A taça de Hufflepuff
Capítulo 19: A taça de Hufflepuff
Os últimos dias de aula da semana custaram a passar, durante esse tempo Harry se via outra vez cheio de preocupações. Tinha que estudar e praticar os feitiços não verbais, que teimavam em não funcionar; também precisava marcar um dia para os testes da equipe de quadribol; tinha que se desviar do professor Yakov que não cansava de observá-lo aonde quer que fosse; e por último, mas não menos importante, precisava armar um plano para retirar a taça de Hufflepuff de dentro de um quadro.
Na sexta-feira a última aula para os alunos do 7º ano foi de poções. Harry, Rony, Hermione, Pandora e Ernesto Macmillan sentaram-se à mesa de sempre.
- E aí? Já falou com ele? – sussurrou Harry sentando-se ao lado de Pandora.
- Tenha calma! – falou Pandora. – Já perdi a conta de quantas vezes você me fez essa pergunta nos últimos dias.
- E eu já perdi a paciência de ouvir sempre a mesma resposta. – falou Harry um pouco mais alto do que pretendia, chamando a atenção de todos na sala.
- Meus parabéns! – falou Pandora rindo. – Você conseguiu chamar mais atenção que eu hoje.
- Algum problema? – perguntou Slughorn olhando de Harry para Pandora.
- Nos desculpe, professor. – falou a garota. – É que discutíamos quadribol e acho que o Harry se empolgou um pouco.
Ernesto pareceu perceber a mentira de Pandora e se mostrou bastante interessado no que ela e Harry conversavam realmente.
- Olhe, deixe para me perguntar isso amanhã e, aí sim, terá a resposta que quer. – falou Pandora, fazendo Ernesto desanimar por não entender nada.
Ao final da aula, Slughorn pediu que Harry, Hermione, Pandora e Zabini esperassem u pouco depois que os outros saíssem.
- Bom eu só quero convidá-los para uma festinha que darei no dia das bruxas, só para uns alunos mais chegados, sabem? – falou o professor. – Claro que posso confirmar sua presença, sr. Zabini?
Após confirmar presença na festa e elogiar as reuniões anteriores do clube do Slug, Zabini se despediu.
- E vocês? – perguntou Slughorn.
- Eu... Tenho o teste de quadribol... – gaguejou Harry tentando arranjar uma desculpa para não ir à festa.
- Não tente me enrolar, Harry. – falou Slughorn rindo. – Será dia das bruxas, ninguém vai querer participar de um teste enquanto acontece uma festa no Salão Principal.
- Nós vamos. – falou Hermione.
- Ótimo! – falou Slughorn feliz. – E você, srta. Avincus? Vejo que os anos fizeram-lhe muito bem, continua com o mesmo rosto de quando foi minha aluna, porém com novas “habilidades”. – e pronunciou bem essa última palavra.
- Ora, o senhor também não mudou muito, não foi? – falou Pandora com um sorriso falso. – Pelo jeito ainda tem seus preferidos. – o sorriso do professor diminuiu.Pandora, no entanto, vendo que sua frase surtira o efeito desejado, continuou: - Mas é claro que não posso recusar tal convite, posso?
- Ótimo! – falou Slughorn, mas sem o mesmo entusiasmo de antes. – Tenham uma boa noite.
- Velho interesseiro! – xingou Pandora quando saíam das masmorras.
- Pandora, tudo bem que você não goste muito do Slughorn, mas não precisava ser grosseira. – falou Hermione.
- E por acaso estou mentindo? – perguntou Pandora. – Quando eu era só uma bruxa ele não me dava importância, mas agora que tenho “novas habilidades” faço parte do clube do Slug?!Velho interesseiro!
- Então por que você disse que ia à festa? – perguntou Harry.
- Porque ele não ia desistir até que eu aceitasse ou você acha que Horácio Slughorn perderia a chance de ter uma vampira em sua coleção de preferidos? – respondeu Pandora. – Bom é aqui que me separo de vocês. – os três já estavam próximos à entrada do Salão Principal.
- Aonde você vai? – perguntou Hermione.
- Vou ter uma conversa com um antigo amigo. – falou Pandora.
O dia seguinte amanheceu frio e chuvoso, fazendo com que muitos alunos que planejavam aproveitar um ensolarado final de semana em Hogsmead, desanimassem. Mesmo assim não foram poucos os que saíram do castelo em direção ao vilarejo bruxo, após o café da manhã.
- Não acredito. – falava Rony enquanto,junto com Harry, Gina e Hermione, encharcava os sapatos de lama na estradinha que levava à Hogsmead. – A semana inteira de sol e logo hoje começa a chover.
- Veja o lado bom. – falou Hermione quase gritando para sobrepor sua voz ao barulho da chuva, que engrossava fazendo com que seus guarda-chuvas ameaçassem rasgar. – Assim temos certeza de que poderemos falar com a Pandora e sem nos preocuparmos que alguém escute, já que o Três Vassouras estará cheio de alunos conversando ao mesmo tempo.
- Espero que você esteja certa, Mione. – falou Harry.
