Felicidade.
Bloqueio criativo?
Não gente. Só falta de tempo mesmo. Eu não me esqueci de ninguém aqui. E não abandonarei essa fic. E nenhuma outra. Desculpem-me a demora.
Ah... e vejam vcs...olha só a sorte: Mais um pouco eu não entregava esse cap essa semana. Pq?
Bem... Eu tive meus indicadores dilacerados por um filhote de jaguatirica.
¬¬
Bom, foi um gatinho mesmo... Mas o fato é que estou sem meus indicadores, e como eu sou uma digitadora profissional (sendo irônica), isso acabou me atrasando mais ainda.
Bom, mas demorou mais saiu. Vcs verão uma Nc nesse cap. Plz, não se assustem com ela.
Bom, esse cap é o mais longo da série. 19 pg no word. Espero que vcs achem que a espera tenha valido à pena de esperar.
E COMENTEMMMMM!
Ehehehehehe.
(OBS.: Agradecimentos num “não cap 24” Amanhã eu o postarei)
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Capítulo23.
Krun caminhou por entre as mesas vazias do velho pub ‘Cabeça de Javali’. Procurava um homem de vestes negras de mestre.
- Senhor Krun. Vejo que é pontual. – Disse Snape chegando por traz e pegando de surpresa o ajudante.
- Sim senhorrr – Vitor respondeu ao virar-se. Olhava surpreso para o mestre de Hogwarts, pois notava que este estava corretamente vestido como um trouxa normal. Calça jeans, camisa com o ultimo botão da gola desabotoado, um paletó bem informal, sobretudo, e para completar o visual estranhamente despojado, o mestre tinha os cabelos negros amarrados em um rabo de cavalo alto.
Ao ver o espanto de seu ajudante, Snape falou impaciente:
- Não esperava realmente que eu andasse com vestes bruxas no mundo Trouxa, não é mesmo senhor Krun?
Na verdade, era exatamente o que Krun esperava. Durante o trajeto até o pub ele até ensaiara métodos de abordar o professor para convencê-lo eventualmente à transfigurar as vestes bruxas em roupas trouxas. Mas em vista do olhar assassino de Snape, ele preferiu não expor seus pensamentos anteriores e apenas respondeu:
- Não senhorrr. Eu saber que a senhorr ser sensato.
Snape arqueou uma sobrancelha em descrédito, e pegando um pouco de pó de flú disse:
- Conversei com as famílias que tiveram parentes afetados e pedi autorização para fazer a visita via rede de Flú. – Jogando o pozinho nas chamas da lareira do pub, ele chamou o primeiro endereço e acenou com a cabeça para que seu ajudante entrasse primeiro.
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Snape e Krun visitaram inúmeras residências bruxas durante a manhã. A lista estava quase no final. Coletaram amostras de solos, plantas, e água, e agora despediam-se da senhora e do senhor Spencer e seu marido. Aquela era a penúltima casa. Apenas mais uma residência e poderiam finalmente encerrar as atividades para irem ao castelo de Hogwarts almoçar.
- Muito obrigado senhora – Disse Snape formal.
- Não foi nada. Meu filho está à meses sem conseguir realizar um simples feitiço Wingardiun-Leviossa. – Disse a senhora Spencer sorridente. - Eu sei que o senhor poderá nos ajudar. – Completou ela feliz.
- Espero que sim. – Respondeu Snape com um leve incomodo. Não gostava de ser tratado como herói.
- O senhor deveria ter ganho uma ‘Ordem de Mérlin’ assim como o garoto Potter. – Disse o senhor Spencer.
- Eu não fiz mais que minha obrigação. – Falou Snape levemente encabulado.
- Eu não estou falando de ter ajudado à derrotar ‘você-sabe-quem’, e sim por ter aturado nosso filho Jonatan! HAHAHAHA – disse o senhor Spencer divertido e logo depois completando com uma sonora gargalhada. – Quando ele soube que o senhor viria, ele tratou de arranjar algo pra fazer fora de casa. – Disse o velho. – Eu pedi para que ele ficasse, afinal o senhor vai precisar de uma amostra do sangue dele, mas ainda morre de medo do ‘mestre de Poções’ de Hogwarts, e preferiu passar segunda-feira na escola para que a enfermeira retirasse a amostra para lhe entregar. – Finalizou o senhor Spencer.
Snape curvou os lábios em um meio sorriso. Saber que mesmo depois de estar fora de Hogwarts seus alunos ainda o temiam, o fazia sentir um estranho prazer.
- Ah, e o senhor não imagina a duvida que ele ficou quando soube que o ajudante do senhor era o famoso jogador de quadribol, Victor Krun. – Disse a Senhora Spencer olhando para o jovem ao lado de Snape. – Mas ele ainda tem tanto medo do senhor professor, que preferiu suprimir o desejo de conhecer o senhor Krun.
- Oh moleque medroso! – Disse o senhor Spencer finalizando com mais uma gargalhada.
- Bem, agora temos que ir. Diga a seu filho que eu mandei lembranças – falou Snape com os olhos faiscando de malícia. Em seguida ele chamou: - Senhor Krun? Vamos?
Juntos os bruxo foram até a lareira da casa, e pedindo licença, aos donos chamaram o ultimo endereço da lista de Krun.
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Hermione e a cientista estavam à porta da primeira casa. Os Spencer haviam concordado de pronto com a visita, afinal, mesmo tendo que manter o sigilo, ainda sim teriam recebido a prime-ministre em sua humilde casa.
