O novo professor



Capítulo 15: O novo professor

Ao final da semana Harry e seus amigos estavam exaustos, pois os professores não tinham dado-lhes trégua, passavam exercícios e trabalhos todos os dias. Porém àquela noite, em especial, estavam muito curiosos para saber quem seria o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, que seria apresentado após o jantar.
- Quem vocês acham que será o novo professor? – perguntava Simas.
- Não faço idéia. – dizia Nevile. – Só espero que não seja como aquele traidor do Snape.
- Eu queria que fosse o Lupin outra vez. – falou Gina. – Ele foi o melhor professor de Defesa que já tivemos.
- Eu também gostaria, mas acho pouco provável que isso aconteça. – falou Hermione. – Em tempos como estes não seria muito prudente contratar um lobisomem, as pessoas teriam medo.
Não demorou muito e McGonagal já pedia a atenção de todos.
- Esta noite Hogwarts recebe seu novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas: Vladimir Yakov. – falou a diretora indicando a porta de entrada.
O novo professor acabara de entrar e caminha em direção a mesa onde estavam os outros professores. Era um homem branco e alto, de olhos azuis escuros e cabelos castanhos. Tinha um olhar penetrante e andar seguro, parecia prestar atenção a cada movimento ao seu redor. Ao passar pela mesa da Grifinória seu olhar cruzou-se com o de Harry. O garoto sentiu-se estranho. Então algumas lembranças dos últimos meses vir em a sua mente: a morte de Dumbledore... O casamento de Gui e Fleur... A casa de seus pais... Gina dizendo que não o abandonaria... Uma carta de...
“Harry, não!”. – a voz de Pandora ecoou em sua cabeça.
- Harry? Tudo bem? – sussurrou Gina.
- Hã? – fez Harry balançando a cabeça, desorientado. – O que aconteceu?
- Eu é que pergunto. – falou Gina. – Você ficou estranho, parecia hipnotizado.
- Acho que alguém tentou ler minha mente. – falou Harry.
- Quem? – perguntou Gina.
- Shiii. – fez Hermione. – McGonagal vai falar.
Harry não prestou muita atenção ao que disse a diretora, pois queria entender o que acabara de acontecer e logo as perguntas certas começaram a surgir em sua mente.
“Só comecei a ver aquelas lembranças quando olhei para o professor... Mas ele tentaria ler minha mente? E por que ouvi a voz da Pandora?”. – pensava o garoto. Olhou para a mesa da Corvinal e viu que Pandora o observava. De repente os olhos dela ficaram da cor de prata e Harry começou a ouvir a voz da amiga em sua mente.
“Harry, me desculpe pelo susto. Mas, por favor, não faça perguntas, alguém pode nos ouvir. Sei que agora nada parece fazer sentido, mas quero falar com você, Gina, Rony e Hermione amanhã pela manhã. Não esqueça!”.
Depois disso Harry só ouviu a diretora dispensando os alunos. No caminho para o Salão Comunal contou aos outros tudo que aconteceu.
- Então a Pandora consegui usar telepatia. – comentou Hermione.
- Parece que sim. – falou Harry.
- Mas como será que ela impediu que o Yakov continuasse a ler a mente do Harry? – perguntou Rony.
- Bom se ela pode usar telepatia então também pode ler mentes. – falou Gina. – Tá na cara, Rony.
- Certo, pessoal, esqueçam um pouco a Pandora. – falou Hermione. – O importante agora é descobrirmos mais sobre o Yakov. Por que ele tentou ler a mente do Harry e o que queria descobrir fazendo isso?
- A Pandora deve ter algumas respostas. – falou harry. – Ela disse que queria falar com agente amanhã.
Harry foi deitar-se ainda tentando encontrar respostas para suas tantas perguntas. Não tardou em dormir, porém seus sonhos foram confusos, nos quais revia as imagens que lembrara algumas horas atrás, mas quando chagava à carta o cenário mudava. Agora o professor Yakov vinha em sua direção, hipnotizava-o e exigia que lhe entregasse a carta, Harry tentava resistir, repetia que não sabia de carta alguma...
