Quase uma despedida




- Harry! – Gina desceu as escadas correndo e parou esperando alguma reação dele. Paralisado por uns instantes, levantou e andou até ela.

- Vamos lá pra fora... Ham... Hum... Sua mãe. – Sussurra Harry ao ouvido de Gina.

- Ah, pelo amor de Deus! – Diz Gina beijando-lhe os lábios.

- Bom Lupin, como vai o namoro ein? – Pergunta senhora Weasley tentando disfarçar.

- Ah... Vai bem... – Responde Lupin corando as bochechas ligeiramente.

- Namoro? Conta pra ela amor! – Diz Tonks assumindo uma cor bem mais rosa nos cabelos.

- Bom, estamos noivos... – Conta Lupin atordoado.

-VERDADE? Mas que maravilha! – Comemora Sra. Weasley desviando o olhar para Harry e Gina - Mais um casamento... Ei Harry querido, quer comer alguma coisa?

- Ah... Sim, por favor, Sra. Weasley... – Aceita Harry envergonhado.
Gina vai até a mesa e senta convidando Harry com a mão a se sentar ao seu lado.

- Bom, Arthur não está aqui porque ultimamente no ministério tem tido muito trabalho, sabem!- Comenta Sra. Weasley fazendo panquecas com leves acenos com a varinha - Coitado, às vezes nem vem dormir! Ministério, Ordem... Está cheio de olheiras! Tendo alimentá-lo bem quando está em casa... Acho que está meio fraquinho!

- Molly, Arthur sabe se cuidar... – Diz Lupin parecendo cansado de tanto Sra. Weasley falar sobre aquele assunto.

- Mas... Mas... Ah tudo bem... – Suspira Sra. Weasley que com um aceno de varinha, orientou as panquecas nos pratos para pararem na mesa a frente de cada convidado. – Tempos movimentados... Não vejo a hora de acabar tudo isso...

Harry engasgou-se com sua panqueca e Gina precisou dar-lhe tapinhas pra que parasse de tossir.

- O que houve Harry querido? – Perguntou Sra Weasley preocupada. – Quer um copo de leite?

- Ah... Não, obrigada Sra. Weasley. – Responde Harry - Só... Só panqueca está bom.

Passados uns minutos em silêncio enquanto comiam, ouviram um barulho vindo das escadas.

- Mione, por favor pára! – Exclama uma voz bastante conhecida e querida por Harry.

- Eu pararia se você não fosse um trasgo com uma varinha! – Exclamou outra voz alarmada também conhecida e querida por Harry.

- Mas que di... Harry! Caraca! Nem ouvimos você aí! – Rony apareceu ao pé da escada com o rosto cheio de arranhões - Estávamos... hum...

- Ele estava tentando levitar as roupas dele quando eu entrei no quarto e ele conseguiu transformá-la em um furão. – Apareceu ao pé da escada, Hermione com o rosto vermelho. – Estava tentando tirar esses arranhões! – E pegando Rony de surpresa, apontou a varinha pra ele e os cortes sumiram. Estava tão boa em feitiços em silêncio que começava a assustar;

- Ah obrigado. Mas você me desconcentrou Hermione! – Revida Rony virando-se para a amiga.

- Ah, pelo amor de Deus! Tudo bem Harry? – Pergunta a amiga virando-se para Harry. – Estava preocupada com você sabe! Embora o Rony seja um idiota vestido de roupas e fique falando que você sabe se cuidar, sou sua amiga sabe, e me preocupo com você... Pensei que iria... Ham... Hum... Fazer uma besteira sabe... Bom, você sabe... Sem a gente... – Disse Hermione diminuindo a voz, o que não era necessário, pois naquele momento Lupin, Tonks e Sra Weasley estavam entretidos no que parecia ser uma interessante conversa.

- Se vocês querem ir, vão. Eu que não vou impedir. Mas preferia ir sozinho. Vocês sabem que é perigoso não é? Não gostaria de perder nenhum dos dois... Mais do que eu já perdi... – Sussurra Harry com os olhos ardendo...

- Ei, espera aí, eles vão e eu não?

- Gina, você fica! – Diz Rony rudemente.

- Não mesmo! Você acha que é muito importante né seu babaca ruivo! Acontece que eu posso ir sim! Se eu quiser vou! Sou namorada dele! – Exclama Gina alterando-se.

