Godric's Hollow
Godric’s Hollow
- Nossa... – Isso era tudo que Rony conseguia articular aquela noite. As descobertas de Harry ainda o impressionavam cinco horas depois de ele lhes contar tudo. Ficara feliz no momento que finalmente descobriram quem era R.A.B. A felicidade fora logo tomada por intriga quando Hermione franzira a testa ao invés da esperada cara de satisfação. Logo após veio a notícia de Florean Fortescue, Gina se mecheu, Rony sabia que naquele momento ela queria mais do que tudo confortá-lo mas o orgulho dela era maior que esta vontade. Logo depois veio a informação de todos os seus bens: jóias, relíquias, propriedades etc. Mas o que realmente deixou Rony chocado e repetindo “Nossa...” uma vez a cada cinco minutos foi o fato de que Harry era o único descendente vivo do grande conquistador Godric Gryffindor.
- Ai... Não sabe dizer outra coisa não Rony?- Falou Hermione. Hermione falara isso, mas no íntimo se repreendia pois na verdade queria ouvir a voz de Rony pelo resto de sua vida. Já havia algum tempo que descobrira que a atração e a super-proteção que sentia por Rony era diferente daquela que sentia por Harry, era mais forte, mais intensa e mais cheia de desejo. Para Hermione, Harry era o irmão, Rony era o amor e estava certa disso. Mas a juventude passava e Rony não dizia nada, começava a duvidar que ele sentisse a mesma coisa, afinal, não são os homens que tem que se declarar? Não são eles que devem se ajoelhar e deixar a garotas apaixonadas pelas declarações?
- Sei sim Hermione, mas é que finalmente nós descobrimos quem é R.A.B isso é motivo pra se ficar impressionado, não é?
- É isso que me preocupa Rony. Não acho que seja Ramon Black o nosso R.A.B.
- Mas o nome se encaixa Hermione.
- Só que Ramon morreu muito antes de Voldemort nascer. Não pode ter sido ele o nosso R.A.B.
- Ás vezes a sua inteligência é irritante sabia?
- É, ela sempre atrapalha as idéias mais estúpidas de vocês dois e sempre nos manteve vivos não é?
- Está ficando muito convencida srta. Granger.
- Cadê a Gina?
- Quando o Harry terminou de contar a história ela desceu, não quer ficar no mesmo lugar com ele porque tem medo de perder o controle perto dele.
- Eles deviam se acertar logo. Harry a está fazendo sofrer.
- Rony! Ambos estão se machucando, e o Harry só faz isso por que tem medo de perdê-la. Ele botou na cabeça que ela corre mais perigo com ele do que em qualquer outro lugar.
- Ele é louco? Ele está cansado de saber que o comensais estão aí pra matar a todos, não só a ele.
- Mas isso para ele, é como se fosse um trauma. Ele perde todos aqueles que ama com uma facilidade tremenda. E se ele nos perder e perder a Gina? O que vai impedi-lo de cometer suicídio ou de ir a luta como se nada mais importasse para ele? Vamos perdê-lo para as trevas se a Gina e ele não ficarem juntos, ele precisa do amor, é isso que o deixa lúcido de uns tempos para cá. O amor e a amizade. Harry é a última esperança do mundo bruxo, um garoto atormentado pelo próprio passado. Ele precisa virar um guerreiro, um homem mais forte.
- Vamos levá-lo a isso não vamos Hermione?
- Vamos! Não vamos desistir dele Rony, Harry é alguém que vale a pena.
- É! – Hermione observou a expressão de Rony se entristecer.
- Que foi Rony? Porque ficou assim?
- Por que acabo de perceber que não sou necessário para essa viajem. Não sou um bom duelista e também não sei tantos feitiços quanto você. Minha presença é dispensável.
- Não é não! Você é nosso amigo, não me imagino em uma batalha sem que você esteja lá para nos proteger, ou você já se esqueceu que se saiu muito bem na AD com os feitiços de proteção?
- Obrigado por isso Hermione mas eu não me saí melhor do que você.
- Não entende Rony? Você é a base de todos nós. É como uma base de três pernas, se falta uma as outra caem. Sempre foi assim, você é importante para o Harry e para mim.
- Obrigado Mione eu precisava ouvir isso.
E avançou com tanta vontade para Hermione que esta se assustou e ficou presa na parede, e o cheiro de Rony tão próximo a ela que não conseguiu pensar em um jeito de repeli-lo até que fosse tarde de mais e os seus sentidos entrassem em colapso ao sentir o beijo voraz a que foi submetida por ele, instintivamente retribuído. Volúpia e desejo exprimidos em um beijo quente e excitante. Passaram longos minutos nesse beijo, curtindo o que deveria ter sido curtido há muito tempo.
- Pensei que esse momento jamais iria chegar e que você jamais tomaria vergonha na cara. -Disse Hermione, ainda com os corpos colados, ligeiramente ofegantes e exalando mais calor naquele momento do que em toda a vida de ambos.
- Me desculpe. Eu nunca tive certeza de que sentia a mesma coisa por mim, e se eu dissesse e você não senti-se a mesma coisa. Poderia ser a ruína de uma longa amizade.
- Ou o começo de uma ardente paixão.
- Não importa o passado Mione, e sim o presente, hoje, nós estamos aqui, amanhã, com esta guerra, quem sabe? Não importa mais o que deveríamos ter feito e sim o que faremos a partir de agora.
