Reunindo a AD.



Capítulo 20: Reunindo a AD.

Harry encostou o rosto na penseira, sendo seguido por Hermione e Pandora, e logo se viram numa sala cheia de objetos estranhos, parecia um depósito.
- Sejam bem vindos ao depósito da Borgin & Burkes! – falou Pandora fazendo uma espécie de reverência debochada. – E mais a nossa frente vocês podem ver o protagonista desta cena: Tom Riddle.
Ali ele ainda não tinha aquela diabólica aparência ofídica que Harry vira dois anos atrás, mas já não era tão bonito como na época em que estudou em Hogwarts. Esse era um sinal de que sua alma já havia se dividido, formando outras Horcruxes.
Ao se aproximarem mais puderam observar que Tom segurava um frasco contendo uma substância transparente, porém brilhante. Enquanto isso girava a varinha sobre o frasco, fazendo com que o líquido flutuasse até o quadro à sua frente e se fixasse à tela. Depois, com um novo movimento da varinha, fez a Taça de Hufflepuff flutuar até o quadro, atravessar a película formada pelo líquido transparente e ficar presa na pintura. Para finalizar, apontou a varinha fazendo a película emitir uma luz azul e solidificar-se, formando uma espécie de vidro protetor.
Então o depósito desapareceu. Agora eles estavam na sala da casa dos Malfoy, local em que Harry vira o quadro pela primeira vez.
- E aqui vemos como os Malfoy se desfizeram do quadro. – falou Pandora.
Na lembrança que se passava Lúcio Malfoy e o Sr. Borgin conversavam:
- Certo, estão todos aqui. – confirmava o Sr. Borgin referindo-se a algumas caixas e objetos que fazia desaparecer, provavelmente despachando-as para sua loja. – Mas me pergunto, meu senhor, o que há neste quadro que poderia lhe causar embaraço diante do Ministério?
- Isso não lhe diz respeito, Sr. Borgin. – falou Lúcio rispidamente.
Novamente o local desapareceu.
- Então nem mesmo Lúcio Malfoy sabia o quão importante era o quadro. – falou Hermione.
- Mas sabia que tinha magia das trevas, ou então não iria querer se livrar logo dele. – falou Harry. – E foi através do Sr. Borgin que o Yakov adquiriu o quadro?
- Isso mesmo. – respondeu Pandora enquanto se viam em outro lugar, de frente para a Borgin & Burkes.
Era quase noite e um homem encapuzado entrava na loja.Eles o acompanharam. Lá dentro o estranho bateu numa sineta que se encontrava no balcão.
- Se for do Ministério outra vez eu já disse que... – resmungava o Sr. Borgin, mas parou assustado ao ver o homem que acabara de entrar.
- Boa noite, Sr. Borgin. – falou uma voz conhecida tirando o capuz. Revelando cabelos castanhos, uma pele muito branca e olhos prateados.
- Ah... como vai, me-meu... se-senhor Yakov? – gaguejou o dono da loja, amedrontado.
- Vou bem, obrigado. – respondeu Yakov, parecendo se divertir com o medo que causava ao outro. – Vim buscar minha encomenda.
-Ah... sim... já vou buscar. – falou o outro. Não demorou muito e voltou carregando um embrulho retangular e estreito. – Aqui está... pelos testes que fiz esse é o quadro mais antigo que tenho. – explicou rapidamente, querendo se livrar do cliente o mais rápido possível.
- Ótimo. – falou Yakov, saindo.
Então tudo escureceu e os três amigos voltaram à sala de Dumbledore.
- Mione, como pegaremos a Horcrux? – perguntou Pandora.
- Hum... ainda não tenho certeza, mas preciso fazer umas pesquisas na biblioteca. – respondeu Hermione. – e isso vai levar algum tempo.
- Exatamente o que não temos. – falou Harry. – Como vamos impedir que o Yakov descubra que existe uma Horcrux naquele quadro?
- Temos que mantê-lo tão ocupado que mal possa se lembrar do quadro. – falou Pandora.
- Como? – perguntou Hermione.
- Ainda não sei. – respondeu Pandora. – Mas vou pensar em alguma coisa.
- Bom agora só nos resta esperar que a Gina e o Rony consigam reunir outra vez o pessoal da AD. – falou Harry.