Então acordou. Pela hora já amanhecera, mas quando olhou pela janela viu que ainda estava escuro, pois chovia lá fora. Rony também não demorou a acordar e depois de encontrarem Gina e Hermione, foram para o Salão Principal. Durante o café da manhã Harry tentou avistar Pandora, mas não a encontrou. Perguntou a alguns alunos da Corvinal se a tinham visto, mas a resposta era sempre a mesma.
- Não a vejo desde ontem à noite. – foi o que respondeu Luna. – Quando voltávamos para o Salão Comunal ela disse que precisava fazer algo importante e sumiu.
- E ainda não voltou? – perguntou Rony.
Luna deu de ombros e voltou a ler seu exemplar de O pasquim.
- Harry, você tem certeza de que era de manhã que ela disse que queria falar com agente? – perguntou Rony quando já estavam no Saguão de entrada. – Se a Pandora saiu do castelo ontem como ela vai voltar agora que já é dia?
- Engano seu, Rony. – falou Pandora entrando. Estava toda molhada, as vestes pingando e os sapatos cheios de lama, fazendo com que todos que estavam perto a olhassem curiosos.
- Você chama atenção até quando não quer. – falou Hermione puxando Pandora pelo braço. – Vamos sair logo daqui antes que comecem a fazer perguntas.
Os outros três as seguiram até que chegaram, muito cansados, ao sétimo andar e pararam em frente à tapeçaria de Barnabás, o Amalucado.
- Por que viemos para cá? – perguntou Pandora confusa.
- Você disse que queria conversar conosco. – falou Hermione. – E a Sala Precisa é o logar perfeito para isso porque ninguém vai nos atrapalhar ou nos escutar.
- Sala Precisa? Mas estamos num corredor. – falou Pandora.
- É verdade! – falou Gina. – A Pandora ainda não conhece a Sala Precisa.
- É que essa sala de que falamos se esconde atrás dessa parede. – explicou Harry. – É uma sala que aparece com o que você precisa no momento.
- E para aparecer você só precisa dar três voltas na frente da parede se concentrando no que necessita. – completou Rony.
Então eles deram três voltas na frente da parede concentrando-se no que queriam, uma sala onde pudessem conversar sem serem interrompidos. Até que surgiu uma porta na parede e entraram. Era uma sala simples e pequena e com cinco confortáveis cadeiras.
- Certo Pandora. – falou Hermione depois que todos se acomodaram. – Pode começar nos dizendo onde esteve a noite toda.
- Ora, eu sou uma vampira. – começou Pandora a se explicar enquanto, com um aceno da varinha, secou as próprias vestes e num segundo movimento, fez desaparecer a lama nos sapatos. – Estava fazendo o que todos os vampiros fazem à noite, estava me alimentando.
- De que? – perguntou Rony assustado.
- De sangue, é claro. – respondeu a garota com simplicidade.
Todos olharam-na assustados, mas Pandora começou a rir e continuou:
- Mas não mordi ninguém. Vocês conhecem os Bancos de Sangue dos hospitais do trouxas? Pois é lá que consigo todo o sangue de que preciso.
Harry e Hermione soltaram um “Ah!” de entendimento e alívio, mas Gina e Rony continuaram um pouco confusos até que os amigos lhes explicaram o que eram Bancos de Sangue.
- Bom agora só falta você nos contar o que sabe sobre o professor Yakov. – falou Hermione.
- E por que ele tentou ler minha mente? – perguntou Harry.
- Certo. – falou Pandora. – Primeiro o que sei sobre Vladimir Yakov? Muitas coisas, pois o conheço a muito tempo. Para ser mais exata, foi há 50 anos, quando ele me transformou em vampira.
- Então ele também é um vampiro? – perguntou Gina. _ Ah! Deve ser por isso que o Harry parecia hipnotizado quando o Yakov tentou ler a mente dele.
- Exatamente! – falou Pandora. – Vladimir tem mais de 100 anos de idade e domina perfeitamente todas as habilidades de vampiro. E sei disso por que foi ele que me ensinou a ser vampira.
