*Que se inicie os votos*



" O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição ".
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Hermione estava parada á porta, com duas malas grandes no chão. Rony se levantara apressado, para ajudar a amiga, ao mesmo tempo em que suas orelhas começavam á ficar com tons diferentes.
- Hermione, que bom que veio – falou o ruivo sorridente, abraçando a amiga meio sem jeito. Nesse momento Harry trocou um olhar maroto com Lupin, que o retribuiu com um sorriso típico do Aluado que fora um dia.
- Hermione, minha filha seja bem-vinda – disse Arthur Weasley que cumprimentava a jovem.
- Oi Lupin!
- Seja bem-vinda Hermione...
- Harry...Feliz aniversário!
- Obrigado Hermione – falou abraçando sem cerimônias a amiga.
- Agora querem fazer o favor de me explicarem que história é essa de “sejam-bem-vindos á Ordem da Fênix”.
Depois de um pequeno resumo que Lupin fizera, sobre a reunião e a entrada de Rony e Harry á associação, Hermione tomou fôlego e falou decidida.
- Eu também quero entrar Lupin.
- Quê? Não mesmo Hermione – falou espalhafatoso, Rony que já enrubesceria.
- Há Rony, me dê um motivo realmente interessante, pois pelo que sei você não tem a minha guarda e nem é meu pai. – Hermione estava o desafiando.
- Hermione você é mulher – Harry abaixou a cabeça de imediato ao comentário infeliz do amigo, se ele queria perder uma briga com a amiga, começou muito bem, pensou.
- Parabéns Ronald Weasley, esse motivo foi realmente majestoso, por isso irei me calar e seguir sua ordem – Hermione já estava com as mãos na cintura, e se virou em direção á Lupin, como se aquela cena não tivesse acontecido – voltando ao assunto Lupin, eu quero entrar na Ordem e lutar com vocês, e vocês não podem me impedir, pois já sou de maior, e tem mais, eu também...- só que nesse momento Lupin a interrompeu, erguendo a voz, para que ela se calasse.
- Hermione tudo bem eu não irei impedi-la – Rony, já ia abrir a boca, quando seu pai, lhe lançou um olhar de censura – Você pode entrar na Ordem, mas assim como eu disse para o Harry e o Rony...Entrar na Ordem é algo muito sério, uma vez que se entra, você apenas sairá vitorioso ou derrotado, e às vezes essa derrota, pode comprometer a sua própria vida.
- Eu sei disso, e estou disposta da mesma forma – Hermione não piscou nem uma vez, e tinha um semblante decidido e forte.
- Então muito bem, pode entrar na Ordem, você assim como os dois terão que ter treinamento, OK?
- Claro Lupin, eu estou de acordo. – concordou ela. Nesse momento Rony não agüentou mais e explodiu, como nunca explodira antes.
- Hermione, eu sei que não posso lhe impedir, mas não quero que você entre, e não pelo fato de ser mulher, pois entre nós três, a mais sabichona é você... Mas você vai está exposta á grande perigo, você pode muito bem ajudar á todos nós por fora, não precisa necessariamente se aliar á Ordem...E eu não quero ter que te perder – Rony perdeu a voz, pois nem ele sabia o que acabara de dizer na frente de todos, o garoto passou de vermelho á lilás, de lilás á verde, e todas as cores, que lhe associassem á náuseas, até que tentou amenizar o constrangimento – eu não gostaria de perder nenhum de vocês, só que na guerra primeiro os homens lutam, para que depois se for preciso, entre as mulheres.
- Rony... – Hermione perdera de momento seu ar decidido e triunfante, diante á declaração do rapaz – eu sei que nessa luta eu vou está colocando a minha vida...
E nesse momento, Arthur Weasley fez um sinal mudo para Harry e Lupin, que entenderam de imediato, saíram os três da cozinha, sendo que os que ficaram, nem se quer notaram o barulho das cadeiras sendo arrastadas, e continuaram com um debate fervilhante.
