Lembranças II
Capítulo 10:
------------------------------------------- GINA --------------------------------------------------------
Rolou na cama mais uma vez. Naquela posição, podia ver o relógio no criado mudo ao lado de sua cama. Eram onze e meia da noite. Não conseguia dormir, embora já estive tentando há quase duas horas. Fechou os olhos novamente, na expectativa de adormecer; por mais dez minutos tentou inutilmente que o sono chegasse. Deu um suspiro, e se rendeu. Afastou as cobertas, e levantou.
- AAAAAAAAAATTTTTTTTCCCCCCCCCCHHHHHHHHIIIIIIIIIIIIMMMMMMM!
Seu corpo fora novamente jogado para a cama. Respirou fortemente pela boca. Fechou os olhos sentindo seu nariz entupido, seu corpo frio, e uma terrível dor de cabeça. Estava sentindo como se milhões de carruagens tivessem passado por cima dela, fazendo-a deitar novamente na cama, derrotada. Queria comer alguma, sem que fosse bolacha de água e sal, e um chocolate quente. Mas não tinha ninguém no recinto. Colocou o cobertor sobre si, e então se virou para o outro lado da cama, tentando novamente dormir.
Gina estava doente. Tinha tido um forte frio do nada no colégio, fazendo muitas alunas ficarem resfriadas, pois não estavam preparadas para o frio tão repentino. Mas, todas sararam rapidamente, para irem ao baile que seria naquela noite. Mas Ela não podia. Ela tinha uma forte alergia a um dos materiais usados na poção de cura, que a faria parar de respirar e até matá-la, fazendo-a tomar remédios trouxas, que demoram o triplo do tempo de recuperação.
#Flashback#
- Gina, eu vou indo tá? – disse Sam – tem certeza que não quer que eu fique?
- Vai logo! – disse Gina fungando novamente – estás tão bonita, não poderia deixá-la aqui, anda!
- Mas
- Anda, Sam! Eu já tomei o remédio – fazendo Sam levantar um dedo – já comi, contra a vontade – Sam levantou o segundo dedo – já estou na cama – levantou o terceiro – estou com sono – quarto – e, estou com o pijama antigo rosinha! – elevou o quinto dedo – e por fim, você vai nessa maldita festa!
- Então tá.. daqui a pouco eu volto para te ver, ou peço para alguém vir aqui! – depositando um beijo na testa de Gina
- Tá bom!
#Flashback#
A ultima lembrança a fez praguejar. Devia ter mandado ela ficar, pelo menos tinha com quem conversar. Fechou novamente seus olhos e então, esperou o sono vir, mesmo de nariz entupido, com um frio descomunal, e precisando urgentemente de comida, pois estava realmente com fome. Mas sabia que a amiga não voltaria, pois estaria mais preocupada com outras pessoas...
------------------------------------------- SAM ------------------------------------------------------
- Gina, eu vou indo tá? – disse Sam – tem certeza que não quer que eu fique?
- Vai logo! – disse Gina fungando novamente – estás tão bonita, não poderia deixá-la aqui, anda!
- Mas
- Anda, Sam! Eu já tomei o remédio – fazendo Sam levantar um dedo – já comi, contra a vontade – Sam levantou o segundo dedo – já estou na cama – levantou o terceiro – estou com sono – quarto – e, estou com o pijama antigo rosinha! – elevou o quinto dedo – e por fim, você vai nessa maldita festa!
- Então tá.. daqui a pouco eu volto para te ver, ou peço para alguém vir aqui! – depositando um beijo na testa de Gina
- Tá bom!
A porta fechou-se rapidamente. Sam lógico gostaria de cuidar da amiga, mas não iria perder a festa por nada desse mundo. Estavam em Drumstrang. Hoje seria a festa de recepção dos meninos para elas, que fizeram no mês passado. Sam sabia o quanto Gina gostaria de ir, mas ficando doente, não agüentaria o barulho e logo teria que se retirar.
Desceu as escadas rapidamente, e então parou no espelho central do salão comunal. Estava bem vestida. Trajava um vestido branco, com detalhes em preto, seu cabelo estava ondulado, fazendo-a parecer mais um anjinho do que um diabinho em pessoa. Sorriu, e seguiu então para porta a fora do salão comunal, olhando para a escada de onde viera, e torcendo para que Gina sobrevivesse esta noite.
