocupe. – Disse Snape – Passe para falar com Hagrid como você queria, e depois vá para Hogsmad. Nos deveremos nos encontrar perto da casa dos gritos, fingiremos que você veio por aparatação.
- Ótimo. – Disse a Hafsa alegremente – Mas acho que primeiro vou tomar café da manhã com Hagrid.
- Ótimo, mas tome cuidado para não ser vista em sua pequena visita... E mais uma coisa: não morda nenhum bolo com força, você pode acabar perdendo um dente. – Disse Snape com maldade, e caminhou para o castelo com as costas envergadas e com a capa enfunando.
O plano de Dumbledore para colocar Hafsa dentro do castelo com permissão da própria Umbridge era perfeito.
Durante o café da manhã, Snape sentou-se perto da nova diretora e falou-lhe sobre uma professora “muito mais competente”, “filha de bruxos puro-sangue que residiam no norte da África”, “formada em Hogwarts com louvor”, e que “possuía grande experiência acadêmica na escola de magia e bruxaria Africana”. Ele disse à Bruxa que, á muitos anos Fareeda tentava uma vaga em Hogwarts, mas que o antigo diretor (Dumbledore), numa “caduquice sem tamanho”, negava-se a dar-lhe o cargo. E pior do que isso: decidiu colocar uma pessoa não merecedora para ocupar o cargo (Hagrid). Disse também, que Fareeda estaria se preparando para assumir um cargo em Drumstrang, mas trocaria qualquer cargo de professora em outras escolas por um simples cargo de substituta em Hogwarts, pois, por se tratar de uma mulher inteligente, ambicionava lecionar na melhor escola de magia e bruxaria do mundo: Hogwarts.
As palavras de Snape fizeram os olhos esbugalhados de Umbridge saltarem mais ainda do que já eram saltados naturalmente. Ela parecia extasiada com as ‘qualidades’ de Fareeda. Ela caiu como uma sapinha na esparrela de Snape. Ela teria oportunidade de trocar um ‘trasgo retardado’, por uma ‘puro-sangue da nobreza Africana’.
Snape informou-a que ele iria contatar-la ainda no mesmo dia, pois senão a bruxa iria acabar aceitando a proposta para trabalhar em Dumstrang. E logo após dizer isso, ele se sobressaltou com a voz esganiçada e infantil de Umbridge. Como uma criança pedindo um brinquedo novo ela falou:
- O que está esperando Snape? Vá logo, eu a quero ainda hoje em minha sala. Você esta me saindo muito ineficiente! Tome cuidado, ou então irá perder o emprego! Lembre-se que eu posso demiti-lo!
- Muito bem diretora – Disse Snape em um sibilar assassino – Aparatarei para falar com ela pessoalmente, e imediatamente pedirei a ela aparate comigo de volta aos portões de Hogwarts – Disse Snape segurando a vontade de estrangular a bruxa.
Em resposta ela Simplesmente levantou a própria mão num gesto impaciente mandando-o ir logo. E dizendo:
- Vá, vá, vá!
Antes do término do horário do café o bruxo já estava levando Fareeda até Umbridge.
- Ela não vai estranhar? Eu nem tive tempo de sair da casa do Hagrid. – Perguntou Hafsa.
- Não, a honorável ‘rã’ anciã, acredita que você esta desesperada para conseguir um cargo em Hogwarts. Eu fiz questão de ressaltar que você é uma pessoa muito ambiciosa. – Disse Snape, mostrando no rosto uma risada maquinal.
- Ron! Já disse que não! Você se esqueceu que se eu não ajudar Hagrid ele será expulso? Aquela monstra irá demiti-lo se nós não fizermos nada! – Disse Hermione impaciente enquanto passavam por um corredor.
- Mas Mione! Ele parece não estar seguindo nada do que você fala! Não ta adiantando nada! – Disse Ron Aborrecido.
Harry caminhava ao lado dos dois sem absorver nenhuma palavra do que os amigos diziam. Ele já estava acostumado com essas discussões sem razão, e preferia não tomar parte. Andava com a cabeça oscilando entre uma garota de olhos puxados com cabelos negros e brilhantes, e entre um professor de olhos vazios e cabelos negros e sebosos. Tudo isso consumia suas emoções... Até que uma risada seca e desagradável, que ele conhecia muito bem chegou ao seu ouvido.
- Shiiiu!- Sussurrou o garoto com um dedo na boca – É Snape no outro corredor. Vamos esperar ele entrar na sala, se não iremos perder pontos só por cruzar o caminho dele.
- Quem é aquela garota com ele – Perguntou Rony entorpecido pela visão da jovem bruxa. – Você esta vendo isso? Ela é linda! Olha só que assanhado! Ele esta falando ‘animadamente’ com ela. Desde quando ele trata alunas assim? – Falou Rony cheio de segundas intenções.
- Ora Rony, deixa de ser pervertido! O professor Snape nunca daria em cima de uma aluna! – Falou Hermione ranzinza.
- Ela deve ser da sonserina. – Comentou Harry – Só pode. Se bem que eu nunca o vi falando assim com ninguém. Mesmo com as garotas da sonserina. – Disse Harry ruborizando com uma risada abafada.
