I put a spell on you
Capítulo 10
I put a spell on you
– Mione...
– Hum...
– Eu... preciso... res... pirar...
Hermione agarrou Rony com mais força e mal descolou os lábios dos dele.
– Não... não precisa...
Meio sorrindo, meio morto, os pulmões gritando, pela primeira vez ele nem pensou em discutir com Hermione. Deixou que ela assumisse o comando e continuasse com a sessão de beijos quase desesperados que os dois haviam iniciado. Depois de tanto tempo, era bom se sentir querido, mesmo que ele acabasse morrendo por sufocação.
Rony já tinha pensado em sair com Hermione dali. Ir para um lugar mais discreto que o muro da frente da Toca, mas ela não o soltara, nem lhe dera chance de propor isso e, verdade seja dita, ele estava adorando ser furiosamente agarrado por ela. Um lampejo de raciocínio, porém, pareceu vir com o oxigênio que inundou seus pulmões quando ela finalmente deixou sua boca e começou a beijar-lhe o pescoço. Isso tornou absolutamente urgente os dois saírem daquele lugar, pelo menos na percepção de Rony. Não seria nada agradável serem flagrados por Molly Weasley, no maior amasso, no ponto mais visível da propriedade, além de, é claro, ser um bocado constrangedor. Por outro lado, Rony seria capaz de apostar a sua melhor camiseta do Chudley Cannons de que Gina e Harry estavam pendurados na janela olhando para os dois. O pensamento o fez empurrar Hermione brusca e firmemente antes que as coisas saíssem do controle.
– Ok, a gente precisa sair daqui!
Ela concordou com a cabeça e Rony a ajudou a descer do muro. Tinha que ser rápido, antes que Hermione voltasse a pensar. Pegou-a pela mão e a puxou, a passos largos, para o velho galpão do pai. Ali, pelo menos, não teriam platéia. Olhou para a casa para confirmar sua suspeita e viu Gina sorrir de uma janela e lhe dar um adeusinho. Em outra circunstância ficaria furioso, mas no momento, a irmã não lhe interessava nem um pouco.
Abriu a porta do galpão com a mão livre e com a outra fez Hermione entrar antes dele. Tão logo a penumbra abafada os envolveu, Rony puxou a porta atrás de si e voltou a esmagar a garota contra o peito e beijá-la como se pudesse absorvê-la pela boca. Um lado muito lúcido dele sabia que não ia durar. Já tinha ficado com algumas garotas e conhecia os estágios. O velho jogo de estica e puxa. Ela o beijaria até deixá-lo completamente fora de órbita, então o empurraria carinhosamente e pediria para irem com calma, diria que era preciso conversar, que era a primeira vez que estavam juntos. Assim, ele ficou esperando e... aproveitando enquanto o PARE não vinha.
Colou a garota a uma parede e manteve o ritmo louco dos beijos, indo dos lábios ao pescoço, ao colo, voltando aos lábios. Sentiu Hermione descer as mãos do pescoço dele e achou que este era momento em que a grande bandeira vermelha seria hasteada. Então não foi sem choque que ele a percebeu puxando sua camiseta para cima. Arregalou os olhos para ela, mas Hermione não fez caso, apenas puxou o tecido até arrancá-lo dele e voltou a saltar sobre a boca do garoto. Rony correspondeu. Estava estupefato, mas correspondeu. Não seria louco de não fazê-lo. No entanto, quando ela pegou a sua mão e levou aos botões da blusinha, Rony praticamente deu um salto para trás.
– Wow! – Hermione o olhava ofegante e levemente divertida. – Isso não é meio rápido?
– Você acha?
– Você não? – Não que Rony não tivesse gostado. Não. De jeito nenhum. Ele tinha adorado, mas conhecia Hermione, ou achava que conhecia. A mulher na frente dele tinha uma determinação que... bem, tinha que admitir que estava levemente chocado.
Hermione deu um sorriso meio sem jeito.
– Isso não é exatamente um primeiro encontro Rony.
– Não. Claro que não, mas... Er... você não acha que a gente devia... conversar.
Dessa vez ela riu e Rony não pode culpá-la. Ele mesmo achou as palavras estranhíssimas na própria boca. Então ela parou e cruzou os braços parecendo fazer um grande esforço para se recompor. Mordeu os lábios discretamente, mas tantas vezes que Rony se amaldiçoou por ter parado as coisas. Céus, ele é que tinha hasteado a bandeira vermelha. Seria assassinado pelos quatro irmãos mais velhos se isso, um dia, chegasse aos ouvidos deles.
– Ok, Rony. Vamos conversar – disse Hermione. – Mas se você quer bancar a donzela aqui, é melhor vestir sua camiseta.
O garoto estreitou os olhos azuis perigosamente, mas puxou a camiseta do chão e a vestiu.
– Tem algum jeito de agradar você? – perguntou sentindo uma pontada de raiva. – Tenho certeza de que se fossemos adiante você me culparia pelo resto da vida. Agora, como eu quero agir direito e conversar...
– Eu não ia culpar você – ela se indignou.
– Você sempre me culpa por alguma coisa, Hermione!
O rosto dela pereceu inchar.
– Isso é... muito injusto e... Grr... Eu não acredito que você esteja querendo brigar, Rony!