O barulho ensurdecedor a fez lembrar das festas Malfoy. Atravessou o salão ouvindo alguns comentários ordinários, e alguns olhares safados, o que a fez sorrir da ação das pessoas. Estava à procura de seu pequeno e seleto grupinho, que mais gostava de passear com eles.
- Onde será que estão?
- Andas muito conhecida, Sam...
Virou-se e encontrou Draco Malfoy. Estava vestido totalmente de preto. Somente sua gravata era branca, totalmente ao contrário dela. Sorriram um para o outro e se abraçaram fortemente. Sam adorava ficar assim com ele, se sentia protegida pelos braços e pelo jeito arrogante do primo. Ao soltar-se dele, pode ver Tom e Eragon, cumprimentou-os de maneira mais delicada.
- Cadê Gina, Sam... – perguntou Draco curioso – você a deixou sozinha neste recinto? – perguntou preocupado, olhando ao redor a procura de algum vulto ruivo
- Pare de procurá-la – disse Sam, fazendo-o voltar-se para ele – ela está doente
Sam riu da cara de despreocupado-mas-preocupado de Draco. Ele sempre fingia que não estava preocupado com as pessoas, fazendo-se de desinteressado, mas ela sabia que às vezes ele não queria se importar, e em outras, ele gostaria de fugir de algumas coisas totalmente desconhecidas por qualquer ser humano, somente ele sabia os motivos. Qualquer um pagaria para conhecer a mente de Draco, e ela estaria entre as primeiras da fila.
- É?
- É Draco.. – disse Sam olhando preocupada – ficou muito gripada, e ela tem alergia a Alécio, então ela não pode tomar a poção de cura.. então ela veio mais para me acompanhar do que qualquer coisa – tocou em seu rosto – ela está no salão comunal feito para nós.. no quarto 6.. tá
- Tá – ele disse voltando-se para os amigos, e puxando Sam para acompanhar-lhes – Eu vou beber alguma coisa – disse ele a Sam e então se retirou rapidamente da vista do trio
------------------------------------------- DRACO ------------------------------------------------------
- É Draco.. – disse Sam olhando preocupada – ficou muito gripada, e ela tem alergia a Alécio, então ela não pode tomar a poção de cura.. então ela veio mais para me acompanhar do que qualquer coisa – tocou em seu rosto – ela está no salão comunal feito para nós.. no quarto 6.. tá
- Tá – ele disse voltando-se para os amigos, e puxando Sam para acompanhar-lhes – Eu vou beber alguma coisa – disse ele a Sam e então se retirou rapidamente da vista do trio
Sumiu no meio da multidão que o cercava, das meninas que o assediavam com o olhar. As palavras de Sam não saiam de sua cabeça, fazendo-o não entender. Ele estava sim preocupado com Gina, mas por que se sentia tão mal, como se PRECISASSE vê-la? Seus passos o levavam para a área mais longínqua do castelo, o salão comunal desativado de Drumstrang, que fora usado para recepcionar as meninas de Beaux.
Como um bom aluno, ele sabia as senhas das casas, caso precisasse de algum material ali. Sabia também a senha dali, e Sam realmente parecia saber disso. A porta abriu-se rapidamente, e então pode ver o salão totalmente decorado em azul e dourado, as cores de Beaux, que o fizeram rir da quantidade de bagunça que havia ali, o fazendo pensar no que elas achariam dos salões comunais logo de manha.
Subiu as escadas e seguiu para o primeiro andar de dormitórios. Lembrava-se rapidamente do que Sam lhe dizia, quarto seis. Abriu a porta com cuidado, somente havia uma pequena lamparina perto da cama de Gina, mas ela estava deitada de costas para esta. Pode perceber que o ar não circulava naquele local, o que a fazia ficar um pouco mais doente, abrindo um pouco a janela que havia ali.
Aproximou-se da cama, do lado onde ela estava deitada. Ele não soube quanto tempo ficou a fitando. Não sabia por que, mas deitou ao seu lado, olhando-a diretamente, olhando-a bobamente. Pegava-se pensando no por que estar ali, no por que ficar a fitando enquanto ela dormia como um anjo doente, que dava umas fungadas de vez em quando. Tocou seu rosto levemente, quase sem tocar o corpo dela, sentindo-se estremecer pelo toque daquela menina.
