Coração e oração.



Cap betado.
sssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
Pois eh. Mais um capitulo gente... Eu não sei o que tah mais novelesco, minha fic ou minha vida!
Asuhauhsauhsuahsuhasuh
Mas bom. Eu li o livro 7.
Só tenho uma coisa à dizer:
PUTAQUEOPARIUUUU! Que merda.
Esse livro foi um chute nas partes.
¬¬
Eu sei lá. Eu tenho um negócio com seguir a história da JK...
Eu amava essa fic aqui, pq eu fiz ela 10 anos pro futuro, e na minha cabeça, se a JKR não tivesse feito o que fez [nha... não se preocupem, não vou falar Spoiler aqui], tudo que eu escrevi até que poderia acontecer com os personagens...
Estragou meu animo esse livro 7.
Só vou continuar a escrever aqui pq eu tenho força de vontade viu. Eu tou brigando comigo mesma pra escrever. Passo horas com o pc ligado na net e com o cap que tou escrevendo aberto . Ai escrevo um parágrafo por semana.
Auhauhauhauh
Por isso que tah demorando tanto. ¬¬
Graças à mérlin que já estou no fim dessa fic, faltam apenas dois capítulos(fora o epílogo) para acabar.
Pra quem não leu o livro 7 ainda, eu peço pra esperar o lançamento do livro traduzido...(pretendo terminar a fic antes do lançamento do livro traduzido)
Agora pra quem já leu, eu peço pra esquecer o capitulo 32 e o Epílogo do HP7.
Ah. E leiam a Fic “missão impossível?” (SS/PO)
Eu tou amando escrever, tah super legal, e vai seguir a história da JKR!
;D E não se preocupem com Spoiler, pq por enquanto eu tou escrevendo com a história do livro 6(Enigma do príncipe)
Garanto que tah ficando super dupper legal!
E próximo cap vai ter NC! SIMMMMMMMMM LOGO NO CAP 6!!!
Ahahahaha

Mas bem... Sem mais, o capítulo 27!
sssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss


Odete tinha saído. Era a sua chance... Hermione sentia-se fraca, mas tinha que encontrar Severo e fugir dali. Sua secretária havia enlouquecido!

Levantou, mesmo com o corte do ombro dolorido e o da barriga latejando. Caminhou para a porta. Girou a maçaneta. Estava aberta. Abriu-a com cuidado. O corredor estava vazio... Ouviu vozes vindas do térreo da casa... Se ao menos ela tivesse uma varinha...

Andou pé ante pé para a escada. Sentiu a cabeça rodar... Estava fraca. Perdera muito sangue. A respiração ofegante, que ela não conseguia evitar, repuxava pungentemente os pontos do abdome... Pontos... Por que costuraram os cortes ao invés de fechá-los com um feitiço?

Um ruído estridente de porta se abrindo...

Hermione sentiu um salto no coração. Apoiou-se no corrimão e desceu, o mais rápido que pôde, as escadas. A sua visão distorcida pela dor que pulsava em sua cabeça e ventre. Definitivamente, não estava bem... Já começava a se arrepender de ter saído do quarto.

Mais vozes.

Havia um espaço embaixo da escada. Escondeu-se. Com um soluço, ela viu as costas de um homem louro que descia as escadas. Ele não estava mascarado e, provavelmente, não dispunha mais do dispositivo que distorcia a voz.

Permaneceu estática, rezando para não ser encontrada. Observou dois homens morenos entrando na sala. Ela não os reconheceu.

– Você já foi alimentar seu amiguinho? – disse um dos morenos.

– Engraçadinho. Já. Já o alimentei. – disse o louro com amargura.

Hermione soluçou surpresa. Mesmo depois de um milhão de anos, ela reconheceria aquela voz arrastada de Draco Malfoy.

– E a Ministra? – perguntou Malfoy.

– Por que quer saber? – retrucou o homem moreno que falara antes.

– Por que eu não posso entrar no quarto dela. Você sabe disso. – respondeu Malfoy a contragosto.

