De Volta à Toca
Mais uma vez de volta, Harry se vê deitado em seu quarto na casa do Dursley, ele ainda não acredita que a pessoa que mais o amava, e ele também amava, agora está morto, morto pelas mãos do professor que ele mais odiava, e odeia ainda mais agora, e o que mais o intrigava e o deixa triste era que ele nada conseguiu fazer para salvar Dumbledore, Harry não conseguia, mas pensar em nada a não ser na perigosa jornada que ele teria de fazer, mas sentia confiante ao saber que Rony e Hermione iram com ele seja onde for que ele tivesse que ir.
Quem não gostou muito da idéia foi seu tio Valter e sua tia Petúnia. Saber que Harry voltara de Hogwarts trazendo dois bruxos adultos não foi a melhor das notícias, mas o que os consolava era que logo Harry iria partir como ele mesmo garantiu, e o quem os Dursley mais temiam Alvo Dumbledore. Rony, Hermione e nem Harry, tocaram no assunto da morte do diretor.
- É para não dar nenhum motivo para eles me atormentarem... Justificava Harry, que ficava a parte do tempo, pensado e revivendo a cena que ele jamais iria esquecer:
Dumbledore implorando e Snape, com toda sua arrogância o matando a sangue frio.
- Harry, já estamos aqui na casa de seus tios a uma semana. Você não acha que devemos partir? - Indagou Mione, que não via a hora de sair dali.
- É Harry, devemos ir...
- Sim, iremos, mas antes preciso ter uma conversa seria com meus tios.
Na manhã seguinte, Harry desceu do seu quarto, coisa que ele fazia raramente, como no ano anterior, ficava muito tempo deitado olhando para cima, mas desta vez era diferente, por que Rony e Hermione estavam com ele para lhe fazer companhia, e para Harry, isso bastava, ele também agradecia por seus amigos não tocarem no assunto Gina, apesar dele saber que Ron e Mione conversavam muitos sobre o assunto quando fingia dormir.
- Tio, tia, queria ter uma conversa com vocês, se puder sem o Duda.
- Mas seus amigos esquisitos vão estar também? - Indagou Petúnia.
- Sim tia, Ron e Mione vão participar da conversa.
- Nós temos alguma escolha? - Perguntou tio Valter.
- Creio que não.
- Duda, você poder nos deixar sozinhos, enquanto conversamos com esse moleque? - Tia petúnia perguntou, mas com tom de ordem na sua voz. Duda saiu quase correndo da sala, ele tinha péssimas lembranças de quando tinha ousado ficar mais do que dois minutos perto de um bruxo.
Após Harry ter certeza que Duda tinha saído, ele se sentou, acompanhado de seus dois amigos, tio Valter e tia Petúnia ficaram em pé.
- Sentem-se, por favor. Disse Harry, apontado sofá a traz de seus tios.
Petúnia e Valter não se sentaram, até que Hermione fez um aceno com a varinha, e o sofá veio para frente, do mesmo modo como Dumbledore fizera um ano antes, Rony e nem Mione perceberam, mas Harry desviou o olhar por um instante da amiga, lembrando do fato do ano anterior.
- Bem tia, tio, o que tenho para falar é sobre meus pais, como eu vou me tornar adulto, decidi que irei até Godric’s Hollow e vou visitar o túmulo de meus pais, e gostaria de ter a confirmação de que há um túmulo lá. Segundo, eu estarei partindo hoje daqui com Rony e Hermione, talvez nos nunca voltemos a nos ver, mas gostaria que soubessem que o que me aguarda daqui pra frente também será decisivo para o futuro de tudo o mundo, inclusive da comunidade trouxa, por isso quero que me desejem boa sorte, pois precisarei muito dela.
- Harry...– disse Petúnia, atraindo olhares de espanto do marido - Primeiro, seus pais estão sepultado, até onde eu sei em Godric’s Hollow sim - e acrescentou vendo a cara de horror do Sr. Dursley - e não vejo por que esconder isso de você, já que no seu mundo você se tornará adulto daqui a algumas semanas, e você, se quiser é claro, poderá visitar a casa que foram de seus pais, mas corre um boato de que ela é mal-assombrada, e muitas outras história que todos conhecem. Você não terá dificuldades em achar a casa, toda a cidade conhece a casa muitíssimo bem. Só mais uma pergunta, o que você quer dizer com “pode afetar nosso futuro”?