Harry desejou boa noite á Lupin e Arthur e subiu para o quarto de Rony, pois era lá que ele dividia o quarto com o amigo, quando ia para a toca.Nesse meio tempo em que ficou deitado, olhando para o teto, ele ficou pensando na mudança dos atos de Rony, o amigo compreendeu que Rony estava agindo da mesma maneira que ele agira com Gina, pois assim como ele, o ruivo somente estava temeroso pelo perigo da garota que ele gostava, e Harry mais do que nunca obteve certeza absoluta, os dois se gostavam muito, mas na opinião dele, eram “tapados” demais para perceberem, ou talvez não tivessem coragem de sequer tentar notar.
E foi nesses devaneios, que ele trocou sua roupa pelo pijama listrado, segurou fortemente o medalhão de Gina, e adormeceu embalado pelo aniversário mais fantástico que teve na vida.


Logo pela manhã, Harry acordou motivado pelo sol que fazia lá fora, e também pela balburdia que ecoava pela casa. Virou-se para o lado, e focalizou seu amigo, que estava de boca escancarada e um ronco quase inaudível. Ele ficou por um tempo admirando tudo que se passava á sua volta, Rony, seu melhor amigo, que era praticamente seu “irmão”, aquela casa que vivera tantas alegrias e todas aquelas pessoas que matraqueavam animadas. Uma sensação de angústia e medo o tomou por completo, sem que ele percebesse, e sem querer, uma lágrima surgiu em sua face fazendo-o se sentir mais fraco do que já estava se considerando. Foi quando um estralo ecoou pelo quarto, e Harry pulou para trás assustado.
Jorge e Fred apareceram com um largo sorriso, e uma esperança no olhar, com um traje que chocaria qualquer ser humano, mesmo aqueles que possuíam uma proeminência para cenas arrojadas. Jorge estava com uma jaqueta de dragão vermelha, e letreiro roxo berrante ás costas, que se encontrava com uma calça de veludo vinho, que se ofuscava facilmente com a tonalidade do seu cabelo; enquanto Fred... Parecia ter se vestido de cor invertida á do irmão, certamente uma audácia de sua parte, ele estava de calça roxo berrante, e a jaqueta era cor de vinho, com letreiros laranja.
- Bom dia Harry! – falou Fred.
- Bom dia...O que vocês estão...
- Ora não seja malcriado, tiramos um momento do nosso ganha pão para ver vocês.
- Tudo bem.
Jorge se adiantou com a varinha em punho, e conjurou uma aranha de brinquedo, porém que se movia igual á sua réplica natural. Harry nem se quer teve tempo de impedir que cometessem o ato, porém estava ao mesmo tempo tentado em ver qual seria a reação de Rony, que continuava embalado em seu sono mais profundo. A aranha pousou na barriga do ruivinho, e começou a subir pelo seu braço, ele sentiu um incomodo, porém apenas alisou a mão no braço, e continuou a dormir pesadamente, até que a aranha caminhou rapidamente para seu pescoço, e começou a fazer caminhaduras dentro de sua camisa...Até que então:
- SOCORRO... SOCORRO...Aranhas, elas estão me atacando me ajude, me ajude...
Rony se debatia como louco, tentando tirar a imitação de aranha que caminhava pelo seu corpo, Jorge e Fred, se debruçavam de tanto rir, e mesmo que Harry tentasse se conter por amizade á Rony, a cena hilária não o deixou, o garoto estava sem ar de tanto gargalhar.
- FRED, JORGE SEUS IMBECIS, EU VOU MATAR VOCÊS...- Mas quando Rony colocara a mão nos irmãos, ele apenas sentiu o vácuo fluir em seus dedos, os dois haviam aparatado.- Obrigado Harry, a partir de agora me sentirei bem mais confiante com você.
- Há Rony, você tem que perder esse seu pavor por aranhas, tenho certeza que o que iremos enfrentar na ordem não chega nem aos pés de uma aranha de brinquedo enfeitiçada.
