Nada é o que parece?
Antes de qualquer coisa:
Legenda: Flashback da Sam e Pensamentos da Sam
--------------------------------------- SAM & BLAISE --------------------------------------
Por quê?
- Sam... bom.. eu devo te dizer que você foi uma idiota.. você nunca soube aproveitar quem te amasse, não é mesmo.. agora que eu achei quem me ame, você acha mesmo que eu iria com você! Se toca menina! Você não é ninguém na minha vida! Não aproveitou.. tem quem aproveite!
Pensando nas mãos fortes que passeavam por seu corpo levando-a aos céus, nos braços musculosos que a enlaçavam transmitindo segurança e a boca sedenta que capturava seus lábios com ansiedade fazendo-a entregar-se sem reservas. E o sorriso na boca perfeita que ela não conseguia esquecer. Os olhos por vezes eram frios, mas quando a tinha em seus braços eram quentes como lava incandescente fazendo-a perder-se na imensidão azulada. Os momentos de tanta paixão que viveram juntos estariam marcados nela para sempre. Já fazia dias que ele a havia abandonado sem explicações e ainda assim ela não conseguira esquecê-lo. Ela havia sido reduzida a uma mulher frágil e chorosa além de muito solitária.
Eu sou uma idiota
Tenho medo de dormir sozinha
Tenho medo de um corredor vazio
Pois não esqueço de seu maldito nome
Maldito sejas tu
Aquele que faz minha mente vagar
Que faz meus olhos encontrarem os teus
Mesmo sabendo que tudo é uma farsa
A poesia descrita em um pergaminho molhado com um belo tinteiro acompanhado de uma belíssima pena prateada, não escondiam a tristeza e a raiva da morena. Era como se os dias fossem noites, e a escuridão fosse sua amiga, mas não tanto, não como o vento, do qual lhe falava coisas tão tristes, que somente sua solidão não poderia mais suportar as vozes revoltadas e chorosas, reclamando sobre tudo, sobre até mesmo sobre ela mesma. Suas mãos dedilhavam com cuidado o vidro em sua frente, sem realmente prestar atenção em alguma coisa, estava mais preocupada no momento de trégua que tinha tido de uma batalha quase perdida para a sua mente.
- Você não notou? - ele fingiu surpresa e disse com o mesmo ar irônico de sempre - Estou te beijando! – voltando seus olhos nos dela
Já estavam de lábios colados antes de Sam pensar em responder. Aquilo a estava enlouquecendo. Tinha algo muito errado, por que ela iria querer beijar Blaise? Por que ele estava fazendo isso? Mas parecia que sua mente não queria as respostas tão rapidamente, mas seu corpo clamava pelo deve de uma maneira quase... gritante.
- Eu não quero que você me beije! - ela respirava com alguma dificuldade
Estava vestida para a festa. Seu vestido preto, que ela mesma confeccionara, se não estivesse neste estado lastimável. Tudo estava perfeito, a maquiagem que Sam tinha feito para ela, o cabelo que com um pouco de magia ficaria domado e não ficaria nem um pouco molhado, seu corpo brilhava de purpurina e estava impregnada de estrelinhas tão bem coladas por Sam, que com certeza não conseguiria tirar isso tão cedo. Seus lábios com o batom vermelho a deixavam cada vez mais bela.
- A gente só aprende quando perde – disse ela a si mesma
Sua estúpida
Um perfume cítrico se instalou no local. Seus movimentos repetitivos pararam, sua mão tocava levemente o vidro da janela, e sua testa tocara a janela também, fazendo-a olhar para a festa ali embaixo. Fechou os olhos e inspirou o perfume, sorrira debilmente, como era bom lembrar daquele perfume, e senti-lo quase impregnado em seu corpo. Não percebeu
quando subitamente a cortina da janela fechara, fazendo a morena retirar-se de seu momento pra baixo e seguir para o centro do quarto, em direção a sua cama.