Hermione entrou primeiro. Sentia-se encabulada com a situação. A maioria de seus seguranças trouxas haviam ficado do lado de fora da casa, mas dois acompanharam-na juntamente com a cientista que agora era uma amiga também.
- Boa tarde. A senhora deve ser a matriarca da família Spencer. – Disse Mione cordial.
- Sim, sim. Sou eu...
- Será que a senhora poderia dar liberdade à minha amiga, para que ela colha algumas amostras por ai enquanto conversamos?
- Mas é claro – Disse um senhor de meia idade abrindo um sorriso bondoso.
Hermione entrou. Os seguranças olharam atentamente em volta. Quando terminaram a inspeção superficial, Mione pediu-lhes que esperassem à porta. Logo foi convidada à sentar. Ofereceram-lhe doces, biscoitos... Mas ela negou-os. Para sua segurança, ela era proibida de comer qualquer coisa na casa de estranhos.
- Ah... Então. Os senhores notaram algum problema com a criação e a produção... – Mione perguntou cautelosa.
- Sim senhora. - Disse o Senhor Spencer. As coisas que plantamos afetaram nossa criação de ovelhas. Elas ficaram doentes. – Falou senhor Spencer como se lembrasse de um pesadelo. – Mas a coisa, é que os alimentos não estavam estragados. Na verdade não apresentavam nenhuma doença – concluiu o camponês tristemente.
- Hum. E quando vocês notaram que eram a plantação que afetava os animais? – Perguntou Mione.
- Bom... demoramos um pouco pra descobrir... Chamamos muitas vezes o veterinário... E quando o rebanho todo passou a apresentar o problema, nós nos assustamos e chamamos a vigilância sanitária. – disse senhor Spencer dolorosamente.
Hermione ficou calada. Sabia que os animais tiveram de ser sacrificados. E que isso significava uma perda quase familiar para os camponeses.
- As coisas tem sido cruéis com nossa região. – disse a senhora Spencer intrometendo-se.
Neste momento Marilia, a cientista, entrava na sala com uma caixa de isopor tapada, as mãos ainda calçadas com luvas, e segurando alguns objetos metálicos.
- Fico feliz que a senhora não tenha nos esquecido. Estamos todos agradecidos por sua visita e também pela do Mestre de Poções. Sabemos que vocês são muito importantes... – Disse senhora Spencer sem notar que Mione havia ficado pálida. – São Heróis de guerra! – Concluiu a senhora apaixonadamente.
Hermione engoliu em seco e olhou desesperada para o Senhor e para Senhora Spencer. Aparentemente, estes notaram rapidamente que a mulher que agora estavam com eles era uma trouxa.
Ah... A doutora Marília é uma trouxa Senhora Spencer. – Mione disse direta. Ela já sabia qual seria a reação da cientista.
- O que? – Perguntou Marilia ofendida.
- Ah...Trouxa é uma velha forma camponesa de chamar os estrangeiros – Mione dissimulou.
- Ahhh... – a cientista suspirou. Achou que havia sido ofendida... Mas era apenas maneirismos do local, e a ministra devia ter falado com a gíria camponesa para criar intimidade com a família. - A cientista pensou descansada.
- Então... Falavam algo sobre heróis de guerra... Poções... Sobre o que estão falando senhorita Granger? – Perguntou Marilia depositando a caixa no chão, e arrumando despreocupadamente os utensílios de coleta em uma bolsa térmica.
- Nada... Apenas sobre passado... Sobre velhas histórias... – disse Senhor Spencer tentando concertar a impulsividade de sua esposa.
- Rei Arthur, Mérlin, Morgana? Ou algo real? – Perguntou a trouxa sorrindo dentro da caixa de amostras que agora organizava.
Tanto Hermione quanto o velho casal se entreolharam e sorriram, como se o que a moça tivesse acabado de dizer fosse uma piada, apenas para em seguida permanecerem em um silêncio incomodo.
- Ah Merda... – Disse a cientista.
Mione olhou-a, ela ainda não havia acostumado com a moça, que era muito boca suja e impaciente.
- Esqueci de pegar amostra de água. Licença. – disse a trouxa recolhendo alguns tubos de ensaio e a caixa de isopor para fazer a ultima coleta.
Aproveitando a saída da cientista, Mione voltou-se pára o casal. Queria perguntar o que Snape estivera fazendo ali também... Mas a Senhora respondeu-a aflita com a gafe anterior de ter falado sobre o mundo bruxo na frente de uma trouxa:
- Ahhh, desculpe-me... O professor Snape esteve aqui com o senhor Krun, então eu pensei que a moça que te acompanha também fosse bruxa... – Disse a senhora aflita.
Hermione estava perdida em pensamentos. O que Snape estivera fazendo ali. Ela sentia os neurônios fazendo a conexão dos fatos. Subitamente ela voltou-se para o casal idoso e perguntou:
- Por acaso você sabem para onde o professor iria depois da visita que eles fizeram para vocês?
- Ah sim. Ele esta visitando residências bruxas... Pesquisando as razões de um surto de perda de magia na região... Eu o ouvi chamando o endereço da propriedade do Jenows.
Hermione correu para a bolsa térmica que Marilia havia deixado em cima de uma cadeira. Buscava uma lista. Achou. Abobalhada ela viu a propriedade dos Jenows em sua lista de casas à visitar.