– Não sei o porquê de tanta preocupação, já que foi você mesmo que a esfaqueou. – disse o outro rapaz moreno.

– EU JÁ DISSE QUE FOI SEM QUERER! O QUE MAIS VOCÊ ESPERA QUE EU DIGA? EU ME ASSUSTEI COM O PROFESSOR SNAPE! NÃO ERA PARA ELE ESTAR LÁ! E, COMO EU JÁ DISSE, ELE É UM BRUXO PODEROSO! SE ELE TIVESSE ACHADO UMA VARINHA, NÓS ESTARÍAMOS PERDIDOS! DEVEMOS É AGRADECER PELO FATO DE PEGARMOS ELE DE SURPRESA, E MESMO ASSIM, ACHO QUE VOCÊS SE RECORDAM DO MODO COMO ELE LUTOU, MESMO DESARMADO!!!

– Calma. Não grite! – disse o rapaz que implicara com Malfoy, considerando o que o louro havia dito. Realmente o homem cabeludo lutou como um tigre.

– Então responda o que eu lhe pergunto sem questionar meus atos!!! – Draco replicou. – Afinal, ela já comeu algo ou não?

– Não,... ainda não. Odete vai levar uma sopa para ela mais tarde...

– Ótimo. Vamos, temos algumas coisas para acertar. – disse Draco, ainda com uma réstia de raiva na voz. E os três saíram da sala em direção ao interior da casa.

Hermione não podia acreditar. Draco Malfoy, o filho-da-p*!

Ela tentou levantar-se do lugar em que estava escondida, quando viu que não tinha mais perigo, mas caiu para trás. Seu coração disparou quando sentiu algo molhado na barriga. Temerosamente, tateou-a e sentiu alguns pontos abertos.

Novamente tentou erguer-se, só que devegar, apoiando-se na parede. Lembrou-se onde os raptores disseram que colocariam Severo. Caminhou...Tinha que encontrar Snape. Procuraria primeiro a cozinha, que é o lugar onde se tem acesso aos porões. Eles, geralmente, eram preparados para servir de abrigo em casas antigas no interior da Inglaterra. Seguiu para o lado oposto ao que Malfoy e os outros capangas foram.

A cada passo, era mais difícil respirar ou manter-se em pé. Rezou. Rezou como nunca havia rezado antes. Queria viver! Tinha que viver! Queria ser feliz ao lado de seu amor... Nunca havia amado tanto...

Com sofreguidão, avistou uma porta. Cuidadosamente, girou a maçaneta.

Quase chorou de felicidade quando viu que aquele cômodo era uma cozinha com uma outra porta maciça, um pouco menor do que as outras da casa.

Tentou abri-la. Como já era de se esperar, estava trancada, mas um porta-chaves, com diversos molhos, encontrava-se bem ao lado da porta. Provavelmente, todas as pessoas que circulavam na casa estavam ligadas ao seqüestro, senão o acesso a chave do porão não seria tão fácil. A questão agora era: qual chave?

Ela estudou a fechadura. Tinha a forma de “cruz”. Procurou entre as chaves... Cinco deste tipo. Testou a primeira, a segunda, ... a terceira girou. Com alívio, Mione abriu a porta. Segurou firme a chave e entrou, encostando a porta atrás de si.

– Severo. – ela chamou, sentindo a própria voz rareando em sua garganta. Estava exausta e tonta demais para descer as escadas...

Snape, que estava sentado na pequena cama com a cabeça entre as mãos, levantou-se assustado. Correu. Subiu os degraus de dois em dois quando percebeu que a moça pendia molemente para frente, como se prestes a desmaiar. Hermione estava pálida. Os lábios, que outrora esbanjavam uma tonalidade cereja, agora estavam brancos como cera. Ela vestia uma longa camisola creme com uma grande mancha vermelha na região do abdome. Chegou bem a tempo de pegá-la mole em seus braços.

– Hermione! Hermione?! – ele chamou com urgência.