O toque quente das mãos dele a assustaram e ao mesmo tempo a fizeram estremecer. Percebera que ele estava tocando levemente seus braços e aproximando-se lentamente. O contato lhe dava choque, fazia borboletas voarem em seu estomago e seu coração quase querer sair de sua boca. Sentia-se cada vez pior, parecia que ele viera ali somente para ser seu estado lastimável, vê-la e sumir novamente, repetindo novamente o que lhe tinha dito naquele dia. Fora isso que a fizera acordar do seu sonho de Alice.
- O que fazes aqui? – afastando-se daquele corpo que tanto ansiava, sua mente trabalhava mais rápido que seu corpo, ela precisava saber o que ele fazia ali – veio ver o que eu me tornei? – dizia de costas para ele, sabia que se o visse, não se controlaria – Perdeu algo aqui?
- Você - respondeu, aproximando-se calmamente
- Perdeu alguma coisa? - perguntou, irritada, querendo que ele saísse dali o mais rápido possível - Algo que fosse realmente importante? – virou-se então para a escuridão, não tremeu por um único milésimo de segundo, embora tenha sentido uma enorme dor invadir a boca de seu estômago
O silencio dele era inevitável. Ela sabia que Blaise esperava que ela não o ferisse com palavras, que ela o recebesse de braços abertos, que ela estaria ali, para ele, sempre q ele precisasse ela estaria ali. Mas, ela mesma mostrava ao contrário. Estava muito mal, estava dilacerada, seu coração estava quebrado, não agüentaria mais uma ilusão, dessas que você sonha tanto que até dói, até sente quando ele se aproxima e lhe diz tudo o que você sempre quis ouvir.
- Eu perdi você... não devia ter feito isso... quando soube...
- Somente quando você soube como eu estava, você percebeu o que? – ela o interrompeu, tudo o que ela queria ter dito a ele estava ainda entalado, sua voz parecia ferida, triste, arrastada – que eu voltei a ter 8 anos? Que eu era assim? – seus olhos estavam já encharcados, mas com a escuridão era impossível de vê-los, sua voz não mudara, era a mesma...
- Você era pior – ela o sentiu tocar em seu rosto, limpando a lágrima – você não tinha aquele brilho nos olhos que eu tanto admiro, aquele sorriso sincero, aquele toque suave – ele agora tocava em seu cabelo fazendo-a fechar os olhos e respirar, parecia que do nada, o ar se tornara rarefeito
- Você não devia estar aqui – disse ela fugindo do toque dele – deveria estar com a sua namoradinha....
Mas parou no momento em que sentiu os braços dele envolvendo sua cintura para perto de seu corpo. Ela não sabia aonde colocar os braços, ela o sentia pressionando o corpo dele contra ela, a cabeça dele contra seu pescoço, fazendo com que ela sentisse arrepios horrorosos pelo corpo, fazendo-a sem querer aproximar-se mais dela. Era como se tudo estivesse errado, era como se as facas fossem cada vez maiores, era como se ela fosse morrer somente por estar ali, com ele.
- Me solta – disse ela sussurrando, as lagrimas brotavam devagar – por favor – ele começara então a beijar seu pescoço, a abraçá-la com mais força – me solte, por favor – o ar lhe faltava, e ela então colocara as mãos em seu rosto, não agüentaria tanto tempo – por favor
- Eu não namoro mais ela – ele sussurrou em seu ouvido, os olhos dela e o corpo dela estagnaram, era como se o tempo parasse e ela pudesse se ver novamente, sorrindo – ela faz parte do passado, Samantha
Ele a virou delicadamente para ele, podia-se ver a fragilidade da menina, algo que para ele era tão novo, tão diferente, percebeu que ela abrira todas as janelas, deixando a luz da lua banhar o que estava acontecendo ali, ele pode ver a maquiagem, o vestido preto, que lhe dera um ar tão belo, tão delicado. Enrolou os dedos nos cabelos sedosos e tomou-lhe os lábios em um beijo sedento, selvagem. Sam agarrou-se à camisa dele ao sentir as pernas bambas. Blaise a beijava com uma ânsia incontida como se pudesse com aquele beijo alcançar-lhe a alma e dar a ela a sua. O fogo da paixão tomava conta dos dois e Sam já não conseguia mais conter a própria ansiedade. Ergueu os braços e enlaçou-o pelo pescoço colando o corpo ao dele e pôde sentir o desejo que o assaltava. Beijaram-se por um longo tempo, as bocas procurando-se com loucura para tentar aplacar a fome que sentiam um do outro. As mãos dele começaram a passear por seu corpo, tocando-a por sobre o tecido fino do vestido. Deslizou as mãos até a cintura dela e a apertou mais de encontro a si, se é que isso era possível.
