Prólogo



Prólogo.

Ela sabia que não precisava se sentir desse jeito, ela sabia que ele ainda sentia algo por ela e ela sabia, também, que ela REALMENTE o amava.

Mas seria amor? Seria amor aquilo que ela sentia? Ou ela podia estar enganada? Abaixou a cabeça ao ver que Harry a observava, estavam a dias desse jeito. Ele a olhava e ela evitava de qualquer jeito esse olhar.

Sabia que não voltaria à Hogwarts, a escola fora fechada, como pronunciara Minerva McGonagall, ela pode ver o sofrimento da professora ao pronunciar essas palavras, aquele sofrimento, Gina também compartilhava, pois aquele ano realmente fora o melhor para ela.

Mas ela deveria esquecer para sempre esse ano? Ela deveria esquecer o primeiro beijo que recebera do garoto por quem sempre fora apaixonada? Ela deveria parar de pensar que ela não deveria ter concordado com aquele diálogo besta? Seria isso que ela deveria fazer?

Deitando a cabeça na mesa, Gina não sabia o que ela faria em seguida, ainda perdida nesses pensamentos, mal notou que Harry entrara na cozinha e que ele agora estava falando em um tom anormalmente alto, como se quisesse que Gina o escutasse:

“Então, senhora Weasley, eu, Rony e Hermione partimos amanhã”.

Gina rapidamente levantou a cabeça, a senhora Weasley derrubou a tampa que segurava e com lágrimas nos olhos disse:

“Ah, Harry querido, você tem certeza disso?”

“Absoluta, senhora Weasley. Absoluta.”-falou Harry a encarando.-“Nada mais me prende aqui, mais nada.”

Gina respirou profundamente, ela então com a voz bem fraca, disse:

“Realmente te desejo, assim como desejo a Hermione e Rony, uma boa viagem, que nada aconteça a vocês. Nada mesmo”.

Harry parou um instante, mas antes que respondesse, Gina não estava mais na cozinha.

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Fechava os olhos, tentando ignorar o que sentia, mas nada poderia fazer, ele partiria e ela? Continuaria o esperando? Ficaria sempre esperando o tão famoso Harry Potter?

As palavras dele ainda ecoavam na sua cabeça...

E ela não sabia o que teria pela frente, ela não sabia o que faria por um ano, já que sua mãe cortara a sua idéia de se alistar para lutar na guerra. Ela não queria ver a única filha numa batalha, mas isso pouco importava para Gina. Ela ajudaria, sim, de algum modo.

Mas agora, ela não podia pensar nas pessoas que estavam sendo assassinadas por Você-Sabe-Quem, ou dos ataques que estavam acontecendo aos trouxas, ou dos desaparecimentos que cada vez mais aconteciam.

Sabia que era uma maneira totalmente egoísta de pensar, mas ela tinha que pensar nela, ela não podia continuar mais n’A Toca. Ela tinha que fugir, idéias, planos apareciam na sua cabeça, ela sabia que a sua mãe enlouqueceria, que seu pai teria um ataque, mas pouco se importava.

Algum dia ela voltaria para sua casa, algum dia...

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Harry se sentia totalmente idiota por ter falado daquele jeito na cozinha, entrou no quarto que dividia com Rony n’A toca e deitou na cama.

Estava olhando para o teto, ele queria sumir, ele queria sair hoje e não amanhã.

Ele precisava sair sem se despedir dela. Ele precisava ignorar aquele olhar duro, magoado e chateado que recebera.

Tudo bem, que como disse Hermione ele foi tipo um “Homem-Aranha”, ele não devia ter se desfeito da pessoa que era a única coisa que o sustentara naquele momento.

I try to be strong for her, try not to be wrong for her.

Eu tento ser forte por ela, tento não ser errado por ela

But she will not wait for me, anymore, anymore.

Mas ela não vai me esperar mais, mais, mais

Why did I say all those things before? I was sure.

Por que eu disse todas aquelas coisas antes? Eu tinha certeza

Mas agora? O que seria dele? Ele deveria levar Gina junto? Ele deveria desesperadamente pedir as suas desculpas por ter dito todas aquelas bobagens? Ou ele deveria ignorar os seus sentimentos e partir para aquela jornada que ele tanto planejara?

Fechando os olhos se sentiu cada vez mais confuso.

(She is the one), but I have a purpose

(Ela é a única), mas eu tenho um propósito

(she is the one), and I have to fight this,

(Ela é a única), e eu tenho que lutar contra isso

(she is the one), a villian I can't knock down.

(Ela é a única), um vilão que eu não consigo derrotar

Depois de pensar muito, decidiu:a levaria junto com ele.

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À meia-noite, Gina pegou uma pequena mala, não teria que levar muita coisa, pegou a sua vassoura, que levara ao seu quarto sem levantar nenhuma suspeita, abriu a janela, pode ver que Hermione dormia profundamente, então, silenciosamente, disse:

“Engorgio”-apontando para a janela, esta dobrou de tamanho, Gina não tão feliz, subiu na vassoura, depois de prender a sua mala, olhou para Hermione e, com uma ponta de tristeza, disse:

“Adeus.”

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Há duas horas que estava ali,eles foram realmente cruéis. Sentia o gosto de sangue na boca, o nariz poderia estar quebrado e... ele estava preso.

Ele sabia que não adiantaria tentar abrir aquela porta, aquela era a sua maldição.Alguém teria que ajuda-lo, mas parecia que ninguém se atreveria a entrar nesse lugar.

Estava no meio de uma floresta, numa cabana com uma aparência deplorável e que parecia não ser habitada a séculos.

Ele sabia que deveria tentar alguma coisa, mas não conseguia pensar em nada.

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Já estava voando há 3 horas, sentia um frio insuportável, os seus dedos estavam dormentes e o sono a tentava dominar, mas ela lutava para continuar, ela tinha que estar o mais longe da sua casa.

Sentindo que não estava agüentando mais, Gina tentou achar um lugar decente para pousar, mas ela estava num lugar que ela não conhecia, num lugar que ela só via árvores... Apenas isto.

Estava se odiando, ela agora, poderia estar na sua cama, totalmente aquecida, não estaria choramingando como se fosse uma criança de cinco anos e o melhor, ela estaria segura.

Não, ela não podia pensar desse jeito! Ela tinha que conseguir, ela tinha...

Só que as pálpebras se fecharam e ela se desequilibrou. Agora estava ali pendurada, a uma boa distância do solo. Ela tinha que subir, ela precisava subir, era o que pensava, mas aquilo parecia cada vez mais impossível.

A força que fazia era pouca e agora podia sentir que os seus dedos não agüentavam segurar a vassoura.

“Oh, Merlin... eu vou cair”-pensava em desespero.

Um dedo deslizou, ela tentou se segurar, mas parecia impossível.

“Ai, Merlin”-disse Gina quando a sua mão soltou da vassoura e ela caía cada vez mais rápido.

Fechou os olhos, depois de olhar pela última vez para a sua vassoura.

CONTINUA...


N/a: Bom, eu já publico essa fic faz mais de um ano em outro, site, mas espero que alguém passe por aqui, leia e comente, ok?

Bjs

Anaisa

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