Depois de uma longa caminhada lutando contra o vento que soprava cada vez mais forte e uma chuva que não parava, os quatro amigos chegaram ao Três Vassouras. Como previra Hermione o pub estava cheio de alunos que conversavam enquanto esperavam a chuva passar. Eles saíram se espremendo entre as pessoas até que acharam uma mesa vazia. Não precisaram esperar muito e Pandora logo chegou. Estava ensopada da cabeça aos pés e não trazia guarda-chuva.
- Você veio do castelo até aqui sem guarda-chuva? – perguntou Gina.
- Foi, eu adoro chuva. – respondeu Pandora. – Se o céu não estivesse cheio de nuvens negras eu jamais poderia ter saído do castelo hoje.
- Ei! Nós viemos para conversar algo sério e não para comentarmos sobre o tempo. – falou Harry. – E então Pandora? Falou com o Yakov ontem? Conseguiu ver as lembranças do quadro?
- Calma, calma, uma pergunta de cada vez. – falou Pandora, que com um movimento da varinha sacou-se e depois se acomodou à mesa, na cadeira vazia entre Gina e Hermione. – Primeiro, eu falei com o Yakov sim, aliás, dei sorte de o encontrar observando o quadro. Então fiz umas perguntas bobas sobre a pintura, assim como quem não quer nada, daí falamos sobre os velhos tempos e depois de conversarmos bastante, ele acabou deixando que eu desse uma olhadinha nas lembranças do quadro.
- Então foi fácil. – comentou Hermione.
-Não foi fácil! – retrucou Pandora sentindo-se ofendida. – Eu não era a única tentando conseguir informações, ele também me encheu de perguntas sobre o Harry e sobre o que eu estava fazendo aqui. Sem falar que o deixei bem desconfiado em relação ao que eu queria vendo as lembranças da pintura.
- Então ele vai acabar descobrindo que estamos procurando as Horcruxes. – falou Harry.
- Não. – falou Pandora. – Pelo que conversamos percebi que o Yakov não sabe nada sobre as Horcruxes. Também não tem a marca negra, o que significa que ele não é um comensal. Só não descobri o porquê dele estar trabalhando de espião para Voldemort.
- Menos mal. Então. – falou Gina. – E as lembranças do quadro? O que você viu?
- Bom é aí que começa um desafio para a Hermione. – respondeu Pandora. – A lembrança mostrava o Tom Riddle fazendo um ritual e no final ele colocava a taça, literalmente, dentro do quadro.
- E como era esse ritual? – perguntou Hermione.
- É aí que está nosso primeiro problema, você vai ter que ver o ritual com seus próprios olhos para poder entendê-lo. – falou Pandora. – E o único modo de fazer isso é através da penseira.
- Mas não sabemos quando falaremos novamente com o dono dela. – falou Harry.
- Só que nós não podemos esperar que ele entre em contato novamente, então pegaremos a penseira emprestada e avisamos ao dono depois. – falou Pandora. – Ele vai entender.
- Certo. – falou Harry. – Qual nosso segundo problema?
- O segundo é o tempo. – respondeu Pandora. – Como eu disse, o Yakov ficou desconfiado e quando vir a mesma lembrança que eu, não vai demorar a concluir que a Taça é algo importante para Voldemort, mesmo sem saber que ela é uma Horcrux.
- Então temos que tirar a Taça de dentro do quadro antes do Yakov ou teremos problemas? – falou Harry.
- Isso mesmo. – confirmou Pandora.
- Bom eu tenho uma idéia. – falou Gina.
Os outros prestaram atenção.
- Temos que dividir funções. – continuou a garota. – A primeira que já tem uma função é a Mione, a de aprender como tirar a Horcrux do quadro, Pandora e Harry vão ajudá-la nisso. Já eu e Rony vamos falar com os membros mais confiáveis da AD e vigiaremos o Yakov até descobrirmos o melhor dia para entrar na sala dele sem sermos vistos.
Todos concordaram que o plano de Gina era muito bom e aproveitaram o resto do final de semana para colocá-lo em prática.
Saindo do Três Vassouras, Gina e Rony foram procurar por membros da AD, enquanto Harry, Pandora e Hermione voltaram ao castelo.
- Tem certeza de que podemos entrar na sala de Dumbledore sem a permissão dele? – perguntava Hermione enquanto passavam pelas enormes portas de carvalho, na entrada do castelo.
- Não sei. – respondeu Pandora. – Mas agora é o melhor momento para descobrirmos isso, já que a maioria dos professores e alunos está em Hogsmead.
Rapidamente eles subiram as escadas e chagaram ao segundo andar. Pandora falou a senha e a gárgula pulou para o lado admitindo que passassem.
- É... deu certo. – falou Harry entrando na sala.
- Hum... não gosto muito de invadir o espaço alheio, mas estamos com pressa. – falou Pandora retirando a penseira do armário e colocando-a encima da mesa. Depois, com a varinha, tirou um fio prateado da têmpora e soltou-o dentro da bacia de pedra, como sempre a substância girou meio líquida, meio gasosa e mostrou uma sala.
- Podem ir à frente. – falou Pandora.
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