- Me desculpa – Blaise disse após o beijo – eu devia ter lhe dito isso antes... não passaríamos por esse caos
- Obrigada pelo menos por dizer – ela abriu os olhos sorrindo
- Eu te amo, Samantha Malfoy – ele se afastou, deixando somente suas mãos ligadas – te amo desde que te vi vestida de fadinha decaída naquela festa a fantasia aos 8 anos de idade – ela riu fracamente ao lembrar da cena – você sempre fora meu mundo desde então, você perturbou a minha mente, até eu descobrir que era amor o que eu sentia, demorou tanto – ela o olhou esperançosa – mas eu não sabia se você sentia o mesmo, quando a gente se beijou pela primeira vez, pela primeira vez percebi que era recíproco...
- Ali – continuou Sam, olhando para fora da janela sorridente – eu parei para pensar, percebia que tinha algo errado, por que eu sempre falava de você? Por que do nada a gente tinha se beijado e por que eu queria mais, muito mais... eu estava apaixonada, e não tinha percebido...
As mãos dele desceram da sua cintura para os quadris, e empurrou-a delicadamente, conduzindo-a para trás, levando-a para a parede mais próxima. Ele pressionou seu corpo contra o dela, enquanto mordiscava seu lábio, como que pedindo por autorização, que não foi negada. Eles exploraram um ao outro avidamente. Línguas se acariciando e dentes mordendo.
Ele a pressionava entre o seu corpo e a parede. Ele precisava sentir cada curva do corpo dela e banir qualquer espaço existente entre eles. Agora ela sabia que estava sonhando. Sam havia beijado uma boa porção de garotos, mas nunca havia sido tão bom. Tão provocativo.
Suas mãos moveram-se mais para baixo outra vez, pegando-a no colo e levantando-a, puxando para si ainda mais. Instintivamente ela passou suas pernas em torno de sua cintura, gemendo enquanto ele a pressionava. Um calor trespassou o seu corpo, causando uma prazerosa dor entre suas coxas. O efeito que ela causava nele tampouco havia passado despercebido, e trouxe um sorriso aos lábios da garota ao perceber que ela era a causa daquela rigidez que era pressionada contra ela.
Blaise deslizou sua mão no cabelo dela, puxando delicadamente sua cabeça para trás, dar-lhe o acesso total. Sua língua deslizou languidamente pela nuca da garota, parando para sugar no ponto onde era possível sentir a pulsação rápida, que fundia-se com a dele próprio. Sua outra mão serpenteou por baixo do vestido preto, alisando suas costas. Precisava sentir a pele dela. Seus quadris e as coxas pressionando suas costelas eram a única coisa que suportavam o leve peso da garota.
Sua língua procurava pela dele, lembrando de todas as coisas surpreendentes sobre a boca de Blaise. Ela precisava senti-lo, precisava saber que ele estava bem e com ela, que aquilo não era apenas outro sonho cruel, onde ela acordaria sentindo-se mais sozinha do que nunca. Deslizando suas mãos pelas costas dele, ela soltou o seu vestido e o despiu, um suave suspiro escapando de seus lábios quando ela pôde deslizar seus dedos pelas costas nuas dele.
Blaise estava tendo problemas em tirar seus lábios do corpo dela. Não havia uma polegada dela que ele quisesse deixar intocada pelos seus lábios. Num sacrifício momentâneo, ele afastou-se para ajudá-la a tirar a camiseta, e então sua boca voltou ao pescoço dela, sugando e banhando-a com a língua até chegar aos seus seios. Ela sentiu a pedra gelada do seu colar pendurada no pescoço dele, quando ele pressionava seu corpo contra o dela.