Ele soltou fortemente o ar dos pulmões e se escorou numa mesa empoeirada de pernas bambas colocando as mãos nos bolsos. Os dois ficaram se encarando por intermináveis segundos querendo estar certos em suas posições e sobre as quais nem eles tinham certeza se era a posição certa. Rony achou que devia ter sido atingido por algum feitiço de lucidez porque foi ele quem baixou primeiro as armas.
– Não quero brigar... E você também não precisa ficar tão furiosa, não estou rejeitando você – ela fez um muxoxo indignado e os olhos faiscaram, mas Rony falou antes. – Eu só... Eu só não quero que você fique comigo e depois se arrependa como fez naquela maldita festa. Estou cansado de idas e vindas com a gente, Mione. Dá para entender?
A atmosfera poeirenta e sem ar pareceu oprimir os dois ainda mais. Não era o tipo de conversa que se gosta de ter, ainda mais quando você tem de parar uma “senhora” sessão de amassos para isso. Mas Rony esperava ficar com Hermione desde os dezesseis anos, ou bem antes disso, se fosse possível contar a época em que ele não conseguia realizar muito bem a idéia na própria cabeça. Então, toda a certeza que ele tinha é de que não iria estragar tudo quando estava tão perto. Não daria motivos para ela fugir dele mais uma vez.
Foi com alivio que Rony a viu se desarmar e baixar os braços, parecendo até mesmo um pouco envergonhada.
– Eu... Você tem razão...
Mas aparentemente, ela não achou muito mais do que isso para dizer e os dois voltaram a ficar calados por um longo tempo. Rony ficou observando-a ajeitar nervosamente as roupas e meio que parecendo querer se esconder sob os cabelos.
– Pare com isso. Não fizemos nada de errado.
– Você deve estar achando que eu sou uma...
– É claro que não! – cortou ele. – Eu nunca pensaria isso!
– Não? Mas foi como eu...
– Quer parar? Você agiu como eu sempre quis que você agisse. – Rony se desencostou da mesa e deu uns passos na direção dela. – Como eu sempre quis agir quando estou com você, só que...
– Só que o quê? – Ela perguntou erguendo o queixo. Havia lágrimas nos olhos dela.
– Só que foi tudo meio repentino Mione. Num momento você me quer longe, no outro está pulando em cima de mim.
– Aiii – ela escondeu o rosto com as mãos – que vergonha. Eu não sei o que aconteceu comigo. Eu perdi a cabeça... Ahh, eu vou embora...
– Não vai não – Rony segurou os dois braços dela com força. – Não seria mais fácil se você simplesmente admitisse. Que droga Hermione! Eu sou absolutamente doido por você! Eu já disse isso tantas vezes que você deve estar cansada de ouvir! Mas eu não vou dar mais nenhum passo com você e você não vai a lugar algum enquanto não disser isso também. Eu não sou brilhante como você ou famoso como Krum ou cheio de qualidades como o Harry, então seria muito bom ouvir que...
– Que eu amo você?
Rony ficou estático. O silêncio modorrento do galpão ficou maior e pareceu engolir tudo à volta dos dois. Ainda assim, uma mosca chata se batia contra o vidro da janela e Rony teve ganas de mandá-la parar, pois achou que todo aquele barulho atrapalhava de ouvir as exatas palavras de Hermione. Ele engoliu sentindo a boca ficar ligeiramente seca.
– Qual é a dúvida sobre isso? – A Hermione decidida pareceu voltar. E de novo, o jeito dela deixou Rony um pouco assustado, especialmente quando ela começou a falar muito rápido, a voz esganiçando oitavas a cada frase. – Você quer conversar sobre isso Rony? Então, está certo! Vamos conversar. Seu problema é se eu gosto de você? Bem, isso não é problema. Porque eu gosto e gosto muito! Gosto tanto que fico completamente aterrorizada com a idéia de perder você. Fiquei quando você foi envenenado, quando pegaram você como prisioneiro para atrair o Harry, quando você lutou com o Comensal que matou meu pai. Lembra que ele disse que ia matar você? Que ia ensinar porque sangues-ruins e puros-sangues não deviam se misturar. Lembra? Eu lembro! Lembro de cada ferimento que você sofreu e lembro como eu me senti. E doeu em mim, sabia?
Ela avançou um passo sobre ele e Rony recuou um pouco. Hermione parecia em brasa.
– Aí, tudo o que eu penso é na minha mãe. Sozinha naquela casa enorme. Ela o meu pai se adoravam, sabia? E por isso ela nunca mais vai ficar com ninguém.
– Mione, você não pode...
– Posso? Eu sei! Mesmo que ela fique, não vai adiantar. Não vai ser a mesma coisa. Foi como quando eu fiquei com o Victor. – Rony sentiu o rosto ficar quente numa onda desagradável de irritação. – Ele era uma graça, sabia? Mas não era como se eu estivesse com você. Nunca é. É uma droga isso sim!
Com um safanão, porque Rony ainda segurava levemente os seus braços, Hermione saiu de perto dele como se a presença do rapaz a agredisse.