- Desde quando você começou a pensar na sua filosofia de vida?
- Fisofolia? O que vem a ser isso?
- Nada, deixa, só basta saber que você pode ser inteligente quando quer.
E se beijaram novamente.
No dia seguinte Harry acordou cedo, se levantou com cuidado para não acordar o amigo, que dormia a sono solto. Foi até o banheiro e lavou o rosto, trocou a roupa de cama. Desceu as escadas em silêncio e quando chegou até cozinha achou a Sra. Weasley preparando o café da manhã.
- Bom dia Sra. Weasley.
A Sra. Weasley se assustou.
- AHH, Harry, não devia pregar esses sustos em senhoras de idade. – Harry sorriu e se desculpou.
- Oh não se desculpe, vamos sente-se e coma um pouco. Torradas?
- Sim Sra. Weasley, obrigado.
Harry se sentou à mesa e tirou um pedaço bolo. Deu uma mordiscada na ponta da fatia de bolo. Uma coruja parda entrou, trazendo o profeta diário. Harry pegou um nuque no bolso e ofereceu a coruja, imediatamente ela levantou vôo. Harry abriu o jornal e o sorriso que tinha no rosto sumiu. O pedaço de bolo foi ao chão. Harry ficou pálido, estático, horrorizado. Não podia ser verdade. Mas havia a foto dele ali, olhos vidrados, estatelado no chão. Uma lágrima se formou nos olhos de Harry. Ele era seu colega! Por que isso tinha que continuar a acontecer?
Rony, Hermione e Gina chegaram à cozinha e, ao verem Harry naquele estado, correram para ler o que o deixara assim. Assim que bateram os olhos na manchete, Rony ficou no mesmo estado de Harry, Hermione e Gina começaram um choro silencioso, com soluços baixos e descompassados. Gina, mais triste que os três. Merda! Ele era seu colega de turma, era um sonhador, queria ser fotógrafo para o jornal que acabara de publicar sua morte.
Molly, ao ouvir os soluços de Gina e Hermione, parou de passar manteiga nas torradas, e se virou, viu todos aqueles jovens em estado de choque, olhou com pena, já imaginava que viria alguma notícia ruim, fora assim na primeira vez que aquele maldito tinha tomado o poder, tinha sido assim, noticia ruim atrás de noticia ruim. Andou até eles e deu uma olhada no jornal. Deixou escapar um lamurio. Um deles era colega de Gina na escola. Deixou os jovens com a manchete: Família assassinada.
Na noite de ontem, o Ministério teve a atenção chamada para a identificação de feitiços de combate realizados por menores de idade numa casa de bairro trouxa. Sem resposta da coruja, Aurores foram á procura da casa e acharam cinco corpos. Dois jovens grifinórios foram vítimas dos Comensais da Morte. Os comensais não acharam resistência contra os pais nem contra a caçula da família, uma jovem menina de oito anos de idade. Já contra os jovens, metade da casa veio abaixo, uma máscara ensangüentada de comensal da morte foi encontrada no mesmo cômodo em que foram achados os corpos, estavam agarrados a duas vassouras na varanda da casa. O jovem Cólin Creevey foi morto por uma maldição desconhecida, os efeitos foram cortes profundos na caixa torácica, abdômen e rosto, sangrou até a morte. Já o jovem Denis foi morto por uma maldição da morte. Perante mais estas mortes, o Ministro diz: “Enquanto durar esta maldita guerra, todo e qualquer bruxo poderá se utilizar à magia para defesa própria”. Esperamos para ver quais medidas, além desta, serão tomadas para a segurança da população bruxa.
Gina e Hermione estavam aos prantos nos jardins d’A Toca. Ambas se lembravam de momentos felizes que Cólin registrara. Malfoy como fuinha (Ele distribuiu cópias desta foto por toda a sala comunal), as unhas do pé de Filch, que Harry fizera crescer com um feitiço do príncipe, o primeiro beijo entre Gina e Harry, as lesmas que Rony vomitara, até mesmo um cena linda em um dos encontros da Armada de Dumbledore, no dia em que foram denunciados, onde todos os patronos de chocavam e se uniam em um cometa prateado, Harry entrando no labirinto do Torneio Tribruxo, cenas espetaculares onde Harry capturava o pomo de ouro diante dos narizes dos apanhadores das outras casas. Foram tantas recordações que viveriam para sempre na memória de todos os amigos que perder aquele que as gravara era simplesmente muito doloroso.
Uma lágrima caiu do rosto de Harry. Ele saiu pela porta da cozinha e começou a andar em direção á cerca viva que circundava a propriedade dos Weasley. Escalou-a e pulou para o outro lado. Rony, Gina e Hermione viram a movimentação do amigo e seguiram-no. Harry andava a esmo pelas cercanias da casa dos Weasley. Pensava não mais em Cólin, pensava na melhor maneira de seguir em frente. Tinha que derrotar Voldemort para que não mais houvesse perdas como aquelas.
Perdido em suas divagações, não reparou na raiz de uma árvore próxima e tropeçou. Caiu com um baque surdo. Antes mesmo de tentar se levantar, três pares de mãos o puxaram. Duas femininas e uma masculina, as duas pelas mãos e a masculina pelos ombros.
