Um novo mistério para Harry
Os garotos subiram correndo as escadas em direção ao quarto de Harry e Rony, pois, perceberam que era o amigo que estava gritando. Ao chegarem lá encontraram Harry aflito, andando de um lado pro outro do quarto, os cabelos rebeldes grudados na sua testa suada. Lupin já estava lá, tentando fazer o garoto se sentar, e Tonks se encontrava no corredor, despistando alguns curiosos que foram ver o que tinha acontecido.
- E então Harry? O que aconteceu? – Hermione perguntou nervosa, mais foi Lupin quem respondeu:
- Harry teve um pesadelo pessoal, foi só isso.
- Acontece que vcs sabem muito bem que os meus sonhos não são simples sonhos!
- o que foi que vc sonhou cara? – Rony percebeu que o amigo estava daquele jeito perigosamente nervoso.
Harry ainda dava círculos pelo quarto quando respondeu:
- eu vi a Gina, encostada numa perede, com medo, e na frente dela estava aquela cobra horrível de Voldemort, pronta pra...pronta pra dar o bote Rony!
Rony olhou rápido para Hermione, que estava pálida.
- Olha Harry sabemos que no passado você via coisas que realmente estavam acontecendo, mas, agora Voldemort não é mais tolo de dividir seus pensamentos com você não é mesmo? Por isso, vamos todos nos acalmar ok?
Porém, se a intenção de Tonks era deixar os garotos menos preocupados, ela não obteve muito sucesso, Harry ainda não parara de andar pelo quarto e Rony estava com a boca meio aberta, a mesma cara de quando descobrira que a irmã foi levada pelo monstro da Câmara Secreta, há mais de 4 anos.
E então, de repente, um envelope foi jogado por debaixo da porta, um envelope com o nome de Harry na frente. O garoto correu pra ver quem estava do outro lado, mais, ao abrir a porta, viu que o corredor estava vazio. Certamente a pessoa já tinha aparatado.
Harry abriu o envelope e leu seu conteúdo em voz alta:
Caro senhor Potter, até que enfim poderemos nos conhecer, temos muito o que conversar. Devemos aproveitar que todos estarão na festa e nos encontrar hj à noite.
Estarei esperando o senhor, às 19 horas, no cemitério, na frente da lápide de seus pais.
Até mais tarde então, e não falte!
Harry percebeu que era a Segunda vez que ele recebera uma correspondência sem assinatura naquele verão, mas, dessa vez o garoto não fazia a menor idéia de quem seria o remetente.
Foi tirado de seus devaneios pela voz de Rony:
- Que festa é essa onde todos estarão?
- Bem, segundo a dona da pensão – era Tonks quem estava respondendo - é uma festa que o vilarejo faz todo ano, pra comemorar o aniversário da fundadora do lugar, vocês não viram as pessoas enfeitando as ruas hoje de manhã? Parece que é uma festa e tanto...
Foi Lupin quem encerrou aquela conversa de modo um tanto brusco.
- É, mais não temos tempo pra festas Tonks!
A moça, que estava com os cabelos castanho avermelhados naquele dia, apenas deu de ombros.
Harry sabia que não adiantava insistir para o grupo não ir ao cemitério com ele, todos iriam de qualquer jeito, especialmente Rony e Hermione, cuja teimosia já os tinha levado até ali. Naquele momento os três estavam no restaurante da pensão, jantando, enquanto Lupin e Tonks estavam lá em cima, no quarto, procurando pistas na agenda e nas cartas que estavam naquela caixa dada a Harry.
Rony e Hermione pareciam já Ter se recuperado do susto causado pelo sonho do garoto e agora se revezavam em mastigar e discutir um com o outro enquanto comiam. O motivo da briga dessa vez, era a garçonete do restaurante, que, ao se abaixar pra servir as bebidas aos amigos, revelara um generoso decote que não passara despercebido à Rony. O garoto se preocupara tanto em procurar novamente a garçonete com os olhos que derrubara duas vezes o copo de suco, encharcando o colo de Hermione na Segunda vez.
- Você poderia pelo menos tentar ser menos descarado né Ronald!
Harry sabia que quando Hermione chamava o amigo pelo nome inteiro é porque estava irritada com ele.
- Eu? Descarado? Ora Hermione, eu só dei uma olhadinha tá? E nem tinha como não olhar né cara? – ele acrescentou olhando pra Harry.