À noite, durante o jantar, Harry e Hermione contaram aos outros, o que viram na penseira.
- O que faremos para ganhar tempo? – perguntou Gina.
- Ainda não sabemos. – respondeu Hermione. – Mas e vocês, o que conseguiram?
- Não muito. – falou Rony. – Da formação inicial da AD foram poucos os que retornaram a escola. E outros já terminaram os estudos.
- Resumindo, apenas Neville, Luna, Dino, Simas, Ernesto, Zacarias e Susana vão nos ajudar. – falou Gina.
- E o que foi que vocês disseram a eles para justificar a volta da AD? – perguntou Harry.
- Nesse ponto fomos bastante discretos. – falou Gina. – Dissemos que tudo seria devidamente explicado amanhã, depois do pôr-do-sol, numa reunião na sala precisa.
- Boa resposta. – falou Harry.

No dia seguinte, como combinado, estavam Harry e Gina na sala precisa esperando os membros remanescentes da AD. À medida que iam chegando, eles se acomodavam nas cadeiras confortáveis espalhadas pela sala.
Quando Harry se preparava para falar, um barulho os assustou. Todos olharam para a porta.
- Olá. – falou pandora como quem pede desculpas diante dos olhares de censura dos outro. E logo se sentou numa última cadeira vazia, ao lado de Luna.
- Pode começar a nos explicar, Harry. – falou Susana Bones, chamando a atenção dos garotos, que olhavam para Pandora como que encantados. – Por que reunir novamente a AD.
- É, Harry, você mesmo tinha me dito que já que nos livramos da Umbridige não havia mais sentido em voltar com as reuniões da AD. – comentou Neville.
- Eu me lembro, Neville. – começou Harry. – Mas dessa vez as reuniões não serão mais para treinarmos azarações de defesa. Na verdade chamei vocês aqui por um outro motivo. Eu preciso de sua ajuda para manter o professor Yakov ocupado.
Os outros olharam confusos para harry, que continuou:
- Escutem! Eu garanto que tenho uma boa explicação para isso, mas vocês precisam me prometer que o que vão ouvir aqui será mantido em total sigilo.
- Se é tão importante assim. – falou Susana.
- É muito importante. – interrompeu Gina, enquanto tirava um pedaço de pergaminho do bolso. – Por isso a Hermione me entregou isso para que todos assinassem.
- É com aquele que assinamos da outra vez? – perguntou Zacarias Smith.
- Isso mesmo! – confirmou Gina enfaticamente. – É um contrato mágico. E como todos já sabem os efeitos por contrariá-lo, teremos certeza de que vão manter as explicações do Harry e a Ad em segredo.
- Vocês não confiam em nós? – perguntou Zacarias apreensivo.
- Quem não deve não teme, garoto! – interrompeu Pandora se levantando. – Se não está disposto a ajudar então o que veio fazer aqui?
Se fosse outra pessoa a dizer aquilo Harry tinha quase certeza de que Zacarias teria dado uma boa resposta. Mas Pandora tinha um olhar inquisidor, fazendo com que o garoto pensasse duas vezes antes de falar:
- Não vou dedurar ninguém. – defendeu-se, num tom de voz controlado. – Vim para ajudar.
- Ótimo! – falou Gina como quem encerra um assunto e repassou o pergaminho para que todos assinassem.
Após alguns minutos Harry recomeçou a falar:
- Desde o ano passado venho descobrindo muitas coisas sobre a vida de Tom Riddle. Tudo o que ele fez antes de se tornar o bruxo das trevas que conhecemos como Voldemort.
Ano passado Dumbledore me orientava, mas depois do que aconteceu... – parou de falar e respirou fundo. Não podia dizer a verdade, mas também não podia agir como se não se importasse com a “morte” do ex-diretor. Resumindo, precisava fingir um pouco. – Bom... agora preciso da ajuda dos meus amigos.
- Que bom que nos considera seus amigos, Harry. – falou Luna sorrindo.
Ouviu-se um murmúrio de concordância.
- É claro que vocês devem estar se perguntando: O que a vida de Voldemort tem a ver com o Yakov? – continuou Harry, agora bem mais confiante. – Indiretamente tem a ver sim.
Nos últimos dias descobrimos que o professor Yakov guarda em sua sala informações importantes sobre Voldemort. Informações essas que podem nos ajudar a derrotá-lo.