Seus rostos estavam muito próximos, podia sentir o perfume adocicado e suave que vinha dela. Sentia a respiração dela e o cheiro adocicado que já havia sentido antes. Ele estava hipnotizado pela beleza da pequena ruivinha que havia na sua frente. O que o estava fazendo perder totalmente a razão?
A sensação de seus corpos juntos era boa, e o aquecia de uma forma que parecia impossível. Sentia o frio emanar dela, e aquele cheiro já estava tirando-o do sério. A pele dela era macia e suave. Não soube dizer o que o levou naquele momento a fazer o que pretendia, só sabia que queria sentir os lábios dela junto aos dele. E com esse impulso, puxou o rosto dela delicadamente para si.
Sentiu a maciez dos lábios da garota, queria aprofundar o beijo e como não viu relutância da parte dela, explorou cada canto da boca dela com avidez, provocando mais calor entre eles dois. Suas línguas não se refreavam e cada vez que se tocavam, parecia que recebiam um choque elétrico. A languidez do beijo o instigava a não parar e cada vez mais, a continuar com aquele roçar de línguas.
Ele estava sobre Gina, esquecendo completamente o estado da pequena. A conexão entre ambos era tão boa, que ele sentiu ela romper não por que ela não queria mais, mas sim pelo fato de estar com falta de ar. Ela abriu os olhos e entao olhou assustada para ele, mas por fim sorriu, sem antes deixar de dar uma fungada.
- Oi, Draco!
---------------------------------------- DRACO & GINA ---------------------------------------------
- Oi, Draco!
Gina abrira os olhos, e já sabia quem era. Mas estava assustada pelo fato dele saber onde ela estava, e ter saído da festa, pois estava todo bem vestido. Riu do cabelo baguncado por ela, e do sorriso safado que ele lhe proporcionava naquele momento. O que estava acontecendo naquele momento?
- Oi, Virgínia!
- Você nunca muda né – deu uma fungada – eu estou doente, afaste-se – disse sorridente
- Nunca – disse aproximando os rostos – eu vou me afastar de você...
ele trocou a posição de ambos, fazendo ela deitar sua cabeça em seu peito. Ela levantou-se e então tirou delicadamente a gravata, jogando-a em qualquer lugar junto do paletó, tirou o cinto de Draco, e ele tirou os sapatos, e deitando debaixo das cobertas com Gina.
- Que pijaminha em, Gina!
Draco tocou no pijama rosa de corações que a menina usava. Parecia quente e fofo, como aqueles que somente crianças usam. Era de botões e até mesmo, Gina estava usando uma pequena pantufa nos pés. Ele sorria enquanto observava a ruiva corada pelo pijama.
- UÉ! – gritou ela para receber atenção do menino que mais parecia interessado em seu corpo do que em seu rosto – eu to dodói..
- Ué! – ele devolveu, fazendo-a rir – você está dodói? – ela fez biquinho e acenou com a cabeça – e o que eu tenho a ver com isso? – o sorriso dela desapareceu e ela ficou embasbacada com a resposta cortante dele – TUDOOOOOOOOOOOOOOOOO - Ele a jogou de volta para a cama, deitando-se em cima dela
- Senti sua falta, Draco
Ela quase que suplicou, sentindo arrepios nascerem no local onde ele tocava e se espalharem pelo seu corpo. Ele riu mais uma vez, levando as mãos novamente ao pescoço e vendo que ela protestara quanto a isso. Ele suspirou próximo ao pescoço dela, fazendo-a estremecer, beijando-o em seguida. Depois aproximou sua boca do ouvido dela, e sussurrou
- Eu também...
Beijou-a, dessa vez com tal intensidade que apenas o beijo os deixavam inebriados. ele baixou as alças da blusa dela e, com um movimento de suas mãos, munido da varinha, a blusa caiu aos seus pés. Ele apertou-a contra seu corpo, esquecendo por um instante os seios e apenas passando as mãos em suas costas nuas.
Ainda entre um beijo apaixonado e outro, ele livrou-a das calças, deixando-a apenas com a calcinha. Ela irritou-se com a camisa de botão dele, já que estava trêmula demais para desabotoar um por um, e abriu-a de uma só vez, fazendo os botões voarem e baterem nas paredes.
