A viagem com Malfoy
Gente, comentem please!!!!!!!!!!!!
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Draco não havia mentido quando disse que a tal floresta ficava longe de Londres. Os quatro viajaram durante todo o dia, parando apenas em alguns momentos para comer os sanduíches que a senhora Weasley havia preparado. Primeiro eles haviam aparatado até a estação King Cross, conhecida por todos eles, já que era de lá que partia o Expresso de Hogwarts. Então pegaram um trem para uma cidade do interior que Harry nunca ouvira falar e viajaram durante três cansativas horas. Draco no começo continuou se divertindo fazendo piadas por causa do namoro de Rony com Hermione e Harry com Gina. Em uma dessas vezes, Rony perdeu a paciência por ouvir Malfoy chamar Hermione de sangue – ruim pela décima vez naquele dia, e acertou um soco bem dado no olho esquerdo do sonserino, fazendo com que Draco ameaçasse pegar a sua varinha, mas, antes que este pudesse esboçar qualquer movimento, Harry já tinha pegado a sua varinha e , discretamente, por debaixo do banco, pegara a varinha de Draco também. Quando percebeu que estava desarmado e encurralado, Malfoy se encolheu na poltrona em que estava, os olhos brilhando ameaçadoramente.
Harry aproveitou este momento de fragilidade do loiro e disse, apontando a sua varinha para Draco e segurando a varinha deste com a outra mão:
- Agora já chega Malfoy, nós já estamos cansados das suas gracinhas, ou você se comporta, ou desce do trem agora mesmo, por bem ou por mal – Harry falou estas últimas palavras da forma mais dura possível – e quanto a sua mamãezinha, você sabe o que vai acontecer com ela não sabe?
Quando Harry acabou de falar, foi a vez de Rony:
- E tem mais Malfoy, eu acho bom você parar de ofender Hermione, caso contrário eu serei obrigado a dar muito mais que um soco da próxima vez. Eu e o Harry fomos claros?
O brilho de ameaça sumiu dos olhos de Draco quando ele pegou sua varinha de volta e foi se sentar num canto distante do trio.
O resto da viagem transcorreu sem mais nenhum conveniente. Passadas três horas o grupo desembarcou em uma empoeirada estação, na tal cidade que Harry nunca ouvira falar. Quando Draco se pôs a descer os degraus da plataforma, fazendo sinal para que os outros três o seguissem, Harry rapidamente se colocou na frente do sonserino.
- Espera aí Malfoy, que lugar é este? Não me diga que a tal floresta fica aqui?
Hermione, que estava atrás de Draco, fez um gesto a Harry pedindo a ele que fosse com calma.
Draco sorriu diante da tensão de Harry e respondeu:
- Não Potter, ainda não chegamos na floresta, mas, não se preocupe, agora não fica muito longe. Vamos pegar um ônibus e em duas horas chegaremos ao jardim.
Dessa vez foi Rony quem parou na frente de Draco e com uma voz ainda menos amistosa do que a de Harry, ele bufou:
- Você está nos fazendo de idiotas Malfoy? Primeiro nos disse que não era nenhum jardim e sim uma floresta, agora vem nos dizer que era mesmo um jardim? Afinal que porcaria de lugar é este?
Draco sorriu novamente, com um prazer que deixou Hermione com uma ruga de preocupação.
- Vocês verão do que se trata quando chegarmos lá. Agora parem de bancar os valentes e tentarem me ameaçar, porque eu sei que os três estão tremendo de medo do que podem encontrar por lá – Harry desviou os olhos de Rony e Hermione, de fato, estava com muito medo, mas, não queria admitir – agora pessoal, vamos parar de perder tempo e seguir o nosso caminho, ainda temos um ônibus pra pegar.
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O caminho até a pequena rodoviária local foi curto e silencioso. Rony caminhava de cabeça baixa, com as mãos no bolso, sem se importar em observar a cidade em que se encontravam. Harry olhava para todos os lados, tinha a estranha sensação de que eles estavam sendo seguidos, mas, não quis assustar os amigos. Hermione andava no meio dos dois garotos e prestava mais atenção em Harry naquele momento. Ele estava tenso e preocupado e isso não era um bom sinal para eles.
- Harry, está tudo bem?