- Senhora Spencer... Será que a senhora sabe qual foi a última casa que o professor Snape visitou antes da sua?
- Sim... – Disse a senhora sorridente. – Foram o Klavins.
Hermione gelou ao ver o nome desta família também em sua lista.
Rapidamente ela conferiu alguns nomes com a bruxa mais velha, e em noventa por cento dos casos de perda de produção e animais, se travavam de famílias bruxas.
Algo de muito errado estava acontecendo. Era certo que haviam algumas famílias trouxas em sua lista, mas a coincidência com os casos de perda de magia eram muito estranhos.
Talvez...
Talvez a doença nas plantações pudessem estar sendo realmente induzidas por...
Não...
Ela considerou que aquele pensamento já era muita mania de perseguição. Mas decidiu que deveria tirar a história à limpo.
Assim que Marilia retornou com a ultima amostra. Ela arrastou a cientista para o carro. Inventou um desculpa qualquer para cortar a programação e dirigir-se a casa dos Jenows. Se tivesse sorte, encontraria o professor Snape antes que ele terminasse sua visita à residência daqueles bruxos.
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- PROFESSOR? – Hermione gritou ao ver o mestre abaixado perto de uma pequena cultura, recolhendo amostras e colocando-as em tubos de ensaios arrolháveis.
Snape Levantou-se batendo às mãos no avental de couro para tirar o excesso de terra das mãos. Ele observou a moça de cabelos cacheados correndo para ele desajeitada em cima de um salto fino. Secou o suor que escorria-lhe pela face, curioso pela cena.
Ele arrancou o avental. Um ímpeto de correr em direção à ela e abraça-la o acometeu. Ela corria pelo campo... Tinha os cabelos vivos como cascatas de uma mata virgem tropical. Cascatas castanhas sacudindo à cada galopada que ela dava em sua direção. Queria correr para ela, mas no segundo seguinte se deu conta de quem era novamente. Não iria correr feito um babaca... Era bucólico de mais para um morcegão.
Além disso, três homens vestidos com ternos negros e óculos escuros seguiam-na de perto, correndo atrás dela.
Seguranças.
Então, ele apenas colocou uma mão atrás do pescoço e se alto massageou. Queria sorrir. Mas não sorriu. A imagem era campestre, e enchia seu coração de uma felicidade frutada de esperança.
Ridículo.
Severo Snape. O senhor esta ficando cada dia mais babão – disse a voz irritante em sua cabeça. Com este pensamento ele endureceu o cenho e cruzou os braços.
Imagem é tudo.
- Senhorita Granger. – ele disse com uma sobrancelha levantada – Algo me diz que nosso encontro não é ocasional. Estou certo? – Ele perguntou com o rosto impassível.
- Hermione sorriu ao ver a pele alva do mestre borrada de terra no lado esquerdo da face. Ele deveria ter coçado sem perceber aquela parte...
- Talvez. – Ela lhe respondeu.
- Talvez? – Ele questionou arqueando uma sobrancelha.
- Bem. Se minhas visitas tivessem sido agendadas um pouco mais cedo, nos com certeza nos encontraríamos casualmente.
Ele franziu o cenho.
- Visitas? – Ele questionou.
- Sim. Assim como as suas. Porém o motivo das minhas, e uma doença em plantas que afeta animais e pessoas. E eu trouxe uma profissional trouxa que está pesquisando esta questão e me elucidando determinadas facetas. – Ela falou raciocinando alguns pontos. Lembrou-se de uma reunião, quando a moça havia comentado com certo desespero não conseguir resolver o problema da doença, simplesmente por não conseguir descobrir o organismo causador da ‘mutação’ nas plantas. Talvez não fosse loucura. Talvez houvesse um problema de cunho mágico por traz da doença...
- Hermione? – Snape chamou.
Ela despertou das divagações ouvindo o mestre, que no momento parecia mais jardineiro do que o temível professor de poções, chamar-lhe pelo primeiro nome.
Ela sorriu com o pensamento.
Ele olhou-a desconfiado e desconfortável.
No momento seguinte, esses sentimentos transformaram-se em perplexidade. Ele à viu cuspir na manga da própria blusa e esfregar-lhe a face.
- O que você pensa que está fazendo? – Ele perguntou com o nariz torcido de repulsa, enquanto passava a mão onde ela o havia limpado de forma tão peculiar.
- Você estava sujo ai. – Ela disse apontando para o rosto dele.
- Que nojo. – Disse a moça de avental branco que se aproximava do casal, e que havia observado tudo enquanto se aproximava. – Até pareceu a minha mãe quando eu ainda estava no parquinho. – Disse a cientista sorrindo desdenhosa para Hermione.
Hermione corou. Havia se esquecido que estava em um lugar público, com seguranças e camponeses por perto, e principalmente, sua mais nova amiga, a cientista Marilia, que não tinha papas na língua.
- Quem é a coruja? – Perguntou Snape rabugento.
- É a cientista que lhe falei. – Disse Hermione ainda encabulada. Por um momento ela não havia percebido a ofensa que o mestre havia desferido contra a amiga.
- E quem é a cruza de urubu com morcego? – Perguntou Marilia destilando veneno devido à raiva por ter sido ofendida.
Hermione ofegou. Os dois cientistas (Snape do mundo bruxo e Marilia do trouxa) haviam começado com o pé direito. Ofensas na ponta da língua.
- Marilia, este é o professor Snape. – Disse Hermione.