Ele não perdeu tempo e tomou um de seus seios em sua boca, roçando seus dentes no mamilo dela e arrancando um gemido. Blaise ajoelhou-se para passear com sua língua pelo estômago dela, e quando suas mão passaram pela calcinha dela, ele a olhou, seus olhos num silencioso pedido de consentimento.
- Não ouse começar a pedir permissão agora, faça o que quiser, eu sou sua - ela disse com uma voz quente.
Quem era ela para desobedecer? O que a bruxa quer, ela consegue. Agora ela estava apenas com uma calcinha de algodão preta, os cabelos bagunçados que as mãos dele tinham despenteado antes, com um olhar de puro amor e desejo nos olhos quando ela o encarava. As mãos dele agarraram o fino material da calcinha dela em um lado, mas ele ainda olhava para ela intensamente.
Sam estava achando difícil se concentrar em qualquer outra coisa depois disso. A próxima coisa que ela percebeu é que ele a tinha em seus braços e a levava para a cama. Ele a deitou sutilmente do meio da cama antes de se afastar e se livrar do resto de suas próprias roupas, nunca tirando os olhos dela. Ela ruborizou sob a atenção e o detalhismo visíveis no olhar dele quando aqueles olhos sondavam todo o seu corpo, mas, pela impressão que ela teve do ‘corpo’ dele, aparentemente ele gostava do que via. Ele reclinou-se na cama, metade de seu corpo apoiado sobre ela enquanto a sua mão deslizava por todo o corpo de Sam, fazendo-a estremecer.
- Eu senti tanto a sua falta, houve tempos em que apenas o pensamento em você me fazia prosseguir - ele sussurrou no ouvido dela enquanto suas mãos passeavam nos seios de Sam e os seus dedos pressionavam o mamilo dela delicadamente
Ele continuou a tortura com palavras gentis sussurradas e dedos provocantes, dedos estes que começavam a caminhar para baixo, passando suas costelas, deslizando sobre o umbigo e parando no meio das coxas dela. Ele não tirou os olhos dos dela, e deslizou um dedo para dentro da sua intimidade quente e úmida, e então o outro, girando-os lentamente, cada vez mais profundamente dentro dela.
Sam inclinou sua cabeça para trás, soltando um gemido de contentamento, e fechou seus olhos. Ela deliciava-se com cada movimento, cada dor particularmente prazerosa que o toque dele desencadeava em seu corpo. Ela então começou a sentir uma contração em seu estômago, e a necessidade de algo que ela não saberia nomear. Seus quadris começaram a dançar no ritmo das mãos dele, tentando encontrar aquele alívio pelo qual o corpo dela implorava.
Ele continuou a provocá-la com palavras apenas para excitá-la. Ele tomou o seio dela em sua boca novamente, mordendo-o de modo particularmente rude, fazendo com que ela chamasse pelo seu nome.
- Eu adoro o jeito com que você chama pelo meu nome - Ele percorreu sua mão livre pela cintura dela - Eu adoro sentir você, sua pele macia sob as minhas mãos grossas
Ela podia sentir a respiração quente pairando sobre ela, e olhou para baixo para vê-lo contemplando-a, hipnotizado, enquanto os dedos dele moviam-se no ritmo do seu próprio corpo. Ele mergulhou sua cabeça e sugou-a delicadamente em sua área mais íntima e sensível, e ele instantaneamente sentiu-a contraindo-se em suas mãos, derramando palavras incoerentes de sua boca enquanto o corpo dela estremecia. As mãos dela enterraram-se nos cabelos dele, segurando-o num determinado lugar enquanto ela mergulhava onda após onda, até que ela não pôde mais agüentar. Os dedos dele substituíram sua boca, e ele continuou a acariciá-la delicadamente.