Ela moveu a cabeça apenas um tantinho para o lado.

SHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHSHS

- Capítulo vinte e sete -
Coração e oração


“... Yet one kiss on your pale clay.
And those lips once so warm – My heart! My heart!” 1 (Lord Byron)


Snape sentiu o desespero esmagando seu coração com suas garras afiadas. O corpo feminino frio. O rosto extenuado e lânguido da mulher caída desajetadamente em seus braços. As pálpebras pálidas e sem força. Ela respirava fraquinho. E, a cada suspiro, Snape via o peito da mulher subir e descer cada vez mais tímido... Ela estava morrendo.

– Hermione... Hermione, não! Eu... Eu te... Eu não posso viver sem você! EU TE AMO! EU TE AMO! ACORDA!!! EU TE AMO! – Snape gritou exasperado. O desespero travando a garganta. Não pôde evitar... Lágrimas começaram a descer incessantes pela face, escorrendo para o queixo, molhando o rosto pálido de Hermione... Ele sentia que se gritasse o sentimento que esteve escondendo por orgulho, medo, covardia, ... ela iria acordar. Respiraria mais forte. Ele sentia que a força do amor dele poderia ressuscitá-la. Loucura...

Pegou-a no colo, abriu a porta e correu para a cozinha.

– SOCORRO! – gritou insano. – SOCORRO!

Estava desvairado. Deixou-se cair de joelhos no chão quando ouviu passos corridos se aproximando.

Snape sentiu o terror da perda outra vez. Mas agora ele era correspondido, e isso tornava o que sentia ainda mais desesperador. A sensação de ter os pulmões preenchidos por um gás frio. Congelante. Estava perdendo, de novo, a mulher que amava.

Logo sentiu-se rodeado por pessoas, mas não olhou para ver quem eram as hienas. Sentia que se tirasse os olhos de Hermione, a respiração débil dela se findaria. Abraçou-a com toda força: o corpo dela contra o seu, a cabeça dela embaixo da sua. Chorou.

Chorou por ela. Chorou por ele. Chorou a mesma dor já sentida pela morte Lily. Mas talvez agora ele tivesse uma chance... Eles teriam que ter essa chance...

– Me ajudem. – ele disse com a voz aos soluços – ME AJUDEMMM! – gritou.

Mas as pessoas que os rodeavam se afastaram um pouco mais.

– O que está acontecendo aqui? – perguntou uma voz feminina em tom de urgência. Logo ela também estava parada em frente a Snape e Hermione.

– MINISTRA! SENHORITA! – Odete gritou, se ajoelhando ao lado deles. – Minha varinha! Devolvam minha varinha!!!

Severo não sabia mais o que fazer. Sentia-se impotente, como da última vez em que perdera Lily. Começou a perdir para o nada que ela fosse salva. Não viveria sem Hermione. Ele sabia que não suportaria. Seu coração esfacelado pela dor pararia se o dela parasse também.

– Salve ela. – pediu para o ar. Para a terra. Para o céu. Para a natureza. Para qualquer coisa que fosse superior a ele. Queria ter a oportunidade de viver com ela... Viver...

– SALVE ELA OU ME LEVE JUNTO!!! – gritou insano – Porque eu não posso viver sem ela... Onde quer que ela vá, eu quero ir junto! – falou entre soluços, apertando mais forte o corpo de Hermione contra o dele – Eu a amo... – ele terminou baixinho, perdendo o próprio rosto na cabeleira farta de sua mulher... Sentindo o cheiro adocicado de baunilha. Lembrando de tudo que haviam passado...

Será que algum dia esteve longe dela? Agora parecia que eles nunca estiveram separados. Como se fossem um. Como se tivessem crescido juntos... sentindo o amor infantil, amadurecido... Porque finalmente havia entendido que amor era entrega. Era se doar sem querer nada em troca... Que no amor só cabia luz... Luz que por renegá-la foi punido com a morte do seu primeiro grande amor Lily.