A cientista ofereceu a mão. Snape olhou-a como se tivesse uma doença. Hesitou.
Marilia percebeu indignada os atos do mestre. Estreitou os olhos com um pequeno plano. Mesmo com a hesitação de Snape, ela ficou com a mão estendida. Dessa forma, quando ele finalmente percebeu que ela não abaixaria a mão antes que ele a apertasse, então estendeu a mão. Porém, antes que as mãos se tocassem, Marilia recolheu a dela e disse:
- Pensando melhor, acho melhor nada de apertos de mãos. Eu preciso colher algumas amostras, e não posso estar com as mãos engorduradas. – O ódio estava gravado em cada silaba que a moça falara. Assim, logo em seguida ela pediu licença para Hermione dizendo que teria que continuar recolhendo as amostras e se retirou da presença do casal sem nem ao menos se despedir do professor.
- Mal educada! Gordinha insuportável! Como você pode contratar e ainda por cima ser amiga de uma pessoa tão arrogante? – Perguntou Snape cheio de ódio.
- Não sei... talvez eu tenha uma espécie de magnetismo para esse tipo de pessoa tão arrogante e intragável. – Disse Hermione sarcástica e levantando sugestivamente uma sobrancelha para o mestre da arrogância. – Qual é? Você começou. Você à tratou como se ela fosse uma doença! – Finalizou Hermione irritada.
Snape não entrou em mais detalhes, reconhecendo que ele não havia sido exatamente cordial com a moça, então desconversou:
- Mas o que vocês fazem aqui? – Perguntou sem curiosidade. Ainda estava irritado.
- Como disse, estou visitando algumas residências que sofreram com a mutação de suas culturas.
- E? – Perguntou Snape arqueando uma sobrancelha.
- E... Que eu soube na residência dos Spencer – disse Mione observando a curiosidade do mestre aguçar pela segunda coincidência. – que o senhor esteve lá, e esteve também em muitas outras que eu e Marilia iríamos visitar hoje, incluindo esta aqui.
- Você esta querendo dizer... – O mestre falou reticente.
- Sim. Isso que o senhor está pensando. Que tudo pode ter relação. – Respondeu Mione.
Ela viu o olhar perdido do professor. Ele parecia considerar a afirmação.
- Essa doença nas plantas, bem, foi constatado que ela afeta animais. Ela se muta de forma à tornar-se uma espécie de veneno... E ela pode, e já atingiu, seres humanos. É engraçado, que estas residências bruxas, não tiveram casos da doença em pessoas, a não ser a perda de animais... Enquanto nas trouxas... As pessoas que consumiram os vegetais, desenvolveram problemas de saúde... E ainda pode ser pior... Os estudos ainda não estão completos, mas à indícios, que a exposição à esse tipo de alimentação possa causar câncer...
Snape considerou.
- Quer dizer que só não houve caso de envenenamento de pessoas entre residências bruxas?
- Correto. E é por isso que eu e Marilia estamos aqui. São propriedades afetadas, mas que não possuem caso de pessoas doentes. E eu não sabia que essas propriedades eram bruxas até ouvir que o senhor esteve na residência dos Spencer.
- Já pensou que pode haver um fundo de cunho mágico? – Perguntou Snape agora muito interessado.
- Sim, e é por isso que quando soube de suas visitas, eu cortei meu roteiro e vim aqui falar com o senhor.
- Gostaria que o senhor visse algo impressionante. Garanto que poderá ajudar muito. – Disse Mione agora com um leve desconforto. – Será que o senhor pode nos acompanhar?
- O que? – Snape perguntou aturdido. Só gravava registrava o uso continuo do tratamento ‘senhor’.
Será que a bruxinha estava tentando afastar-se dele? Esta seria a única explicação...
- Nos acompanhar sabe? Eu e Marilia... – ela disse.
- Não. Definitivamente não. – Respondeu Snape certeiro. Ele acordou das divagações ao ouvir o nome da cientista.
- Mas tenho certeza que o senhor pode esclarecer mais sobre o assunto do que a minha cientista – Mione adulou.
Snape sentiu o ego flutuar um pouco, então disse:
- Com certeza eu poderia lhe ajudar muito mais... - Além disso, depois nos podemos passar o resto do dia juntos... Ele pensou sorrateiro quando viu um esboço de sorriso na face da mulher.
- Ah certo! Então vou chama-la. Nos iremos correndo para a casa dela. Ela tem um microscópio e algum material na própria casa, assim eu evito me expor de mais indo à uma universidade. – Falou Mione sem dar tempo para que o professor recusasse. E foi para o encontro de sua amiga.
- Espere! – Ele ainda tentou gritar. Mas Mione já tinha ido ao encontro da detestável cientista. Assim ele deixou morrer as palavras quando ela já estava longe: - eu não disse que concordava em ir à casa dela.
- Maldição... Mil vezes maldição! – Ele resmungou alto quando Mione sumiu atrás de um casebre.
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- Mas o que? – A cientista perguntou perplexa.
- É rápido. Eu quero que ele veja as amostras em uma aparelhagem decente, e não posso te acompanhar até o laboratório da faculdade. – Disse Mione tentando convencer a cientista.
- Mas se você diz que ele também é cientista, por que ele não pode pegar as amostras comigo e verificar em um outro laboratório. Olha... A pesquisa é importante, eu não esconderia nada dele. Posso passar os relatórios. – Tentou a trouxa desesperadamente.
