Reencontros

Pessoal, desculpa a demora para postar, é que eu andei muito ocupada nos últimos dias e também o sistema estava fora do ar né, então ficou dificil!
Mais agora vou recuperar o tempo perdido e postar uns 3 capítulos de uma só vez ok?
Bjos pra todos!
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Capítulo12
Harry acordou quase ao meio dia naquela manhã. No começo ele não se lembrava muito do que tinha acontecido, mas, ao perceber que estava num quarto de hospital, o garoto foi se lembrando aos poucos da noite anterior. Ele se lembrou da casa dos Riddle, do choro de Rabicho, da fuga dele e de Gina...
Harry se lembrou também do ataque da cobra, mas ainda não sabia como tinha arrancado forças para aparatar no St. Mungus com a menina nos braços, deixando um rastro de sangue no chão. As pessoam de verde queriam arrancar Gina do colo dele de todas as maneiras, mas, Harry não queria se separar da garota, ele estava com medo do que poderia acontecer.
Harry se sentou facilmente na cama e olhou ao redor, havia mais três pessoas no quarto, todas escondidas por trás de cortinas. Tirando uma dor leve nos músculos e um pouco de tonteira, ele não sentia nada, estava bem, então porque estava lá?
Neste momento a senhora Weasley entrou, Harry sentiu um aperto no coração ao ver o estado da mulher. Parecia que a mãe de Gina e Rony tinha envelhecido dez anos nesses poucos dias que eles ficaram fora. Ela estava com uma cor amarelada e olheiras profundas em volta dos olhos. Estava mais magra também e seu cabelo dava a impressão de que não via um pente há algum tempo. No entanto, logo que ela entrou, tentou dar um sorriso para Harry:
- Olá querido, que bom que acordou, você está se sentindo bem?
Harry se limitou a balançar a cabeça afirmativamente, não era sobre ele que queria falar.
- E a Gina senhora Weasley? Como ela está? – o garoto teve que controlar a voz para não demonstrar seu nervosismo.
- Ela ficou bem ferida Harry, mas, os medibruxos dizem que ela já não corre risco de vida, mas, depois do que aconteceu com Arthur naquele ano, eles acham que a nossa família deveria se envolver menos com cobras gigantes... – ela tentou dar uma risada quando disse isso – não se preocupe com a Gina, meu bem, ela está dormindo profundamente agora e provavelmente vai demorar muito para acordar.
Harry não fez nenhum gesto, nem disse uma palavra, ficou apenas olhando os gramados do hospital pela janela que ficava próxima à sua cama, mas , por dentro, ele estava arrasado.
A senhora Weasley percebeu a tristeza do menino e tentou animá-lo:
- Quanto a você Harry querido, poderá sair daqui hoje mesmo, os medibruxos me disseram que você só estava muito nervoso quando chegou aqui e por isso eles tiveram que lhe dar uma poção para você dormir, sabe. É claro que eles também perceberam o seu estado de desnutrição e me disseram que você está muito magro, mas, eu retruquei dizendo que falo isso pra você há 5 anos e você não toma jeito mesmo...
Harry já estava se preparando para mais um monólogo da senhora Weasley sobre os hábitos alimentares do garoto, até que ouviu batidas na porta do quarto.
Toda as nuvens que andavam sobre a cabeça de Harry naquele momento se dissiparam quando ele viu na porta um rosto emoldurado por cabelos cacheados e fofos, seguido por um outro com cabelos ruivos e sardas no rosto.
Harry se levantou de um pulo da cama e correu para abraçar Hermione e Rony. Os três ficaram abraçados por alguns segundos que fizeram Harry voltar a sentir vontade de rir, Hermione sair da sua frieza com Rony e olhar diretamente nos olhos do menino e Rony esquecer que se sentia constrangido em abraçar homens.
Quando se soltaram, a senhora Weasley se dirigiu a Rony e, fazendo um carinho no cabelo do menino ela disse:
- Desculpe Ter demorado pra chamar vocês garotos, é que eu e Harry estávamos conversando – e, se virando para Harry, ela acrescentou:
- Esses dois ficaram esperando quase uma hora pra poder te ver, eles mal chegaram da viagem e já vieram pra cá. Bem, vocês devem Ter muito o que conversar né.
Após dizer isso, a mulher saiu do quarto, deixando os três amigos sozinhos.
Harry voltou para a cama e Rony e Hermione se sentaram um de cada lado do garoto. Harry percebeu que havia alguma estranha entre os dois, uma espécie de tensão.
- E então? Tudo bem com vocês? – ele viu que teria que ser ele pra acabar com o silêncio.
Hermione se apressou a responder:
- Nós estamos bem Harry, apenas estamos muito preocupados com você e com Gina.
- Pois é, no quê eu fui meter a garota que eu amo né – Harry respondeu sem olhar pra nenhum dos dois amigos.
- Você quer falar sobre o que aconteceu na noite passada Harry? – era Rony quem perguntava agora.
Harry fechou os olhos por alguns instantes, ele só queria esquecer aquele pesadelo.
- Tudo bem então cara, porque a gente não deixa pra contar nossas aventuras quando a Gina acordar?
Harry se sentiu feliz pela idéia do amigo, eles iriam Ter que repetir tudo pra Gina mesmo, melhor que deixassem pra conversar depois.
Hermione também preferiu não pressionar Harry, ela pegou na mão direita dele, que descansava em cima da cama e disse:
- Porque não falamos sobre alguma coisa boa só pra variar não é mesmo?
Rony sorriu e se levantou da cama, pegando uma sacola que ele tinha deixado jogada perto da porta.
- Eu sei exatamente do que a gente precisa agora, meus amigos.
Ele abriu a sacola e tirou de lá um tabuleiro de xadrez de bruxo.
- Só pra vocês dois se divertirem um pouquinho, eu permito que joguem os dois contra mim, não vai mudar muita coisa mesmo.
Hermione soltou um muxoxo de reclamação inaudível, mas Harry já começava a se divertir:
- Eu acho Hermione, que o nosso amigo ali precisa de umas lições de humildade e que nós deveríamos ser os seus professores no momento...
Dessa vez Hermione também parecia começar a gostar da idéia e logo se pôs a ajudar os garotos com as peças.
Os três passaram todo o tempo da visita jogando xadrez de bruxo, rindo das bobagens que Rony dizia pela empolgação de estar ganhando dos dois de uma vez.
Ninguém mencionou palavras como comensais, horcruxes ou mesmo o nome de Gina. E pelo menos por algumas horas, Harry, Rony e Hermione voltaram a ser três adolescentes normais passando uma tarde tranquila um ao lado do outro.

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