- Rony, o olhou incrédulo, mas não retrucou.
- Que barulho todo é esse Rony?
- Há...Não se engane, são os preparativos para o casamento de Gui e Fleur, todos os dias essa zona, mamãe está fazendo uma faxina na casa inteira, você não sabe o que tenho passado nessas férias, estou me sentindo como um elfo doméstico, estou pensando seriamente em apoiar Hermione na associação do F.A.L.E. – Harry se lembrou do episódio que acontecera na noite anterior entre seu amigo e Hermione, e não conteve a pergunta.
- Rony, e você e a Hermione, como estão?
Rony empalidecera na hora, e depois retornou com um vermelho choque em seu rosto.
- Ahh...Estamos bem, o que você quer dizer Harry?
- Não se faça de idiota, o que ta rolando entre vocês dois?
- Eu não sei do que você está falando, cara... – o ruivo falou com uma voz estranhamente trêmula.
- Eu sei muito bem que você gosta da Hermione, só não sei o que você está esperando para ir falar com ela.
- Harry você andou bebendo wiski de fogo pela manhã? Eu não sinto nada pela Hermi a não ser carinho, um carinho de amigo.
- E eu sou um trasgo dançarino de balé do circo se Solei.
- O que é circo...
- Rony, isso não vem ao caso, você não respondeu minha pergunta.
- E nem vou responder, pois não há nada para ser respondido.
- Tudo bem, eu só acho que você está desperdiçando seu tempo.
- Ó quem fala, e você e minha irmã, eu sei que vocês não estão mais juntos, e isso se deve somente á você.
- Meu caso com a Gina é totalmente diferente, se eu decidi que deveríamos ficar separados, foi para o bem dela.
Rony se calou, ele sabia muito bem que a decisão de Harry era devido ao seu medo de ser atingido através da segurança da garota, e Rony, pensava em seu intimo exatamente como ele que isso era o mais sensato para se fazer. Após trocarem os pijamas, por roupas mais leves de verão, os dois desceram as escadas, e seguiram para a cozinha, onde todos já estavam sentados, e com rostos de animação e euforia. Gui e Fleur estavam olhando um livro, que parecia ensinar como decorar sua festa com uma varinha em mãos, Hermione estava lendo o seu habitual “Profeta Diário”, enquanto Fred e Jorge, desenhavam formatos para novos modelos de logros, a senhora Weasley como sempre tomava conta da preparação do café da manhã, com a ajuda de sua filha caçula Gina, que estava linda, pensou Harry. A garota estava com um vestido de tom claro florido, que se perdia quando se encontrava com seus cabelos vermelhos.
- Bom dia...- falou o garoto sem conseguir desviar o olhar da ruivinha, que lhe retribuiu o bom dia com um sorriso esplêndido.
- Bom dia Harry querido – falou a senhora Weasley – já que todos estão aqui, gostaria de pedir a ajuda de todos vocês para terminarmos os preparativos para o casamento, o mais rápido possível, pois já está bem próximo, e temos que decidir como irá ficar a decoração, as mesas e tudo mais.
- Nam, nam, non quere que os meninos percan as ferries, por cause de nosso casament Sra Wesley. – disse Fleur.
- Não minha querida, todos nós sentiremos muito prazer em fazer tudo o que for preciso para que o casamento saia perfeito, afinal enquanto Gina, minha única filha não se casa...- Harry sentiu sua pele esquentar, e podia jurar, que tinha visto um olhar de esguelha da Sra. Weasley para ele – eu quero fazer tudo perfeito, pois você agora também é como se fosse minha filha Fleur.
- Obrrigade Molly queriddi.
Harry virou o olhar para Gina, que simulava um acesso de vômito, e não pode deixar de rir baixinho da cena que a garota pregava.