Como se nunca tivesse esquecido, Snape lembrou-se de um passagem que lera em um grosso livro que sua avó paterna trouxa tinha como guia para a vida. Não sabia por que lembrava daquilo, mas foi a única coisa que sua mente perturbada com a possível perda de Hermione encontrou em meio à balbúrdia caleidoscópica de lembranças, dores e sentimentos. Em um delírio desesperado, acreditou que entoasse a esse trecho como um encantamento sem varinha, talvez pudesse curá-la. Com o coração aflito em expectativa, recitou, sofrêgo e baixinho, no ouvido dela :

– Põe-me como selo sobre o teu coração, porque o amor é forte como a morte. As suas brasas são de fogo, são veementes labaredas. As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios afogá-lo.2

Odete, que estava apavorada ao lado do casal, viu os ferimentos de Hermione e as mãos grandes do homem – que apertava fortemente o tronco da ministra contra o próprio corpo – se iluminarem.

Hermione lentamente despertou. A dor... não havia mais dor, somente a sensação confortável dum corpo a envolvendo e uma face molhada em seu pescoço...

Uma mão pequenina. Um movimento.

Hermione capturou o rosto que se escondia em seus cabelos. Virou-se um tantinho... Snape levantou o rosto assustado. Ela sorriu...

CÉUS! ELA SORRIU! Tímida, os lábios ainda brancos, mas sorriu!

Ela o beijou delicadamente. A confusão estampada em seu olhar. Por que Severo tinha os olhos vermelhos e molhados? Será que ele... estivera chorando?

Ela afastou um pouco o rosto, para ver melhor o homem que chorava por ela, e limpou as lágrimas dele com as costas das mãos...

– Eu estou bem. – ela disse baixinho. – Eu só desmaiei.

– Eu te amo. – Snape disse à mulher, admirando-a como se ela fosse uma preciosidade. Prestando a atenção nos lábios da moça que se afastavam para soltar a respiração. Ao nariz pequenino que se dilatava um tantinho quando ela inspirava o ar.

Hermione sorriu com a inesperada confissão de Snape. Sentiu-se feliz, mas confusa... Por que toda aquela mudança de comportamento?

– Você o quê? – ela estimulou rindo.

Ele a pegou pelo queixo, fazendo-a olhar para os olhos dele:

– Eu amo você, “Senhorita Sabe-tudo”.

Dane-se o mundo. Naquele instante só Snape e Hermione existiam.

Com a movimentação dos dois, a alça da camisola de Mione e o curativo caíram, mostrando pontos sinistramente incrustados na pele agora intacta do ombro. Odete encarava o lugar assombrada. Aquele homem a curou sem varinha??? Como ???

– Mas que lindo. – Draco chegou, lembrando aos amantes onde eles estavam: planeta Terra – Europa – Inglaterra – cozinha da casa de Odete.

– O que está acontecendo aqui? – perguntou raivoso o rapaz moreno que acompanhava Draco – Por que esses dois estão aqui fora? – dirigiu-se a Draco, que deu de ombros, como se dissesse que não sabia de nada.

– Odete, espero que você seja perita em apagar memórias e modificar lembranças, por que esses dois vão ter que esquecer muita coisa agora. Incluindo nossas identidades. – disse Draco debochado.

Odete tremia. Agora, depois de ter presenciado aquele pequeno milagre, onde nem mesmo a falta de varinha impediu o estranho professor de salvar Hermione, o medo de estar fazendo a coisa errada oprimiu seu peito.

– Vamos, levem a primeira-ministra para o quarto, e tranquem ela lá! E peguem essa outra aberração e joguem de novo no porão. – disse o rapaz moreno.

– Não! – Odete contestou.

– Como? – o moreno perguntou. – Você sabe que seu pai...

– Dane-se! Ele não está aqui! E, na ausência dele, quem dá as cartas aqui sou eu! – disse raivosa.

O rapaz, que até então parecia mandar, se afastou assustado. A mulherzinha raquítica parecia emanar poder.

– Certo – respondeu o moreno a contragosto. – O que fazemos com eles então?