- Mas se ele está do nosso lado, por que tentou ler minha mente? – perguntou Harry.
- Aí é que você se engana, Harry. – falou Pandora. – Vladimir não está do nosso lado e tão pouco do lado de Voldemort, e se estiver não é por muito tempo.
- Agora você conseguiu nos confundir de vez. – falou Rony.
- O que estou tentando dizer é que para ele, como para a maioria dos vampiros, essa guerra não tem a mínima relevância. E se agora ele está trabalhando para Voldemort é porque o Lorde lhe prometeu algo de muito valor. – explicou Pandora. – Em todo caso Yakov é um inimigo temporário, mas muito perigoso e que provavelmente tenha sido mandado para espionar a Ordem da Fênix e o harry.
- Mas se o Yakov é um comensal da morte porque McGonagal e principalmente Dumbledore consentiram que ele fosse nosso professor? – perguntou Harry.
- Foi isso que me perguntei quando o vi entrar ontem no Salão Principal. – respondeu Pandora.
- Acho que sei o porquê. – falou Hermione. – Na verdade a própria professora McGonagal respondeu quando disse que Yakov foi recomendado pelo Ministério da Magia. Pelo visto Rufo Scrimgeour quis se aproveitar da “morte” – e fez um gesto com os dedos indicando as aspas. – de Dumbledore para fazer valer sua influência em Hogwarts.
- Mas ele não sabe que o Yakov é um comensal? – perguntou Rony. – E ainda mais, um vampiro?
- É como eu disse, Rony. – falou Pandora. –Yakov não é exatamente um comensal, portanto não tem a marca negra. Sem falar que ele é rico e sempre teve influência no Ministério. Aliás, vocês mesmos também não desconfiaram de nada disso até ele tentar tirar informações do Harry.
- É verdade. – falou Gina. – Logo quando o vi não imaginei que ele fosse um vampiro e muito menos um comensal.
- E o que ele estava tentando descobrir ao ler minha mente? – perguntou Harry.
- Inicialmente, acho que nada de mais. Provavelmente só queria te testar, Harry, saber se você era um alvo fácil. – falou Pandora. – mas quando viu a carta, que você recebeu de Dumbledore durante o verão, e eu atrapalhei antes que pudesse ver seu conteúdo, com certeza ele ficou interessado nela.
- Então se você não tivesse atrapalhado o Yakov ele saberia que Dumbledore está vivo. – falou Harry.
- E teria levado por água a baixo os planos de Dumbledore e da Ordem. – concluiu Gina.
- Sim, mas nós ainda temos um problema. – falou Pandora. – É que agora ele sabe que estou aqui para ajudar o Harry.
- E o que isso tem de ruim? – perguntou Harry.
- É que eu ainda não consigo bloquear a mente de outras pessoas por muito tempo. – respondeu Pandora.- Prova disso foi o Vladimir ter conseguido extrair algumas imagens da sua mente antes que eu pudesse interrompê-lo. E o pior é que ele sabe disso.
- Precisamos falar com Dumbledore. – falou Hermione. – Você sabe como, Pandora?
- Não se preocupem. – falou Pandora. – Da últimas vez que falei com Dumbledore, ele disse que em breve entraria em contato com o Harry.
- Ei! Isso me faz lembrar de uma coisa. – falou harry. – Eu vi que a carta que você recebeu semana passada era de Dumbledore. Como fez para se encontrar com ele se era dia e você não poderia sair?
- Ah, ele estava aqui mesmo, no castelo. – respondeu Pandora.
- Aonde? – perguntaram os outros depressa.
- Na sala dele. – respondeu Pandora como se fosse a coisa mais óbvia do mudo.
- Então por que não vamos até lá agora? – perguntou harry.
- Porque ele não estará lá. – respondeu a garota. – E nem me perguntem, mas ele conseguiu sim, entrar e sair do castelo sem ser visto.
- Certo. – falou harry um pouco desanimado. – Então vamos esperar que Dumbledore entre em contato. Até lá teremos que tomar cuidado com o Yakov.

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