- Ir para onde Gina? – Pergunta Sra. Weasley alarmada.

- Hum... Jogar quadribol... Hum... Lá fora. – Responde Gina rapidamente.

- Rony! Sua irmã pode sim se ela quiser! – Briga Sra. Weasley virando-se para Lupin. – O que ia dizendo mesmo querido?

- Ia dizendo, bom, que eu e Tonks vamos indo. Coisas da Ordem. Talvez passaremos aqui para jantar, se não aparecer mais contra-tempos sabe...

- Ah claro! Levo vocês à porta. – Diz Sra. Weasley andando até a porta e abrindo-a. – Até à noite então queridos. Tentem vir mesmo.

- Ah, pode deixar Molly, nós viremos se possível. – Conclui Lupin saindo pela porta.

- Tchau Molly! Tchau gente! – Despede-se Tonks animada. – Até à noite talvez!

- Tchau Tonks – Disseram todos juntos.

- Bem, queridos, por que não vão jogar um pouco de quadribol? – Pergunta Sra. Weasley sorrindo.

Passaram a manhã e a tarde toda jogando quadribol. Só pararam para almoçar. Hermione melhorou muito voando, mas continuava ser péssima com a goles.

- Bom, pelo menos pra viajar já estou bem. – Disse ela ao voltarem pra casa.

Quando chegou a noite, todos já tinham tomado banho e esperavam os convidados.
Quando Hermione e Gina conversavam animadamente sobre azarações e Harry e Rony jogavam Xadrez bruxo, a campainha tocou e todos olharam para a porta.

- Quem é? – Disse Sra Weasley trêmula.

- Arthur, Remo, Tonks e Moody.

- Ah que bom! – Disse Sra. Weasley tentando abrir a porta.

- Molly não! Qual a senha? – Ouviu-se a voz do Sr. Weasley atrás da porta.

- Ah, pelo amor de Deus... – Reclama Sra. Weasley indignada.

- Só nessa papai, já sabemos que é você. – Diz Rony rindo. – Que comensal ia esperar pra dizer a senha e não entrar logo de uma vez?

- Acontece, que nem abrir a porta sua mãe pode fazer! Mas já que fez... – Diz Sr. Weasley entrando. – Molly, você sabe que isso é importante.

- Dumbledore dizia que achava isso bobagem. – Diz Harry repentinamente assustando-se.

Todos ficaram num silêncio pesado cheio de dor.

- Desculpem... – Diz Harry tristemente.

- Ah, tudo bem Harry querido... Sabemos que você, mais que nós, sente a falta dele... – Consola-o Sra. Weasley com pena no olhar.

- Bom, crianças, é melhor vocês jantarem e irem durmir. Fiquem sabendo que vai ter um teste de aparatação no ministério amanhã.

- Nós não precisamos dormir cedo. – Diz Hermione orgulhosa. – Gina não tem idade, e eu já passei ano passado. Não tão bem quanto eu queria, mas acho que foi...

- Mione, dá pra calar a boca? – Resmunga Rony contra-feito.

Hermione mordeu o lábio e parou de falar.

- Bom, então Molly, pode servir o jantar? – Pede Sr. Weasley – E Harry, acho que nós temos que conversar.

- O que exatamente senhor? – Pergunta Harry assustado.

- Duas coisas... Primeiro, Gina. Estão namorando é? – Pergunta Sr. Weasley levantando uma sobrancelha.

- Ham... Hum... Sim senhor... – Responde Harry envergonhado.

- Ah papai... Por favor... – Suplica Gina corando.

- Bem, não que eu não me importe com isso, mas melhor você do que qualquer outro não é mesmo? – Diz Sr. Weasley dando um sorriso a Harry que ficou bem mais calmo.

- E qual era a segunda coisa, senhor? – Pergunta Harry curioso.

- Hogwarts não vai abrir esse ano. O que é muito bom pra você, que deve estar pensando em seguir seu rumo não é mesmo? – Pergunta Sr. Wesley já sabendo a resposta.

- Ah... Sim, senhor. – Responde Harry. Tinha que falar a verdade. – Senhor, Rony e Hermione vão vir comigo... Bom, sei que Hermione não é sua responsabilidade, mas... O Rony é e...