– Deixe-os juntos. – ordenou Odete.

– Onde? – perguntou Draco enfadado.

– No porão. – respondeu a secretária.

E assim foi feito. O rapaz moreno cutucou Snape, que, até o momento, apenas escutava atentamente, abraçando protetoramente uma Hermione ainda frágil. Decidiu que não soltaria a mulher por nada. Estava desarmado e cercado, não podia fazer nada além disso para resguardar Hermione.

– Vamos! Rápido!– o rapaz moreno ordenou.

Snape carregou Hermione delicadamente.

– Eu posso andar – Hermione protestou.

– Eu sei que pode, mas...

– JÁ DISSE PARA ANDAR RÁPIDO!

Snape sentia o ódio fervilhar dentro dele. Se pudesse, mataria aquele imbecil!

Entraram no porão. Snape desceu as escadas devagar. Quando estava próximo da cama, as luzes se apagaram.

A luz da pequena janela não era suficiente para clarear o lugar. Então ele tateou no escuro, até bater a perna na cama. Certificou-se de que estava no meio desta e colocou Hermione delicadamente sobre o colchão encardido.

Ouviu uma discussão do lado de fora, mas não deu importância. Hermione estava muito calada. A mulher havia perdido muito sangue, e só uma noite de sono a faria se recuperar. Ela virou as costas para ele e afastou-se para o outro lado, dando espaço para ele deitar-se também.

– Severo. – ela disse baixinho, mas mesmo assim Snape assustou-se com o chamado repetino.

– Sim? – perguntou mansamente, deitando-se ao lado dela e afagando-lhe a nuca.

– Aquilo que você disse era...

– Sim. Eu te amo, Hermione. – Snape respondeu antes dela completar a pergunta – Desde o início... Mas eu ainda não estava muito seguro para lhe dizer... E hoje, na iminência de te perder, ... eu percebi que fui um tolo. E que eu deveria ter lhe dito isso antes. Sabe, eu já passei por algo parecido no passado, mas, quanto a Lily, eu não tive chance de salvá-la. Eu tentei, mas...

– Shiiii – Hermione interrompeu as explicações de Snape e suspirou – Eu sei o que você passou, mas você não teve culpa pela morte dela.

Snape apenas afundou o nariz nos cachos cor de chocolate e inspirou o cheiro de baunilha e suor que eles desprendiam. Hemione pensou bobamente no quanto ela estava fedendo, afinal não tomava banho há dois dias, mas não ligava em ser cheirada por ele. Pelo contrário, só de sentir o prazer dele em cheirá-la, se enchia de alegria. Realmente, o amor sublima o humano. Ele também fedia, só que, a “perfume” para ela. Um cheiro tão bom que a fazia rir à toa. O cheiro da presença dele. Algo instintivo estava desperto nos dois. Algo animalizado. Eram como bixos enjaulados... Mas o que importava?

– Sabe, ... se eu morresse agora, estaria feliz – disse Hermione olhando, agora com os olhos acostumados à luz escassa, o cômodo lúgubre em que se encontrava. Bonecas velhas com olhos arregalados e cabelos secos, alguns brinquedos queimados, montes de papeladas, potes de vidro cheios de quinquilharias...

– Não diga isso – Snape falou, sentindo um aperto no peito. Sentindo uma necessidade de tê-la mais perto, colou o corpo às costas de Mione, concluindo: – Eu não sobreviveria.

Hermione sentiu a garganta trancar. A vontade de chorar superou o cansaço. Lágrimas quentes escorreram de seus olhos.

– Shiii... Não chore... Não chore – Snape disse, virando-a vagarosamente para ele. Depositou um beijo na testa da mulher. SUA mulher.

Hermione levantou um pouco o rosto em busca dos lábios finos dele. Sentia-se vulnerável, e somente os braços dele lhe davam conforto. Sentiu a boca do homem. Tateou com a língua. Era tão bom sentir o sabor dele outra vez.

