O Plano de Voldemort
Capítulo 3
O Plano de Voldemort
Rony, Harry e Hermione estavam voltando da biblioteca, quando um grupo de garotas correu na direção deles. Rony instantaneamente reconheceu as garotas do sexto ano... eram as amigas de Gina.
Ele não sabia o nome de nenhuma, mas elas sabiam os nomes deles.
-Rony.- uma dela disse, tentando respirar e falar ao mesmo tempo, ela era a mais baixa e com a pele mais morena.- Nós procuramos você por toda parte.
-Eu?- Rony perguntou surpreso. Mas, então notou que elas pareciam um pouco apavoradas, e ele se perguntou onde Gina estava.
-É a Gina.- disse a outra friamente, cruzando os braços como se pensasse que fosse a rainha do mundo.
Rony ficou imediatamente preocupado.
-O que tem ela? Ela está bem?
-Dumbledore nos disse para vir chama-lo.- uma terceira garota disse, ainda tentando recuperar o fôlego.
-Por quê? O que está acontecendo?- ele olhou para Harry e Hermione, os dois pareciam confusos e preocupados também.
-Nós estávamos lá.- a última garota disse.- E tinha esse colar no chão...
-... e Gina começou a se abaixar para pega-lo.- a terceira garota continuou.
-Mas, então Draco Malfoy chegou.- a garota morena acrescentou.
-Malfoy?- Harry repetiu.
-E ele disse para ela não tocar no colar, mas ela não deu ouvidos a ele e tocou. Então, ele segurou no pulso dela, e os dois desapareceram no ar.- a garota completou.
-E agora Dumbledore quer ver você, como nós dissemos. - a garota convencida falou para Rony.- Então, vocês vem ou não?
XXX
Levou quase cinco minutos para Gina voltar a respirar normalmente. Ela não sabia se era porque tinha corrido tanto e por tanto tempo, ou porque ela estava chocada com o fato de Draco Malfoy tê-la salvado.
Bem, ele não tinha exatamente a salvado. Gina não tinha certeza absoluta de que o cara careca, com a mão de metal, chamado Rabicho iria mesmo mata-la. Mas, ainda assim, o fato é que Draco podia ter ficado para trás. Ele podia ter ido com Rabicho, e a deixado sozinha nos Estados Unidos. Mas, ele não deixou. Ele tinha ficado com ela, e até a levantado quando ela havia escorregado em um estúpido lápis no chão, (seu pai tinha uma grande coleção trouxa de lápis, por isso ela sabia que havia sido num que pisara sem querer.). Até o fato dele tê-la tocado já era suficientemente chocante para ela.
Então, ela estava sentada, meio em choque, ao lado dele. De repente, ela se tornou consciente de que os assentos era muito pequenos, e que o braço dos dois estavam se tocando. Ela tentou ignorar o fato, e se inclinou para frente, para que pudesse ver por cima dele a janela.
-Em qual cidade você acha que estamos?- ela perguntou, tentando manter uma conversa.
-Ah, eu não posso escolher?- Draco perguntou com um falso suspiro.- Quero dizer, como eu sei tanta coisa sobre cidades trouxas americanas e tudo, eu não tenho certeza de onde estamos.
Gina sacudiu a cabeça, se encostando no assento de novo.
-Desculpe por tentar ser amigável.- ela murmurou.
-Eu não preciso que você seja amigável.- Draco disse rispidamente a ela. - Caso você não tenha notado, eu não gosto nem um pouco da sua companhia.
-Você tem medo que alguma coisa em mim consiga te mudar? Que eu consiga te tornar legal, para variar?- Gina o desafiou, erguendo uma sobrancelha para ele.
-Certo e errado.- ele disse preguiçosamente, escorregando em seu assento, de forma que seus pés ficassem apoiados no encosto do banco da frente.- Eu não estou com medo... estou preocupado. Estou preocupado que alguma coisa em você fique em mim, como sua sujeira ou algo assim. Mas, não a sua bondade.
Gina o encarou. Ele está tirando com a minha cara!, ela pensou furiosa. Bufando, ela cruzou os braços, e virou o corpo para o corredor, de costas para ele.