Sam, abra seus olhos, comandou. O corpo dela ainda tremia pelos seus ‘esforços’ anteriores, mas os olhos dela se abriram. Ele estava sobre ela, seu rosto a centímetros do dela. Ela pôs sua língua para fora e lambeu os lábios dele, sentindo o seu próprio gosto nele. Blaise devorou a sua boca, e aquilo somente aumentava a necessidade que tinham um do outro, ele não poderia esperar por muito mais tempo.
Num movimento rápido e preciso, ele já estava dentro dela, um sussurro escapou de seus lábios enquanto ele suavizava seus movimentos e permitia ao dois a completa percepção de que estavam juntos. Sam tomou o rosto dele em suas mãos e sussurrou o que o coração dela estava explodindo para dizer.
Ele sorriu e pressionou seus lábios contra os dela, antes de penetrá-la lentamente. As mãos dela começaram a passear sobre o peito e as costas dele e ela entrou naquele ritmo lento e doloroso. Seus movimentos eram controlados e precisos, cada um deles fazendo com que Sam gemesse. Ela tentou acelerar o ritmo, tomar um pouco de controle da situação, mas ele não cedia.
Ele inclinou-se para ela e capturou seus lábios num beijo rude, enquanto a penetrava, acelerando seus movimentos e prontamente sincronizando-os com os dela. Ela cravou os dentes das costas dele para tentar parar de gemer, enquanto ele entrava e saía furiosamente do corpo dela. Ela não se importava se ficaria machucada com aquela força que trazia tamanho prazer, ou se ele deixaria arranhões no seu corpo com as mãos que agarravam a pele dela. Ela queria lembranças, a força que era Sam era bem vinda.
Ele podia sentir o corpo dela começar a se contrair e relaxar ao redor do dele enquanto ele chegava ao seu ápice, não havia como adiar mais. Não depois de estarem separados por tanto tempo, ela sendo tão deliciosa. Seu precioso controle fora perdido, enquanto bombeava espasmodicamente seus quadris dentro dela, derramando-se com um rosnado de profunda satisfação. Ele mordeu o pescoço dela e amenizou a mordida com sua língua, antes de desabar sobre ela, ela recebendo a sua marca, recebendo o seu peso, envolvendo-o com seus braços firmemente, de modo que ele não poderia se afastar.
- Sam...
- Sim – disse ela bem baixinho
- Fecha a janela por favor! Está frio... – disse ele beijando seu pescoço
- Tá ficando folgado... – disse ela sorrindo e com um movimento as janelas se fecharam – te amo, Blaise Zabini
- Obrigado por me confirmar o obvio
------------------------------------ DRACO & GINA --------------------------------------
O som ensurdecedor, as luzes quase que apagadas, faziam o ambiente ter um estilo especial. A festa do preto e branco parecia perfeita! Estava lotado. Gina sorria ao ver o grupo enorme de pessoas gritarem alucinadas pela banda ao vivo! Quem disse que Draco não conseguiria as Esquisitonas para tocar para eles! Aquela era somente uma parte da festa. Do outro canto da cidade, pais despreocupados comemoravam a festa de bodas dos pais de Sam, com estilo e requinte das festas da alta classe bruxa.
Gina estava na escada, olhando todos os convidados e sorria podendo ver Draco a observar de maneira indiscreta, ele olhava contra toda a multidão, fazendo Gina sorrir para ele. Ela estava de branco, com os cabelos loiros arrumados em um coque totalmente doido. A maquiagem preta em seus olhos, o conjunto de jóias, tudo realçava a beleza que ela havia conseguido. Sentia tanta falta dele, sentia falta de ficar perto dele, de conversar.
Seu sorriso desapareceu ao ver Chang se agarrando em Draco. Não gostava daquela menina, mas quando ela se aproximava dele, era realmente difícil não se segurar e matá-la. Apertou com força o corrimão, e olhou para sua mão, tão linda quase congelando aquela bela peça de mogno. Virou-se e subiu a escada, e se escondeu no quarto.
O local estava ainda intacto. Gostava daquele lugar, tudo para ela era sempre frio, ali, ficava menos frio, o que a deixava meio inerte. Sentou-se na poltrona que havia ali, e ficou olhando com cuidado o quarto, com aquele enorme espelho, que falava e lhe irritava profundamente.