– Mione, se isso ajuda, eu... Eu não pretendo morrer ou ser assassinado nos próximos sessenta ou setenta anos e considerando o tempo médio de vida de um bruxo, acho que eu posso garantir até um pouco mais.
– Isso não é para fazer piada, Rony!
– Não? Você está dizendo que não quer ficar comigo porque eu posso morrer como o seu pai. Isso é loucura, Hermione! Mesmo para quem cresceu em meio a uma guerra como a gente. É doideira.
– Não. Não é. E também não é só isso. E... e se a gente não der certo? É uma possibilidade, não é? Nós dois já tentamos ficar com outras pessoas. E só conseguimos tornar tudo pior. E se um dia nem amigos nós conseguirmos ser mais e...
Rony interrompeu o discurso dela com outro beijo. Devia ter seguido os seus instintos e jamais ter interrompido a primeira sessão. Ficou imaginando quando foi que a cabeça racional de Hermione tinha pirado daquele jeito. Mas talvez fosse isso. Pensar de mais. Tia Muriel diz que isso deixa as pessoas malucas. Agarrou a garota com força, obrigando-a a retribuir o beijo. Talvez, Hermione precisasse realmente dele. Para pensar menos.
– Rony... – ela ofegou entre os beijos. – Você... ouviu... o que eu disse...?
– Mais ou menos... Tem uma mosca... sabe... na... janela...
Hermione negou levemente com a cabeça, e Rony sentiu um pouco de indignação nisso, mas ela não pareceu capaz de sair de perto dele. Envolveu o seu pescoço com força e os dois se desequilibraram, rodando pelo galpão, sem parar de se beijar. Sem sequer conseguir pensar em fazer qualquer outra coisa. Acabaram escorados na mesa de pernas bambas e quando Hermione ergueu a perna para enlaçá-lo, Rony achou melhor soltá-la e escorar também as mãos para não caírem. Mas não interrompeu o beijo. Não faria isso por nada. Finalmente, Hermione conseguiu sussurrar entre os lábios dele.
– Isso... vai ser um... completo... desastre...
Rony escorregou a boca em direção ao pescoço dela, mas manteve as mãos na mesa e não voltou a agarrar a cintura da garota. Só por segurança.
– Por quê?
– A gente... briga o tempo todo...
– E daí? – Sentiu-a estremecer ao passar dos beijinhos no pescoço a uma mordidinha leve.
– Rony-y... somos muito diferentes.
Ele parou e se afastou para encará-la com um sorriso.
– Você já argumentou melhor do que isso.
Rony sabia que tinha vencido. O cavaleiro estava na casa da rainha e não pretendia sair dali. Hermione manteve os braços em torno do pescoço dele.
– E qual é o seu argumento?
– Fomos feitos um para o outro – respondeu meio rindo, cheio de ironia, sabendo que aquilo nem mesmo era um argumento, mas como ela sorriu, ele voltou a beijá-la.
Foi com algum esforço que Hermione o afastou.
– Vai acabar com as nossas discussões sempre assim? Me agarrando?
– Tem algum jeito melhor?
– Rony, eu...
Ele tirou as mãos da mesa e as pôs na cintura dela apertando bem firme contra ele.
– Acha realmente que conseguimos ficar separados? Sinceramente, Hermione?
– Não... Mas e se...
– Hermione! Eu já estava pensando em azará-la para que parasse de fugir de mim, mas se continuar dizendo bobagens vou trocar o que pensei por um feitiço silenciador.
A garota arregalou os olhos, mas não pareceu brava. Na verdade, havia um brilho levemente provocador ali, o que deixou Rony exultante de felicidade. Mas ele se controlou para não gritar e perder o momento.
– Que feitiços pensou em usar?
– Bom... eu não sei – voltou a baixar a cabeça e beijar o pescoço dela – talvez, Petríficus Totalus ou... – beijou do outro lado – estupefaça... – subiu em beijinhos miúdos pelo rosto dela – imperius em último caso.
– Eu... te desarmaria antes – ela mais gemeu do que falou e Rony sorriu enquanto a erguia pelas pernas e colocava sobre a mesa que tremeu perigosamente.
– Por isso optei por outra tática.
Os dois riram, mas pararam olhando-se intensamente. Hermione desceu a mão pelo peito de Rony, quase reverente, até altura do coração e ele cobriu os seus dedos com os dele.
– Vamos ficar bem, Mione. Eu prometo.
Com um suspiro profundo, ela acabou concordando para o alívio de Rony.
– Hã – continuou enquanto a puxava para si – será que não podemos voltar onde estávamos antes?
– Para o muro?
– Nãhh... Para a hora em que chegamos aqui – disse antes de voltar a beijá-la mais uma vez.
Já anoitecia quando a chuva, que ameaçava desde a meia tarde, caiu torrencial logo depois de uma trovoada dragonesca. O solo estava tão seco e quente que era possível ver as primeiras gotas que caíram transformar-se em vapor. Rony e Hermione tinham perdido a noção das horas e acabaram saindo do galpão quando as goteiras começaram a incomodar e o abafamento se tornou insuportável, por causa da mudança da temperatura no exterior. Correram de mãos dadas até a porta da cozinha da Toca e ainda assim tomaram um bom banho de chuva.
Molly já estava movimentando as panelas para fazer o jantar e parou quando os dois entraram.