- Hora! Vocês dois são depravados! Não estão vendo que ela deve ter nossa idade? Ele podia ser pai dela – Falou a garota escandalizada.
- Hermione, eu não duvido de nada! Ele não tem ética. Foi um comensal! E não é justo na hora de dar notas ou pontos para as casas. Então eu não duvidaria nada que ele fosse um velho safado! – Falou Rony irritado.
- Shiiiiiu! Eles estão se aproximando! Fiquem quietos ou eles vão nos ouvir!
Snape e Hafsa se aproximavam da sala de Umbridge. Durante a viajem para Hogwarts eles haviam entrado em um acordo mudo e mutuo de não agressão. Na verdade, talvez eles tivessem conseguido mais que isso.
O ambiente de Hogwarts, no qual eles possuíam um passado juntos, exercia uma aura benéfica de lembranças de suas juventudes. Hafsa desarmou-se tanto, da má vontade em conversar com Snape, que agora tratava-o por seu primeiro nome, Severo. Por outro lado, Snape Abrira a guarda para piadas e lembranças de travessuras durante o colégio. Durante a caminhada da cabana de Hagrid até o castelo, eles vieram relembraram pontos que deveriam dizer a Umbridge e as muitas traquinagens que haviam armado juntos contra alguns grifinorios metidos (não todos, pois Hafsa nutria um amor de irmã para com Lílian, mãe de Harry). Estavam no corredor, à uns 10 métros da sala da diretora (ela não havia conseguido tomar a sala de Dumbledore) quando pararam para terminar de conversar antes de entrar para falar com a bruxa velha.
- HA, HÁ, HÁ, HÁ...- Hafsa ria animadamente – Aquele cara era um metido. Ele mereceu mesmo.
- Mas o melhor mesmo, foi ver a cara de parvo dele. Minha ‘querida’...
Realmente impagável! – Disse Snape numa animação maldosa.
- Ai ‘Severo’, você sempre foi maldoso. Mas o que me deixava sempre admirada eram as suas tiradas sarcásticas. Você tem o dom de tirar as pessoas do sério. Lembra do que você disse pro Jean Luck, o cara da aula de transfiguração com a Corvinal? Você o chamou de cérebro de salamandra. Ele querendo responder ao seu insulto te falou: “Snape sabe o que eu me pergunto?”. E você rapidamente quebrou o coitado com uma cortada lendária: – imitando a voz grossa de Snape a bruxa continuou – “Meu caro ‘Midas’* do don da mérda. Como você disse, o senhor fez a pergunta a si mesmo, como então eu posso saber o que você se perguntou sem legilimência? Bom... eu poderia tentar invadir a sua mente, mas acho que depois eu não conseguiria raciocinar direito por um mês devido à grande quantidade de bosta que tem na tua cabeça!”
- Hum, você tem uma memória muito boa – disse Snape saboreando a lembrança, e continuou em seguida: - Com o passar dos anos agente adquire resistência às pancadas, e passa a revidar. – Falou ele melosamente perverso – Creio que você também se lembra das coisas que eu sofria.
- Sabe, se você poderia deixar de lado certas coisas, assim poderia ser menos amargurado. Tenho certeza que você só teria a ganhar.
- Hunm, olha quem fala: A senhorita bom humor. Sempre alegre e disposta a perdoar! – Disse Snape debochado.
- Pelo menos eu não fico descontando meus desgostos e mágoas nas pessoas erradas. – Disse a Bruxa em tom irônico. - Mas mudando de assunto: você acha que a mulher vai me aceitar e demitir logo Hagrid?– Perguntou Hafsa à Snape.
Snape pegou a maçaneta da porta da diretora com uma das mãos, e com a outra pegou a mão da bruxa aplicou-lhe um beijo e disse ainda segurando na mão dela:
- Minha ‘cara’, não se preocupe, a diretora tem um preconceito mórbido por mestiços, juntando-se a isso o fato de Hagrid ser um inconseqüente, logo você terá seu cargo...
A bruxa começou a responder:
- Como você é mal Severo! Você sabe que eu nã...
BLANG!!!
- O que é isso? – Assustou-se Hafsa.
- Malditos alunos – Sussurrou Snape cheio de cólera. E deixando a maçaneta e a mão da bruxa e caminhou letalmente em direção ao barulho. Hafsa acompanhou em seu encalço.
- Rony Seu estabanado! – sussurrou Hermione apavorada – Pega essa porcaria de balança de ingredientes e vamos!
- Não! Vamos andar em direção ao corredor! Se fugirmos eles vão achar que estávamos espionando! – Disse Harry desesperado.
- Ta, ta bom. Vamos. – Disse Rony num sussurro.
Mas era tarde de mais. Snape alcançou a esquina do corredor enquanto eles ainda estavam aos sussurros.
- Hora, hora, hora. Se não é o trio dos grifinorios intrometidos! Ouvindo a conversa alheia? Que feio para vocês que são de uma casa tão honrada. – Disse Snape debochado.
- Menos 5 pontos para cada! Que tal? Ainda querem continuar a espionar?