- Gina? – Gina sorriu ao ouvir o seu nome na boca dele
- Oi! – virou-se para ele, indo em direção ao espelho – espantou a bruxa chorona?
A risada macabra ele a fez estremecer. Ela soltara os cabelos, deixando-os ruivos novamente. A roupa tornou-se de sexy para angelical em um passe de mágica, somente com o toque do cabelo. Ele a abraçou delicadamente, e ficaram encarando-se por algum tempo, parecia que a imagem era tão perfeita, tão certa, que era como se fosse para acontecer algo mais, muito mais.
Draco soltou-se rapidamente. Parecia ter perdido o rumo. Saira rapidamente do quarto, fugindo de Gina, que por sua vez ficara furiosa. Não gostava quando ele sumia, exatamente por que... queria ficar com ele! Saiu do quarto do jeito que estava sem se importar se alguém visse, sabia exatamente para onde estava indo, seus pés sabiam tanto, que deixaram a mente vagar e mergulhar em sua raiva.
Abriu a porta com força. Ele não se voltou para vê-la. Estava como um cubo de gelo, fria, e sua raiva aumentando. Aproximou-se rapidamente e o virou. Estava realmente fria, muito fria. Seu rosto estava extremamente transfigurado.
- QUEM VOCÊ ACHA QUE É PRA ME DEIXAR LÁ, SOZINHA? HEIN? UM CERTO DEUS, OU ALGO PARECIDO, VOCÊ É A MINHA CRUZ, MAS TUDO BEM, EU ACEITO, MAS ME DEIXAR SOZINHA! NÃO É POR QUE EU TE AMO QUE EU MEREÇO TRATAMENTO VIP...
- Opa... – Ele parou ela na hora em que ela ia socar ele – você me ama?
- É! POR QUE? – disse ela ainda alterada, pode ver então o melhor sorriso do mundo
- Por que eu também te amo!
Ele sugou o lábio inferior dela, mordendo de maneira a fazer-lhe sangrar. Gina não se importou, tudo o que queria naquele momento era ele e somente ele, como se as semanas que eles ficaram separados a tivessem deixado dormente e Draco era a única coisa que a faria voltar à vida. Como uma droga, ela pensou, enquanto sentia seu desejo por ele se intensificar a medida que Draco intensificava o beijo. Não conseguia respirar, ou sentir qualquer outra coisa que não fosse Draco.
Tentou livrar suas mãos para tocá-lo, mas ele a segurava fortemente, então insinuou seu quadril contra o dele, recebendo um gemido e a liberação das suas mãos como resposta. As mãos dele encontraram a borda do vestido dela e puxaram-na, rompendo o contato dos lábios apenas por alguns segundos para passar o vestido da ruiva sobre a sua cabeça.
Gina aproveitou a liberdade das mãos para terminar de desabotoar a camisa dele, mas impacientou-se no meio do caminho e apenas puxou-a aberta, mandando os dois botões restantes voando pelo quarto. Draco riu e ela ergueu seus olhos para encontrar os dele. Havia desejo ali, mas havia algo mais. Algo que ela havia negado durante todo o tempo em que eles ficaram juntos, algo que a fazia tremer de medo e excitação só de pensar no que poderia significar.
- Eu te amo. – ele murmurou apressadamente, antes que pudesse raciocinar ou perder a coragem de dizê-lo.
Gina abriu a boca para dizer alguma coisa, mas ele a beijou, a tomou nos braços e a levou até a cama, caindo em cima dela logo em seguida. Roupas não eram uma opção ali e apesar de restarem poucas, elas estavam atrapalhando muito o andamento das coisas. Ele se livrou da calcinha dela com um simples puxão e Gina desabotoou rapidamente as calças dele e descendo-as até seus joelhos junto com a cueca. As duas foram rapidamente empurradas para o chão por ele e com um último beijo, Draco uniu os corpos.