– E então? – perguntou pondo as mãos na cintura, como que esperando de duas crianças briguentas a notícia de que tinham feito as pazes.
Rony deu um sorriso largo e puxou Hermione para a sua frente, abraçando-a e colocando o queixo sobre o seu ombro.
– Mérlin nos ilumine! – Exultou a Sra. Weasley. – Finalmente!
E parecendo muito feliz e orgulhosa ela avançou para os dois abraçando-os e enchendo-os de beijos nas bochechas.
– Ah Rony, seu pai vai ficar tão contente. Sempre torcemos tanto por vocês, querida – falou voltando-se para Hermione. – Não se preocupe, viu? Eu criei os meus meninos muito bem, viu? E se ele sair da linha é só me falar.
– Mamãe...
Hermione ria feliz sem dar atenção às reclamações de Rony.
– Porque não tomam um banho para jantar, hein? – sugeriu Molly. – Gina pode emprestar uma roupa para você, querida. Ou você deixou alguma coisa que possa usar aqui por casa? Seria bom...
Mas o discurso foi interrompido pela chegada do Sr. Weasley acompanhado de Fred e Jorge em uma de suas regulares aparições para filarem o jantar na casa dos pais. A visão de Rony e Hermione abraçados fez o Sr. Weasley dar um grande sorriso e, ainda que um pouco desajeitado, ir cumprimentar o filho e a “nova” nora, emocionado.
Jorge caiu de joelhos empunhando as mãos para os céus e, junto com Fred, entoou um coro alto mesclando “Aleluia”, “Deus salve a Rainha” e o “Hino de Hogwarts”. A Sra. Weasley precisou bater nas cabeças deles para que parassem, embora os dois não tenham desistido de incomodar o irmão mais novo. Movimentaram-se para cima dos dois como se fossem abraçá-los e ao invés disso, Fred puxou Hermione para trás de si enquanto Jorge “bloqueava” Rony impedindo-o de alcançar a namorada. A confusão se instalou enquanto Hermione e o Sr. Weasley riam, Rony ameaçava e a Sra. Weasley berrava para que parassem com aquilo. Ela se viu obrigada a salvar rapidamente um bolo que estava sobre o console do balcão, lugar onde Rony tinha praticamente arremessado Jorge que, assim que voltou a ficar em pé, sacou a varinha.
– Hei! – Gritou o Sr. Weasley com autoridade. – Sem varinhas!
Rony também estava com a dele em punho, mas ele e Jorge as baixaram e logo começaram a rir enquanto Hermione escapava de Fred e voltava a ficar perto do namorando, segurando a sua mão.
– Você está muito estressado, irmãozinho – comentou Jorge.
– É. A gente nem pensou em transfigurá-la em uma aranha. Se bem que...
– Você não ousaria, Fred! – Ralhou a Sra. Weasley. – Agora, por quê...
– Eu não! – Se defendeu Fred. – Estava apenas pensando que se ela resolveu ficar com o Rony, então talvez esteja mais perigosa que uma acromântula.
– É – concordou Jorge. – Talvez fosse o caso de chamar um especialista da sessão de feitiços que danificam o cérebro do St. Mungus.
– Que tal a de feitiços irreversíveis? – Sugeriu Hermione se abraçando em Rony.
– Iiillll – berrou Jorge nauseado e virando o rosto para não ver Rony dando um beijo em Hermione.
Fred enfiou o dedo na garanta e fingiu vomitar.
– Ahhh mamãe, eu acho que não venho mais jantar aqui. Eca!
– Parem com isso, vocês dois – reprimiu o Sr. Weasley, mas ele sorria.
Uma batida audível na porta da frente – e pelo tom não parecia ser a primeira – interrompeu a conversa animada da família e as piadinhas dos gêmeos com Rony e Hermione. Foi Jorge quem se adiantou e, saindo da cozinha, foi até a porta da frente. Ele voltou a sacar a varinha antes de tentar identificar o visitante. O fato é que mesmo em se tratando dos quase sempre despreocupados gêmeos Weasley, os hábitos da guerra ainda estavam profundamente enraizados em todos eles. Convidados não esperados, notícias estranhas, a reação era instintiva e parecia transportá-los direto para um ano atrás, quando tudo era medo e sofrimento.
Jorge olhou através da porta. Um pequeno quadrado da madeira havia sido dessolidificado, o que permitia a quem estava dentro da casa olhar para fora como se olhasse por um vidro. O rapaz fez uma careta e girou o trinco, abrindo a porta para o visitante. Luc entrou na sala sorrindo simpaticamente para todos enquanto fechava um enorme guarda-chuva.
– Bon soir! Noite úmida, não? – A tentativa de piada bateu no rosto impassível de Jorge. Ele apontou o dedo para o garoto. – Hã, Fred? – Fez uma pausa, um pouco incerto. – Jorge?
