A casa dos Potter



Capítulo 5: A casa dos Potter

Harry tivera razão. Depois de andar muito, eles a acharam. A casa dos Potter parecia ter sido intocada durante muito tempo, as cercas haviam desaparecido cobertas pelo mato. Por dentro, a casa não parecia muito melhor que por fora. A pintura das paredes estava toda descascada. Ainda havia móveis, mas estavam quebrados e cobertos de poeira, assim como o chão. Parecia ter sido uma casa de trouxas, e não de bruxos, pois era bem diferente da casa dos Weasley. Harry então lembrou de sua tia Petúnia, “Ela estaria tendo um troço agora se estivesse aqui vendo toda essa sujeira”.– Harry riu ao imaginar a cara da tia.
- O que você acha que vai encontrar aqui, Harry? – perguntou Pandora.
Harry hesitou por um momento. Não sabia ainda se podia confiar naquela garota que parecia guardar tantos segredos.
- Ainda não tenho certeza. – ele optou por ser evasivo.
- É que vai ser difícil pra mim te ajudar a procurar uma coisa que não sei o que é. – falou ela, olhando-o com atenção.
- Hum... É que nem eu sei o que procuro. – respondeu Harry, ele sabia que precisava de ajuda. – Talvez uma Horcrux, mas não tenho idéia do que seja.
- Certo, então vamos analisar as informações que já temos. – disse Hermione – Duas Horcruxes já foram destruídas: o diário de Riddle e o anel de Servolo.
- E segundo a teoria de Dumbledore, Voldemort teria feito 7 Horcruxes – falou Rony.
- Se duas já foram destruídas e uma outra habita o corpo do próprio Voldemort... – começou Harry – quer dizer que ainda faltam 4.
Pandora nada comentou, apenas ouvia tudo atenciosamente.
- E ainda segundo Dumbledore – continuou Hermione – as últimas Horcruxes seriam o medalhão de Slytherin, que ainda não sabemos onde está. Sabemos apenas que um tal de R.A.B. o escondeu, também são prováveis Horcruxes a taça de Hufflepuff, algo de Ravenclaw ou Gryfindor e a cobra Nagini.
- Harry, por que você acha que tem uma Horcrux aqui? – perguntou Rony.
- É, não faz sentido. – falou Hermione – Nenhuma das prováveis Horcruxes tem ligação alguma com essa casa.
- Isso é verdade. – falou Harry, mas ele sabia que havia algo naquela casa para ser visto, algo novo que eles precisavam descobrir.
- A Mione tem razão, Harry. – falou Pandora olhando em volta, como se pudesse ver algo mais através daquelas paredes velhas – Não há nada aqui, apenas lembranças.
- Se ao menos pudéssemos ver essas lembranças... Como Harry viu na penseira de Dumbledore. – falou Rony.
- Não dá, Rony. Não é possível extrair lembranças de objetos, só de pessoas. – falou Hermione.
- É claro! – exclamou Pandora de repente, assustando os outros – Como não pensei nisso antes? Agora tudo faz sentido.
- Só se for pra você, porque pra nós não faz sentido algum.- falou Rony.
- Mas vão entender logo. – disse Pandora – Harry, onde foi que Voldemort matou seus pais?
- Não tenho certeza. – falou Harry desorientado – Talvez no quarto onde eu dormia. Por que?
- Então é pra lá que nós vamos. – falou Pandora subindo as escadas, indo em direção aos quartos.
Os outros se entreolharam sem nada entender e a seguiram. Andaram por um corredor e abriram algumas portas, até que acharam o quarto que queriam. Nele havia um berço todo empoeirado e alguns móveis revirados. Pandora entrou primeiro e começou a andar pelo quarto procurando alguma coisa, os outros entraram logo em seguida.
- O que você acha que tem aqui? – perguntou Harry.
- É, você mesma concordou que não há Horcruxes aqui. – falou Rony.
- O que está pensando em fazer? – perguntou Hermione.
- Shiiiiiii! – fez Pandora – Fiquem quietos, preciso me concentrar... Achei!