- Olhe. Ele é um pouco... Arrm... Arcaico – Mione tencionou. – Ele não tem contato com esse tipo de aparelhagem... – Mione disse comedida - Digamos que ele está mais na raiz da ciência: Aquela que ainda se encontra na filosofia.
- Quer dizer que ele não sabe o que é um microscópio?
- Bem... Acredito que saiba, mas que não tenha um à disposição... – Mione respondeu receosa.
- Mas em que tipo de instituição ele leciona? – disse a cientista – Hoje em dia existem microscópios até em colégios de primeiro grau. E se ele trabalha em uma universidade com o mínimo de conceito, ele terá um laboratório à disposição. – Disse a cientista ranzinza.
- Bem, posso lhe garantir que é uma ótima instituição! – Disse Mione levemente indignada.- Ele trabalha até hoje na escola em que estudei. Um colégio de excelência! – Ele finalizou orgulhosa ao se lembrar saudosa de Hogwarts.
A cientista notou o tom de Hermione. E apesar de achar uma perda de tempo mostrar a pesquisa de sua equipe à um simples professorzinho de escola, ela não questionou mais. Dirigiu-se bufando para o carro, e baixando seu conceito sobre sua nova amiga ministra, que chamava um reles professor de escola pra participar de uma pesquisa secreta.
Hermione sentiu a irritação fluir nas veias contra a nova amiga. Ela percebeu claramente que a moça estava desdenhando da sabedoria de seu antigo professor. É claro que como a moça era trouxa ela não poderia falar sobre Hogwarts, e como os bruxos mais inteligentes e poderosos do mundo lecionaram na escola... e este fato à aborrecia mais ainda.
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Num momento Snape estava resmungando seu desagrado, e no outro já estava entrando no carro junto com Mione a cientista trouxa desagradável. No banco da frente, seu ajudante Vitor Krun, e ele, para seu grande aborrecimento, entre Mione e a cientista trouxa, que ao vê-lo entra no carro ao seu lado, torceu o nariz fazendo pouco caso e claramente esboçando uma cara esnobe. Ela parecia dizer com os olhos que ele nunca estaria aos pés dela no quesito conhecimento.
Inferno! Apenas ele tinha o direito de desdenhar as pessoas! E não poder revidar à altura, e dizer que era o mestre de poções mais famoso e requisitado do mundo bruxo, era uma batata muito grande para engolir.
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Chegaram ao apartamento. Snape olhou à volta com repugnância. Sua masmorra era muito melhor do que aquela caixa de fósforo que ela chamava de casa.
Marilia não perdeu o olhar do professor para sua casa. O sangue fervia de ódio. Então ela quebrou o silêncio e disse:
- Então... er... Professor Snape. O senhor é graduado em que? E por qual faculdade?
- Eu sou mestre em... – nesse momento Mione sentiu o perigo e aliviada viu Vitor Krun cortar o professor.
- Ele fezerrrr química. Qumica em melhor faculdade de Rússia! – Era uma mentira. Mas esta era a coisa mais parecida com a verdade que o rapaz poderia revelar.
- Química? Na Rússia?– A cientista disse mostrando sua descrença e olhando para Krun. Ela não tentou revidar, pois não conhecia instituições de ensino na Rússia – E ainda... Mestre?
- Mas o que um mestre em química estaria fazendo dando aulas em uma escola de segundo grau? – Perguntou a cientista desdenhosa. – Não consegui emprego em uma universidade por quê?
Snape estava louco. Mas não podia revidar. Ter que ficar calado, ouvindo desaforos de uma reles... Trouxa... Fazia-o querer voltar à ser comensal. Em sua mente, os palavrões contra a trouxa eram tão agressivos, que se exteriorizados, fariam os gêmeos Weasleys ou mesmo Mundungo enrubescerem. Mas havia algo de bom em tudo isso: Hermione estava defendendo-o. E parecia muito irritada com a amiga.
- Que tal se nos irrrrmos ao que interrrressa. – disse Krun com um leve desconforto ao olhar a expressão mortífera que o professor exibia para a trouxa.
- Horas, se todos que se formassem fossem dar aulas em faculdades, quem ensinaria as crianças para que elas pudessem ir para a faculdade? – Hermione estava no limite de sua paciência, e ao dizer isso, ela foi até um pouco rude, ignorando até a tentativa de Krun para leva-los logo ao assunto em questão.
Não escapou de Marilia, a cara de satisfação do professor ao ser defendido pela ministra, e nem a irritação desta ao defender sem êxito seu antigo professor. Algo não estava certo. A ministra parecia alguém de bom senso, mas ao lado do ‘Drácula’ ela parecia perder a razão. – Marilia sorriu com a comparação. Era perfeita. A ministra parecia ter sido mordida pelo vampiro...
De repente um estalo na mente da cientista. SIM! A ministra... Sim... Apaixonada... Pelo antigo professor! Era lógico! Só assim para uma mulher tão inteligente defender uma criatura tão insuportável. E pensando bem... – Ela considerou olhando para o homem de preto com os cabelos amarrados. – O diabo é bem bonito. – pensou - O típico ‘macho’ agressivo que não se faz mais... Agora a Inglaterra estava cheia de Bekinrans e narcisistas que mais pareciam mulheres disfarçadas de terno. Mas não poderia ignorar a arrogância do homem. Ele à maltratara à primeira vista. Agora teria que agüentar! – Coruja... – ela pensou no insulto do professo enquanto passava a mão sobre o nariz grego e fechava os grandes olhos castanhos. – Ele é que não enxerga aquele cabo de guarda-chuva que chama de nariz... – Finalizou o pensamento zangada.