Sorriu esperando que o gêmeo o ajudasse, mas Jorge se manteve muito sério, como se fosse obrigação do pobre rapaz saber algo que confundia até aos próprios pais dos meninos. Foi o Sr. Weasley que deu fim à grosseria, saindo da cozinha para cumprimentá-lo e sendo seguido por uma excessivamente agradável Sra. Weasley. Rony, Hermione e Fred vieram logo atrás e o casal também cumprimentou o francês com muita educação. Isso não seria uma atitude anormal se viesse apenas de Hermione, mas Fred e Jorge acharam que o namoro dela com Rony era recente demais para que ela já estivesse “reeducando” o caçula. Fred, que tinha assumido a mesma postura fria de irmão ciumento que Jorge, esperou Luc estar distraído conversando com Molly e Artur e, assim que seus olhos encontraram com os de Rony, mexeu a boca silenciosamente: “o que houve com você?” Rony sorriu de uma forma cheia de significado e, aparentemente, Hermione concordava com ele. Foi então que Jorge, como que se dando conta de alguma coisa, fez também uma pergunta silenciosa: “cadê a Gina?” Fred olhou rápido por cima dos ombros e arqueou as sobrancelhas, desconfiado: “e o Harry?” A expressão de entendimento passou de Rony para Fred e depois para Jorge. No instante seguinte:
– Luc! Meu bom rapaz! – Exclamou Fred como se o outro tivesse acabado de entrar e correu para abraçá-lo como a um amigo querido.
– É um prazer tê-lo conosco, Luc! Como vai a terra do queijo? – Jorge falou no mesmo tom entusiasmado, enquanto dava batidinhas calorosas nas costas de Luc. – Você não quer se sentar? Aceita um suco de abóbora, quem sabe?
Luc pareceu levemente surpreso, mas provavelmente era demasiado educado para dar mostras de estranhar a nova atitude dos gêmeos Weasley. O mesmo, porém não aconteceu com os outros. Rony começou a dar risadinhas, mas a um olhar de Hermione disfarçou-as num acesso de tosse. A Sra. Weasley, por sua vez, fechou a cara para os gêmeos e lançou um olhar de súplica ao marido para que fizesse alguma coisa. O Sr. Weasley calmamente colocou a mão sobre o ombro de Luc e o guiou até a sala de estar tirando-o do meio de Fred e Jorge.
– Eu vou chamar a Gina – anunciou Molly, forçando um pouco o tom animado, mas que, na verdade, pareceu muito com o de alguém que quer finalizar, da forma mais breve possível, um enorme constrangimento.
Ela subiu rapidamente as escadas, batendo os chinelos e chamando pelo nome da filha. Nem bem chegou ao segundo patamar e Gina saiu de dentro do próprio quarto, puxando a porta atrás de si, e com cara de interrogação.
– Já estava indo ajudar você com o jantar, mamãe.
– Não é isso. Luc está lá em baixo, Gina – ela nem tentou disfarçar o tom severo.
– Sério? Ele veio? Ah, finalmente!
A mãe manteve as mãos juntas em frente ao corpo e não se deixou contagiar com a animação.
– Eu não criei você assim, Ginevra. Faça o favor de ir lá embaixo e acabar logo com isso.
Gina abriu a boca indignada.
– Isso é injusto, mamãe. Muito injusto. Faz um dia que eu pedi para ele vir aqui falar comigo e ele não veio porque estava ocupado. O que você queria? Que eu mandasse uma carta e o dispensasse sem nenhuma explicação? Isso sim seria uma atitude muito feia.
A mãe deu um longo suspiro.
– O que estava fazendo?
– Arrumando o meu quarto – respondeu Gina. – Eu arranquei o papel de parede, lembra? Estava tentando decidir que cor ele vai ficar melhor, porque não vou colocar outro papel. – A menina parecia realmente ofendida e pôs a mão na porta e girou a maçaneta. – Quer ver? Talvez você possa me dizer se fica melhor salmão ou lavanda e...
– Gina, apenas desça e faça o que tem de fazer, ok?
– Era o que eu onde eu estava indo quando você começou o sermão – reclamou a garota.
– Certo – Molly girou os olhos. – Vá logo, estou querendo fazer um jantar de comemoração para seu irmão e Hermione. – Gina arregalou os olhos. – É. Até que enfim! – A garota sorriu largo e deu um beijo na bochecha da mãe antes de descer correndo.
A Sra. Weasley ainda ficou uns instantes parada no corredor ouvindo Gina chegar até a sala e cumprimentar o rapaz educadamente, mas sem parecer alegre, o que seria grosseiro. A porta do quarto da garota estalou e começou a abrir lentamente. Molly não pode evitar um suspiro.
– Ainda estou aqui – falou em voz baixa e a porta parou de se mover.
Negando com a cabeça, mas sem conseguir disfarçar um meio sorriso resignado, ela desceu também os degraus em direção ao térreo.
Gina pretendia fazer isso do lado de fora da casa, mas, com o mundo vindo abaixo com o temporal, não era possível. Com eficiência, a mãe tinha levado todo o povo para a cozinha e fechado a porta, mas Gina esperava realmente que ela e Hermione coibissem qualquer tentativa de uso de orelhas extensíveis.
– Você escreveu na carta que tinha algo para falar comigo, Gina ? – perguntou Luc sentado ao seu lado no sofá.
Ela tinha sentado bem na pontinha do assento.
– É, pois é. Hã... como você vai? Não nos vemos desde domingo, não é? Está tudo bem?