Alguns dias se passaram, e Harry, e seu amigo Rony estavam no jardim aparando a grama (com varinhas é claro), e logo depois partiriam para a desgonomização, os dois se distraiam rindo e lançando feitiços um no outro, na verdade pareciam duas crianças do primeiro ano de Hogwarts, pensou Hermione, que juntamente com Gina, enfeitava as cercas da casa com flores, e pétalas. As duas realmente tinham se tornado grandes amigas, e confidentes; Hermione se sentia muito feliz, de ter Gina como sua melhor amiga, pois muitas coisas que ela sentia, e sofria nem sempre podiam ser partilhadas com Harry e muito menos com Rony (aquele legume sem sentimento) pensou a morena, e sorriu ao mesmo tempo que admirava o ruivo de longe. Ela tinha que admitir, Rony realmente amadurecera com toda aquela guerra, e também se tornara um homem alto, forte e incrivelmente charmoso, com aqueles cabelos vermelhos descabelados ultrapassando a nuca, fazendo com que mechas perfeitas, caíssem em seus olhos maravilhosamente azuis, toda vez que ele abaixava a cabeça, certamente para dar um lindo sorriso constrangido, o que o tornava mais fofo ainda, pensou a garota.
- Hermione... –chamou Gina, notando o devaneio da amiga.
- Hã...Ah que foi Gina?
- Onde você ta?
- Como assim onde eu to, eu estou aqui na sua frente enfeitando a cerca, com esses lindos arranjos que nós conjuramos. –disse ela sorrindo.
- Ahhh tá, pensei que você estivesse num planeta chamado Ronald Weasley – disse ela, fazendo uma cara ironicamente de surpresa.
- Gina...Me poupe einh, você ta flutuando no suco de abóbora é?
- Não Mi, só estou sendo realista á observação que pude presenciar.
- A Gi então sua observação está falha, pois estou concentradissima em minha tarefa, que é enfeitar as cercas.
- Ok, Ok, não precisa me fuzilar.
- Eu não vou te fuzilar (risos) – as duas caíram na risada.
- Hermione, quando você vai tomar a atitude de falar com o Rony sobre você dois? – a ruiva dessa vez, perguntava seriamente. Hermione ficou vermelha, porém não podia escapar daquela pergunta com uma desculpa esfarrapada, e decidiu reponde-la seriamente, da mesma maneira como foi proposta.
- Aii Gi, não sei sinceramente, eu tenho medo, que eu e ele estejamos nos enganando, se iludindo, e se não der certo, como vai permanecer nossa amizade? Aliás, eu tenho certeza que não vai dar certo, olha só pra gente, não passamos um minuto sem brigar.
- Hermione, isso não é motivo, você tem que está certa do que sente.
- Eu não estou certa, talvez seja carinho de amigo, e eu esteja interpretando errado.
- Hermione, não venha com essa agora, á quanto tempo você está sentindo esse carinho de amigo mal interpretado?
- A Gina não sei, já faz tempo...
- Ok, então trate de tentar, amiga ninguém sabe qual vai ser o dia de amanhã, e você meu irmão estão perdendo tempo demais, com dúvidas idiotas, na minha opinião.
- Ahh Gina, mas e se ele não sentir nada por mim, afinal ele quem deveria vir falar comigo, pronto, tá vendo, ta explicado, se ele não fala nada, simplesmente é porque não sente nada, ai como eu sou idiota. – se queixou enraivecida.
- É desculpa te dizer Mi, mas você é uma idiota mesmo... – Gina se aproximou mais da garota, e segurou em seu ombro, consolando-a – Caramba, você com toda sua brilhante inteligência, não consegue notar que meu irmão é louco por você, ele fica todo atrapalhado, quando está perto de você, cheio de gentilezas, e olha que estamos falando do Rony... – Hermione deixou escapar um riso nervoso – ele gosta muito de você, e pode ter certeza bem mais que amigo, e se ele ainda não veio falar contigo, é simplesmente pelo fato de ser um frouxo e vergonhoso na questão de tratar de sentimentos.