As pernas de Gina automaticamente se fecharam em torno da cintura dele e ela fechou os olhos e suspirou, cravando as unhas nas costas dele e fazendo-o gemer. O ritmo era lento e intenso, como se ambos estivessem aproveitando cada segundo, cada sensação. Gina sentia seus músculos se contraindo e relaxando para acomodá-lo, tremendo com a simples sensação de estar completa de novo, completa por Draco Draco. Ela se lembrava exatamente de como agir para fazê-lo suspirar, assim como ele sabia que ritmo tomar para fazê-la ofegar.
- Você é minha. – ele disse, pontuando e acompanhando cada palavra com o ritmo dos dois. – Minha. Minha. Minha.
Gina abriu os olhos apenas para encontrar as íris cinzentas dele encarando-a intensamente. Ela sempre havia amado a diversidade de tons nos olhos de Draco, variando de um prateado brilhante a um azul claro, dependendo do seu humor. Agora eles haviam adquirido uma tonalidade prateada quase negra que ela conhecia muito bem: desejo. Segurou o rosto dele entre suas mãos e sorriu fracamente.
- Sua. – ela conseguiu murmurar.
Draco sorriu satisfeito e deslizou seus lábios sobre o pescoço da ruiva, beijando-a de um modo que ela sabia que a deixaria marcada no dia seguinte. Ginevra não se importava. Tudo que lhe importava naquele momento era o homem dentro dela física, mental e emocionalmente.
Draco desceu seus lábios até os seios de Gina, alternando suas carícias com mordidas. Ele aumentou a velocidade do seu movimento, ganhando suspiros de aprovação de Gina, seguidos rapidamente pelo clímax da ruiva. Ele não precisou de muito mais para atingir o clímax também e desmoronar sobre ela.
Gina, com algum esforço, tirou as pernas, agora trêmulas, que estavam em volta dele e Draco se deitou ao lado dela, ambos ainda ofegantes. E mesmo após sua respiração se acalmar, ela não confiava em palavras e não conseguia parar para pensar no que realmente havia acontecido ali naquela noite. Fez então a única coisa que lhe pareceu coerente: cobriu a si e a Draco com um lençol e se virou para o lado para dormir. Ele, talvez pela primeira vez não sabendo o que dizer, virou-se também e encostou seu corpo ao dela, colocando um braço possessivo sobre a cintura da ruiva. Então dormiram o sono dos apaixonados.
---------------------------------------- TODOS -----------------------------------------------
Compras! Ela agora tinha dinheiro para comprar os melhores livros, as melhores roupas. Não pensava que o dinheiro viera de uma maneira imunda ou por causa de um roubo, pessoas perderam dinheiro enquanto ela ganhava. Não se importava mesmo. O beco diagonal estava lotado como sempre, ela estava sob uma poção de Blaise, que a fazia ficar com o corpo que ela teria se tivesse 16 anos, e não o que ela tinha naquele momento. O feitiço lhe dera uma engordada, e estava mais baixa, mas não perdia a beleza que ela tinha. Os cabelos não eram tão longos e nem tão brilhantes, não usava sapatos altos e nem saias curtas. Caminhava rapidamente entre as multidões até ver alguém conhecido. Olhou para frente e constatou que se ela não tivesse mudado o corpo, com certeza ela precisaria de óculos naquele momento. Estava ficando cega, ou era Hermione Granger quase chorando, caminhando correndo entre as pessoas. Gina correra ao encontro dela, queria saber o que acontecera com a menina, não deixaria ela sofrendo ali, ainda tinha uma alma boa.
- Mione...
A menina voltou-se para ela mais assustada do que chorosa. A coisa realmente devia estar feia para o lado de Mione para ela entrar em um colapso daquele tamanho. Sem mais delongas, Mione a abraçara com força, falando coisas incompreensíveis ao ser humano natural como ela. Acariciou o rosto da menina, e levou-a ao caldeirão furado. Tinha deixado parte de suas compras ali, e as outras, estava carregando. Levara até o quarto 15, que estava sob o nome de Draco, mas ninguém sabia exceto ela. Pedira alguns doces e um chá de camomila, para acalmar os nervos da mocinha.