- Que é isso Harry? Caindo no primeiro obstáculo?
- É, parece que sem vocês eu não vou mesmo conseguir.
Não estava mais prestando atenção nas próprias palavras. Acabara de se virar e ver o que deixara Hermione boquiaberta. Rony e Gina sorriam. Fazia muito tempo que não visitavam aquele lugar, desde que entraram para Hogwarts.
Estavam em lugar muito bonito. No topo de uma pequena cachoeira. Havia uma fenda na rocha que cuspia um fluxo contínuo de água. Fluxo este que batia em uma pequena lagoa, muito bela por sinal. A água era cristalina e azul marinho. Lembrava muito o mar, exceto pela calmaria das águas. Quando voltou a atenção para os amigos viu Rony pulando na água. Era muito estranho que alguém da Inglaterra pulasse do jeito que Rony pulava, ele pulava profissionalmente, como um dos nadadores do Brasil, ouvira nas aulas de Geografia, enquanto era “trouxa” que os nadadores do norte do Brasil tinham que aprender a nadar muito bem para que pudessem ter uma infância divertida, pois no Brasil quase não existia sequer um estado que não tivesse um rio. Diziam que lá seria o último refúgio da humanidade quando o calor tomasse conta do mundo. Procurou Hermione e Gina com os olhos mas só as achou desaparecendo entre as árvores.
- O que elas foram fazer Rony?
- Foram pegar biquínis, comida e toalhas, oras.
- Ah certo.
- E você, ta esperando o que para pular daí?
Harry tirou a camisa, deu uns passos para trás e pulou para a água, pulou de barriga, um grande erro. Estavam a mais de cinco metros do nível da água o que significava que o contato com o riacho seria o mesmo que bater a barriga com tábuas de madeira. Deixou escapar um berro ao sentir a ardência na barriga. Rony se aproximou com um meio sorriso.
- Opa, esqueci de te avisar sobre isso. – Disse, cínico.
- Esqueceu? – disse, jogando uma onda de água na cara do amigo – me parece que você quis que isso acontecesse.
- Talvez.
E começaram uma guerra de água e tentarem afogar um ao outro. Dez minutos depois as meninas chegaram. Sensuais naqueles biquínis. Gina trazia nos braços umas toalhas, e Hermione vinha com a varinha em punho, fazendo com que uma mesinha, quatro cadeiras de armar e uma cesta de piquenique levitassem até a região plana mais próxima. Ao terminarem de arrumar a mesa, pularam na água. Se você um dia já viu um filme de sereias, já sabe pelo menos a metade do que Harry e Rony viram quando as meninas emergiram. Pareciam ninfas do rio.
Passaram longos minutos se divertindo, nenhum pensamento na cabeça, apenas aquele momento de pura alegria.
Depois de um tempo todos começaram a sentir fome, Hermione, sentindo o estômago roncar, propôs:
- Vamos comer! – De pronto, todos aceitaram e se levantaram. Gina arrumou os pratos e serviu a todos. As meninas haviam trazido uma cesta de piquenique cheia de guloseimas bruxas, se deliciaram com diversos tipos de comida, desde macacos com gosto de banana, até folhas de papel que tinham gosto de sorvete de chocolate. Rony reparou que Harry tinha parado de comer no meio da refeição. Quando todos estavam voltando para casa perguntou:
- Por que você na comeu direito Harry?
Harry olhou para Rony um momento.
- Por que não devíamos estar fazendo aquilo Rony, não deveríamos estar comendo e nos divertindo hoje, deveríamos estar arrumando nossas malas, o casamento de Gui e Fleur é amanhã, partiremos logo em seguida para a Alemanha, para sabe-se lá quando voltar, Cólin morreu e nós estávamos rindo ali em baixo, me sinto mal com isso, você não?
- Tem razão Harry. Vamos, vamos pedir para a mamãe nos ajudar com as malas, as meninas fazem isso rapidinho, mas nós somos muito desorganizados.
Caminharam de cabeças baixas até a Toca.
23 de Setembro, Equinócio de primavera.
A Toca estava em polvorosa. A Sra. Weasley andava de um lado para o outro a cada cinco minutos, delegando tarefas aos habitantes d’A Toca e aos integrantes da Ordem da Fênix que foram encarregados em ajudar no casamento.
Harry estava ao lado de Rony, pendurando panos brancos e rosas, envolta das mesas redondas que cercavam o altar. O cenário estava realmente lindo, o altar era de mármore branco e bem trabalhado. As mesinhas que Harry e Rony enfeitavam estavam organizadas em volta do altar sendo “cortadas” na metade pelo tapete vermelho. Com uma ajuda da Prof. Sprout, a grama estava reluzente e aveludada como Harry nunca havia visto.
Os Delacour haviam se instalado em suas barracas, mágicas obviamente, ao lado da casa e não ajudavam em quase nada já que tinham mandado a “verba” para que os materiais e tecidos mágicos, bem como os ingredientes do bolo de casamento mágico fossem comprados. Achavam que aquilo já era mais do que os Weasley mereciam, mal saiam para falar com a Sra. Weasley e quando o faziam era com uma cara de desgosto típica de um sonserino pedindo favores.Tonks corria de um lado para o outro com salgadinhos e doces, e travessas cheias de saborosos bolos de chocolate, tortas de maçã e brigadeirões. Hermione e Gina estavam encarregadas de ajudar a Sra. Weasley na cozinha, Gina mostrava o que aprendera durante os anos vendo a mãe cozinhar e preparava doces muito bons.