- Ahhh Gi, eu sei...Na verdade nós dois somos ummmm frouxos...Mas, mudando de assunto e você e o Harry, não pude deixar de notar, que estão muito bem.
- Bem, estamos ótimos... como amigos...- falou uma tristinha Gina.
- Como assim “amigos”?
- Ai Hermione, eu fui buscar o Harry na casa dos tios dele, eu te contei como foi tudo, sabe maravilhoso aquele dia, mas ele não mudou sua opinião com relação á gente, e não adianta insistir, aliás, eu nem quero insistir, nunca fui de ficar implorando nada para ninguém, eu já deixei bem claro meus sentimentos por ele, e já fui atrás dele uma vez, não estou disposta a fazer novamente, mesmo que o que eu sinta seja mais forte do que minha própria força.
- Gina, Gina...Você sabe o motivo da decisão dele não é mesmo?
- Sei, e mesmo sendo nobre, não deixa de ser idiota, ridícula, e incrivelmente irritante.
- Dá um tempo pra ele, você não imagina, como ele sofre por ter de ficar longe de você.
- E como você pode saber, ele me parece muito bem pra ser sincera.
- Gina, eu conheço o Harry há sete anos, nós três sempre soubemos nos divertir como amigos, “como irmãos” na verdade, sabe, sempre soubemos dosar as brincadeiras, as cumplicidades, as preocupações, passamos a nos conhecer muito bem, e respeitar o sentimento uns dos outros quando necessário, e o Harry ultimamente, não tem se mostrado o velho amigo que eu tinha, ele ri, brinca, só que ele, acima de todos nós, foi o que mais amadureceu, ele tem diversas preocupações em sua mente, em diversos momentos eu pego ele com o olhar vago, triste, suspirando, é como se o corpo dele estivesse aqui, porém sua áurea está meio perdida, e sabe qual é o remédio pra tudo isso...
- Não? Sinceramente, não faço idéia qual a poção que ele precise tomar – Gina falou enraivecida, em saber dos problemas que ela enxergava em Harry.
- VOCÊ... Ginevra...Quando ele ta com você ele se perde de tudo que se encontra ao seu redor, ele fica viajante á sua imagem, em transe, ele consegue sorrir, se divertir, consegue ter esperança e sonhos.
- Shhh... – Gina suspirou e abaixou a cabeça mais triste ainda – É isso que mais me dói Hermione, saber o tanto que ele carrega de preocupações e dor, e não poder ajudá-lo nesses momentos.
Hermione pela primeira vez não soubera o que responder á aquela questão, e com um gesto em respeito á Gina, que já estava de voz embargada, abaixou a cabeça suspirando lamentos.

Bem próximo dali, Rony e Harry, discutiam sobre quem viria ou não ao casamento, e como seria a festa.
- Cara eu tenho que convidar a Hermione para me acompanhar na cerimônia. – disse Rony a contra gosto.
- E porque não a convida? – perguntou Harry risonho.
- Porque não consigo, você lembra da minha dificuldade no baile do torneio tribruxo...
- E como não, não dá pra esquecer, a sua cara após ter convidado a Fleur, rsrsrsr...
- Cala a boca Harry.
- Rony é simples, chega na Mione, convida e pronto, o que tem demais nisso? Pode ficar tranqüilo, ela não irá encarar isso como uma proposta de casamento.
- Eu sei, eu vou convidá-la hoje, tenho que convidá-la... E você Harry? Você irá com a Gi não é mesmo?
- Não.
- NÃO? COMO NÃO.
- Não é não.
- Harry, o que ta acontecendo entre você e a minha irmã?
- Nada, pode ficar tranqüilo, entre a gente nada.
- Cara, você ta magoando muito a minha irmã, espero que você esteja percebendo o que está causando á ela, e eu não estou nada feliz com isso.
- Rony, não há nada que eu possa fazer, eu já tomei minha decisão, e sei que é o mais certo á fazer.