– Sim, tudo. – Ele a olhou, desconfiado. – Tem certeza de que era isso que você queria conversar?
– É... não. Bem, Luc, eu acho que nós não vamos poder mais, sabe... nos ver.
– Oh – Luc jogou o corpo para trás no sofá, o rosto claramente chateado. – Posso saber o que houve?
A pergunta foi feita num tom muito educado, mas Gina preferia que ele simplesmente tivesse entendido e resolvido ir embora. Ela não soube bem o que responder. Não achou que seria legal falar do Harry ou do quanto ela gostava dele ou, especialmente, desde quando ela gostava dele. Percebeu numa fração de segundo que era muito melhor terminar um namoro quando há uma briga. Foi fácil com Michael Corner, ele não parava de resmungar contra a Grifinória e numa discussão sobre qual era o melhor time, bang, ela o azarou e o namoro terminou ali. Não precisou nem dizer: acabou. Com Dino... bem, com Dino foi um pouco mais complicado, porque ele realmente gostava dela e Gina começou a ficar muito desconfortável com isso. No início era muito bom ter alguém tão encantado com ela, fazendo tudo o que ela queria, então... Então Harry começou a olhá-la daquele jeito estranho. Como se pedisse, como se quisesse e, céus, ficou muito difícil manter a concentração em Dino. Aí, todo o motivo bobo virou motivo de briga, até que num especialmente tolo, ela deu tudo por encerrado. Seu outro namoro, não foi ela quem acabou. Mas isso, hoje, já não lhe trazia mais tristeza e Gina precisou segurar um sorriso, que seria bem inconveniente no momento.
Seu problema agora era não magoar Luc, ou pelo menos, não magoá-lo mais do que o necessário. Mas as palavras exatas para fazer isso eram bem mais difíceis do que ela imaginava. Quando Harry terminou com ela, fez isso quase com uma declaração de amor e mesmo tendo ficado arrasada, Gina sempre voltava para uma ou outra frase que ele tinha dito, e se consolava na memória delas. Ela certamente não poderia repetir as mesmas falas para Luc. Deu um profundo suspiro e apelou para o discurso mais velho e batido que existe para se dispensar alguém, mas, talvez por isso, o mais eficiente.
– Eu... Olha Luc, você é um cara muito legal. E eu tive ótimos momentos com você. Apenas, me desculpe, mas...
– Eu não sou “o” cara – ele interrompeu.
Não era bem isso que Gina pretendia dizer, mas havia uma resignação tão tocante na voz dele e ela não o contra-disse, apenas lhe deu um pequeno sorriso.
– Eu sinto muito. Acredite em mim, quando começamos a sair, eu realmente achei que poderia me envolver com você.
Luc assentiu.
– Está certo. Está tudo muito bem, Gina. Acho que é melhor que tenha sido agora – ele sorriu – antes que eu estivesse irremediavelmente apaixonado por você.
Gina baixou os olhos, preferia que ele não tivesse dito aquilo e nem a olhasse daquela maneira. Por outro lado, sabia que Luc era do tipo conquistador, que tinha sempre a frase certa no momento certo. E muitas vezes ela se pegara perguntando o quê, daquilo que ele dizia, era realmente verdade. E o fato é que, mesmo sem Harry, ela não acreditava que eles poderiam ir muito adiante, justamente por isso. Ela desconfiava das palavras dele e ele tomava o jeito dela – ou a força que ela fazia para segurar as piadas e mantê-lo à distância – como uma espécie de modéstia fora de época. Luc não tinha a menor idéia de quem Gina era e isso aplacou em boa parte seu remorso por deixá-lo. O rapaz completou o que ia falar após uma pequena pausa.
– Não serei deselegante a ponto de insistir, depois de você ter sido tão clara.
– Eu sei que não seria – ela falou mantendo o tom de conversa.
Luc se ergueu do sofá e Gina o acompanhou e apertou a mão que ele lhe oferecia. Depois, os dois seguiram em silêncio até a porta. Luc lhe pediu que transmitisse suas despedidas à família dela antes de abrir o guarda-chuva e sumir no meio do temporal.
– Legal ele – disse Harry logo atrás dela, nem bem Gina tinha fechado a porta. – Frio como uma geladeira no ártico, mas com classe, eu devo admitir.
Gina riu e se voltou para ele revirando os olhos.
– É muito feio ouvir as conversas dos outros, sabia?
– Bom, ele podia se tornar violento – Gina riu mais. – Podia sim!
– Sei. E você me salvaria?
Dessa vez foi Harry quem sorriu.
– Estou querendo transformar esse francês em patê desde o dia em que você saiu com ele pela primeira vez. Só precisava de uma boa desculpa.
Ela franziu a testa.
– Está falando daquela noite em que você veio pegar água na cozinha? Você estava esperando por mim?
Harry ergueu os ombros, meio sem jeito.
– É, eu sei. Eu sou patético – mas ela estava dando um daqueles sorrisos que amoleciam a parte de trás dos joelhos dele e Harry esqueceu completamente que Luc um dia tinha sequer existido. – Não ouse dizer que achou fofo.
– Não – ela mordeu o lábio inferior tentando manter a seriedade – Não vou dizer. Mas agora, pensando em você observando os meus passos... Desde quando está aí?