- Mione, está tudo bem?
- Na verdade, não...
- O que houve Mione?
- Você nunca irá me perdoar, Gina, nunca, eu sou uma monstra...
- Pode me contar...
Gina nunca usava psicologia, mas naquele momento parecia extremamente crucial. Mione olhou para os lados, certificando-se que não estava sendo ouvida por qualquer outra pessoa a não ser Gina. Pegou as mãos da mesma, e ainda chorosa, falava desculpas inimeras vezes e dizendo como fora tola. Gina realmente estava achando que tinha que levar a amiga ao St. Mugus.
- Bom... É melhor saber por mim do que pelas outras pessoas, mesmo por que você é a primeira pessoa que eu vou contar – ela pingarreou e tomou um pouco do chá que Gina lhe dera – estou grávida!
- Parabéns! – Gina ia abraçar a amiga, pensava que o bebê era do irmão...
- Do Harry, Gina..
Gina estagnou. Na verdade, ela não esperava que ele tivesse feito isso com ela. Seu sorriso estava negro. Ela com certeza mataria Harry quando visse. Hermione deve não ter tido nenhuma culpa. Ela deve ter ficado bêbada e transou com Harry, e ela ficou grávida dele.
- Bom, foi depois de uma festa, eu estava bêbada, e eu e o Harry... aí deu no que deu...
- Ele me paga!
- Eu pensei que você fosse me matar! – disse Hermione assustada
- Mione, eu sei que ele é um safado maldito! – Mione assustara-se com o palavreado de Gina – não quero saber, agora eu vou me vingar de verdade dele... seus pais sabem?
- Não... e não podem saber que é do Harry... vão me obrigar a casar com ele, Gina – disse ela chorosa – desculpa por tudo, eu sabia de todas as saídas dele, das meninas que ele pega... a oficial amante é a Chang... mas tem outras, é claro...
- Como se ele achasse que ele pode... mas eu não! – sentia vontade de congelar tudo ali, mas lembrou-se do bebe de Mione, ele não tinha culpa dos erros dos pais, principalmente do pai – eu vou cuidar de você, Mione, não se preocupe!
- Como assim, Gina, você não tem dinheiro... é uma estudante como eu...
- É... eu tenho? – disse ironicamente – acredite se quiser Mione, tenho muito mais que meus pais e a herançazinha do Potter – disse com raiva – mas se você quer a minha ajuda, você terá que me ajudar...
- Como assim?
Bateram na porta, e fora aberta rapidamente. Dois elfos entraram no quarto e pegaram as coisas que Gina comprara. Não era muita, mas detestava que eles tivessem que trabalhar. O lado bom é que eles trabalhavam por que gostavam, e se vestiam de maneira maluca por que queriam. Gina levou sem falar nada a Hermione, para a Mansão Malfoy. Caminharam lentamente pelos portões, a casa era bela e tinha muito bom gosto, fazendo Hermione sorrir para a beleza do local. Quando estavam na porta da frente da casa, Gina barrou Hermione.
- Você aceita me ajudar?
- Na vingança?
- É... e em outras coisas...
- Claro... de quem é essa casa, Gina...
- Draco Malfoy e da Sam Malfoy... não me olhe assim... são meus amigos, pessoas em quem confio, diferente de meu irmão e do Potter – estendeu a mão a ela – quando entrardes por essa porta, seu mudo irá mudar... tem certeza que quer ir para o outro lado?
As portas foram abertas. O local estava obscuro. Gina, ainda de mão estendida, caminhou para dentro da casa, mostrando seu real corpo, suas feições, a roupa preta colada e sensual. Hermione sorriu a ela. O que a menina tinha a perder? Estava tendo a chance de poder cuidar de seu filho, pois sentia que seria um menino, e torceria para que ele não ficasse ao lado do pai, que todos pensavam ser heróis, mas com certeza, aqueles que estavam ali dentro não pensavam que ele tudo isso. Estendeu a mão à Gina, e tocou-a levemente. Adentrou dentro da mansão, iniciando-se assim, a nova vida de Hermione Granger.
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