- Cara, to morto! – Disse Rony se jogando na cama. O sol já estava se pondo e os preparativos tinham acabado de ficar prontos. Praticamente toda a decoração tinha sido feita pelos rapazes, por que as garotas haviam subido para se aprontar duas horas antes e a festa só começaria dali à uma hora.
- Nem me fale – Respondeu Harry, fazendo movimentos circulares com os braços, num tipo de massagem.
Tinha acabado de sair do banho e Rony já havia começado se vestir. Os novos trajes a rigor caíam muito bem no físico de ombros largos do rapaz, e azul – petróleo aparentemente fazia o estilo de Rony, mas não tirava o jeito desengonçado de andar.
Quando prontos, desceram e ficaram esperando as garotas se aprontarem e descerem as escadas. O tempo passou, mas nada delas descerem. Resolveram passar o tempo jogando xadrez bruxo.
Harry estava em sérias dificuldades quando ergueu o rosto para tentar decifrar os planos de Rony e achou um rosto abobado olhando em direção as escadas. Virou o rosto e de repente parecia que estava drogado. Estava olhando em direção a dois anjos, simplesmente lindos, mas somente um lhe chamava a atenção, o anjo de cabelos ruivos que afetava seus sonhos. Distinguir as cores do vestido de Gina estava muito mais difícil do que pareceria já que os traços firmes e delicados do rosto da garota prendiam o olhar de Harry, ele tinha quase certeza que era algo entre rosa e laranja. Damasco. Era esse o nome da cor. Era a coisa mais bela que ele já tinha visto e tinha quase certeza de que não acharia mulher mais bela do que esta, mesmo se viajasse o mundo atrás das mulheres mais belas.
Gina desceu as escadas e se dirigiu a Harry:
Entendo seus motivos para não me querer por perto Harry, não acho suficientes mas entendo, só peço que esta noite e somente esta noite, me dê a honra de ser sua companhia. – Falou com certo nervosismo na voz, mas a firmeza natural de Gina predominava quando terminou a frase.
Eu iria pedir a você a mesma coisa neste exato momento. – Falou Harry.
Gina deu o braço a Harry e este a conduziu até a porta. Harry não ouvira o que Rony e Hermione havia conversado mas estes os seguiam logo atrás e Rony conduzia Hermione empertigado, como se fosse um pavão. Saíram e se dirigiram aos seus lugares na terceira fileira do lado direito, ninguém havia chegado ainda, ao notar isso, Harry, sem olhar para a garota, perguntou:
Mione que horas são?
Sete horas e vinte e nove minutos. – Respondeu.
Foi só neste momento que Harry prestou real atenção em Hermione e notou o quanto ela estava linda, o quanto sua amiguinha havia “crescido”, estava realmente bela com aquele vestido azul, a pele morena e os cachos castanhos acentuavam ainda mais sua beleza e os traços de seu rosto deixavam aparente sua inteligência superior.
Sentaram-se e esperaram, trinta segundos depois um barulho ensurdecedor, de dezenas de pessoas aparatando em conjunto, ao se virarem em direção ao barulho Harry e Hermione se depararam com uma multidão de ruivos, vestidos em trajes de gala e cumprimentando uns aos outros. Molly e Arthur saíram de casa, seguidos de Fred, Jorge e Carlinhos e saíram a cumprimentar os convidados e leva-los aos seus lugares. Logo todos já estavam sentados e Gui já se encaminhara para o altar e olhava ansioso para a porta da casa.Vários minutos silenciosos se arrastaram até que subitamente a porta se abriu e por ela saiu Fleur, toda de branco com o vestido rendado, colado na cintura, na cabeça a belíssima tiara feita por duendes da Sra. Weasley, feita de ouro branco e cravejada de safiras.
Quando Fleur passava os rostos dos homens se aparvalhavam, mas diferentemente de outras vezes Rony não se aparvalhou, nem mesmo olhou para Fleur, somente olhava de forma terna para Hermione, enquanto esta prestava atenção para Fleur subindo no altar.
Quando o noivo e a noiva estavam no altar o celebrante subiu e começou um enfadonho discurso sobre todas as alegrias e bênçãos que o casamento proporciona, ressaltando que somente se deveriam casar ao ter certeza de que realmente amava aquela pessoa e estava disposta a passar o resto de sua vida ligado a ela. Logo após terminar o sermão o celebrante diz para fazerem seus votos de fidelidade e pede as alianças, Carlinhos se adianta e entrega a de Gui, enquanto Gabrielle faz o mesmo e entrega a de Fleur, um coloca a aliança no dedo do outro e em seguida o celebrante murmura algumas palavras desconexas e os anéis brilham nos dedos.
- Nunca mais vão sair dali – A voz de Hermione se fez ouvir num sussurro.
E então, o beijo. Ao tocarem os lábios as chamas dos archotes se elevam a mais de um metro e se colorem de carmesim, formando dois pilares de fogo.
