Cap. 2 – Verdades Desgostosas
Cap. 2 – Verdades Desgostosas
Susan, Rebecca e Lauren se dirigiam pelos corredores para chegarem à sala de aula do prof. Slughorn:
- Sabem, meu pai sempre diz que Hogwarts é a mesma do tempo dele, com tudo exatamente igual, escadas, quartos, salões, Salas Comunais... – comentava Susan.
- Mas isso é bom – disse Rebecca - Dá um ar aconchegante á escola, o que é bem agradável.
- Concordo, Becca. – foi à vez de Lauren falar – Mas mudando de assunto, seu pai ainda vem aqui, Su?
- Sim. Ele gosta de rever os professores, já que praticamente nenhum mudou (N/A: desculpem minha falta d criatividade), com exceção do Snape que, ainda bem, foi trocado pelo Lupin e da Minerva, que além de professora, é diretora, conversar com eles, trocar idéias sobre seu trabalho de auror e etc.
-Legal! – disse Lauren – Mas seu pai sabe porque Snape saiu?
- Ele diz que é porque como ele matou Dumbledore, mesmo que Dumbledore tenha pedido que Snape fizesse isso, ele ficou meio “enrolado” com o Ministério da Magia e achou melhor não dar mais aulas.
Haviam chegado á porta da sala de aula, que já estava cheia, porém elas não estavam atrasadas.
Entraram e sentaram em uma carteira que ficava ao fundo, uma das poucas que estava vazia.
Logo depois Johnny, Peter e Jack chegam e o único lugar que resta é ao lado de sua “inimiga”. Tiveram que se sentar ali, meio a contragosto e olhares furiosos de Susan.
- Bom dia alunos!- o prof. Slughorn chega e começa dar uma aula sobre como preparar poções para fazer o cabelo crescer.
Susan era uma boa aluna, tirava notas muito altas nas provas e até que gostava de assistir as aulas, mas, por incrível que parecesse, está aula estava incrivelmente chata para ela, e ainda, tinha que aturar ficar sentada ao lado de Johnny, como ela queria sair dali.
Passado algum tempo, o professor Slughorn começou a passar pelas mesas para testar as poções nos alunos e ver quem tinha acertado. O resultado não ia muito bem, umas poções estavam deixando o cabelo de alguns alunos azuis, outras, vermelhos, e outras com várias outras cores, outras poções faziam o cabelo crescer tanto que não era possível ver o rosto do aluno e outras faziam ele cair.
Foi um grande alívio para o professor ver que Susan e suas amigas tinham preparado a poção com tanta precisão. E como ele não poupava elogios:
- Magnífico garotas, muito bem, parabéns! As suas poções estão perfeitas, mais uma vez, parabéns! Srta. Potter, a srta. tem o mesmo talento de seu pai, muito bom!
Susan já não agüentava mais ouvir isso, todo ano era sempre a mesma coisa, todos os professores diziam que ela tem o talento do pai, que era igual ao pai, e mesmo que isso fosse bom, já estava se tornando chato e repetitivo.
“Não acredito que o professor elogiou tanto essa garota – pensava Johnny – A poção dela nem deve ter ficado tão boa assim, na realidade deve ter ficado péssima, deve ser só puxa-saco do professor, espere só ele ver a minha”.
E o professor foi para a mesa ao lado.
- Vamos testar as últimas poções. – disse – Vocês dois primeiro.
E apontou para Jack e Peter.
Colocou três gotas da poção no cabelo dos garotos, que cresceu alguns centímetros e comentou:
- Muito bom senhores. Só deveriam ter deixado a poção cozinhar por mais tempo. Não se esqueçam: o tempo de cozimento é o tanto que o cabelo cresce!
E se virou para Johnny:
- Agora o sr.
Pingou três gotas da poção em seu cabelo. Naquele instante todos na sala começaram a rir, Susan ria com muito mais intensidade, o cabelo castanho-avermelhado de Johnny havia caído totalmente, ele estava careca.
Seu rosto ficou extremamente vermelho, mesmo com o professor tendo feito seu cabelo crescer na hora, sua vontade era sair correndo dali, porém, uma raiva cresceu dentro dele, e não por todos rirem, mas por uma pessoa em especial rir, Susan.
- CALA A BOCA! – gritou para Susan, mas todos pararam de rir na hora – QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA RIR ASSIM DE MIM? ACHA QUE A SUA POÇÃO FICOU ÓTIMA? DUVIDO, É SÓ PUXA-SACO DO PROFESSOR!
O professor o olhou incrédulo, apesar de não estar bravo, ele nunca ficava, pois era meio que verdade, mas, ficou sem ação.
- EU QUE DEVO DIZER “QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA GRITAR COMIGO?” – Susan gritava mais alto – VOCÊ SÓ TÁ ESTRESSADINHO PORQUE A MINHA POÇÃO FUNCIONOU BEM MELHOR QUE A SUA E EU NÃO FIQUEI CARECA!