- Bem, eu estou dizendo se eu falhar, ninguém poderá fazer isso por mim, entendeu, e é muito importante que eu tenho para fazer, isso definirá o futuro de todos nós.
- E não tem mais ninguém para te ajudar? - Perguntou Petúnia, ignorando a presença de Rony e Hermione.
- Tenho Rony e Hermione, se querem saber.
Tia Petúnia encarou os dois com um ar de descrença, imaginando como três garotos teriam a responsabilidade de salvar o a mundo. Harry, como se tivesse adivinhado o pensamento da sua tia disse.
- Eu também não sei como faremos isso, só tenho a certeza que se eu for começar, terei de ir até Godric’s Holllow, e não me perguntem como eu tenho tanta certeza porque eu também não sei.
- Era só isso que tinha para nos falar garoto? - Perguntou tio Valter, com sua têmpora explodindo e olhando com uma cara de decepção para Petúnia.
- Sim tio, era exatamente isso, e se me permitem, vou arrumar as minhas malas, partirei imediatamente.
- Harry, o que foi aquilo lá em baixo, eu acho que você não devia dar tantas satisfações a eles - disse Rony abrindo o seu malão.
- Concordo com Rony, você não devia...
- Mas vocês esqueceram que foi graças a eles que eu sobrevivi? Foi graças ao feitiço de proteção de Dumbledore que eu estou hoje aqui? E que sem eles, o feitiço não teria efeito?
- Sim... Mas...
- Então vamos logo que eu quero sair o mais rápido possível daqui.
Eles terminaram de arrumar os malões, quando Harry notou uma coruja aproximava-se de sua janela.
- O que será aquilo? - Perguntou Rony.
- Seriam de Hogwarts?
- Não pode ser! Hogwarts fechou no fim do período anterior Harry, você viu, e até saiu no profeta diário.
- Mas parecem corujas da torre...
- Sim Rony, são corujas da torre.
Harry se adiantou e abriu a janela para a coruja poder entrar. Harry foi logo abrindo a pergaminho, e Ron e Mione se aproximaram.
Escola de magia e bruxaria Hogwarts vem por meio deste informar que ao contrario do que foi informado, Hogwarts reabrira por mais um ano letivo, as portas estarão abertas para os que quiserem voltar ou aqueles que desejam iniciar o aprendizado conosco, sejam bem vindos. A lista de materiais e a passagem do expresso 9 ¹/² estão no pergaminho seguinte.
PS: Harry, Rony e Hermione eu gostaria mesmo que vocês voltassem para Hogwarts, pois tenho coisas para falar com vocês, e depois de decidirem partir, não intervirei.
Minerva McGonagal
- Harry, o que iremos fazer? - Disse Rony com uma cara de espanto.
- A professora Minerva quer que voltemos? Por que reabriram !? - Disse Mione, encarando Harry como se essa notícia fosse apenas uma brincadeira.
- Era isso que Dumbledore dizia... – Dizendo isso Harry mergulhou na sua mente, lembrando-se da conversa que tivera com McGonagal e os outros professores.
- É possível, mas por que ela diria que tem algo importante para nos falar?
- Mas você vai Harry? - Perguntou Hermione, dispertando-o.
- Sim, mas só ficarei o tempo necessário para ela poder nos falar o que de tão importante requer nossa presença em Hogwarts.
- Hermione, uma pergunta...
- O que Rony?
- Nós vamos aparatar até A Toca?
- Está com medo?
- Não, mais eu preferiria ir voando.
- E correr o risco de sermos seguido por comensais da morte?
- Eu não quis dizer isso, só disse que preferiria voar.
- Vocês querem parar com isso? - Disse Harry encarando os dois, e lembrando das inúmeras brigas dos seus amigos, mas eles se amavam disse ele pra si mesmo, e se lembrando de Gina...
Harry começou a pensar no que fazer quando chegarem na Toca e ter que encontrar sua ruiva, ele não sabia o que fazer.
- Harry, você tem certeza que quer aparatar até lá? - Perguntou Rony tirando harry dos seus pensamentos - Você mesmo disse que a sensação é ruim.