– Desci logo depois da sua mãe – respondeu enquanto amontoava a capa de invisibilidade em um bolso largo da perna da bermuda. – Ahh, ela sacou que estávamos juntos no seu quarto.
– Sério? Minha cara inocente não funciona mais como funcionava antes – falou com pesar genuíno. – Acho que terei de voltar a treinar no espelho.
Harry riu.
– Você treinava isso no espelho?
– Bem, Fred e Jorge nunca foram muito convincentes nas caras de santos que faziam. Mas, como eles quase sempre me usavam de vigia quando estavam armando alguma coisa, eu achei que treinar bastante minhas feições angelicais seria uma forma de realmente superar os dois.
– Estou impressionado – disse com seriedade e Gina lhe devolveu uma expressão entre divertida e presunçosa. – Mas concordo quanto a voltar aos treinamentos.
– Mesmo?
– É... – Harry já a tinha enlaçado pela cintura. – Acho que precisaremos bastante das nossas caras de inocentes agora.
Gina jogou os braços em torno do pescoço dele baixando a voz.
– Porque seremos culpados?
– Constantemente – respondeu antes de beijá-la bem devagar, sem nenhuma pressa, sem nenhum impedimento. Daquele jeito perfeito que os dois se beijavam desde a primeira vez. Gina também deve ter pensado isso, porque quando ela se afastou dele, havia no seu rosto um sorriso satisfeito, como o de um gato sendo acarinhado.
A felicidade pode ser uma explosão dentro da gente, mas Harry geralmente a associava ao calor. E ter Gina nos seus braços, finalmente, era como mergulhar no calor, ser envolvido por ele, dissolver-se. Tinha certeza, naquele instante, nunca em toda a sua vida tinha sido tão feliz. Agarrou Gina como a um brinquedo e a fez rodar muitas vezes nos braços dele, ouvindo-a rir e dizer o seu nome e quando ele parou de rodar, já estavam com as bocas grudadas mais uma vez.
– Humm... – ela ficou olhando para ele e brincando com os cabelos revoltos. – Acho que a mamãe e a Mione realmente expurgaram as orelhas extensíveis ou aqueles chatos já teriam invadido a sala.
– Então, é melhor irmos contar antes que eles façam isso, certo?
– É. Mas eu não reclamaria de ficar apenas com você. Mais tempo.
Harry sorriu. Mas o sorriso, Gina notou, saiu surpreendentemente triste.
– O que foi?
Dessa vez foi ele quem fez um longo carinho no cabelo dela, porém pareceu a Gina que ele estava era fugindo de olhar diretamente nos seus olhos.
– Gina, a gente precisa falar.
– Eu detesto esse tom – ela já estava saindo dos braços dele e Harry não a impediu. – Você vem dizendo isso desde ontem. Hoje me puxou para o meu quarto para falar, embora depois pareça ter desistido.
– Eu não fui muito eficiente nisso.
– Eu não estou exatamente reclamando – Gina comentou com um quê de deboche, enquanto cruzava os braços.
– Estou falando do que eu queria conversar.
– Ah é! Nós acabamos não... conversando muito.
Harry puxou ar pela boca, pesadamente.
– Por favor, não torne mais difícil. Não quero que a gente comece com segredos, Gina. Eu preferia que...
A porta da cozinha foi arremessada para trás e os Weasley entraram em peso e dispostos a fazer festa pelos gritos.
– E aí, irmãzinha? Pôs o fedido para correr?
– Jorge? – Exclamou a Sra. Weasley.
– Foi uma piada com o queijo, mãe – explicou Fred pacientemente.
– Então, Harryzinho? – Jorge tinha enlaçado Harry pelo pescoço e estava lhe arrancando fios de cabelo do cocuruto. – Já podemos considerá-lo oficialmente da família?
– É – disse Fred chegando perto e fingindo dar soquinhos na barriga de Harry. – Você só toca na Gina com pedido oficial. Queremos ter certeza das suas intenções.
– É, seria trágico o menino-que-sobreviveu virar o menino-que-morreu-porque-se-meteu-a-besta-com-a-irmã-dos-outros.
– Parem, parem vocês dois! Que coisa mais impossível! – Ordenou a Sra. Weasley, finalmente resgatando Harry e lhe dando um grande e apertado abraço. – Ahh agora sim, querido. Agora sim.
Molly lhe deu uns tapinhas carinhosos no rosto antes de soltá-lo e abraçar Gina. O Sr. Weasley lhe apertou a mão e nem tentou fazer uma cara severa. Harry divisou Rony e Hermione um pouco atrás, sorrindo e de mãos dadas. Esta, certamente, não era a hora para conversas sérias ou desagradáveis. Procurou Gina com os olhos e quando a encontrou, ela pareceu concordar em adiar, mais uma vez, o que ele tinha para dizer. Assim que a família os deixou chegarem perto novamente, quando eles se dirigiram abraçados para cozinha, para o jantar especial que a Sra. Weasley tinha preparado, Gina sussurrou ao seu ouvido.
– Teremos tempo, Harry. Muito tempo.
Ele se limitou a fechar os olhos e sorrir, mas não assentiu e nem disse nada. Era para ser uma noite totalmente feliz e ia ser.