Hermione olhou para Snape como se o quisesse acalmar.
- Que tal nos mostrar logo as amostras? – Disse Mione com o rosto ameno para a cientista que agora olhava-a com uma sobrancelha levantada que dizia por si só: Eureca.
- Sim. – Respondeu seca, indo para o quarto que utilizava como escritório e logo depois aparecendo trazendo um reluzente microscópio branco e prata nas mãos.
Snape à observava com curiosidade. E a cientista não perdia um movimento facial deste em quanto montava o aparelho e preparava as amostras para o teste. Ele parecia realmente não conhecer um microscópio. Mas como um químico poderia não conhecer um microscópio. Na própria faculdade ele teria utilizado um. O objeto era uma invenção antiga, então ele não teria ao menos a desculpa de não ter no tempo dele. – ESTRANHO – Ela pensou.
- Aqui – a moça disse apenas apontando o microscópio para Snape. Ela queria saber até onde ia a ignorância do homem quanto ao aparelho.
Porém, para o desgosto de Marilia, Mione colocou-se à frente, olhou séria para Snape, pedindo intimamente para que ele prestasse a atenção, e olhou no microscópio ajustando as lentes.
- Surpreendente – Disse. – Eu ainda não consigo acreditar nesse processo... – Finalizou Mione cedendo espaço para Snape observar.
Ele notou que o aparelho tinha muitas lentes como um ‘telescópio’, e concluiu que o objeto devia aumentar o que se estava vendo, assim como um telescópio aumentava as estrelas. Então permaneceu com a face impassível, e arqueou as costas para frente para poder observar pelo microscópio, assim como Mione. Percebeu que as lentes estavam desfocadas para ele, e assim como Mione, mexeu em uma ‘rodinha’ para ajusta-las.
Assim que conseguiu ver a amostra, milímetricamente detalhada, bestificou-se. Aquele objeto poderia ser utilizado com êxito em poções para se observar reações.
Voltou o olhar para Mione fascinado. Ela lhe sorriu, sabendo o que deveria dar de presente ao professor no natal.
- Vê? – Cortou a cientista.
- O que? – Ele disse sem pensar ainda bestificado com o microscópio.
A cientista olhou-o desdenhosa, e disse:
- A mutação na amostra... É só entrar em contato com outra normal, que a reação de mutação acontece. Instantânea. E vai se espalhando pelas outras células. O que é realmente estranho para quem entende de biologia, pois uma mutação como essa demoraria centenas de milhares de anos para se desenvolver normalmente. No entanto, aqui ela é rápida, o que nos faz pensar que há um agente catalisador. – falou ela com soberba.
Snape entendeu. Não era um imbecil, e por ser mestiço, adquirira o habito de ler livros trouxas também. Dessa forma, sabia mais sobre Darwinismo e sobre mutações, do que deixava os outros saberem.
Ele observou novamente a amostra através do objeto. Por ter ficado impressionado e interessado no objeto, ele não prestara verdadeiramente a atenção na amostra.
Perdeu o fôlego.
Se aquilo não era uma reação mágica, ele não podia mais ser considerado um bruxo. Parecia a reação de um feitiço de transfiguração, porém em escala menor, e com reação em cadeia.
Olhou para Mione, e esboçou um sorriso satisfeito.
- Suas suspeitas provaram-se verdadeiras prime ministre. – Ele disse com uma expressão zombeteira ao ver a cara pasmada da trouxa. – Veja Victor. – Ele abriu espaço para o ajudante olhar a amostra pelo aparelho.
- E o senhor, em sua infinita sabedoria, poderia compartilhar comigo, reles mortal, a descoberta de ambos? – Disse Marilia indignada.
Mione cortou.
- É uma reação química. – mentiu.
- Mas como se todos os nossos químicos não detectaram? Quer dizer que uma administradora pública, e um professor de colégio salvaram o pais? – Perguntou ela desacreditando.
- Talvez - Disse Snape muito orgulhoso.
- Arrm. Acho melhor irmos então – Disse Krun - Am... Professor Snape, o senhor poderia fazer um relatório sobre suas suspeitas para a cientista... Assim ela poderia tentar confirmar nossas suspeitas... – Vitor estava sentindo o perigo da descrença da trouxa, e sabia que Snape não agüentaria por mais tempo ser testado e provocado sem revidar.
- Claro. – Disse ele com um sorriso sarcástico para a cientista.
Marilia rangeu os dentes e travou a mandíbula de ódio. Eles não poderiam ter descoberto nada em tão pouco tempo. Estavam blefando os três ordinários! – Rapidamente sua estima pela ministra reduziu-se à zero. Acompanhou-os até o saguão do prédio, e antes que Mione entrasse no carro, ela sorriu maliciosamente para Hermione e disse:
- O que a paixão pelo professor de colégio não faz... Pode até cegar para os fatos... – Disse acida. – Talvez a senhorita devesse experimentar algo novo – Disse ela olhando para Krun que estava com a janela do passageiro aberta e ouvia tudo. – Homens não são como vinho. – finalizou a moça arqueando uma sobrancelha sugestivamente para Mione.
Hermione olhou-a assustada. Não assustou-se pelo fato da cientista não acreditar em sua descoberta junto ao professor, ou por ela ter insinuado que deveria ficar com Krun, e sim por estar tão evidente sua paixão pelo homem, que até uma mulher que passara poucas horas observando-os, descobrira que ela o amava.
