As aulas.




Snape se preparava para mais uma aula de oclumência com Harry Potter. Enquanto colocava algumas lembranças na penseira, sentia aquela onda de aversão pelo garoto que sempre sentira. “Ele se acha tão especial... Igual ao pai...” . Suspirou. Ninguém sabia porque ele odiava tanto Thiago. E Severus não confessaria a ninguém que nunca se casara porque a única pessoa que ele quisera na vida tinha sido tirada dele. Ainda hoje ele conseguia ver nitidamente o rosto de Lílian na sua frente... seus olhos, seu sorriso. Eles dois teriam sido muito felizes juntos, se não fosse pelo desprezível Thiago. E Harry era simplesmente uma lembrança constante de que Lílian escolhera Thiago.

*

Harry se arrastava pelos corredores, obrigando-se a ir até a masmorra. Ele sabia que a primeira coisa que Snape veria quando utilizasse a Legilimência seria o sonho da noite passada. E isso era a última coisa na face da terra que Harry gostaria de enfrentar. “Preciso aprender um jeito de fechar a minha mente. Em 5 minutos...”, pensou desesperado. Ele queria ter um daqueles kits mata-aulas de Fred e Jorge, mas sabia que Snape era esperto demais para acreditar naquilo. Tentou pensar em outras coisas, mas aquele sonho tinha sido o mais real de todos... E Harry não queria esquecê-lo.

*

Respirando fundo, da mesma forma que um condenado caminha à forca, Harry bateu na porta da masmorra.
-Entre.
Harry abriu a porta e se arrastou lentamente até onde o professor de poções se encontrava.
- Boa tarde, professor.
Snape lanço-lhe um olhar de desagrado e desprezo.
- Boa tarde, senhor Potter. Podemos começar?
- Na verdade – gaguejou Harry – eu não estou me sentindo muito bem hoje e...
Snape respirou profundamente.
- Senhor Potter, quantas vezes terei que explicar que não estou fazendo isso porque gosto? Acredite, passar algum tempo em sua companhia não é a minha idéia de diversão. Mas o diretor me deu uma tarefa e estou cumprindo. Não posso simplesmente dizer que estou doente e por isso não lhe darei aulas hoje. E sugiro que o senhor não use essa desculpa esfarrapada. O senhor me parece muito bem de saúde.
Snape levantou-se e pegou sua varinha. Harry fez o mesmo e se preparou.
- Pronto? – perguntou o professor – Um, dois... Legillimens!
Harry tentou se defender, mas não teve tempo. No instante seguinte as imagens começaram a aparecer...
Harry e Snape estavam nos jardins de Hogwarts, à noite.
- Já disse para vir até aqui, senhor Potter!
Harry olhou para seu professor, em um misto de inocência e malícia, completamente sedutor. Olhando –o nos olhos, a uma certa distância, tirou a gravata e abriu, botão, por botão, a blusa fina de seu uniforme. Sorriu de um jeito encantador para Snape e falou:
- Vem me pegar!
Snape passou algum tempo correndo atrás do garoto, até derrubá-lo na grama. Snape ficou deitado por cima, e falou baixinho:
- Já disse para não fugir de mim... Isso vai custar muito caro...
O professor começou a mordiscar seu pescoço levemente, fazendo seu corpo pesar sobre o tórax nu do rapaz. Em uma espécie de febre, Harry rolou para cima dele, ofegante, e começou a beijá-lo com desespero, enquanto rasgava as vestes negras. Beijou o peito de Snape, mordeu seus mamilos, lambeu sua barriga e arrancou as calças do professor. Logo depois começou a chupar seu membro em um ritmo frenético. Snape soltava gemidos cada vez mais fortes, balbuciando algumas palavras sem sentido. Harry, com o rosto vermelho, continuava... Até sentir os quadris do professor indo contra seu rosto, fora de controle, acompanhado por gemidos cada vez mais fortes. Até sentir o líquido quente se espalhando por sua boca e pelo resto se seu rosto.
De repente a lembrança desapareceu. Na sala vazia, Harry e Snape se olharam durante um minuto que pareceu uma eternidade. O rapaz estava completamente apavorado e o professor parecia, pela primeira vez na vida, ter ficado sem palavras. Snape conseguiu se recompor mais rápido.
- Potter, tente fechar a sua...
Mas não chegou a completar a frase. Harry pegou suas coisas e saiu da sala correndo.





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