O da Lista.
O da Lista!
{ James: o chamado! }
-é tão estranho isso...
Olhei para ela, - vendo poucas pessoas, certamente trouxas, vagando por ali – olhando curiosos para os nossos gigantes malões.
--Depois de sete anos atravessando-a, pensei que já havia se acostumado...
--Exatamente! – ela parou e me olhou. Seus olhos verdes, magnificamente verdes, procuravam entre os meus, alguma explicação. Seus cabelos ruivos brilhavam sobre suas ondas, sutilmente, à brisa. Desistida, recomeçou a andar pela plataforma 9. – Você não acha estranho não ter mais que atravessar essa parede, depois de sete anos fazendo-o?
--Eu não. Sinto alivio. Sempre senti meu estomago revirar ao passá-la.
--James!
--É a verdade... –sorri ao ver sua indignação. –Relaxa, querida. Teremos nossos filhos estudando aqui.
Ela sorriu daquele jeito que sempre me derrete, me beijando de forma quente...
--Não! Seu estúpido! – ouvimos a voz de Anne gritar logo atrás de nós. Como sempre...
-- O que é dessa vez, Anne? – perguntou Lílian ao começar andar ao lado da loira.
Virei-me para escutar Almofadinhas.
--Oras, mulheres. Ela veio me perguntando o que eu sentia ao passar pela ultima vez naquela parede... Não gostou de minha resposta.
--Ah, ela também?
--Literalmente...Mulheres!
Caminhamos por entre as plataformas, que a cada instantes perecia estar mais cheia. Havia trouxas, juntos com bruxos jovens e velhos. Aqueles que saiam de Hogwarts, como nós, e aqueles que procuravam seus pais para contar-lhes tudo sobre o novo ano na escola mágica.
Logo vimos uma morena nos alcançar na multidão que se formava.
--Hey, meninos. – e pela voz, reconheci Gabrielle. – O que acham da idéia de estarem livres?
A palavra soou em meus ouvidos como se estivesse oca e o som ricocheteasse nas paredes. Livres...
--eu realmente gostaria de fazer algo diferente... – ela olhava por entre as pessoas que passavam por nós.
--Terá como agora, como você diz, já que está livre. – disse, ela sorriu sem nos encarar.
--Mas acho perturbador sua forma tão convincente de acreditar que está, realmente, livre...
Ela sorriu mais uma vez, fechando os olhos. Sirius havia percebido o mesmo que eu.
--Desculpe, estou preocupada com Remus. Vocês o viram?
--Do jeito ‘monitor’ dele, não. –respondi para o sua maior preocupação.
--Nem mesmo no ultimo dia a ficar no trem.
--Ah, não. Não acredite, Sirius, que ele lhe apoiara sobre isso.
--Oras, porque? –perguntou Sirius com um sorriso em seu rosto.
--Para ele não é o ultimo dia.—respondeu ela.
--Ah, claro. Remie e suas teorias. – ele é um dos caras que diz ‘nada é coincidência’ e ‘ ninguém prevê o futuro, pois, ele pode ser mudado’. Sim, tem razão, como tanto o apoio. Mas a sua incredulidade sobre isso é quase que inexistente. –e para a sua alegria...Ahn, não é ele ali?
Sirius e Gabrielle esticaram seus pescoços por cimas das cabeças aquelas que passam por nós, e podemos ver um cocuruto castanho e liso e brilhante. O inconfundível cabelo Lupin.
--Ah! Achei vocês. – ele se encaminhou até nós, nem sério, nem sorridente. Não estava mais com malão. – McGonagall havia me chamado.
--É o ultimo dia, querido... – disse Gabrielle.
--Ah, sim. Sim. Não era sobre Hogwarts... –fitei-o profundamente em seus olhos castanhos claros. Estavam preocupados. –Era sobre a Ordem.
Gabrielle me olhou apreensiva.
.-.