- Veja em que eu te transformei... - ele deu um sorrisinho, junto aos lábios dela
Os dois abriram os olhos e viram que havia fogo neles. Os olhos dela, que já eram vermelhos, pareciam estar em chamas, ansiando por algo que as apagasse. Os dele, cinzas e de aparência fria normalmente, brilhavam com tal intensidade que chegavam a emanar calor.
Ela olhou-o profundamente, perguntando-se como era capaz de amá-lo tanto, quando um dia já o odiara. Ele perguntou-se como fora capaz de odiar tamanha perfeição à sua frente.
Ela afastou os cabelos louros dele que caíam sobre seu rosto e ele aproximou-se para mais um beijo. Ela colocou o indicador sobre os lábios dele, impedindo que ele alcançasse os seus, e ele franziu o cenho.
Com a outra mão ela levou a mão dele, que até ali se repousara sobre a sua cintura, para a sua calcinha. Depois deixou que ele a beijasse, com paixão e erotismo. A princípio, ele ficou por cima dela, buscando seu corpo com as mãos do jeito que lhe era possível. Logo depois ela virou o jogo, ficando por cima dele. Os fios vermelhos do cabelo dela brincavam pelo rosto dele, e ele perdia a razão apenas por sentir aquele cheiro de rosas dos cabelos dela.
Ela encostou todo o seu corpo no dele, sentindo a excitação de Draco latejando sob suas calças. Virgínia beijou seu peito, com alguns poucos pêlos subindo por sua barriga. Parou com os lábios no cós da calça e depois o olhou dengosa. Ela viu nos olhos dele o quanto ele a queria.
Com rapidez, ela desabotoou a calça e lhe tirou a cueca, e ele tratou de tirar a calcinha dela.
Draco ficou por cima da mulher, olhando-a com um carinho especial. Ela fechou brevemente os olhos, sentindo a mão de Draco percorrer todo o seu corpo. Quando voltou a abri-los, se perdeu no mar cinzento que eram os dele. Pareciam um mar em fúria, profundo e capaz de puxá-la para um abismo... Com certa violência, Virgínia puxou-o para um beijo: agressivo e erótico. Suas unhas fincaram nas costas de Draco, ansiando por tê-lo em si.
- Por favor... - ela quase que implorou. Ele riu, achando-a graciosa
Draco postou-se entre as pernas dela, olhando-a com paixão. Ela sorriu para ele, pedindo que ele se apressasse com todo aquele ritual, angustiante, de acordo com ela, que ele insistia em repetir sempre. Ela odiava aquele ritual dele, ao mesmo tempo que ela admitia que aquilo tudo só a fazia ficar mais excitada, de modo que o final se tornava muito mais prazeroso...
Ela sentiu o pênis dele começar a penetrá-la, vagarosamente. Ela, que se mostrara muito agressiva naquele dia, puxou-o para si, fazendo-o adentrá-la de uma vez. Virgínia, então, virou-se na cama, de modo a ficar por cima de Draco. Ela deitou-se por cima dele, aproximando-se até que encostasse sua testa com a dele. Ele abriu um largo sorriso. Ela roçou os lábios pelo rosto dele, afastando-se quando ele tentava beijá-la.
Ele levou suas mãos à cintura dela, fazendo-a movimentar-se para cima e para baixo, num ritmo cada vez mais veloz. Ela, num ato autoritário, afastou as mãos dele para longe de seu corpo, decidindo se ia mais rápido ou devagar.
Virgínia sabia quando Draco estava próximo a um orgasmo. Sempre soubera, desde a primeira vez, ainda em Hogwarts. Sempre que sentia que ele explodiria, ela arrefecia o ritmo, parando por alguns instantes, esfriando o sexo por segundos.
E era nesses momentos que ela aproveitava para beijá-lo mais calmamente, apenas sentindo a boca dele na sua, a língua dele explorando a sua própria, tornando tudo mais saboroso. E era também nessas horas que Draco implorava para que ela não o torturasse daquele modo... Virgínia fazia isso uma, duas, três vezes... até chegar a um ponto em que ela sabia que nenhum dos dois agüentaria por muito mais tempo.