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- O ministério terá muito o que explicar e o que camuflar. – falou Snape tedioso - Esta será a pior crise para se esconder o mundo bruxo do trouxa desde a segunda guerra. – Finalizou alheio.
Hermione convidara os bruxos para um chá na residência oficial. Ela notou que o mestre não parecia muito satisfeito, e que a acompanhara por... Educação?
Mas não era este o ponto. Snape imaginara-se sendo convidado para uma conversa com a ministra trouxa, mas não esperava que seu ajudante fosse convidado também.
Maldita hora que o havia contratado – Snape pensou raivoso. Ele sabia de um certo baile em Hogwarts... Na época ele não se interessava pela garota, então não fazia diferença. Mas agora. Agora este era o ponto crucial.
- Mas o que estaria causando isso? – Perguntou Vitor com as sobrancelhas juntas de forma à vincar a testa, e despertando o mestre de suas divagações. Ele estava sentado no sofá de três lugares na extremidade oposta à Mione, enquanto o professor parecia incomodo numa grande e confortável poltrona.
- A pergunta, não é o que. E sim: ‘quem’. – Disse Snape significativamente para o ajudante. – Estava claramente irritado. – Alguém está causando isso. E a intencionalidade é muito mais preocupante. – finalizou.
- Eu também penso que pode haver alguém por traz disso tudo. – Disse Mione considerando. – Ela não perdia os olhares do professor para ela... E depois para... Vitor?
- Senhora. O chá – interrompeu a governanta. A mulher assustou-se ao ver Severo novamente ali. Mas não disse nada. Calada ela serviu o chá rapidamente para poder ir fofocar com a criadagem da residência oficial a estranha presença mais uma vez na casa. – Mas alguma coisa senhora?
- Não, muito obrigada. A senhora já pode se retirar. – Disse Mione cortes para a governanta.
No momento que Mione foi pegar um torrão de açúcar para seu chá, Vitor pareceu tencionar o mesmo, e por um milésimo de segundo suas mãos se tocaram.
Terrível situação. Maldita coincidência. Mas no fundo, ela gostou. Era uma pequena provocação ao mestre.
Ela olhou para Snape desconfortável. Decidiu por adoçante, e levou a xícara à boca. Bufou uma risadinha dentro do objeto, ao ver o mestre de poções pegando delicadamente a xícara cheia de rococós rosas, e levando a boca para beber o liquido sem desviar os olhos de Krun.
Ingênuo. Se pudesse sentir o calor que a esmagava toda vez que a olhava daquela forma demoníaca, ele certamente não duvidaria de... De que? Não duvidaria de nada. Ela o queria. O amava, mas as vezes, o fogo era mais intenso que o coração. – Mione pensou olhando divertida para Severo.
Hermione tornara-se uma bela mulher – Vitor pegou-se pensando. – Mas definitivamente, por ser de Drunstrang, ele sabia que tencionar algo com ela era o mesmo que pedir para morrer, vendo que o Sonserino parecia uma serpente pronta para dar o bote se ele tentasse.
Qualquer um poderia perceber a tensão entre o casal.
Uma tensão entre o amor e a selvageria. Ele principalmente via como dissimuladamente o mestre à despia com os olhos. E como ela delicadamente se insinuava à ele. Parecia que jogavam um com o outro para ver até quem ganharia a disputa e conseguiria arrastar o outro com a corda invisível do desejo.
Era quase sensual o modo que eles trocavam olhares furtivos e bebiam o chá.
Já era o suficiente para ele. Então Krun decidiu que mais do que nunca precisava sair dali. Os feromônios do casal, que estavam sendo expelidos no ar já o inebriava também.
- Amm, Me desculpem, mas tenho algumas coisas à fazer em minha casa – Vitor disse cortando o silencio aterrador que se instaurara.
- Ah sim! – Mione despertou. – Vamos. Am, eu tenho uma lareira ligada à rede de Flú em meu quarto...
Snape apertou os lábios em uma linha fina. Quer dizer que ela iria levar o bruxo até o quarto? – Pensou ele rangendo os dentes.
- Ah. Não seria melhor se eu aparatasse? – Krun tentou ao ver a cara do mestre de poções.
- Não! – Disse Mione enfática. – Aqui é muito perigoso. Há muitos repórteres trouxas pelas redondezas tentando uma foto da Ministra. – completou ela divertida.
- Eu também tenho que ir. – Snape cortou a conversa dos bruxos mais novos.
Hermione olhou-o desconcertada. Queria provocar um pouco de ciúmes. Mas não esperava que o Mestre fosse querer ir embora também... Talvez tivesse agido errado.
Ela olhou para Snape colocando a xícara de chá intocada na mesinha. Ele tinha uma feição amarga.
Sim.
Havia exagerado.
- Pois então podem ir os dois pelo meu quarto. Me acompanham? – Perguntou retoricamente e andou em direção ao andar superior.
Snape reconhecia os corredores, e logo avistou o quarto em que uma vez eles quase...
- Aqui. – Mione ofereceu o pozinho do vaso de flor para Krun, que despediu-se jogando o pó na lareira e chamou seu endereço.
Ela o viu girar e sumir nas chamas verdes. Ofereceu o vasinho para Snape.