E então começou a musica, uma musica lenta, valsa, Harry ainda odiava dançar, mas tomara providências para que nunca mais fosse a um baile sem dançar e agora dançava razoavelmente bem. Gina apoiava a cabeça no peito de Harry e este se sentia inebriado com o aroma floral que era exalado dos cabelos da garota. Dançaram em ritmo lento durante muito tempo. Quando finalmente pararam de dançar, se dirigiram para a mesa que dividiam com Hermione e Rony. Os dois estavam também se dirigindo para a mesa, Harry ficou muito surpreso ao constatar que Rony dançara, o que de fato era impressionante.
- ... e você nem dança tão mal Rony – ouviram Hermione dizer.
- Pisei no seu pé uma seis vezes – Rebateu o ruivo.
- Não exagera, só foram duas vezes.
Harry antecipando a briga que iria rolar ali, levou Gina para dar uma volta pela orla do bosque.
Aqueles dois deveriam parar de brigar e se acertarem logo – Falou Harry.
- Harry... você disse que eu vou junto com vocês na jornada... pensei que iria me afastar de você...- começou Gina.
- O seu irmão me fez ver o quanto você é importante para mim, tão importante que somente a sua presença me deixa mais forte e a sua falta me enfraquece. Depois, nós vamos primeiro para aquele treinamento que Dumbledore deixou instruções. Vamos ficar mais fortes, vou deixar a modéstia de lado aqui e dizer: somos mais fortes que muito bruxo por aí. A Hermione tem uma inteligência acima do normal, Rony é um ótimo estrategista, você e eu, temos uma habilidade muito grande em duelos, somos acima da média, Dumbledore disse uma vez que seriamos a base da resistência se aprimorássemos nossas habilidades...
- Me chamou aqui para discutirmos a guerra Harry? – Perguntou Gina, se deixar que Harry -prolongasse a enrolação.
- Não...
- Então pra quê?
- Pra te pedir o perdão... pelo maior erro da minha vida, que foi te afastar...
Naquele momento o coração de Gina pareceu ter parado. Harry estava ali, na sua frente pedindo perdão por tê-la afastado por medo, pedindo desculpas pela própria covardia, sendo mais homem do que ela jamais poderia esperar, colocando de lado o orgulho, como nenhum outro homem faria. O que ela deveria fazer?
- Você me machucou muito Harry. Espera que eu faça o que? Que caia no chão de joelhos e chore de alegria? Ou prefere que eu pule no seu pescoço e lhe dê o beijo mais apaixonado que já dei em minha vida?
- Sabe, a segunda alternativa me parece muito boa. Mas eu vou deixar que você pense no que quer fazer, por que eu entendo que você esteja magoada comigo, que não me queira de volta - Fala Harry, triste.
- Sabe Harry... Eu vou ficar a segunda alternativa!
Um suspiro aliviado, toneladas e mais toneladas de culpa e angústia sumindo de uma hora para outra.
Mas Harry ainda é um pouco fraco pra idade e quando Gina pula no seu pescoço, ambos caem e rolam na grama fofa do jardim d’A Toca. Param de rolar e se beijam, com saudades e paixão. Caminham de mãos dadas durante alguns minutos, pela orla do bosque e acabam por avistar Rony e Hermione, aos beijos e chamegos, resolvem não atrapalhar e dão meia volta.
24 de Setembro, Dia da partida.
- Chegou Harry! Via correio mágico era uma encomenda meio grande então vieram por chave de portal. – Avisa Gina, adentrando o quarto dos rapazes sem aviso e fazendo Rony pular meio metro porque este ainda vestia suas calças.
- UOW – exclama Rony – Não sabe bater não?
Mas ela já tinha ido.
- O que chegou Harry?
- Se veste e desce que você já vai ver.
Quando Rony finalmente desce as escadas, solta um palavrão, que faz a Sra. Weasley aplicar-lhe um bom puxão de orelha. Quatro belíssimas vassouras novinhas flutuavam na sala de estar da família Weasley.
- Desculpe terem demorado tanto, só me lembrei que precisaríamos delas ontem de noite.
- Harry, isso deve ter custado uma fortuna. São as novas Phoenix 2.0, só a seleção norte americana as tem ainda, são para jogos de longa duração e a velocidade é semelhante a das Firebolt.
- É, pensei nelas quando me lembrei do sacrifício que foi voar tão no alto com a minha Firebolt, por isso, na encomenda, pedi para colocarem um feitiço de preservação térmica. Vamos, escolham as suas!
Eram realmente fantásticas, com bancos de couro macio e de resposta rápida aos comandos dos pilotos. A única pessoa que ainda estava insegura era Hermione, que não gostava nem um pouco de altura e não exercia coordenação alguma em cima de uma vassoura. Mas não havia tempo para treino e Rony se prontificou a tomar conta de Hermione durante a viagem. Harry sabia que com uns vinte minutos de vôo Hermione pegaria o jeito de controlar uma vassoura, afinal, isso não era complicado.
E não eram a única novidade, Harry pedira também uma barraca enfeitiçada, para a eventual necessidade de acamparem. Um quarto para cada, cozinha, banheiro e
E começou a preparação para a despedida, lágrimas e choros eram ouvidos em todos os cantos da Toca. Fleur não quis se despedir, disse que iria perder a compostura e pediria que ficassem. Gui deu um forte abraço nos irmãos e apertou as mãos de Harry e Mione. Carlinhos fez o mesmo, no entanto demonstrava mais calor na despedida. Fred e Jorge foram sérios ao encontro de Harry e disseram:
- Se descobrirmos que essa viagem é desculpa para traçar a nossa irmãzinha, você vai ser perseguido pelas nossas mentes “inocentes” pelo resto de sua vidinha Harry.