Draco sentiu o corpo suado de Virgínia sobre o seu. Os cabelos dela, molhados, grudando na testa, deixando-a com um ar de menina travessa. Ele a fez parar de movimentar-se sobre o seu membro e olhou-a atentamente, penetrando naqueles olhos castanho vivos. Levou uma das mãos aos seios dela, e a outra se concentrou em trazê-la mais para perto. Virgínia gemeu, sentindo seu corpo voltar a esquentar. Ele sorriu, satisfeito.
E ele então ficou por cima dela, lançando-lhe olhares famintos. E ela sabia que, agora, de nada adiantava tentar reprimir um orgasmo dele. Draco estava no comando. Ela enlaçou as pernas na cintura dele, fazendo-o penetrar ainda mais. Mexeu seus quadris ao mesmo ritmo que ele. Draco sentiu as unhas dela arranharem suas costas, de um modo selvagem.
Virgínia começou a gemer baixinho, de um jeito que o deixava insano. Ele aumentou o ritmo dentro dela, observando cada expressão da mulher, cada gemido e suspiro, e sentia-se satisfeito com aquilo. Intensificou ainda mais o ritmo, temendo não agüentar todo o prazer que sentia. Foi quando, com uma vibração violenta, ele sentiu seu corpo estremecer e ser invadido por um orgasmo, ao mesmo tempo que Gina estremecia sob o seu corpo, sentindo a mesma vibração que ele. Draco ainda permaneceu sobre ela por alguns instantes, esperando que ela abrisse os olhos e o encarasse.
- Oi... - ela disse, manhosa, sorrindo de um jeito manhoso para ele.
- Olá para você também... - ele falou, beijando-lhe os lábios rapidamente – Eu tenho uma proposta
- Tem? – disse ela sorridente - o que é?
- Você vai pra minha casa nas férias? – ela pediu para ele esperar, pois tinha acabado de espirrar
- Sim..
- Ótimo.. temos que resolver nossas paradinhas
Ele disse isso enquanto a colocava em seu peito, deitando-a com cuidado. O corpo dela estava cansado, mas ao mesmo tempo doente. Esperou ela dormir lentamente para poder fechar os olhos, e poder dormir junto.
-------------------------------------- SAM & ERAGON ------------------------------------------
- Estranho... - murmurou uma voz perto dele - mas pensei que você já tivesse uma mesa e não precisasse se apoiar nessa, onde outros estudantes querem pegar bebidas...
Eragon virou-se, pronto para retrucar para quem quer que fosse o idiota que o insultara, mas antes que se pude começar a falar, deparou-se com uma garota simplesmente perfeita. Ele observou-a durante um bom espaço de tempo, fazendo Sam erguer a sobrancelha e o olhar de maneira irritada.
- O que foi, Eragon? É mudo? - perguntou Sam, a cada segundo mais irritada
- Quanto mau-humor, hein Sam? - finalmente ele falou, recuperando-se – ué.. cadê seus amiguinhos falsetas? Tão por aí se catando com alguém?
Ginny virou-se com o copo na mão e olhou furiosa para o moreno, antes de ouvir a música que estava a tocar. Era uma música mexida, bastante mexida mesmo. Sem pensar duas vezes, ela bebeu o vinho todo que tinha no copo e em seguida pegou na mão de Eragon e caminhou até ao meio da pista.
-Mas que raio estás tu a fazer?
-Dançar – Murmurou simplesmente, encostando as costas no peito do moreno e mexendo seu corpo ao ritmo da dança.
Eragon não se mexeu durante alguns instantes. Seu cérebro tentava assimilar o que se passava. Sam estava a dançar de uma maneira incrivelmente sexy e excitante, mesmo coladinha a si.
Abanou a cabeça levemente, e passou com os braços pela cintura dela, puxando-a ainda mais para si, e começando a mover o corpo ao mesmo tempo que ela. Era uma dança sexy, mas calma, pelo menos nos primeiros minutos, pois depois se tornou numa dança selvagem. Mas não fazia mal, naquele momento tanto Eragon como Sam não queriam saber de mais nada. Só importava o fato de os dois corpos estarem juntos, numa dança selvagem e sensual.
Seus passos eram rápidos, e longos, com alguns giros pelo meio. Seguiam a música, nem um nem outro sabiam o que estavam a fazer na verdade. Apenas eram comandados pela música. Apenas se estavam a divertir como nunca na vida.