- Você não sabe o que é certo. Você... É um cabeça dura.
- Posso até ser Rony, mas eu sei que fazendo isso, Gina estará mais protegida.
- Minha irmã não irá aceitar, isso não se enquadra no perfil dos Weasleys.
- E ela não aceitou, mas não há nada que ela possa fazer, ela não irá contra minha vontade, eu sei que ela tem o orgulho dela.
- Ela pode até ter o orgulho dela, só que mais que orgulho, ela tem coragem e perseverança para lutar por aquilo que ela quer. E o que ela mais quis por mais de cinco anos... Foi você Harry, não magoe Gina meu amigo, ela não merece, e você fazendo isso, está comprando briga comigo, e não quero que isso aconteça sinceramente – com essas ultimas palavras, Rony deixou Harry perdido em tudo aquilo que acabara de ouvir de seu amigo, sentindo novamente sua tristeza tomar por inteiro o lugar em seu coração.


Os dias foram se passando rapidamente com toda a agitação que ocorria na T’oca, Harry tinha que ser sincero estava tudo muito lindo, encantador. Na véspera do casório, os pais e a irmã caçula de Fleur chegaram na casa, se hospedaram para a festa e ficaram encantados com todos os preparativos.
Harry ficou bastante incomodado naquele dia, pois sentia que Gabrielle (a irmã da noiva) estava dando em cima dele, fato que ele só percebeu quando Hermione alertara que Gina estava furiosa com as cenas que presenciava. A garota era toda sorrisos para o moreno, e sempre encontrava uma desculpa para tocá-lo e ficar próximo á ele; sem saber o que fazer, ele simplesmente subiu correndo para o quarto, e a partir daí, só ousou sair, quando todos já estavam dormindo.
Decidido de que já era seguro descer e comer alguma coisa, pois não tinha jantado, e ainda tinha dado uma desculpa esfarrapada á Sra. Weasley de que estivera com dor de cabeça, ele foi descendo tranqüilamente as escada, quando sentiu a presença com aroma floral de Gina, que estava sentada no sofá lendo um livro, em frente á lareira.
- Hã... desculpa Gina, não queria atrapalhar – disse nervoso, quando a garota parara de ler o livro e o tinha encarado.
- Não está atrapalhando, porque não está descansando Harry, você teve um dia cheio hoje?–Harry não sabia dizer ao certo o que era, mas sentia um peso de acusação naquelas palavras ditas por Gina.
- Não, estou bem, é... é que só estava com fome, pois não jantei, e eu queria ir até a cozinha fazer um lanche.
- Vamos lá, eu também não jantei direito, eu faço para nós dois.
- Não Gi, eu não quero te atrapalhar é sério.
Mas Gina simplesmente ignorou o que ele dizia, e pegou em sua mão, arrastando-o para a cozinha.
- Sabe, eu estou nervosa Harry.
- Nervosa com o que? – perguntou preocupado.
- Amanhã, o casamento, eu vou ter que vestir aquele vestido horrível, entrar com as alianças, eu nunca fiz isso.
- Você vai se sair bem tenho certeza.
- Espero...
Um silêncio chato pairou entre os dois por alguns minutos, que foi cortado por Gina entregando o sanduíche para Harry.
- Obrigado Gina.
- Vamos, a gente come lá na sala.
Os dois seguiram e se sentaram um ao lado do outro em frente à lareira, Harry estava faminto, porém não podia deixar de apreciar o delicioso preparo de Gina.
- Ummm ta muito bom, você cozinha bem como sua mãe.
- Rsrsrs, isso é só um lanche.
- Mas ainda assim está uma delicia.
- Harry come e fica calado.
- Ok, seu desejo é uma ordem madame.
A garota não conseguiu evitar o constrangimento quando seus olhos e os de Harry se encararam.
...
...


- Harry?
- OI...