- Nós não estávamos espionando nada. – Mentiu Harry. – Não é de meu feitio a espionagem, você deveria saber, já que tem tanta experiência. – Falou Harry irônico.- Nós só estávamos caminhando... Mais nada. Isso não é contra as regras da escola! – Disse Harry com o maxilar duro de ódio.
- Creio que o senhor esteja enganado senhor Potter - falou Snape de forma mortífera – Segundo o mais novo decreto da diretora, são proibidas organizações com mais de 2 pessoas – Falou Snape peçonhento olhando para o trio – Então, menos dez pontos para cada, de acordo com as novas regras Potter. – E sorriu para o garoto maleficamente.
Hafsa observava Harry hipnotizada. E no calor da situação ninguém percebeu a bruxa sorrateira de ar bubonídeo se aproximar:
- Muito bem professor Snape. Muito bem. Vejo que assimilou as novas regras. Menos 15 pontos para cada foi muito justo. Porém, Potter me pareceu um pouco arredio discutindo com um professor, então creio que uma detenção comigo o fará entender o seu lugar – Falou a bruxa velha imitando uma voz suave de criança.
- Sim senhora. Bem, esta é Hafsa Fareeda, a professora que lhe falei. – Falou Snape sem emoção – Eu estava justamente indo levá-la à sua sala.
- Mas ela é muito jovem – Falou Umbridge desconfiada.
Assumindo um tom dissimulado e servil, Fareeda acordou de Harry, e voltou-se para a bruxa com cara de sapo.
- Obrigada pela gentileza senhora. Mas quem me dera ter ao menos metade de sua classe, e ser tão bem sucedida quanto a senhora – Adulou-a Fareeda.
O Hafsa, devido ao falso elogio, ganhou instantaneamente a simpatia Umbridge. Com o ego inchado feito um sapo-boi, a diretora pediu para que os professores a seguissem dizendo para Harry:
- Quarta feira a noite senhor Potter.
Já nos jardins Hermione diz exacerbada:
-Mas que bruxa sórdida! Vocês viram aquilo? Adulando a sapa velha pra ficar com o cargo de Hagrid.
- Devido a adorável indicação feita pelo professor Snape, é claro! – Harry diz entre os dentes.
- É... Uma bruxinha adoravelmente sórdida. – Fala Rony sonhador.
- RONY! – Fala Hermione admirada – Você não ouviu ela tramando contra o Hagrid?
-É, ouvi sim, mas eu pude observar também horas, e ela não deixa de ser bonita por causa disso horas! – Rony falou sem pensar.
- Ela dissimulou! Adulou aquela velhaca! Tramou contra o Hagrid! – Hermione falou irritada, e com um rubor tingindo duas bochechas.
- Com ajuda, e indicação do Snape – teimou Harry.
- Vocês viram como eles estavam se tratando? – admirou-se Rony
- Vi - falou Hermione azedamente – Ele deve estar dado em cima dela sabendo que ela quer o cargo, e ela deve estar correspondendo para ter apoio para conseguir a vaga. Deve ser uma ex-aluna desesperada. - Concluiu Hermione.
- Mas... É estranho...- Harry pensou em voz alta.
- O que é estranho cara? – Rony perguntou.
- Eles conversavam não como um professor e uma ex-aluna - Comentou Harry.
Ron deu uma risadinha debochada e disse:
- Claro que não, ele estava dando em cima dela.
- É, eu senti isso, mas ela parecia o conhecer melhor do que uma ex-aluna conheceria...
- Ahhhg Harry, por favor, não diga isso! - Hermione falou desesperada.
- É cara...Por favor, não nos faça nem imaginar uma coisa dessas... Sei lá... Snape... Com uma mulher... NÃO... Harrrg! Já tou até enjoado! – Comentou Rony.
- Não, não é isso gente – começou Harry – É que pela conversa, eles não pareciam ser ‘professor e ex-aluna’.... Vocês lembram do inicio da conversa? Eles pareciam colegas de turma.
- Não, não pode ser. – Disse Hermione – Ela parece ter nossa idade. E nem que ela tomasse poção rejuvenescedora, ela iria aparentar ser tão nova.
- Ela poderia tomar 10 litros de poção – comentou Ron.
- Sim, ela poderia. Mas acho que se ela fizesse isso todos perceberiam, por que a poção é acumulativa no organismo, e em excesso ela causa o azulamento da pele, então isso não é possível – Concluiu a Garota – Mas realmente Harry, agora que você esta falando, a conversa dos dois deu a entender que eles foram colega de turma. Isso é muito estranho.
- É, mas é melhor agente ir para as estufas, a aula já deve estar no início. – Harry falou.
O plano de Dumbledore deu perfeitamente certo, Umbridge criou um cargo provisório de professora substituta de Trato com criaturas mágicas, no intuito de que quando demitisse Hagrid, ela já tivesse uma professora para colocar no lugar, e Fareeda disse a ela que por enquanto iria ajudar nas tarefas de guarda caça para não ficar ociosa. A vontade e a subordinação de Fareeda, levou a diretora ao delírio. Hafsa conseguiu infiltrar-se na escola.
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