- E eu também! – Grita Gina indignada.

- O Rony pode ir se ele quiser porque... – Começa Sr Weasley.

- O QUE? MEU RONIQUINHO? NÃO MESMO! NÃO VAI NÃO! – Grita Sra. Weasley bem alto com um ar de preocupação e tormento em seu rosto.

- Molly... Ele pode... É maior de idade. – Responde Sr. Weasley calmamente.

- Mas... Mas... Ah Arthur! Já não basta Carlinhos longe, Gui quase casado e na ordem, Percy não fala conosco, Fred e Jorge no Beco Diagonal... Ah não! Meu Roniquinho não!

Rony ficara extremamente vermelho aquela altura. Provavelmente com raiva de todo aquele drama em relação a ele.

- Ah, Molly. Sinto muito, mas não criamos nossos filhos pra gente... Nós criamos pra eles irem embora... É natural. – Responde Sr. Weasley carinhoso.

- É mamãe é natural. – Diz Rony satisfeito. Mas Sra. Weasley ficou com os olhos cheios d´água mirando os pés.

- Voltando ao que dizia, Rony pode, mas Gina não. Ela ainda não é maior de idade. Portanto fica sob nossa proteção Harry. Sei que você devem querer ficar juntos, mas...

- Não Sr. Weasley. Eu quero muito ficar junto dela, mas já disse que não quero que ela vá comigo. Também não queria que Mione e Rony fossem, mas não posso obrigá-los a ficar. Já perdi muita gente nessa luta que é só minha, e não quero perder mais. Não quero mais gente colocando-se à minha frente para eu não morrer e fico aqui vivo sofrendo por todas essas mortes. Já chega meus pais, meu padrinho, Dumbledore... Não quero Hermione, Rony e muito menos Gina nessa lista. – Diz Harry sabiamente.

- Muito bem Harry, acho você uma brilhante pessoa. Muito maduro. – Diz Sr. Weasley. – Então Gina sinto muito, você fica.

- Ótimo. – Diz Gina correndo e subindo as escadas.

- Gina! – Chama Harry alarmado. – Gina, por favor...

Harry ficou lá sentado olhando pras escadas em silêncio pensando a mil por hora. Não queria perder Gina. Pela primeira vez amava alguém daquele jeito. Não, não podia perdê-la. Mas ela teria que esquecê-lo, pois não sabia se morreria.

- Sr. Weasley, posso... – Começou Harry quase sussurrando.

- Pode, pode... – Diz Sr. Weasley abaixando a cabeça.

Harry foi subindo as escadas. Ele tinha que falar com Gina... Tinha que conversar com ela...

- Gina? – Chamou Harry batendo na porta do quarto dela.

- Sai daqui Harry! – Grita Gina jogando algo contra a porta.

- Tudo bem então. – Diz Harry – Diffindo!

A porta se partiu. Harry segurou-a, entrou no quarto, colocou a porta no lugar e sussurrou “Reparo!”. Virou-se e viu Gina sentada na cama. Foi em direção a ela e sentou-se ao lado dela.

- Era só dizer alorromora... Só estava trancada sabe...

- Hum... Desculpe. Achei que tivesse usado colloportus.

- Não, não usei.

-Ah, tudo bem... Queria falar com você Gina. Por favor, não fique assim comigo. Eu queria ficar perto de você, mas não dá. Primeiro que seus pais não deixam e eu não quero que Voldemort use você pra me atingir. Gina você tem que entender! Rony é maior de idade, ele faz o que ele quiser. E também, você vai ter que me esquecer.

Tudo isso parecia ter dado um choque em Gina, porque não falou nada. Os dois ficaram em silêncio então ela começou a falar cm a voz firme.

- Harry, eu não vou está bem? Eu não posso não é mesmo? E também não vou te esquecer. Também não posso. Se em cinco anos que não fui correspondida eu não te esqueci, como vou te esquecer em um ano sendo que eu sei que você gosta de mim?

- Gina, eu não somente gosto de você. Eu te amo! Mas eu posso não sobreviver! Você não entende... Você vai sofrer se eu morrer... – Diz Harry perdendo a voz.

- Então prefiro sofrer. – Conclui Gina dando um beijo ardente em Harry e ele retribui acalorado.

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