Todos na sala observavam a briga. O professor saiu de seu “transe” e resolveu tomar uma atitude, mal sabia ele que isso seria muito mais que uma simples atitude.
- Será que os dois pombinhos podem parar de brigar na minha aula, por favor? – disse em tom sério e brincalhão – Lugar de briga de casal é lá fora, não na minha aula!
Era a vez de Susan e Johnny olharem o professor incrédulos. Os dois iriam retrucar o professor, mas seus amigos os impediram com olhares do tipo “Chega de barraco por hoje” e eles os respeitaram.
- Muito bem – disse o professor Slughorn – A aula acabou podem sair, aqueles que estiverem com algum problema no cabelo me sigam, por favor.
E se foi.
- Vamos, Su – dizia Lauren – Estou morrendo de fome!
- Podem ir, encontro vocês na mesa da Grifinória.
Saíram. Nesse momento Johnny passa com seus amigos por Susan, fuzilando-a com o olhar.
Milhares de pensamentos rondavam a cabeça de Susan: será que ela deveria ter rido daquela forma? E com tanto prazer? Mesmo que ela não gostasse dele, não era motivo para menosprezá-lo na frente de toda a sala, deveria pedir desculpas? Era orgulhosa demais para isso. Porém isso não era o que mais a preocupava, o que mais a preocupava era a palavra “pombinhos”, que ficava ecoando em sua cabeça como se fosse repetida a cada segundo. Por que será que essa palavra a estava perturbando tanto, se ela nem ao menos gosta dele? Ou será que gosta? Não era possível e ela não queria pensar nisso.
Guardou seus materiais e rumou para a mesa da Grifinória.
Já estava a meio caminho do Salão Principal quando viu, em um corredor, Johnny com uma outra garota, Melody, uma quintanista da Lufa-Lufa. Susan a reconheceu na hora: era a garota que dava em cima de Johnny desde o seu primeiro ano em Hogwarts.
Decidiu se esconder atrás de um vaso grande que havia lá e assistir a conversa.
- Ah, Johnny, este ano você não me escapa, ficaremos juntos, eu sei – disse uma garota de cabelos castanhos encaracolados e olhos cinzas.
- É, eu não sei não, Melody, sei lá, acho que não é uma boa idéia – dizia Johnny, meio nervoso.
- Mas porque não? Fomos feitos um para o outro! Eu te acho um gato e você? Não me acha linda?- perguntou a garota.
- Claro.- disse Johnny, tentando parecer o mais convincente possível – “Essa garota é horrível, nem sei como conseguir falar ‘Claro’. Tenho que me livrar dela” - pensou.
- Então nada impede que nós fiquemos juntos. – disse Melody aproximando-se perigosamente, seus lábios quase encostados nos de Johnny.
Johnny esquivou-se de Melody e de um provável beijo e olhou para o corredor, a única coisa que viu foi uma garota, com uma cabeleira extremamente vermelha contornando o corredor. E ele sabia quem era...
Ele passou apressado por Melody e foi almoçar, já havia perdido muito tempo, e alguma coisa o estava perturbando.
- Tchau, né?- gritou Melody – Este ano você vai ser só meu e ninguém vai me impedir. – isto disse só para si.
Susan não agüentava mais ver aquilo, tinha levantado e corrido, contornando aquele lugar para que ninguém a visse. Não sabia porque, mas sentia-se, ao mesmo tempo, arrasada, com raiva e com vontade de chorar e por alguma razão estranha, sua última visão do local, a de um beijo que não aconteceu, a consolava um pouco.
Susan chegou no Salão Principal e sentou-se ao lado de suas amigas, que perceberam que algo ruim havia acontecido.
- O que foi que aconteceu, Su? – perguntou Rebecca.
- Nada.
- Desembucha, somos suas amigas e sabemos que algo está errado com você. – disse Lauren.
- Eu já disse que não é nada!- respondeu a ruiva.
-Su, por favor, você sabe que pode confiar na gente, conta o que...
- Parem de me fazer perguntas! –disse quase gritando – Já falei que estou bem agora chega!
As amigas acharam melhor obedecerem, Susan não estava com cara de muitos amigos.
Em outra parte da mesa da Grifinória outro grupo rapazes conversava, recebendo o amigo que acabara de chegar.
- E aí Johnny? Como foi depois que deixamos você com a Melody? – disse o garoto de cabelos pretos.
- Não foi nada, Jack! Aquela garota queria me beijar, mas eu não deixei. Ela é maluca e fica me perseguindo e vocês sabem disso. Tava demorando para ela começar...
- Mas não custava nada você dá um beijo nela, custava? – disse o loiro
- Claro que custava Peter! E perder a minha dignidade? Não, obrigado. Aquela garota é quase tão feia quanto a Sus...
Mas parou no meio da frase, não sabia porque, mas esse nome não queria sair de sua boca nessa frase.
- Então Johnny, mais feia que quem? – disse Jack
- Ninguém, ninguém.- disse Johnny, com ar de quem quer encerar o assunto.
Seus amigos não perguntaram mais nada e todos começaram a comer.