{ lily: o maldito ¬¬' }
O que achávamos de estranhos nisso? Oras era o nosso ultimo dia em Hogwarts. Iríamos festejar, namorar, dormir, sei lá. Porque justo agora teríamos uma chamada? DE EMERGENCIA?
Puxei a cadeira bruscamente e sentei-me defronte de Sirius que olhava atônito para a porta. Esperava Dumbledore entrar? Porque Remus não diz logo o que é?!
Que saco!
--Lily. Ele chegou!
Tirei a mão da cara, sentei-me certamente, e olhei para a entrada da cozinha. Ali, em pé, esperando nossa atenção, estava Olho Tonto Moddy.
--han, sem querer interromper... Onde está Dumbledore? – ouvi alguém perguntar lá na frente. Não deu para ver e muito menos reconhecer pela voz. Ainda não conheço exatamente todo mundo da Ordem. Já que a cada dia entra um integrante novo.
--Ele está ocupado no momento e me encarregou de lhes passar um aviso. – Moddy esperou o barulho cessar completamente. – Recebemos informações, de fontes confiáveis, do paradeiro de Lord Voldemort. – alguns muxoxos recomeçaram, Moddy esperou mais uma vez pelo silencio. –Há certas três semanas e meia em que não se tem informação alguma dele aqui no Reino Unido. Mesmo sendo quase que impossível vistoriar cada centímetro de Inglaterra, ou até mesmo de Londres, estamos divididos em procurar seu paradeiro aqui e fora.
Uma mão se levantou.
--E porque não deixar que organizações locais de onde ele está cuide dele? Assim teremos tempo e condições de sobra para proteger o nosso povo britânico!
Varias vozes levantaram como em apoio a mulher que havia dito. Moddy pediu calma com acenos.
--McKinnon. Neste momento, temos a organização mais bem organizada, de todo mundo, os melhores aurores são daqui, da França e do Brasil. É isto que eu acabei de dizer. Iremos nos dividir, alguns irão atrás dele e o resto permanecerá para proteger o nosso povo.
Não houve muxoxos ou cochichos em parte de ninguém. Moddy, então, continuou:
--Foi realizado um congresso de todos os poderes mágicos do mundo e fizeram uma espécie de seleção dos melhores aurores para a busca de Voldemort. No nosso caso, cabe a Dumbledore escolhê-los.
‘Os escolhidos se juntarão com uma tropa francesa, alemã e brasileira, numa média de cinco a sete integrantes cada. Quem quiser se candidatar pode deixar seu nome nesta lista, a qual Dumbledore apontará os nossos escolhidos.
Ele acenou sua varinha ao ar, conjurando uma longa folha de pergaminho pousando na mesa para o primeiro integrante.
--E, respondendo sua pergunta, McKinnon, lá não tem organização alguma.
Pude ouvir ela rir confusa.
--Como não tem? Afinal, de onde estamos falando?
--Da África.
AFRICA?!
Espera, meus ouvidos captaram bem? Eu não ouvi.. sei lá...
--Africa? Foi isso que ele disse? – perguntei para Gabrielle que estava sentada atrás de mim. Ela confirmou com a cabeça lentamente com uma expressão de pura surpresa.
África...Aquele continente...
A sala se encheu de vozes histéricas, pude ver –e ao mesmo tempo não ver – Moddy ainda esperava lá frente.
Voldemort está na África?
Mas...
--Porque na África? – perguntou alguém e o silencio logo se fez. Era a duvida de todos ali.
--Um continente onde há predominação da pobreza, da fome e do deserto. Onde ainda existem conflitos bárbaros entre tribos, uns até canibais, e de fácil...Dominação.
Não precisava mais dizer nada. Estava claro que Voldemort não só desistiu de Inglaterra, como partiu para a dominação do planeta.
É loucura.
Senti algo quente subir minha garganta, de repente, me esquentando por completo.
Me levantei de um salto e sai quase que correndo da cozinha.