Pela primeira vez naquela viagem harry sentia vontade de rir, mas, viu pela cara de Hermione que era melhor se controlar.
- Eu não sei Rony, nem reparei, estava tão concentrado na comida...
Mas Hermione soltou uma risada irônica antes de responder ao garoto:
- Eu vi muito bem como estava concentrado na comida Harry! Ôh se vi! Acontece Rony – ela se virou pra encarar o ruivo – que ao contrário de você, Harry não parecia estar fazendo esforço pra não pular dentro da blusa da mulher tá!
A discussão durou todo o jantar, com Hermione ora gritando com Rony, ora murmurando coisas desconexas tentando mostrar a superioridade feminina, e Rony tentando provar a amiga que se preocupava com o que havia dentro das mulheres e não apenas com o seu exterior, mas, Harry, que como sempre tentava se manter neutro nas brigas dos amigos, achou muito cômico Rony dizer isso a eles e sorriu ao pensar que a única coisa que o amigo via no interior das mulheres era o que havia atrás do decote delas.
Estavam na sobremesa já quando Lupin se sentou na mesa com eles, seguido por Tonks.
Ao ver o olhar interrogativo de Harry, Lupin logo respondeu:
- Bem Harry, pelas anotações dos seus pais, parece que eles realmente estavam em busca das horcruxes. Mais devia ser um trabalho ultra secreto porque eles nunca tinham comentado nada comigo e acho que nem Sirius sabia de alguma coisa. De qualquer forma, não encontramos nada que pudesse nos ajudar. Há muitos endereços e telefones, mas, nenhum deles está grifado ou marcado como se fosse importante e nós perderíamos muito tempo tentando entrar em contato com todas aquelas pessoas.
- E as cartas? Encontrou alguma coisa? – Harry ainda não tivera muito tempo pra reparar nas cartas.
Lupin continuou.
- A maioria das cartas foram escritas pela sua mãe Harry, e mandadas para o seu pai, mas há algumas endereçadas tanto a ele quanto a ela e que são de alguém chamada Anne Mary, que, sinceramente, eu e Tonks nunca ouvimos falar. Nas cartas dela, ela se resume a contar como é a vida na fazenda que vive. Mas nós ainda não lemos todas, talvez encontremos alguma coisa mais.
Harry não ficou nada animado com aquelas notícias, ele esperava realmente que a pessoa com quem iria se encontrar pudesse lhe ajudar com alguma informação. Gina estava correndo um grande perigo, ele sabia disso.
O sol estava se pondo quando Harry e seus amigos deixaram a pensão, Harry com a capa de invisibilidade no bolso. Faltava meia hora pras 19 horas. Já havia muitas pessoas nas ruas do povoado por causa da festa naquele momento. Havia luminárias penduradas em varais que já estavam acesas e em algumas esquinas foram colocadas mesas enfeitadas com flores e frutas. Harry estava tão preocupado com o encontro no cemitério que nem prestava atenção na movimentação ao redor, mas, Tonks e Hermione pareciam reparar em tudo e achar que nada seria mais excitante do que participar daquela festa, fazendo Rony murmurar um “mulheres” a cada minuto.
O portão do cemitério estava encostado, eles o empurraram, se dirigiram ao local combinado e ficaram esperando dar as 19 horas.
Rony e Hermione sentaram num banco próximo, mas Harry não queria se sentar, ficou encostado numa árvore lançando olhares aos dois amigos, que nunca pareceram tão próximos um do outro. Tonks e Lupin estavam de mãos dadas e pareciam observar as outras lápides ao redor.
Não demorou muito para o grupo perceber que havia um vulto vindo em sua direção. Harry prendeu a respiração, ansioso, Rony imediatamente levantou, enquanto os outros apenas se limitaram a colocar a mão dentro das blusas, prontos pra pegar a varinha caso fosse necessário. Quando a pessoa se aproximou, estava com uma longa capa negra e com um capuz, impedindo qualquer visão do seu rosto.
Bem pessoal, em primeiro lugar, quero agradecer a todos os que estão lendo a minha primeira fic, valeu mesmo, e ,please, comentem pra eu saber o que vcs estão achando tá?
Devo avisá-los que o próximo capítulo pode ser cansativo, pois, tem um diálogo meio longo, no entanto, serão feitas algumas revelações importantes para a história, portanto tentem ler até o final!
valeu pessoal, bjos pra todos!
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