A volta de Dumbledore

2º Capítulo: A volta de Dumbledore

Uma garota bonita de pele muito clara e olhos quase tão escuros quanto seus cabelos, que eram negros como a noite, entrou na sala.
- Dormi bem, obrigada Sra Weasley.- respondeu ela.
De repente Harry sentiu uma dor no braço, pois Gina tinha lhe dado uma cotovelada.
- Por que você olhava pra ela com essa cara de besta?- sussurrou ela para Harry, com ciúmes.
O garoto ficou meio desorientado, olhou para o lado e viu que Hermione fazia a mesma cara de desaprovação pra Rony.
- Querem parar de agir como se eu não estivesse aqui?- falou a garota que acabara de chegar, com ar de riso.
- Meu nome é Pandora Avincus, muito prazer.
- Quando foi que ela chegou?- perguntou Hermione, sem dar atenção a Pandora.
- Pouco antes de vocês.Os pais da Pandora trabalham para a Ordem disfarçados e acharam mais seguro deixá-la aqui.- explicou Lupin.
Nessa hora a Sra Weasley foi preparar o jantar enquanto Tonks e Lupin saíram para cumprir deveres da Ordem. Assim Pandora juntou-se aos quatro amigos, e, sem se importar com as caras de desaprovação de Gina e Hermione, contou que também estudava em Hogwarts, que era da Corvinal, que assim como Harry, Rony e Hermione, também estava no 7º ano... A desconfiança de Mione só diminuiu quando Pandora disse que não gostava muito de quadribol e preferia ler, e que talvez eles nunca tivessem se conhecido porque ela passava a maior parte do tempo enfurnada na biblioteca.
- Mas sempre ouvi falar de vocês, principalmente depois do ano passado quando defenderam a escola dos Comensais da Morte e...- então sua voz sumiu, Pandora abaixou a cabeça tristemente.
Os outros sabiam o que ela havia pensado, mas sua tristeza a impedira de continuar, “ano passado Dumbledore morreu”, pensaram. Nesse momento todos ficaram sérios... Agora, mais do que nunca, Harry, Rony, Gina e Hermione sabiam que deveriam encontrar as Horcruxes, destruir Voldemort, porque com Dumbledore morto o Lorde das trevas não temeria mais nada.
- Quero que saibam que podem contar comigo... Sempre!-falou Pandora quebrando o silêncio, ela falava olhando diretamente para Harry, como se estivesse lendo seus pensamentos.
E por um rápido momento, ele pensou ter visto os olhos da garota mudarem de marrom escuro para um tom prata brilhante, mas isso foi em questão de segundos e ele concluiu que tivesse sido apenas impressão sua.

Nessa mesma noite, mas muito distante dali, em Hogsmeade, um vulto encapuzado andava por entre as ruas desertas do vilarejo, depois do ataque a Hogwarts, a maioria dos bruxos que moravam ali haviam fugido para outros lugares e os que continuavam lá, raramente saíam de casa. E era exatamente para a escola que o encapuzado andava. Ao chegar nos portões, alguém com três vezes o seu tamanho o esperava.
Era Hagrid. Segurava uma tocha que iluminou um rosto que já não se escondia embaixo do capuz. Severo Snape apenas deu um aceno de cabeça para o guarda-caça, que o deixou passar. Snape entrou no castelo, com o rosto muito mais pálido que o normal. Estava sério, mas nem de longe refletia o que ele estava sentindo. Seu coração batia descompassado, pois não entendia como aquilo podia estar acontecendo.
Na noite anterior ele recebera uma mensagem anônima que dizia apenas:
"Encontre-me amanhã à noite no lugar de sempre."
Pela letra, tinha quase certeza de onde iria e de quem lhe mandara a mensagem, mas isso parecia impossível...
Snape parou de frente a uma conhecida gárgula de pedra que pulou para o lado. O ex-professor subiu as escadas, e antes mesmo que batesse à porta, ela se abriu.Então entrou, sem acreditar no que via...
Um homem alto e magro, com barbas e cabelos prateados até a cintura, e olhos muito azuis que transpareciam calma, usava óculos de meia-lua encarrapitados em seu nariz torto, estava sentado à mesa próxima a janela.
- Du... Dumbledore!- gaguejou Snape com os olhos marejados, mas tentando inutilmente manter uma expressão séria, já que não gostava de demonstrar fraqueza.
– Não pode ser... Você estava... Eu mesmo...
- Não precisa fingir seriedade pra mim Severo. - falou Dumbledore, em seu tom calmo de sempre e olhando-o através dos óculos, num gesto muito seu.- Você sabe que sou eu.
- Mas como?- perguntou Snape sentando-se de frente para o diretor - E se o senhor está vivo, porque não estou morto?
- Acalme-se – disse Dumbledore ficando mais sério. – Você tem que entender...Aquilo precisava ser feito...Agora vou lhe contar tudo...





(N/A: O 2º capítulo tah aí. Bom agora algumas rápidas explicações: Como vocês podem ver Snape não é totalmente culpado pela morte de Dumbledore, como isso aconteceu vocês só saberão mais pra frente. O que tenho a dizer é que eu, assim como muitos que gosto de Harry Potter, adoro o Snape, então eu tinha que dar um jeito de inocentar ele né? O Snape não é mau, acredito que ele tenha mesmo se arrependido de um dia ter sido um comensal da morte.).

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