Então ela se aproximou da parede por trás do berço e a tocou. Dessa vez Harry pôde ver nitidamente. Não era impressão sua, ele viu os olhos de Pandora mudarem de cor, agora estavam cor de prata num olhar vidrado, ela entrara numa espécie de transe. E antes que pudesse se conter, Harry a segurou pelo braço, então ele viu aquele mesmo quarto só que agora estava limpo, os móveis em seus lugares e no berço um bebê dormia. Harry reconheceu-se. “Então essa é a noite em que Voldemort matou meus pais!” - pensou ele, e logo depois ouviu gritos vindos do andar de baixo:
“Lílian, leve Harry e vá! É ele! Vá! Corra! Eu o atraso...”
Nesse momento, Lílian entrou no quarto muito assustada. O barulho fizera com que o pequeno Harry acordasse, mas antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, Voldemort entrou e avançou para ela com a varinha erguida.
“Harry, não! Harry, não! Por favor,... Farei qualquer coisa...” – Lílian chorava.
“Afaste-se. Afaste-se, menina...” – falou Voldemort com sua voz fria.
Lílian não se moveu, e se manteve entre Harry e o Lorde.
“Avada Kedavra” – falou Voldemort e Lílian caiu morta.
“Avada Kedavra” – repetiu ele apontando para o bebê.
Mas algo diferente aconteceu desta vez. Uma luz verde muito forte iluminou o quarto. Os olhos do bebê brilharam, e Harry, que observava tudo, ouviu o grito de desespero de Voldemort. Depois a luz se apagou, o bebê chorava, havia um corte em forma de raio em sua testa e o Lorde das Trevas havia desaparecido.
De repente, Harry abriu os olhos, Pandora o empurrou e ambos caíram no chão. Ela arquejava e seus olhos haviam voltado à cor normal.
- Harry! Você está bem? – falou Hermione assustada.
- O que deu em vocês? – perguntou Rony ajudando o amigo a se levantar.
- Eu não sei. – falou Harry, nem ele entendia o que acabara de acontecer. – Eu vi... O dia em que meus pais morreram... Mas como? – ele olhou para Pandora, os outros também.
- Eu tenho um poder... Raro, eu posso ver lembranças guardadas em objetos. – ela explicou – Normalmente se alguém tocar em mim enquanto estou em transe a pessoa leva um choque... Não entendo como Harry pôde ver o mesmo que eu. – ela parecia cansada.
- Mas isso não é possível! – falou Hermione.
- Só porque você nunca leu sobre alguma coisa não quer dizer que ela não exista! – falou Pandora.
Mione olhou feio para ela.
- Mas o que você viu, Harry? – perguntou Rony.
- Detesto interromper – Pandora tornou a falar antes que Harry respondesse – mas já vai amanhecer. Precisamos voltar para a sede da Ordem, lá vocês saberão de tudo.
Eles se aproximaram e aparataram em frente à casa Nº 12 no Largo Grimmauld. Já iam surgindo os primeiros raios de sol, então entraram rapidamente. Na sala alguém os esperava. Gina estava sentada numa poltrona, com os braços cruzados e uma expressão de revolta no rosto.
- Aonde vocês foram?! – perguntou ela – Por que não me levaram? – sua voz ficando cada vez mais alta.
Harry não sabia o que dizer, sua mente estava confusa, as cenas que ele vira foram horríveis. Olhou para Pandora, que parecia pensar o mesmo, pois estava muito pálida. Ela se despediu e foi direto para o quarto.
- Oh! Harry! – era a Sra Weasley – Correu tudo bem? Hermione, Rony, vocês estão bem? Onde está a Pandora? Aconteceu alguma coisa?
- Está tudo bem, mãe! – respondeu Rony – Não aconteceu nada.
Ela olhou apreensiva para Harry e Hermione.
- É verdade, Sra Weasley. – mentiu Harry – Só estamos cansados porque não dormimos direito.
- Pandora foi dormir. – disse Hermione – É o que devíamos fazer também. – completou puxando Rony e Harry em direção às escadas.
- E não vão me contar nada não, é? – perguntou Gina, se irritando por ter sido ignorada.
- Eu explico tudo mais tarde, Gina. – falou Harry – Prometo! – acrescentou ao ver a cara de incredulidade dela.


(N/A: Oi! Tá aí o capítulo 5, como prometido. Comentem, por favor.)

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