O Sr. Weasley juntou os quatro e após um forte abraço, disse:
- Evitem ao máximo usar magia fora de áreas mágicas, os comensais acharam um meio de rastrear a magia se ele ocorre no meio dos trouxas, tem havido muitos seqüestros de bruxos por que as casas ficam entre outras casas trouxas. Mesmo em áreas bruxas, disfarcem suas presenças, há comensais espiões em todos os países da Europa, logo essa doença estará pelo mundo todo, pelo amor de Deus, cuidado!
- Teremos pai. – Promete Gina.
Depois foi a vez da Sra. Weasley. Com o rosto lavado de lágrimas, Molly se aproxima de Rony e Harry:
- Meus filhos! Não irei pedir para que fiquem, isso seria ir contra o crescimento de vocês como homens, e que homens, se sacrificando por todos, indo de frente para o perigo, espero que saibam que fico muito feliz que façam sempre a coisa certa e sigam seus corações, eles são seus maiores guias pelo caminho escuro que se estende diante de vocês. Apenas peço que não se arrisquem de forma desnecessária e que voltem vivos para casa, por que quero ver os dois como os grandes aurores que serão quando se formarem, e quero, é claro, ver meus netinhos correndo pelo nosso lar.
- Faremos isso Sra. Weasley, voltaremos para vocês. – Assegurou – lhe Harry.
Em seguida foi a vez das meninas.
- Conto com vocês para serem a voz da razão nessa viagem, principalmente com você Hermione, por que eu conheço a filha que tenho. E pelo amor de Merlin, se dêem o devido respeito por que na idade de Harry e Rony, Arthur só pensava em duas coisas, em mim e em meu corpo, que não era tão grande assim.
- Não iremos decepcioná-la mamãe. – Confirmou Gina, entre gargalhadas.
- Eu assumo essa responsabilidade Sra. Weasley. – Disse Hermione se controlando muito para não imitar a amiga.
Antes de saírem de casa Harry chamou o Sr. Weasley mais perto e falou:
- Sr. Weasley, diga a Scrimgeour, que concordo em ajudar a imagem do ministério, assim que voltar de férias e que somente com a condição de que seja retirada a vigilância sobre Gina. Não quero o ministério sabendo para onde vamos, não se pode confiar em todos lá, eu acho.
Quando saíram de casa e ataram suas malas nas vassouras ouviu-se um forte estalo e Remo Lupin de materializou a alguns metros da posição dos garotos.
- Harry! Ainda bem que ainda não partiu.
- Qual é o problema Remo?
- Nenhum. Apenas queria lhe dizer que a sua casa não está no lugar que o seu bilhete diz que está.
- Dumbledore refez o estrago da explosão e a protegeu novamente em outro lugar, para evitar que o governo trouxa a vendesse, tome! – Disse – lhe, enquanto estendia um bilhete meio amassado para Harry.
- Obrigado Remo, não sabe o trabalho que me poupou. – Agradeceu Harry, enquanto guardava o bilhete no bolso.
Levantaram vôo. Harry ganhou os céus novamente, de novo em seu lugar de origem, de novo em seu habitat natural. Sentia-se meio pesado, era a mala que carregava. Olhou para baixo e viu a Toca, olhou para e por mais bizarro que parecesse uma casa torta daquele jeito, até que sentiria saudades.
Olhava para cada pedaçinho daquele lugar, tentando gravar na memória.
- Harry, está tudo bem?
Era Gina quem perguntava.
- Sim, é só que... Algo me diz que é a última vez que eu vejo esse lugar só quero guardar na memória. Fica tão bonita, a sua casa, quando nasce o sol. E você também.
- Obrigado Harry, mas temos que ir, Rony e Hermione estão a quase um quilometro daqui.
- Certo, vamos.
Voaram por quase uma hora, seguindo para a Irlanda, lá achariam o povoado de Godric’s Hollow, e o passado de Harry. Surgiu a primeira cidade grande e tiveram que desviar, subiram quase 3000 metros até que Harry os fizesse descer novamente. Rony teve uma câimbra na mão devido ao frio e Gina tremeu sem parar.
- Não gosto de sentir frio. – Disse ela.
Avistaram Godric’s Hollow ás três da tarde, o cansaço e a fome tomava conta dos quatro. Por precaução, pousaram a uns trezentos metros do povoado, entre as árvores e montaram acampamento por ali. Talvez, se não houvesse estalagens nas cidades, eles pudessem caçar alguma coisa na floresta. E foram em direção ao povoado. Sem dificuldades entraram pelas partes mais afastadas, onde crianças brincavam e bruxos faziam magias. Magia. Isso deixara os quatro embasbacados ali. Os Bruxos faziam magia a torto e a direita, sem se preocupar com trouxas, e estes existiam em número significativo ali. Andaram devagar observando o comportamento peculiar de muitos ali. Poucos pareciam reparar nos viajantes. Apenas um homem, de cabelos castanhos, quase da altura de Rony, porém mais alto, forte e atlético, paro parou. E foi quando viu Harry.
- Tiago? – Falou ele em voz alta. Indo em direção ao grupo. Harry se adiantou.