Ele estava com as mão para traz. Olhou para o vaso. Esticou a mão para ele como se fosse pegar de seu conteúdo, mas ao invés disso, ele pegou o objeto pelo topo, tomando-o da mão da mulher, e depositou-o sobre o console da lareira.
Hermione olhou para o mestre.
- Mais alguma coisa? – Ela perguntou cinicamente.
- Sim. – Ele foi seco.
Pegou-a pela nuca e apertou-a contra os próprios lábios.
Estava cansado do jogo. E agora que havia provado-a, ele não poderia esquecer a sensação. Maravilhosa.
A tensão da separação estranha que precedia aquele momento, o deixara com uma fome doentia por ela. Uma fome que ele nunca sentira antes. Queria a mulher. Mais desejosamente do que nunca.
Puxou o quadril da bruxa contra o próprio.
ATREVIDO – Hermione pensou sorrindo por baixo do beijo selvagem que recebia. Havia ensinado muito bem ao seu aluno. Gemeu. Nunca havia feito dessa forma. Nunca havia sido tomada com todo esse desejo agressivo.
A umidade era incessante. Ela estava sedenta por ele também. Mordeu-lhe o ombro. Satisfeita viu ele gemer. Levantou uma perna e agarrou-o num meio abraço de perna.
SAFADA – Agarrou o cabelo da bruxa e expôs-lhe a jugular. Sugou o pescoço alvo. Cheirou. Provou. Deliciou-se. Voltou até os lábios novamente percorrendo o pescoço da bruxa ora dando mordiscadas fracas, ora violentas. Não a machucaria, mas deixaria sua marca. Queria marca-la. Sim queria.
Mas ela também.
Puxou o colarinho arrebentando os botões da camisa. Expôs o tórax branco. Ele espantou-se com a violência dos botões estourando para todos os lados. Ela apenas arqueou uma sobrancelha e sorriu safadamente.
Nenhuma palavra entre os dois além de gemidos ocasionais.
Colocou as mãos nas costas do Bruxo. Arranhou-o com vontade. Sentindo em baixo das unhas a pele que agredia. Ele uivou de prazer e dor.
Empurrou-a para cama. Arrancou a camisa que já estava aberta. Olhando-a arrancar a blusa na cama, e desabotoar a calça jeans.
Quando viu que ela iria tira a calça, ele pegou-a pela barra e puxou com selvageria, expondo as pernas da bruxa repentinamente.
Ela assustou-se. Com o gesto, e sua calcinha havia saído até o meio da coxa com o ato do bruxo. Instintivamente ela levou a mão ao meio de cintura tentando esconder o que já fora revelado.
Ele sorriu, levantou e abaixou as sobrancelhas rapidamente, de forma divertida. Um ponto pra mim – ele pensou mal contendo uma pequena risada.
Hermione estava vermelha. Sentou-se na cama. O bruxo em pé olhou-a de sua posição de cima, desdenhosamente.
Dè jávu!
Mas dessa vez ela iria até o fim.
Ela abaixou-lhe a calça.
Ele assustou-se e resfolegou com o primeiro toque dos lábios nele.
Aquilo era novo para ele. Por mais que já houvesse imaginado... Era... Sublime.
Um ponto para mim. E estamos empatados – Hermione concluiu sem parar. Ela observou rapidamente o homem olhando para cima, ele engolia em seco fazendo o pomo de adão subir e descer, como se experimentasse uma sensação dolorosamente... Maravilhosa...
Cansou. Olhou para cima. Ele estava vulnerável. Experimentou os dentes levemente. Ele assustou-se e olhou para baixo. Hermione respondeu ao olhar cintilando.
Ele resfolegou. - Era maravilhoso mas...
Afastou-se um pouco para que ela o largasse. Ela observou-o terminar de tirar a calça enquanto se acomodava entre os travesseiros. Esperando-o.
Ele estava pronto. Ela também.
Ele andou de joelhos na cama. SURPRESA! Agarrou-lhe os tornozelos separados.
O sorriso divertido dele em resposta ao medo dela dizia claramente: “direitos iguais”.
Observou-o entre suas penas. Não conseguia mais suprimir os gemidos estridentes que ela nem sabia que poderia fazer.
A boca molhada, macia, a língua insistente... Esta era uma sensação que ela nunca havia provado.
Não estavam mais empatados. Dois à um para ele.
Quando finalmente ele levantou-se, ela estava mole, mas ainda precisava de algo.
Ele também.
Colocou-se entre as pernas da mulher e deixou-se aprofundar. Não precisaram de mãos para se encaixarem. O corpo dele já conhecia o caminho para o interior do corpo dela.
Os corpos brilhando. O barulho do colchão. O sol da tarde na janela. O rosto com pequenas sardas contraído maravilhosamente. Os olhos castanhos fechado e bem apertados. A boca dela rosada, levemente separada mostrando dentes brancos apertados com o clímax.
Ele não agüentou mais que meio minuto depois dela.
Jogou-se ao lado dela na cama, puxando-a de costas para junto de si.
Felicidade.
Isso era felicidade?
Ele estava sorrindo sem motivos em meio a vontade de dormir que agora o massacrava. Com o nariz enterrado em meio a cabeleira cacheada e suada que possuía o cheiro doce de baunilha.
Entregou-se à Sandman junto com ela que já dormia com a respiração pesada.
Você me faz feliz – ele disse baixinho beijando a nuca da moça logo à seguir. Tendo a certeza que ela já dormia, e que não poderia ouvi-lo.
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