- Vamos aparatar, não podemos correr riscos - disse Harry com tom sério e decidido, que assustou Rony.
- Claro, claro Harry, só estava pensando que...
- Vamos aparatar e sem mais discussões – disse Hermione encerrando o assunto – se quizer Ron, pode fazer uma aparatação acompanhada comigo...
- Eu também sei, disse Harry com um tom de naturalidade, pois ele não tinha contado aos seus amigos que na volta com Dumbledore, fora ele que aparatou com o diretor, e não ao contrário.
- Como assim? - Perguntaram Rony e Hermione ao mesmo tempo.
- Quando eu e Dumbledore fomos busca a Horcrux, fui eu quem aparatou com Dumbledore, pois ele estava muito fraco.
- E você não nos contou? - Perguntou Hermione.
- Eu esqueci. Vocês estão prontos?
- Sim, vamos.
Os três chagaram na Toca a senhora Weasley estava servindo o almoço, uma vez que a tarefa de arrumar os malões tomou todo o tempo da manhã, eles não tiveram tempo de comer nada, e estavam com muita fome.
- Soubemos que Rony levou bomba no exame de aparatação - Disse Fred se aproximando do trio que acabara de entrar na Toca.
- Meus queridos - a Srª. Weasley disse se aproximando do três - vocês demoraram, eu já estava ficando preocupada. O seu pai está trabalhando no ministério, que ficou um caos após explodirem as notícias do que aconteceu em Hogwarts, mas a McGonagal insistiu em reabrir a escola na reunião com o ministro, não sei como, mas ela conseguiu convencer ao Rufo, e acredito que não foi fácil, ele é duro na queda.
- Mãe, nós estamos com fome, podemos almoçar?
- Oh, sim claro - a bruxa fez um aceno com a varinha e na mesa surgiram pratos cheios.
Os três comeram e subiram pro quarto para desfazer as malas, Harry estava intrigado por que ele nem sequer vira Gina, estava louco para vela. Rony e Hermione foram os primeiros a desfazer as malas, Mione com ajuda da varinha e Rony porque ele apenas tirava tudo do malão e jogava em algum lugar do quarto.
Harry talvez estivesse demorando de propósito, mas para sua sorte, nenhum dos dois percebeu isso, ou fingiram não perceber, e Harry ficou finalmente sozinho no quarto, mas quando ele menos esperava, Gina entrou em passos lentos no quarto, e sem dizer uma palavra, se sentou na beira da cama de Harry.
- Como você está? - Perguntou Harry, sem saber o que dizer.
Gina somente deu uma breve olhada para ele e sorriu, Harry podia jurar que uma lágrima saiu dos seus olhos, mas talvez fosse só impressão sua, mas a verdade era que para ele, a ruiva estava mais bonita ainda, ele, meio mecanicamente, retribuiu o sorriso, meio sem jeito.
- Você vai voltar para Hogwarts? - Perguntou Harry, sentiu que seu estômago não estava na posição exata.
- Você vai?
- Sim, mas será por pouco tempo.
- É por causa do você-sabe-quem, né?
- Sim, eu tenho que derrotá-lo.
- Ah, Harry... Posso te fazer uma pergunta?
- Sim.
Harry a olhava nos olhos, estava hipnotizado, queria tanto poder tocá-la, abraçá-la...beijá-la...
- Você acha que quando chegar a hora você o derrotará?
- Sim – respondeu Harry, tentando lembrar a pergunta de sua ruiva – ou melhor, espero...
Harry não sabia mais o que falar, Gina o olhava profundamente, ele não acreditou que tinha terminado com ela, ele a amava demais mas sabia que era para o bem dela, mas ele não iria resistir...sua ruiva estava ali na sua frente encarando-o, sentiu seu rosto se aproximar do dela, sua respiração estava descompassada, seu coração a mil, estavam próximos demais, Harry já sentia o calor dos lábios de Gina, mas ela simplislimente virou o rosto, e o envolveu em um forte abraço. Um abraço diferente, em que Harry se sentiu protegido, passou-se quinze minutos e eles continuavam abraçados, mas num súbito Gina o soltou, Harry ameaçou abrir a boca, mas Gina o calou com um selinho e saiu do quarto...Harry ainda percebeu que os olhos da ruiva estava vermelhos.
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