Banheiro, onde tem banheiro?
Virei o corredor a esquerda. Apareceram várias portas.
Puta que pariu. Qual será?
--Lily! Lílian! – alguém me seguia e, provavelmente, era Jay.
Continuei a procurar pela porta certa, mesmo sendo por ajuda da sorte. O corredor era sem janela, iluminado por velas suspensas por castiçais pendurados na parede decorada com vários quadros – uns conhecidos e outro nem tanto -. Após passar o quadro de uma loira em que me sorria, olhei para porta. Vou tentar essa.
Abri a porta e deparei com um quarto um tanto estranho.
Era vazio de tudo, composto apenas pela paredes dando ao cômodo um ar cilíndrico, tendo uma grande janela defronte a porta e um sofá redondo bem no meio, de cor avermelhada como sangue.
O sol entrava com força na sala fazendo o céu parecer meio amarelado.
Desci um degrau em que separava o nível do sofá do resto da sala redonda vazia.
A porta se abriu atrás de mim.
--Lily...
Fechei meus olhos e lembrei...
Levantei-me com certa dificuldade, sentindo terra em todo meu rosto, e uma dor imensa em minha perna direita.
Levantei a cabeça e pude ver que a batalha havia acabado, e o que só se via era corpos e escombros. Vestígios de uma guerra...
Olhei-me aos lados, os corpos ali estavam desacordados.
Sentei-me, ou pelo menos tentei. Olhei para minha perna e percebi que o corte era bem maior que eu esperava.
--Lilian?
Olhei para cima e o vi...
--Lilian...
Abri meus olhos e vi o me olhando apreensivo. Segurei suas mãos.
--Severo...
{ Sirius: agora é a escolha! }
--Não tem o porque não ir, não é mesmo? Pelos menos colocar o nome na lista, já que não serão todos os escolhidos...
Claro que não. Você tem a chance de ser escolhido ou não. Mas se for... Você terá de ir a... África!
Nunca pensei nela desta forma. Sempre foi para mim um continente distante, com seus problemas BEM distantes de mim. Nunca pensei assim...
--nunca me imaginei na África. – ouvi a voz de Gabrielle dizer. – Quer dizer, o que é a primeira coisa que você pensa quando escuta: África?
Deserto, seca, pessoas fracas, magras e com muita fome. Tribos violentas e canibais. Quente, muito quente.
--é claro que não é tão simples assim decidir... Mas, pense bem, você tem a chance de participar de um grupo a fim de salvar o mundo !
Jack parecia mesmo super entusiasmado com a idéia e tentava convencer Anne de colocar seu nome na lista. Liza, porém, diz que há coisa mais além disto...
É claro: riscos enormes, de saúde, de vida!
--Ou é você, ou é o mundo.
--eu poderia ser só uma a mais. – ela dizia segurando a pena nas mãos ainda indecisa. James interveio.
--Anne, claro que não! Todas as vezes que lutamos contra os Comensais, quantas não ganhamos? E quantos você não matou? Você não será uma a mais, pode ter certeza.
Pensando por esse lado, sempre fomos bons aurores, não? A Ordem funciona graças a nós, em geral.
--TÁ. – gritou Gabrielle. Todos as fitaram. – fazemos o seguinte. Não colocaremos nossos nomes, por ora. Pensemos para tomar a decisão mais sábia. Passe para frente Anne. – a loira olhou para os outros a sua volta. Frank que apoiava Liza concordou, assim como Jack convencido; Gabrielle e James também. Anne olhou para mim e demorou o olhar.
--GENTE, É A ÁFRICA! – gritou Jack desesperado.
.-.
{ James: ela está...? }
Levantei da mesa. Mas ninguém percebeu, mesmo assim. Não, não seria pela confusão criada por uma simples folha...
Alguém percebeu que Lílian não está na sala? Alguém?!