O garoto se sobressaltou ao ouvir a voz da amiga, mas, rapidamente respondeu:
- Tudo bem Mione, e porque não estaria?
- Bem, talvez porque a gente tenha resolvido bancar os heróis e enfrentar tolamente o maior bruxo das trevas da história e provavelmente vamos morrer... – Rony tinha se intrometido na conversa dos dois.
Hermione lançou um olhar de desaprovação para o namorado, mas, Harry olhou bem nos olhos do amigo e respondeu, com sinceridade:
- Você não deixa de Ter razão cara, acontece que esta missão é minha, de mais ninguém, e por isso eu deixo você e Hermione livres para voltar quando quiserem, prometo que não ficarei zangado ou decepcionado com nenhum dos dois, continuaremos sendo amigos, se eu voltar, claro.
Rony imediatamente se arrependeu pelo que disse e antes que pudesse se desculpar com o seu melhor amigo, viu Harry se afogar num mar de cabelos castanhos. Hermione tinha se jogado nos braços do garoto.
- Não seja idiota, é claro que não deixaremos você ir nesta viagem sozinho Harry – e acrescentou, olhando com certa ferocidade para Rony – EU pelo menos não vou te deixar sozinho, e também não vou ficar falando bobagens desnecessárias e desanimadoras no caminho, isso eu prometo.
Rony tinha acabado de desistir de pedir desculpas a Harry, agora sua raiva era direcionada a Hermione, quer dizer que ela iria sozinha com Harry, sem se importar que Rony fosse junto com eles? E o pior, Hermione achava que ele iria abandonar sua namorada e seu melhor amigo no momento em que os dois mais precisariam dele?
Rony ficou vermelho e se afastou dos amigos enquanto subia os degraus do ônibus. Por dentro ele se perguntava se Hermione o considerava tão covarde assim, enquanto Harry era, como sempre, considerado o herói. Quando se sentou na poltrona que estava marcada na sua passagem, que por sinal, dava a impressão de que alguém havia vomitado lá recentemente, Rony tentou afastar de si aquele pensamento que as vezes o perseguia, o de que Harry era o personagem principal enquanto ele, Rony, um mero coadjuvante.
Sentindo-se desconfortável com estes pensamentos, Rony nem olhou para Hermione quando esta entrou no ônibus e se sentou em uma poltrona um pouco à frente do namorado. Ela também não se importou em olhar para o ruivo antes de sentar, achava que as vezes seu namorado se comportava de maneira irritantemente infantil. Quanto a Harry, que se sentou quase ao lado do amigo, só que do outro lado do corredor, achava aquela situação toda constrangedora e sem o menor sentido.
O ônibus em que os quatro adolescentes viajavam passou por estradas de terra batida, cheia de buracos que faziam o veículo se chacoalhar a todo momento e atrapalhavam o sono de alguns passageiros como o de Rony por exemplo. Hermione as vezes arriscava uns olhares para trás, mas, o ruivo estava mais interessado em tentar dormir do que se reconciliar com a namorada, já Harry suava em bicas dentro daquele ônibus e se perguntava toda hora se ele não estaria metendo a si próprio e aos amigos em uma grande enrascada. Enquanto Malfoy ficava cada vez mais pálido e fazia um esforço enorme para não vomitar, com a sensação que estava sendo batido num liquidificador.
A tarde estava em seus últimos momentos quando Harry e os outros chegaram numa cidadezinha pacata do interior da Inglaterra. Quando desceu do ônibus, depois de Ter conseguido dormir por menos de uma hora, Rony se lembrava que estava zangado com Harry e Hermione, mas, o garoto estava tão cansado que não se lembrava muito bem do motivo da raiva.
Harry se sentiu aliviado ao sentir o vento bagunçar seus cabelos. O clima daquele lugar era bem mais ameno.
Draco desceu do ônibus sem olhar para qualquer um deles e se pôs a caminhar apressadamente. Harry, resignado, começou a seguir o loiro quando sentiu a mão de Hermione segurar o seu braço, ele se virou para a amiga e viu que ela olhava para uma placa grande no alto. Rony também se virou e leu em voz alta:
“Sejam todos bem-vindos à cidade do jardim das sombras”.
Enfim eles haviam chegado ao seu destino.
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