-Como você sabia que aquele colar iria nos trazer aqui?- Gina perguntou, ainda brava.
-Eu não sabia. Você acha que eu teria segurado seu pulso daquele jeito, se soubesse mesmo que era uma Chave de Portal?- ele respondeu.
-Então, por que você não queria que eu tocasse o colar?
Draco suspirou tão profundamente, que ela realmente se virou para olha-lo.
-Onde está ele?- ele perguntou, soando exasperado.
Ela o tirou de seu bolso.
-Bem aqui.- ela disse, estendendo o colar para Draco.
-Esse amuleto estava em uma redoma de vidro, no escritório de meu pai, desde antes de eu nascer.- Draco disse a ela, soando como se ele preferisse pular na frente do ônibus, do que contar aquilo a ela. - Eu nunca tive permissão para toca-lo. Até mesmo se eu apenas me aproximasse, era punido. Provavelmente por que eu estava respirando muito em cima. E tinha uma maldita redoma de vidro, para protege-lo, ainda. Então, quando eu o vi no chão, percebi que aquilo não estava certo. Meu pai me disse uma vez, que isso tem poder o suficiente para queimar uma pessoa, até que ela se transforme em uma amontoado de cinzas. Eu sabia que era algum tipo de armadilha, mas eu nunca esperava que fosse uma Chave de Portal.
Gina olhou para o amuleto.
-Tem certeza de que é o mesmo colar? Eu quero dizer, ele não queimou nenhum de nós, até virarmos uma pilha de cinzas...
-Sim, é o mesmo.- ele disse irritado.- Você não pode simplesmente copia-lo.- Gina se perguntou por que, mas ele não explicou.- Então, está satisfeita agora? - e ele se virou para a janela, sem esperar por uma resposta dela.
Gina suspirou, e colocou o colar no pescoço, colocando-o debaixo da blusa. Malfoy é um idiota, ela pensou furiosamente.
Eles ficaram no ônibus por muito tempo. Tanto que Draco caiu no sono ao lado dela, as pernas para cima e a cabeça caída para trás. Gina o encarou, se perguntando como ele conseguia fazer uma posição tão desconfortável, parecer o melhor jeito no mundo, para se dormir. Ela sabia que se ela continuasse sentada daquele jeito, sua boca iria começar a se abrir, e ela começaria a respirar de forma alta e regular, talvez até adormecendo.
Gina estava consada também. Algumas horas se passaram, e ela começou a reconhecer algumas das mesmas paradas. Mas, o motorista não perguntou nenhuma vez o que diabos eles ainda estavam fazendo ali.
Estava se tornando impossível para ela manter os olhos abertos. Ela queria ficar acordada, de vigia, caso acontecesse alguma coisa. Mas, estava ficando muito difícil. Por que eu não consigo ficar acordada?, ela se perguntou, olhando para fora da janela. O sol estava apenas começando a baixar. Deveria ser apenas sete ou oito da noite.
Então, ela entendeu. Obviamente, os Estados Unidos estavam em um fuzo horário totalmente diferente, do da Inglaterra. Ela não usava relógio, nem Draco tampouco, pelo que ela podia ver. Então, Gina não sabia que horas eram na Inglaterra. Deveria ser pelo menos meia-noite. E tendo levantado cedo, para não perder o início das aulas, ela estava começando a se sentir muito cansada.
Assim que começou a escurecer, os últimos passageiros deixaram o ônibus. Pela primeira vez, então, o motorista olhou para Gina e Draco, pelo espelho, olhando-os de uma forma que claramente indicava que os queria fora do ônibus, para poder ir para casa.
-Vocês dois ficaram nesse ônibus o dia inteiro.- ele disse resmungando.- Vocês por acaso pretendem sair?
-Nós vamos sair.- Gina disse, sem ao menos olhar aonde eles estavam.
Quando o ônibus parou no próximo ponto, ela deu um tapa no braço de Draco. Ele acordou sem nenhuma palavra, como se ele estivesse estado acordado o tempo todo. E como ela estava do lado do corredor, foi ela quem desceu primeiro. Ela estava quase descendo o último degrau, quando o motorista segurou seu braço.