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N/B: (nem pedi se posso, mas tenho de me manifestar!!!) Eu tive que tomar três copos cheios de água trincando de gelada, e morder meus dedos até sangrar para não ligar para o meu ex! Affff... Que capítulo... estimulante! Sentidos, lembranças, sensações ... Tudo remexido e mexido pelo talento de minha Anam! Sally Owens, eu a reverencio!!! E aplaudo!!!! SEMPRE!!!! Fantástico, Sally!! Simplesmente, fantástico!!!! P.s: Eu amei, de todo o coração, a cena com os gêmeos...
N/A: A música é um clássico imortal: I put a spell on you, do Creedence. Recomendo ler ouvindo, especialmente a primeira parte. Como sempre as letras estão na comu do orkut (Fanfics da Sally Owens) e a música no um multiply, é só clicar no link do fim da página.
Desculpem a demora, gente. Mas DH me deixou fora de órbita nos últimos dias. Acho que a maioria deve ter passado por uma espécie de tremor pré, durante e pós lançamento e comigo não foi diferente. Quando acabei o livro estava cheia de idéias para o Retorno, mas eu já tinha iniciado o da Just e minha mente virginiana não consegue parar uma coisa no meio. Além disso, as ameaças maiores estavam vindo do lado de cá hihihi.
Ahh um pedido: CUIDADO COM SPOILERS NOS COMENTÁRIOS. Sei que às vezes é muito difícil, mas tentem, ok? Se quiserem comentar alguma coisa comigo, me mandem um comentário pessoal pelo sistema da Floreios que funciona super bem. Conto com vc para manter o segredo e não estragar a festa de ninguém, pq a leitura de DH merece.
Quanto ao Movimento EU QUERO UM RONY PARA MIM!, devo dizer que a Sra. Weasley informa que já contribuiu para o mundo com seis ruivos maravilhosos, mais um moreno de olhos verdes que ela considera como se fosse dela e, portanto, está fechada para novas encomendas. Avisa que quanto à estes, é de quem pegar primeiro ;)
Gente, de novo, não poderei responder coment por coment, mas isso tb se deve ao número de pessoas que gentilmente deixaram aqui recados, incentivos, elogios e pedidos de atualização. Não estou reclamando, não mesmo. Espero que saibam o quanto aprecio cada um e o quanto eles me recompensam.
Obrigada pelos comentários:
[*cris potter*] , Mimi Potter, MárciaM (saudades), natinha weasley, Luisa Lima (adoro vc!), Sônia Sag, Drika Granger, Srtáh Míííhh, mariana desani (obrigada, Mariana, deixe mais recados para eu saber se vc continua gostado), Gina W.Potter, Suzana Barrocas (Suzana eu ri muito com os seus coments hahaha), Bruna Perazolo (os seus tb Bruna), Priscila Louredo (sim, ele é seu.. ô mulher insistente rsrs, tá inteira?), Dibiela, Mayana Sodré, BERNARDO CARDOSO SILVA, Marcio (Rabino) (não sei se alguém tem resposta para isso, Marcio), #Belle Sarmanho# (querida, muito, mas muito obrigada pelo comentário carinhoso, beijo grande), Alessandra Amorim (obrigada sempre e por tudo, querida), Guida Potter (amei o comentário), Regina McGonagall, Lica Martins (se precisar pode passar a tesoura, amiga), Ana Eulina Carvalho, LiLi Negrão ( Liz), Patricia Ribeiro, *♥*Naty L. Potter*♥*, GI MARY, Amanda Regina Magatti, Pamela Black, Charlotte Ravenclaw, Doug Potter, Virna Manuella Sampaio Sousa (obrigada por TODOS os comentários rsrs), *~*~*Mel Potter*~*~*, Ana Teles, Tammie, isabelle, Ginny potter, Jaqueline Santos Do Nascimento, Luluh Black, hermione granger, Édson Barbosa Santos, Lady Eldar, luana karen de almeida, Dani_Potter (obrigada, meninas!), FERNANDA CRISTINA, Ana Fuchs (fiquei feliz, Ana), susani gehlen, Vick, Val Weasley, Mayara Potter, gabizinha, Vicky M. Potter, And GW (Valeu mesmo!), Sra. Gabriela Felton (querida, primeiro obrigada; depois, tento fazer os intervalos o menor que eu posso; por fim, publicar qualquer coisa seria um sonho, e tb acho que H2 é terrível e incesto, não é? Mas não descarto nenhuma idéia que me permita continuar escrevendo rsrs), Morgana Black, *Mari Granger*, Tonks Butterfly, Carol Lee, Edn, minha mana Gilly (Geo).
Um beijo enorme para todos e logo nos vemos no Retorno.
E ah! Antes que eu esqueça:
FELIZ ANIVERSÁRIO, HARRY POTTER!!!
Dia 31 de julho de 2007, nosso herói faz 27 anos. Sirvam suas taças de hidromel e ergam um brinde, bem alto. Obrigada, garoto, muito obrigada, por tudo isso aqui!!!!
Comentários (1)
Este capítulo e o da festa no castelo me deixaram sem ar!!!!!!! Definitivamente, adorei!!!!
2011-12-06