- Não. Harry.
- Potter?
- Sim!
Ele olhou para os lados, preocupado.
- Venha Harry, o meio da rua não é seguro para você e seus amigos. Vou levá-lo até a minha casa, você tem sorte de ter entrado por este lado da cidade. Os espiões de Você-Sabe-Quem estão nas rotas principais e no centro. Vocês vieram por uma via pouco utilizada, eles não vigiam aqui.
E levou-os para sua casa. Um lugar pequeno onde aparentemente ele dormia no sofá-cama.
- Eu o convidaria para dormir aqui, mas, como pode ver eu não tenho espaço. Pretende demorar aqui em Godric’s Hollow Harry?
- Não. E Ainda não sei seu nome.
- Gawain. Fui um dos amigos de seu pai durante o tempo em que viveu em Godric’s Hollow sem se esconder. Fiquei muito surpreso quando soube que Sirius tinha sido assassinado e mais ainda quando li que era inocente. Eu fui um dos que mais o caçou, pois a suposta traição dele foi um golpe forte para mim. Pode imaginar o meu remorso. Cacei um amigo, por um crime que ele não cometeu.
- Em outra situação eu o teria culpado e talvez até agredido você, mas eu entendo, por um tempo eu também pensei que ele era um assassino. – Tranqüilizou-o Harry.
Um silêncio pesou na sala durante alguns minutos. Finalmente, Gawain falou:
- Aqui em Godric’s Hollow nós temos uma unidade de aurores, e um batalhão de Execução das Leis Mágicas. Todos que vivem aqui fazem um juramento de não revelar a existência de bruxos aos outros trouxas do mundo. As autoridades cuidam para que esse lugar seja “inalcançável” para os trouxas. Modéstia a parte, nós somos os melhores e temos condições de resistir por muito tempo. Passamos dezesseis anos engordando e juntando poeira e agora estamos prontos para voltar á ativa, sabemos quais moradores são espiões e estes só precisam dar um passo em falso para que tenhamos motivos para pegá-los. Mas vamos mudar de assunto. O que o traz a GH Harry?
- O passado, só posso seguir em frente quando compreender toda a dor do meu passado.
- Imagino que queira ver sua casa, não é?
- Sim. Mas quero ir primeiro até o cemitério e ver o túmulo deles. No entanto precisamos comer alguma coisa antes. Sabe onde podemos arranjar um bom lugar para comer?
- Não é seguro que saiam daqui se não for para cumprir suas missões imediatamente. Deixem que eu farei algo para comerem. Eu sei cozinhar razoavelmente bem.
E era verdade, o problema era que a sua culinária era, apesar de ter um sabor ótimo, muito apimentada. Todos menos Rony lagrimaram ao provarem a primeira mordida das grandes panquecas, mas a fome os impediu de recusarem a comida. Após minutos em que todos repetiram seus pratos, e lavaram as louças, Gawain disse:
- Eu posso levá-los pelos caminhos mais seguros mas não posso prometer que não seremos vistos. O cemitério é do outro lado do vilarejo. Devemos ir antes que feche.
E saíram. Foi mais demorado do que deveria ter sido pois Gawain os levava por lugares estreitos, vielas e becos onde se viam pouquíssimos rostos e os fazia correr quando tinham que passar por ruas mais movimentadas. Demoraram meia hora para chegar até a entrada do cemitério e Gawain tinha uma feição preocupada estampada no rosto. Achava que tinham sido vistos por pelo menos dois deles e ambos poderiam reconhecer um Weasley só pelo cheiro. Eram 17:00 h em ponto tinha uma hora e meia para procurar pelas lápides de Tiago e Lílian. Gawain disse que as verdadeiras haviam sido escondidas por Dumbledore.
Dez, vinte, trinta minutos procurando. Quando quarenta e cinco minutos haviam se passado ouviram Gina chamar-lhes.
- Haaary! Acheeei!
E seguiram a voz em direção a uma árvore. Um grande carvalho que tinha aos seus pés um arbusto de lírios brancos muito bem cuidado, nada crescia em volta, nenhuma erva daninha.
- Onde Gi? – Pergunta Harry ansioso.
- Aqui Harry - Disse ela apontando para as lápides que estavam escondidas atrás da árvore.
Harry olhou para elas. Ali estava escrito:
Tiago Richard Potter, guerreiro valoroso, marido amado, pai amoroso. “Honoribus Majorum”
Lílian Evans Potter, mártir consciente, esposa amada, mãe amorosa. “Se você realmente ama algo, faça de tudo para que seja feliz, ao seu lado ou não.”
E Harry tocou as lápides, querendo chorar mas algo lhe dizia que não devia mais derramar lágrimas pelos mortos. “Eles não iriam querer isso”, pensou.
- Mione. O que significa Honoribus Majorum?
- É latim Harry. Significa: “A altura dos ancestrais”.
E os sentimentos de Harry afloraram, mas ainda sem chorar e com as mãos nos túmulos, o amor que lhe foi negado ao nascer se manifestou com um simples aperto na rocha e a magia apareceu. Dentre os dois túmulos abriu-se uma passagem indo para o subterrâneo e uma escada de pedra que conduzia para baixo das raízes do carvalho.
- O que houve? – Disse Harry, ao se levantar, pois a passagem se abrira bem onde ele estava.