-Ei!- ele disse ríspido.- Você precisa pagar.
Gina olhou para Draco, que estava com todo o dinheiro. Mais uma vez, sem falar nada, ele tirou uma nota como número 10 marcado no canto, e deu-a ao motorista, que rosnou e a colocou em uma caixa a seu lado. Ele então murmurou alguma coisa, que soava estranhamente como 'estrangeiros'.
Os dois desceram do ônibus, que foi embora fazendo muito barulho. Foi quando Gina olhou a sua volta. Obviamente eles estavam na parte comercial da cidade, e por isso ainda havia movimento. Não estava escuro ainda, mas a maioria das lojas já tinham suas luzes de neon, acesas nas janelas. Pessoas andavam em grupos, conversando e rindo alto. Gina imediatamente sentiu-se fora do lugar, ali.
-Vamos encontrar um hotel, ou alguma coisa assim.- ela disse para Draco.
-Nós não podemos.- ele disse a ela.
Ela o encarou.
-O que você quer dizer com 'nós não podemos'?
-Exatamente o que eu disse.- ele replicou aborrecido.- Nós não podemos. Você sabe quanto vai custar para voltarmos para a Inglaterra?
-O que isso tem a ver?
-Tudo.- ele suspirou, parecendo aborrecido.- Nós dois não temos nenhuma idéia do quanto vai custar, para voltarmos para Hogwarts. E nós já gastamos no ônibus. Se gastarmos mais em lugares para dormir, então nós podemos não ter o suficiente para voltar.
-Então, você está dizendo que não vamos poder comer ou dormir, até voltarmos para Hogwarts?- Gina perguntou sem poder acreditar.
-Nós podemos dormir.- ele respondeu irritado.- Nós apenas não vamos ter camas. E humanos podem viver duas semanas sem comida, então estaremos bem por mais algumas horas.
-Então, aonde vamos dormir?- Gina perguntou sarcástica, cruzando os braços.- Em jornais em um beco?
Vinte minutos depois, era exatemente onde estavam, deitados em jornais velhos, no beco menos sujo que encontraram. Eles estavam deitados um de cada lado do beco. Uma das construções ao lado, era um prédio barato de apartamentos, onde alguém estava gritando com outro alguém. Outra pessoa estava tocando música alta. Com todo aquele barulho, e o lugar desconfortável, Gina não adormeceu tão cedo quanto tinha esperado.
-Eu nunca vou conseguir dormir assim.- ela resmungou depois de dez minutos.
-Por que está reclamando? Você não está acostumada a dormir em lugares como este?- Draco respondeu.
Gina, com muita relutância, ignorou o insulto. Ela se virou de barriga para cima, os jornais fazendo barulho quando ela se mexeu. Sabendo que não dormiria tão cedo, ela fez a pergunta que havia a perturbado o dia todo.
-Por que aquele cara, Rabicho, queria o Harry?
Draco suspirou, soando muito aborrecido.
-Quem você acha que eu sou, um Oráculo? Como eu poderia saber o que ele queria com o Potter?
-Você disse que o conhecia.- Gina respondeu.- Apenas pensei que talvez soubesse o que ele queria.
-Certo, Weasley, você juntou as peças. Rabicho é um Comensal da Morte. Pense nisso. Por que um Comensal da Morte iria querer o Potter?
Os olhos dela se arregalaram de surpresa, no escuro.
-Ele ia entrega-lo para Você-Sabe-Quem!- ela sussurrou, sua voz tremendo levemente.
-Talvez você não seja tão incapacitada quanto eu pensei.- Draco murmurou.- Agora, pode calar a boca? Eu estou tentando dormir.
Surpreendentemente, Gina começou a adormecer também. Seu último pensamento, antes de cair em sono profundo, foi Acho que o Malfoy acabou de chegar o mais próximo possível, que ele conseguiria, de me elogiar.
N/A- ok, esse capítulo foi meio chato. Mas, acreditem em mim... vai ficar melhor! Mais Harry e Rony vão aparecer, e perto do final, Hermione vai ter sua grande parte, também. Continuem lendo!
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