Adiantei-me para o lado de fora. A casa só não estava mais silenciosa que antes porque nunca esteve. Ou pelo menos não me lembro de ver os corredores TÃO quietos. Acostumei-me a ver sempre gente indo e vindo, discutindo e rindo, apressados ou só vagando por aí. Tanto porque Lílian sempre estaria a frente dessas confusões e agitações. Ela seria a primeira a se apresentar para a Tropa.
Virei o corredor e vi as velas suspensas acesas, como se alguém já passasse por aqui. Sei disso pelas velas serem enfeitiçadas para acenderem sempre alguém passar. Mais a frente vi uma porta com intenção de ser fechada.
--Você sabe disso não sabe? –a voz era de Snape. Certeza!
--Eu sei, Severo, mas eu não vou conseguir. – me aproximei para escutar melhor. É, eu também não acredito que estou escutando por detrás das portas...
--Você é forte, sim. É só esquecer...
--Esquecer? SEVERO EU ESTOU...
LILIAN?!
--Espere!
Escutei o rumorejo de roupas em direção a porta. Olhei para ela e vi minha sombra adentrar a sala.
.-.
{ remie: sem opções?! }
Este clima parece-me igual ao da ultima escolha... Não é de hoje que seguimos os passos de Voldemort por pura dedução.
Qual seria essa fonte de Dumbledore? E se Voldemort não estiver lá de fato?
Não é tão simples assim por o nome para ir a África e lutar contra Voldemort lá. Não é! Além dele, lutaremos contra os próprios africanos e suas doenças. Um suicídio por o nome na lista.
A lista? Já está a muito tempo nas mãos daqueles novatos na Ordem. E pela agitação, torcem por serem escolhidos.
Como podem?
--Lupin?—Mcgonagall nos fitava do outro lado da mesa, paciente. --Gostaria que me acompanhasse até a sala ao lado. Black, Potter, Evans, Happer, Longbottom, Zeggers também.
Levantei-me como McGonagall pediu, e com mais todos os outros a seguimos até a sala ao lado.
Ao abrir a porta, atrás da escrivanhia, por trás de seus óclinhos de meia-lua, Dumbledore nos aguardava.
--Penso que vocês estão dispostos a irem para a África, certo?
A sala redonda repleta de objetos distintos e significativos, para dumbledore, silenciou-se. Dumbledore sentado em sua cadeira nos fitava nos olhos, um por um. Fawkes limpava suas penas em seu poleiro logo ao lado da escrivania de Dumbledore.
Ninguém respondeu. Dumbledore levantou.
--Senhor... Não teríamos algum tempo para pensar? – perguntou Gabrielle com voz macia. Dumbledore seguiu para a janela.
--Voldemort não tem muita vantagem sobre nós com seu exercito de seguidores, você bem sabem disso. Mas a população da África é de mais de 800 milhoes de habitantes, cerca de um sétimo da população do mundo. Vocês acham que eu faria isso se tivesse outra escolha?
Ele virou para nos encarar, percebi seus olhos tristes.
--É que não confio em mais ninguém.
._.
Nota da Autora:
Então eu te pergunto: O que você acha da África?
Desertos, fome, analfabetismo, violência, turismo, o lugar mais belo do planeta ou se arrisca em dizer “Não sei, não conheço” ?
Então conheça!
Nos próximos capítulos, tudo da África para você. Tenho certeza, que como eu, você irá se encantar.
Pássaros cantavam ao fundo, esquilos a acompanhavam em seu trajeto pelos troncos das arvores. Não muito longe, Lílian pode ver as arvores se abrindo para um vasto campo florido, o céu azul ensolarado com uma brisa aconchegante.
( ... )
Vejam essas imagens e mentalizem o espaço em que voces tem de aparatar. É o Egito a próxima parada.
( ... )
--Porque hoje pode ser a nossa ultima estada juntos. Eu realmente gostaria que voce soubesse disso... eu...
Anah Whigs
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