- Em que está pensando? – perguntou Sam, baixinho, estando involuntariamente muito perto de Eragon.
- Em nada... - murmurou o garoto, em resposta. Não iria dizer que estava pensando em quanto à garota era bonita, já a achava, mas eles não se entendiam muito bem..
- Sempre achei que Givhue´s não tivessem cérebros. Agora tenho certeza.
- É mesmo, genial Malfoy? E em que você está pensando?
- Em como você dança bem... - disse ela, sem perceber o que acabara de falar
- Estou com uma boa acompanhante... boa para danças, quero dizer..
- Hum.. estou vendo que será uma bela noite..
- Eu também. Mas pensando bem, até que você é bem bonitinha.
- O que está dizendo, Givhue? Acho que bebeu demais.
- Também acho... Sorte que não vou me lembrar de nada disso amanhã.
Gina riu novamente. Ele também era bem bonitinho. Na verdade, ele era lindo.
- Imagine que você elogiaria uma Malfoy em sã consciência... - disse ela, percebendo tardiamente que estava a poucos centímetros do rosto dele.
- Imagine que eu beijaria uma Malfoy em sã consciência...
- O que?
- Vem comigo...
Ele puxou-a delicadamente, até uma das antigas e inutilizadas salas. No segundo seguinte, estavam se beijando, como se fossem velhos namorados. Como se aquilo não parecesse impossível ou inacreditável.
Ele sugou o lábio inferior dela, mordendo de maneira a fazer-lhe sangrar. Sam não se importou, tudo o que queria naquele momento era ele e somente ele. Como uma droga, ela pensou, enquanto sentia seu desejo por ele se intensificar à medida que Eragon intensificava o beijo. Absinto, sangue, nicotina e saliva se misturavam em suas bocas e Sam pensou que esse era o beijo mais asfixiante de toda a sua vida. Não conseguia respirar, ou sentir qualquer outra coisa que não fosse Eragon.
Tentou livrar suas mãos para tocá-lo, mas ele a segurava fortemente, então insinuou seu quadril contra o dele, recebendo um gemido e a liberação das suas mãos como resposta. As mãos dele encontraram a borda da do vestido dela e puxaram-na, rompendo o contato dos lábios apenas por alguns segundos para passar o vestido da morena sobre a sua cabeça.
Aproveitou a liberdade das mãos para terminar de desabotoar a camisa dele, mas impacientou-se no meio do caminho e apenas puxou-a aberta, mandando os dois botões restantes voando pelo quarto. Eragon riu e ela ergueu seus olhos para encontrar os dele. Havia desejo ali, mas havia algo mais. Algo que ela havia negado durante todo o tempo em que eles ficaram juntos, algo que a fazia tremer de medo e excitação só de pensar no que poderia significar.
Sam abriu a boca para dizer alguma coisa, mas ele a beijou, a tomou nos braços e a levou até a mesa, caindo em cima dela logo em seguida. Roupas não eram uma opção ali e apesar de restarem poucas, elas estavam atrapalhando muito o andamento das coisas. Ele se livrou da calcinha dela com um simples puxão e Sam desabotoou rapidamente as calças dele e descendo-as até seus joelhos junto com a cueca. As duas foram rapidamente empurradas para o chão por ele e com um último beijo, Eragon uniu os corpos.
As pernas de Sam automaticamente se fecharam em torno da cintura dele e ela fechou os olhos e suspirou, cravando as unhas nas costas dele e fazendo-o gemer. O ritmo era lento e intenso, como se ambos estivessem aproveitando cada segundo, cada sensação. Sam sentia seus músculos se contraindo e relaxando para acomodá-lo, tremendo com a simples sensação de estar completa de novo, completa por Eragon Givhue. Apesar do tempo afastados, a familiaridade com o corpo um do outro foi facilmente recuperada. Ela se lembrava exatamente de como agir para fazê-lo suspirar, assim como ele sabia que ritmo tomar para fazê-la ofegar.
Eragon desceu seus lábios até os seios de Sam, alternando suas carícias com mordidas. Ele aumentou a velocidade do seu movimento, ganhando suspiros de aprovação de Sam, seguidos rapidamente pelo clímax da morena. Ele não precisou de muito mais para atingir o clímax também e desmoronar sobre ela.