- Como assim nos ajudar a derrotá-lo? – interrompeu Ernesto. – Quero dizer, todos dizem que você é O Eleito.
- É o Profeta Diário anda dizendo, mas ele já disse muitas bobagens. – explicou Harry não querendo ser visto como um herói, até porque não se sentia como tal. E o que falou a seguir soou estranhamente em seus ouvidos, pois não fora planejado. No entanto era a mais pura verdade. – É claro que tenho grandes motivos para odiar Voldemort, mas não sou o único. Tenho certeza de que cada um aqui também tem motivos para não gostar dele.Para querer impedir que ele continue matando e aterrorizando as pessoas. Por isso acho que derrotar Voldemort é uma missão para todos nós e não apenas para “O Eleito”, como diz o Profeta Diário.
Afinal não foi para isso que formamos a AD? Não foi apenas para passar nos N.O.M’s. Mas sim para aprendermos a nos defender e quem sabe até vencer essa guerra.
Havia um brilho determinado no olhar de Harry enquanto falava que contagiou a todos na sala. Ao final daquele pequeno discurso ninguém sabia o que dizer, então apenas aplaudiram.
- O que me dizem? Acham que podem ajudar? – perguntou Harry um pouco sem jeito por causa dos aplausos.
- Pode contar comigo! – falou Susana. – Eu já estava mesmo me perguntando se teria de ficar quietinha e protegida na escola como meus pais queriam.
Todos os outros confirmaram o que dissera a garota.
- Agora quem fala é a Gina, o plano de ação é dela. – falou Harry.
- Ainda não temos um plano completo, mas a idéia inicial é nos dividirmos em grupos e observar o Yakov. Descobrir o que ele faz durante todo o dia e qual o melhor momento para entrarmos na sala dele e procurar as informações que queremos.
Vamos passar uma semana nesse trabalho de espionagem. Nos encontramos novamente aqui, na sexta à noite. Discutiremos tudo o que descobrimos e montaremos o resto do plano.
- Até lá, boa sorte e tomem cuidado para que ninguém desconfie de nada. – falou Harry.
Então se despediram e seguiram para seus salões comunais.
Pandora acompanhou Harry e Gina, que saíram por último, até o salão da Grifinória, enquanto comentavam a reunião.
- Boa noite. – falou Pandora quando chegaram ao quadro da mulher gorda. – Ah! Já ia me esquecendo, mas amanhã vocês podem começar a observar o Yakov sem mim. Sabem como é... meu estoque de sangue está baixo. Então não devo aparecer nem tão cedo amanhã.
Após se despedirem da amiga, Harry e Gina entraram no salão comunal, que estava bastante cheio.
- Aqui! – falou Hermione esticando o braço para chamar a atenção deles.
A garota se encontrava numa mesa, próxima à lareira, com uma pilha de livros trazidos da biblioteca.
- Cadê o Rony? – perguntou Gina.
- Já foi dormir. – respondeu a outra. – Passamos a tarde toda na biblioteca, ele ficou com sono logo.
- E o que conseguiram descobrir? – perguntou Harry.
- Que a poção usada por Tom no final do ritual funciona como um escudo mágico. O problema é que mesmo que usemos uma poção de remoção, como eu planejava fazer, não vamos conseguir retirar a Horcrux do quadro. Pois o único modo de fazer isso é neutralizando o escudo antes. – explicou Hermione.
- E como podemos neutralizar o escudo mágico? – perguntou Gina.
- Não tenho a mínima idéia. – respondeu Hermione, frustrada. – Mas mesmo assim eu e Rony trouxemos uns livros com todos os tipos de poções de que pude me lembrar.- e apontou para a pilha de livros em cima da mesa.
- Nos te ajudamos. – falou Harry puxando um livro. Gina fez o mesmo.
- Obrigada. – suspirou Hermione. – Mas antes me contem como foi a reunião.
Empolgada, mas tendo a prudência de usar o feitiço “abafiato”, Gina contou o que acontecera. Depois tiraram o resto da noite para ler os livros trazidos por Hermione, em busca de respostas. Só pararam quando perceberam que já eram os últimos no Salão Comunal.
- Chega de leitura. – falou Hermione, se levantando e esfregando os olhos cansados. – Amanhã temos que acordar cedo e vocês dois precisam estar atentos para observar o Yakov.

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