- A magia mais forte se manifestou Harry. Os seus sentimentos abriram a passagem para onde Dumbledore fez realmente sua homenagem aos seus pais.
E todos desceram a escada, que os levou a uma câmara, onde ardia uma chama de fogo eterno iluminando o ambiente. E ali estavam os cadáveres de Lílian e Tiago Potter, que haviam sido preservados, em casulos de vidro, onde o tempo não podia atingi-los, onde as células não morriam. E havia um pequeno altar, onde num pedestal, estava uma carta endereçada a Harry.
Harry.
Escrevo esta carta na esperança de que não precise lê-la, se estiver lendo é por que eu não posso estar com você. Espero já ter lhe ensinado esta lição, mas aqui vai ela: Não se prenda a estes corpos sem vida, que são o último resquício da passagem dos seus pais por esta vida, por que você pode amá-los, mas eles não são capazes de retribuir este amor, são apenas corpos. Preservei-os para que você pudesse vê-los, como eram bonitos, para que você pudesse seguir em frente. Você é apensa um bebê, não sei como será sua personalidade mas sei o que o futuro te reserva.
Alvo Dumbledore.
- Te devo mais essa, diretor - Falou Harry, baixinho, para si mesmo. E Harry passou mais um tempo ali, olhando para o rosto de seus pais. Lílian era realmente muito bonita e Harry só a comparava com Gina e ele achava que ambas eram realmente parecidas. Harry era como já sabia, muito parecido com o pai e era realmente desconfortável ver uma réplica sua morta. E saíram dali.
Ao subirem Hermione descobriu um jeito de lacrar novamente a passagem. Fizeram o caminho até o portão em silêncio. Ao chegarem lá descobriram que este estava trancado, e ao observarem melhor, magicamente.
- Tudo bem, o vigia é bruxo, mas é um preguiçoso, não sei se sabia lançar ao menos um Alohomora. Acho que teremos que pular o muro.
Quando se preparavam para lançar Rony para o outro lado, um feitiço ecoou de uma distância razoável:
- Pheraptum! – E um raio roxo explodiu ao lado de Rony, que se virou já com varinha na mão.
- Expelliarmus – Bradara Gawain, mas o feitiço foi rebatido e a varinha dele voou de sua mão.
- Quem são vocês? – Perguntou Gina, pronta a erguer um escudo a qualquer minuto.
Os inimigos ficavam nas sombras, nada se via deles.
- Somos os mais novos seguidores do Lord das Trevas.
- A mim basta saber que são comensais. – Falou Harry, em tom ameaçador.
- É o Potter, o mestre vai ficar satisfeito quando eu te levar para ele. Estupefaça!
- Protego! – O escudo de Harry fez o feitiço ricochetar no chão e levantar uma nuvem de poeira. Ambos os lados se aproveitaram disso para lançar feitiços a esmo.
- Estupefaça! – Bradou Rony.
- Estupefaça! – Bradou Gina.
Os irmãos Weasley derrubaram dois adversários e Harry pode contar mais cinco vozes distintas enquanto protegia Hermione e Gawain. Hermione fora atingida no braço direito por novo feitiço roxo, e um corte feio, como se tivesse sido aberto por um animal se abrira nela. Sangrava abundantemente. Harry pensara num meio de acabar com a batalha de forma melhor. Pegou a varinha de Hermione e deu a Gawain dizendo:
- A proteja com a sua vida.
E saiu, contornando várias lápides enquanto os comensais se concentravam em Rony e Gina. Logo estava atrás deles e gritava, mirando os pés de dois dos mais furiosos atacantes.
- Bombarda! – O feitiço fez com que ambos voassem e batessem as cabeças em lápides, desmaiando por conseqüência.
- Pheraptum!- Tentou Harry, conseguindo de primeira e pondo mais um fora de combate. Os outros dois voltaram toda a carga para Harry, por pouco se desviava de vários feitiços, mas estes esqueceram Rony e Gina, que finalizaram a luta acertando seus alvos.
- Impedimenta- Bradou Rony.
- Furnunculus, Incarcerous- Bradou Gina.
E todos correram para ver se Hermione estava bem. Gawain a estava curando, lentamente, mas surtia efeito, pois o sangramento parou e a carne estava sendo refeita. Amarraram os comensais. E resolveram partir logo e terminar de curar Hermione na casa dos pais de Harry.
Harry tirou do bolso o pedaço de pergaminho que Remo tinha lhe entregado. A nova localização da casa de Harry Potter, herdada por seu pai, é: Cachoeira nas proximidades de Godric’s Hollow, caverna subaquática. E mais ao lado, como se não fizesse parte das coordenadas: Tararatibum.
- Gawain, chame reforços assim que sairmos daqui, diga que os achou aqui e que você mesmo os amarrou. Tome, recuperei sua varinha. Muito o brigado por sua ajuda aqui em G.H, temos que ir.
- Não foi nada Harry. Sabe, seu pai era assim, pensava rápido quando precisava.
Até a próxima oportunidade.
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Enfim, renascida das cinzas, a fic retorna, prometo que vou tentar faze-la mais constante, mas eu sou um autor muito disperso, passei meses escrevendo uma cena de batalha que ficou uma merd*, espero que me perdoem e que deixem comentário construtivos para mim, seria muito bom.
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