Sam, com algum esforço, tirou as pernas, agora trêmulas, que estavam em volta dele e Eragon se deitou ao lado dela, ambos ainda ofegantes. E mesmo após sua respiração se acalmar, ela não confiava em palavras e não conseguia parar para pensar no que realmente havia acontecido ali naquela noite. Ele, talvez pela primeira vez não sabendo o que dizer, virou-se também e encostou seu corpo ao dela, colocando um braço possessivo sobre a cintura da morena.
-------------------------------------------- FÉRIAS -----------------------------------------------------
- Ai que bom, Lar doce lar!
As malas de Sam estavam espalhadas pelo quarto. Gina tinha deixado as suas no quarto de hospedes, que eles afirmavam ser dela, pelo único fato de estar na área mais fria do local. Sentia-se realmente em casa, mesmo não sendo na toca. Podia se vestir como estava acostumada agora, poderia se divertir todos os dias e poderia beber. Estava feliz da conta, não é mesmo?
Sam desceu as escadas alegre e sorridente. Parou na frente do espelho e olhou o visual. Os cabelos estavam ondulados, a maquiagem estava bem feita, o a blusa tomara que caia preta, com a saia de pregas preta fazia o conjunto perfeito com a bota fina, as pulseiras, colares e anéis, tudo combinava. Arrumava a franja com cuidado e sabia que deixava todos os locais que passava com o aroma de flores vermelhas que estava usando naquela manha.
Ao passar pela sala de estar, pode ver sentado, em seus trajes negros, o rapaz de cabelos loiros que a deixara sem dormir durante todo o semestre. Sentiu o ar faltar, se suas pernas fraquejarem. Tocou sua mão na parede e então respirou profundamente, não podia agir assim na frente dele, o que é que ele tinha de especial?
- Blaise!
O sorriso de Sam conseguia esconder dele o que ela estava passando naquele momento. Ele levantou-se e fez uma analise básica da pequena. O sorriso que ele manifestara parecia querer tocá-la, algo a mais, um toque mais envolvente, tudo o que a pequena mais desejava.
- Tudo bem, Sam?
- Perfa.. vamos sair hoje? – a aproximação dos corpos era inevitável
- Blaise!
O corte fora feito. Sam fechou os olhos e respirou frustrada, ainda mais pelo fato do menino ter se afastado dela para aproximar-se da menina que falara naquele momento. Abriu os olhos e então ficou pasma. A menina era uma moça delicada, parecia um anjo, totalmente certinha, era loira, dos olhos claros, parecia ter uma pele de seda. Sam somente pode fazer uma cara de nojo.
- Querido – a voz parecia entrar com força nos ouvidos dela, como se fosse pior que alguém tocando muito mau guitarra – vamos fazer um piquenique hoje?
- Tudo bem – disse Sam entre dentes – eu arranjo outra companhia – virando-se de costas
- Ah.. você é a Samantha? – disse a menina com desdém
- O que? – disse virando-se para a menina – sou eu.. por que?
- Não.. nada não.. o Blaise vai te falar depois né, meu xuxuzinho.. – disse ela tocando levemente o rosto dele
- Aff – disse Sam em voz baixa e saindo rapidamente para fora da casa
Pisava fundo. Estava com tanta raiva, era como se todas as coisas ruins do mundo tivessem caído sobre ela naquele momento. Fazia, sem querer, as coisas levitarem, e jogava-a contra arvores, contra pedras, estava irritada, e não sabia exatamente por que.
- Sam – a voz dele a fez suavizar, mas não teve coragem de voltar-se a ele – bom.. eu devo te dizer que você foi uma idiota.. você nunca soube aproveitar quem te amasse, não é mesmo.. agora que eu achei quem me ame, você acha mesmo que eu iria com você! Se toca menina! Você não é ninguém na minha vida! Não aproveitou.. tem quem aproveite!
Ela não falara nada. Seu rosto mudava de furiosa, para assustada, e para assombrada e por fim de pura tristeza. Sentiu então um imenso vazio no seu coração que somente ela entendia, era como se tudo tivesse acabado e então, por fim, a jogassem no meio de cobras. Não ouvira ele ir embora, e ele tão pouco, viu a pequena lagrima que saiu dos olhos dela. Caminhou em direção até a cozinha e entrou por aquele caminho e fora direto ao quarto de Gina.
- Gina! Precisamos conversar!
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