Snape entreabriu os lábios, sentindo o sabor inebriante de sua mulher. Lábios quentes e macios. Ele deliciou-se com a pequena língua tímida que o provava. Logo, aprofundaram o beijo.

Ficaram sem ar. Snape sentiu uma pequena mão trabalhando na ruptura dos botões de sua camisa. Olhou-a pasmado. Era, no mínimo, inacreditável vê-la disposta a transar. Ela que quase morrera há pouco menos de meia hora atrás. Mas, para Mione, isso era tão absurdo quanto ser curada sem varinha. Snape havia buscado a magia enclusurada e liberado-a da mesma forma que fazem as crianças bruxas (algo impensado uma vez que ao adiquirir destreza com a varinha, os bruxos deixam de ser capaz de tais feitos)... Como já dizia o filósofo, o que não mata, fortalece, e aquilo, com certeza, não a mataria... Era o dia dos milagres. O papa deveria beatificar Snape por avigora-la, afinal sexo é um ato divino.

– Hermione. – ele falou brandamente. – Você está fraca... Estamos... presos... – ele tentou, mas um arrepio o traiu, quando ela finalmente alcançou o último botão e passou para a calça.

Hermione beijou-o novamente e sorriu, por baixo dos lábios dele, ao tocá-lo. A situação era cômica de tão desesperadora. Estavam presos, ela ainda convalescente, sem comer há um bom tempo e Severo ainda machucado, com pontos no braço. Mas, apesar disso tudo, eles estavam indóceis, prontinhos para o ato. Parece que o desejo de tê-lo dentro dela repôs todo o sangue que ela tinha perdido. Ela se sentia incrivelmente bem.

Ela abaixou as calças dele até o meio da coxa, e ele levantou a camisola dela manchada de sangue até o abdome. Não se sentiam seguros para ficarem totalmente nus.

Severo ajudou-a com a calcinha de algodão que ela vestia.

A perna masculina colocou-se entre as pernas de Hermione, afastando uma da outra vagarosamente... delicadamente. Tão mansamente que ela chegou a ficar impaciente. Mas logo ele colocou-se sobre ela, equilibrando-se entre os cotovelos apoiados na cama e os dois joelhos entre as pernas abertas de Mione.

Apesar dos cabelos negros caídos esconder parcialmente o seu rosto, os olhos, tão intensos, de Snape refletiam perfeitamente a luz da pequena janela retangular. Ele estava finalmente sobre ela, e isso a deixava confortável e dava a ilusão de que tudo se resolveria.

Resfolegou ao senti-lo rijo contra a sua cintura. Ele ofegava, tinha os lábios entreabertos e a face relaxada. Mas Snape não ousava baixar uma mão para se encaixar nela. Parecia temer perder o equilíbrio, cair sobre ela e acabar por machucá-la. Tentava, sem as mãos, entrar nela.

Mione podia ajudá-lo se quisesse, guiando-o para dentro, mas as investidas falhas, além de engraçadas, eram prazerosas para ela, principalmente quando ele, em mais uma tentativa desesperada, pressionava o local acima de sua abertura.

– Hermione... – ele disse como se suplicasse por ajuda – Eu estou com medo de machucar você... Será que você poderia...

– Não. – ela disse com uma risada rouca – Você está indo bem. E eu não quero fazer esforço.

– Ahhh... Isso é tortura sabia? – ele falou, investindo contra ela novamente.

Ela o sentiu escorregar para cima mais uma vez, indo de encontro, novamente, ao ponto de maior prazer dela. Apertou a cabeça no colchão. Ele se afastou e grunhiu em agonia por não conseguir, novamente, invadi-la.

– Tortura? Tem certeza? – Mione falou agarrando o membro finalmente.

O jogo havia acabado. Ela o queria preenchendo-a no sentido primeiro da palavra. Observou quando ele fechou os olhos, levantando as sobrancelhas, para aproveitar o toque das mãos dela. Posicionou-o, e, em seguida, ele aprofundou-se na maciez quente e úmida do corpo dela, sentindo um arrepio subindo do ponto em que estavam ligados até o pé da nuca. Gemia baixo e rouco, a cada centímetro mergulhado nela.

