A peça que faltava no quebra-




Um novo ano de esperança começa no mundo mágico. Depois que a guerra entre as trevas e a luz se findou, o mundo mágico tenta se reerguer. Voldemort estava morto.Sim,o menino-que-sobreviveu-várias-vezes-para-cumprir-a-profecia triunfou.Dia 31 de dezembro, após várias batalhas, a luz venceu e a véspera de um novo ano, também significou o prenúncio de uma nova era.
Na segunda quinzena de janeiro, foram realizados os julgamentos dos comensais sobreviventes. A corte era formada por vários membros da Ordem da Fênix e pelos mais importantes e influentes bruxos vindos de toda parte do mundo. A presença de bruxos estrangeiros foi devido à necessidade de criar um Tribunal Internacional de Bruxos para Crimes de Guerra e Londres foi escolhida como sede. Os Ministros da Magia se reuniram e decidiram exterminar os ideais divulgados por Voldemort e investir na educação dos novos bruxos a fim de não criar oportunidades para que novas guerras por motivos raciais, culturais ou ideológicos aconteçam.
Após dois meses de julgamentos - com sentenças que variavam de prisões, execuções e até exílios - houve uma nova eleição para Ministro da Magia do Reino Unido. Paul McGree, um mestiço de pai trouxa e mãe bruxa, foi eleito com 2/3 dos votos válidos. O Profeta Diário escreveu uma extensa matéria sobre a vida do novo ministro e colunistas políticos afirmavam que sua escolha era de acordo com a nova política do ministério:integração entre os seres do mundo mágico.
Mal as notícias sobre a eleição do ministro esfriaram, o mundo mágico é assolado por outra bomba: o ressurgimento de Alvo Dumbledore. A surpresa foi tamanha que muitos chegaram a acreditar em renascimento, como a de uma fênix, e até mesmo ressurreição praticada por um trouxa que viveu em outra época, denominado Messias (J.C.). Obviamente, Dumbledore foi convocado a dar explicações, valiosas, que ajudaram a esclarecer fatos misteriosos ocorridos na guerra - como o surgimento de informações valiosas sobre o inimigo - e a inocentar aquele considerado o maior traidor da história do mundo mágico, Severo Snape. Desde a batalha final, seu paradeiro era considerado desconhecido.


Maio trouxe, além de mornos ventos, o maior evento social organizado pelo novo ministério: a condecoração e o reconhecimento dos heróis de guerra. Perdas foram lembradas – como Percy, Cho Chang e Moody - e medalhas, além de homenagens, foram distribuídas aos presentes. Parte do corpo docente de Hogwarts, membros da Ordem, bruxos comuns, elfos... enfim,todos que demonstraram atos de bravura na guerra estavam presentes.Porém,uma única ausência foi muito sentida- Hermione Granger.
Severo Snape, mesmo com sua fama de ser avesso a acontecimentos sociais, estava presente, certamente obrigado por Alvo. Em sua primeira aparição pública após a guerra e seus desdobramentos, o sonserino era uns dos mais assediados. “Isso tudo é uma baboseira!”, “Vocês são todos ridículos!” e “Desta vez, eu mato aquele velho!” eram pensamentos que surgiam com muita freqüência na cabeça do homem-de-negro. Mesmo assim,sua aparência estava muito melhor.Parecia ter rejuvenescido agora que não tinha mais tanta responsabilidade nas costas.Certo ar de alívio poderia ser percebido a um olhar mais atento.Impecavelmente vestido de preto e com denominação de herói ,Snape era um deleite para muitos olhos femininos.
Harry Potter também foi obrigado por Dumbledore a aparecer. A justificativa do velho bruxo: “Harry, você precisa parar de se esconder do mundo. Uma linda festa está sendo organizada e sua presença será de grande importância porque graças aos seus feitos, graças à derrota de Voldemort, o mundo mágico está em paz.” O rapaz tinha amadurecido muito, sua postura estava mais séria, entretanto seu olhar ainda mantinha vivacidade, timidez e um pouco de doçura. Porém,não havia como,entre todos os presentes,não notar uma certa decepção no menino.
-Harry, o que está havendo?-perguntou Gina.
-Hermione... - suspirou - Há muito tempo que não temos notícias dela... Nenhuma carta,nenhum bilhete,nada!Esperava encontrá-la aqui. - jogou-se numa cadeira e bufou externando toda sua frustração.
-Eu compreendo. Também sinto falta dela - Gina sentou-se ao lado do namorado e pôs uma mão em seu ombro reconfortando-o - Mas não adianta ficar chateado. Tente,pelo menos,aproveitar a noite.Ouvi dizer que os bem-casados estão deliciosos!-e abriu um largo sorriso.
- Tenho certeza que estão!Rony não levanta a cabeça do seu prato pra nada. -tal observação rendeu uma bela gargalhada de ambos.
Após o acesso de risos, Gina concluiu reflexiva:
-Ele também está sentindo muita falta da Mione. Ele tenta se fazer de durão, mas eu conheço o irmão que tenho. Você não sabe quantos sentimentos diferentes ele andou tendo em relação ao sumiço dela.Já sentiu raiva,ódio,tristeza...Agora,ele está indiferente,mas sei que ele até já chorou por ela...
-Ele não é o único, Gi. Ando muito preocupado com a Mione e sinto que alguma coisa está acontecendo. Não é normal ficar tantas semanas sem nenhum contato.Lembro que,mesmos nas férias,ela sempre mandava,pelo menos,uma coruja por semana.Agora,além de não mandar nada,mal responde às minhas mensagens.E quando peço à Edwiges para mandar uma mensagem,sei lá,parece que ela não quer mais ir...-disse confuso.
Gina passa um curto período analisando o namorado. Ela também estava triste com a situação e com a tristeza vinda dele. Levantou a cabeça e avistou Dumbledore. Imediatamente, o velho se virou para encará-la. De dentro do olhar cintilante do bruxo, sentiu que deveria consolar Harry. Assim,várias palavras começaram a brotar de sua boca:
-Harry, não fique assim. Lembre-se das palavras de Dumbledore:No fim,tudo dará certo.-ficou ansiosa por uma resposta.
-Eu também quero acreditar nisso, Gi. Mas nada me tira da cabeça que algo estranho anda acontecendo com minha amiga. - e olhando para a ruiva disse - A Prof.ª McGonagall sabe.
-Por que você está dizendo isso, Harry?
-Pelo modo estranho que ela está agindo. Ela não comenta sobre o sumiço da Hermione e se tratando da Prof.ª Minerva, todos sabem que as duas se gostavam muito. E tem mais, sempre que olho pra ela, sinto que ela sabe mais do que aparenta.
-Harry, isso só pode ser loucura da sua...
-Pode até ser loucura da minha cabeça. Mas,eu não vou mais ficar de braços cruzados.Preciso tomar uma atitude - disse com firmeza.
-Está certo. -concordou Gina e para encerrar o assunto disse- O senhor Potter pode tomar a atitude que quiser,mas não hoje.Vamos aproveitar esta linda festa e amanhã o senhor estará livre para tomar a atitude que quiser!- levantou-se e estendeu a mão para o namorado.
Harry olhou sua linda ruivinha e deu um belo sorriso maroto. Levantou-se ignorando o braço estendido da namorada,enlaçou-a pela cintura e disse baixo ao ouvido:
-Somente com uma condição, Srta.Weasley.
Gina encarou o namorado, deu-lhe um beijo suave e disse:
-Hoje sou eu quem dá as condições, Sr. Potter. -E,juntos e sorridentes,dirigiram-se ao centro da festa onde muitas conversas e risos os aguardavam.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.