- Eu queria dizer pra você, que você pode contar comigo pra tudo viu, não é pelo fato da gente está separado que você precisa se afastar de mim... - Harry ficara encarando-a atordoado, seu coração gritava dizendo para ela, que o fato de se manter afastado era a maneira mais eficaz que ele encontrou de controlar o anseio de agarrá-la e cuidar dela com todo o carinho que desejava oferecer – e...E eu gostaria que você pudesse confiar em mim, é claro que seus amigos é o Rony, e a Mione, mas não estou pedindo para você me contar seus maiores segredos, apenas quero te oferecer um ombro, pra você poder desabafar quando precisar, Ok?
- Gina...- ele não conseguia expor nada, estava estatelado, sua vontade era de envolvê-la em seus braços, e dizer tudo o que sentia por ela, e quanto estava sofrendo por fazer tudo aquilo –... Eu agradeço sua preocupação, prometo que irei ao seu encontro quando precisar.
- Bom eu vou subir agora Harry, estou começando a ficar com sono, boa noite – Gina abaixou para beijá-lo, e sentiu uma força involuntária que induzia seus lábios para a boca que estava a sua frente, a garota se conteve, e se dispôs a fechar os olhos e deixar ser direcionada pelo pensamento racional, e apenas beijou á face daquele rapaz que ela tanto amava, seguiu então em direção as escadas, porém não percebeu que havia deixado um Harry de coração partido, triste e solitário mediante a tudo aquilo.


No outro dia, todos se levantaram cedo para os preparativos finais de tudo, menos Harry, que lutava contra o sol que adentrava á janela do quarto, porém não pode mais fingir que dormia, quando Rony entrou e se colocou a chacoalhá-lo na cama.
- O que foi Rony?
- Você vai acabar perdendo o casamento, se continuar nessa cama.
- Eu não to afim de descer agora...
- Mas minha pediu que o acordasse...O que você tem? Está fugindo da Gabrille? – falou rindo, em tom zombeteiro.
- Rony vá comer ovas de sapo e me deixe em paz.
- Nossa que mau humor cara, foi a Gina né?
- O que tem a sua irmã? – perguntou ele em um salto.
- Eu vi vocês ontem lá na sala, eu fui verificar onde você estava para comermos alguma coisa escondida da festa, mas ai presenciei os dois pombinhos lanchando em frente á lareira.
- Você ficou espionando a gente? – Harry poderia matar o amigo com o olhar que dera.
- NÃO, até porque não tinha o que espionar... Harry fala a verdade, esse seu mau humor todo é porque você ficou desapontado em ver a postura indiferente da minha irmã, não é mesmo?
Harry iria rebatê-lo com a resposta mais fria e dura que podia pensar, porém foi vencido por sua magoa (que Rony acertara), e se desabafou com o amigo.
- Eu não sei o que deu na Gina, uma parte minha está aliviada em saber que ela superou e desistiu de mim, mas eu gosto dela, e a outra parte está realmente triste por essa repentina mudança.
- Ela ainda gosta de você, não seja imbecil.
- Não Rony, acho que ela se cansou...
- Ela só está te dando um tempo, eu conheço a Gi, ela não gosta de forçar a barra quando sabe que não é o momento, porém ela sempre espera o momento certo para agir novamente, minha maninha é muito inteligente.
- Então você acha que ela não me esqueceu...e
- Não, ela não te esqueceu, mas se eu fosse você tomaria mais cuidado, pois nunca sabemos as repentinas mudanças na cabeça dessas mulheres, não seja tão confiante Harry, vamos descer cara.
- Já estou indo.
Com esse aviso preocupante pairando em sua cabeça, Harry se vestiu roboticamente e se encaminhou para o andar de baixo.

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EEEEE.....Oi Pessoal, poxa estou muito desanimada, pois ninguém me deixa comentários, nem incetivos, nem criticas....gostaria que continuassem com a fic, pois muitas emoções estão por vir....Ok, beijos para todos e COMENTEM!!!!



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