– Severo. – Mione gemeu baixinho.

De repente, os olhos negros intensos colaram-se nos dela. Travou a mandíbula para refrear o prazer que o inebriava e saiu vagarosamente até a metade para, logo em seguida, aprofundar-se novamente. Hermione revirou os olhos ao senti-lo movimentar-se para dentro e para fora dela. Abaixou um pouco o corpo para permitir uma fricção maior entre o membro dele e o seu clítoris e, sem pudor, dobrou os joelhos e afastou-os mais, para permitir que ele afundasse completamente nela.

O furor do momento era sublime. Mais e mais forte, ele investia contra ela. Snape já havia esquecido do cuidado e do temor em machucá-la, afinal aqueles gemidos e aquele rosto contorcido de prazer não podiam pertencer a uma mulher frágil e adoentada.

Snape agarrou a cabeceira da cama, que rangia ruidosamente, para deixá-la mais firme e, sem medo, acelerou as investidas. Ela levantava a cabeça, apertava os ombros no colchão velho e, esporadicamente, apoiava-se nos pés para levantar o quadril. Ele sentia o corpo dela se contraindo, como se quisesse prendê-lo dentro de si.

Mione já sentia o início do ápice. Mordeu os lábios sem clemência para suprimir os gritos. De repente, a sensação aponderou-se dela. Ela ainda juntou forças para agarrá-lo num abraço de perna.

Snape quase não resistiu, quando ela, trêmula, o apertou. Mergulhou nela uma, duas, três, quatro, até que, na quinta vez, aconteceu. Ele agora transbordava, e era maravilhoso. Ele ainda a penetrou mais duas ou três vezes, como se para retardar a sensação de estar unido à mulher amada.

Largou um braço de cada vez da cabeceira da cama. Estava tremendo do cansaço e prazer. Lentamente retirou-se dela.

Hermione o beijou delicadamente e virou o corpo de lado, dando espaço para Snape deitar-se. Ele abraçou-a por trás, puxando-a para si e, numa pequena acrobacia, cobriu os dois com um lençol que se encontrava aos pés da pequena cama de solteiro.

E, assim, os amantes adormeceram para o mundo.

sssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
1 “Ainda um beijo em seu rosto pálido/ E nesses lábios outrora tão quentes – Meu coração! Meu coração”. Lord Byron: poeta romântico inglês do séc. XIX.
2 Biblia.

ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
Auhauhauha
Primeiro de tudo tenho que agradecer de novo a Flavinha.O que dizer dessa minha beta? Oxi minininha porreta! kkkkkkkkk
Ela vem dando autos toques nessa fic. Já tem texto dela aqui no meio (não especifiquei pq queria evitar a fadiga. u.u Mas a parte dos fedidinhus eh dela! Deu todo um charme! Morri de rir! Ficou perfeito!) E todos os trexos que ela escreve se encaixa perfeitamente no estilo despojado que eu gosto!
Fla, não sei o que vou fazer sem vc. Ainda bem que larguei esse vício de escrever fic (acho que o pessoal aqui notou que não ando att nada). Se não eu iria te escravizar.
Mas assim: Tou com planos de escrever outras coisa. Não de HP “CHEGA DE HP”! Outros projetos, coisas de gente grande. Ai vou querer vc dando pitaco no meu texto! E se eu conseguir ganhar algum nisso vc será beneficiada! XD “morrendo de rir”. Bejokas perfeitoza!

Aos meus leitores: Gente. Estou terminando essa fic (‘Missão impossível’ vai pelo mesmo caminho)... Depois disso acho que me aposento. Tou terminando aqui só por desencargo de consciência.
Mas amo vcs! E se um dia der certo de eu escrever algo só meu (e eu tenho planos para tanto). Ai se acontecer, vou mandar copias de graça pra vcs! (os que me deixão coments, claro! auhsauhsuahsu)





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