As aulas da tarde se passaram muito vagarosamente para os dois garotos, ambos, Johnny e Susan, não conseguiam se concentrar e viviam sendo chamados para prestar atenção na aula.
- Srta. Potter, a srta. está prestando atenção á aula?
- Sr. Stones, algum problema com a minha aula?
Ambos sentiam raiva um do outro pela briga na aula de poções, mas uma raiva bem menor, porém ninguém se atrevia a pedir desculpas.
Na hora do jantar, Susan não comeu nada e Johnny alguns legumes. Seus amigos estavam preocupados, mas nenhum dos dois respondiam as suas perguntas, diziam que não era nada e que tudo estava bem, antes fosse...
À noite Susan e Johnny vão dormir cedo, Lauren e Rebecca a seguem e Peter e Jack ficam no Salão Comunal da Grifinória.
No quarto, onde só dormiam elas, Lauren mostrava as garotas os perfumes que trouxe de Paris e contava sobre sua viagem.
- Becca! – Lauren a chamou - Toma aqui o seu perfume. Viu como eu não me esqueço das minhas amigas?
- Nooooooooosa! – disse a castanha com espanto, após ter pegado o frasco de perfume – Muito obrigada! Esse perfume é muito caro, valeu mesmo, você é uma excelente amiga!
Rebecca passa um pouco de perfume em todo o corpo e guarda o frasco cuidadosamente.
- Su?- Lauren chamou sem obter resposta.
Susan estava com tantos pensamentos na cabeça que nem ouviu a amiga chamá-la.
- SUSAN!- a loira gritou.
- O que foi, Lauren? – a ruiva respondeu meio assustada.
- Aqui está o seu perfume – E deu-o para amiga.
- Obrigada Lauren – disse meio desanimada e guardou o perfume.
- Quando você vai nos contar o que está acontecendo? – perguntou Lauren.
- É Su, você sabe que pode desabafar com a gente. – foi à vez de Rebecca falar.
- Obrigada garotas. Vocês são demais! Mas por enquanto não estou com a mínima vontade de falar algo.
Suas amigas balançaram a cabeça afirmativamente e foram se deitar. Susan fez o mesmo.
Porém não conseguiu dormir. Começara a pensar na aula de hoje cedo, novamente a palavra “pombinhos” ecoando em sua cabeça. Agira certo em rir? Achava que não, mas porque isso a preocupava tanto, afinal, era só o Johnny, e ela nunca se importou com o que ele pensava, nunca se importou em rir dele, nunca ao menos se preocupou em saber se ele estava bem e porque isso agora? Nem teve tempo de responder a sua própria pergunta quando se lembrou de outro acontecimento, a do “quase beijo” entre Johnny e Melody. Ela não gostava muito de Melody, mas depois disso, sentiu que a odiava e agora tinha a resposta para todas as suas perguntas: Ela gostava de Johnny.
Não! Ela não queria acreditar, não poderia ser possível, ela sempre o detestou como poderia de uma hora para outra gostar dele? Ou será que ela sempre gostou e toda essa raiva era para esconder seus sentimentos? Susan acreditava que sim, mas nunca os revelaria, suas amigas achariam que ela ficou doida. E Johnny? Provavelmente riria da cara dela e ela não queria ser humilhada por algo que ainda não tinha absoluta certeza, precisava de mais confirmações.
No dormitório oposto, Johnny também estava envolto por estes mesmos pensamentos. Por que a implicância na aula de poções? Afinal ela não era a única que tinha rido. E por que aquele sentimento de culpa na hora do “quase beijo”, quando viu Susan? Por que ficou triste em pensar que ela também podia estar? E se ela estava, ela podia estar gostando dele? Não, isto com certeza não. Não deveria se sentir tão culpado.Porque não conseguiu dizer que ela era feia, se sempre ele achou isso? Porque ficaria preocupado com Susan? Tinha chegado à mesma resposta que ela: Ele estava gostando dela. Mas não podia ser, ele não queria que fosse. Gostar da garota que ele sempre desprezou? Inacreditável. Mas ninguém podia saber, ninguém deveria saber, muito menos Susan que riria muito mais alto do que riu na aula. Mas agora deveria dormir e esquecer, afinal não tinha tanta certeza do que estava achando, precisava de mais provas.
N/A:Oie! Bom, brigadão pelos coments! Mas agora naum serei taum boazinha, soh postarei o cap 3 c/ pelo menos uns 20 coments, all right? Agora as "respostas dos coments":
Arika: viu soh? Naum demorei p/ atualizar, mas agora quero mto + coments, ok?
Dante Delacoeur: aqui estah o 2º cap, e vc tbm escreve mto bem (sei q jah falei isso + eh verdade)!
Reena Turvalick: Demorou + leu, né? Tudo bem eu acho q te perdôo. Realmente a minha fic ficou mto fofa, mas espere p/ ver os prox. caps, taum + fofos ainda. Sinto saudades da Jessy. Comenta + e pede p/ Laize lê, please!
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