A noite agitada de Ron e Mione



Bem, como eu já falei antes, esse capítulo, apesar de longo, é um pouco mais divertido.
Espero que gostem!

Rony ia puxando Hermione pela mão enquanto tentavam abrir caminho entre centenas de pessoas que cantavam e riam, espremidas umas nas outras. Rony percebeu que a menina parecia cansada e ele também estava exausto, além de Ter o rosto ainda cheio de sangue, fazendo com que algumas pessoas olhassem para os dois assustadas.
Havia um espaço cercado com uma fita onde casais e famílias estavam sentados comendo e Rony resolveu se sentar um pouco, não agüentava nem parar em pé. A mesa mais próxima que encontraram estava coberta de restos de comida e copos vazios, certamente deixados pelos ocupantes anteriores. Rony fez Hermione se sentar na única cadeira que tinha e saiu para procurar uma para ele. Voltou uns dez minutos depois, levando encontrões de crianças que corriam descabeladas. Quando se aproximou da mesa viu que havia uma mulher de avental, com um bloco de papel na mão, perguntando alguma coisa à Hermione, que apenas balançava a cabeça. Ele pôs a cadeira no chão e se sentou a tempo de ouvir a mulher responder:
- Tudo bem então, mas, se quiser beber alguma coisa, é só me chamar tá bem? – ela arregalou os olhos quando viu o rosto de Rony.
- Meu Deus! O senhor está coberto de sangue!
Rony nem se lembrava mais que seu nariz e sua boca tinham sido atingidos na luta no cemitério, se acostumara com a dor. Ele apenas olhou para a garçonete e respondeu calmamente:
- Tudo bem moça, não foi nada, eu já vou me limpar. Enquanto isso, você pode trazer alguma coisa forte pra gente beber?
Hermione imediatamente se levantou:
- Você enlouqueceu Ronald? Temos que voltar para a pensão e encontrarmos Lupin e Tonks e não ficarmos bebendo nesta festa! Além disso, o dinheiro que seus pais lhe deram não deve ser gasto neste tipo de coisa e...
- Escuta aqui Hermione, eu estou sangrando, cansado e dolorido e não vou ficar aqui escutando você me dando seus sermões tá bem?
A garçonete interrompeu os dois rapidamente:
- Nós temos whisky de fogo senhor, é bem forte, posso trazer?
Hermione lançou um olhar furioso para a mulher, Rony porém, sorriu para a garçonete e fez que sim com a cabeça, pois sempre tivera vontade de beber aquela bebida. E ainda levantou os dois dedos, indicando que queria dois copos. Isso bastou para que a garçonete saísse voando dali, porém, Hermione não estava nada satisfeita. Ela continuava de pé e ameaçava Ter mais uma explosão quando Rony a pegou pelos ombros e forçou a menina se sentar novamente.
- O seu melhor amigo e a sua irmã foram seqüestrados por Voldemort e você quer se embebedar Rony?
- Não Hermione, eu só quero esquecer um pouco tá? Esquecer tudo isso, eu estou me sentindo péssimo pelo Harry se você quer saber – o rosto sardento do garoto ficou sombrio naquele instante – o que será que estão fazendo com ele agora? Eu daria tudo, tudo Mione, pra que o Harry e a Gina estivessem aqui com a gente agora, eu me arrependo tanto de Ter implicado com o namoro deles...
A voz de Rony foi sumindo e o menino escondeu o rosto sujo nas mãos.
Hermione não sabia o que dizer, ela estava começando a ficar arrependida por Ter gritado com o amigo.
- Rony – ela falou mansamente dessa vez – tentar esquecer o sofrimento não vai diminuí-lo, querido.
Rony levantou a cabeça quando ouviu a última palavra. Ele pegou na mão de Hermione, e a menina tentou dar um sorriso triste. Depois, ela pegou sua varinha e limpou o rosto do amigo com um feitiço.
- Ficou bem melhor assim, acho que você não quebrou nada pelo jeito.
A garçonete chegou com dois copos de whisky e disse aos dois que havia mesas dispostas nas esquinas do povoado com algumas tortas e comidas feitas pelos moradores, mas, as bebidas e comidas servidas naquele espaço seriam cobradas, pois, toda a renda seria revertida para a caridade.
Rony agradeceu a bebida e esperou a mulher se virar para tomar o primeiro gole. Nenhum dos dois estava acostumado a tomar bebidas alcoólicas, por isso tiveram quase a mesma reação nos primeiros goles. Rony fazia caretas e engasgava enquanto Hermione cuspia quase tudo, sem conseguir engolir a bebida, ela descobriu afinal porque aquilo se chamava whisky de fogo, pois, parecia que estava em chamas por dentro. Mas logo os amigos já tinham se acostumado com o sabor da bebida e estavam rindo feito dois maníacos, chamando a atenção das pessoas ao redor e fazendo algumas mães balançarem as cabeças em sinal de reprovação.
Rony estava mais vermelho do que Hermione jamais o vira e parecia completamente a vontade com os braços levantados no encosto da cadeira, lembrando pela milésima vez o dia em que eles ganharam a Copa de quadribol de Hogwarts com ele jogando no gol, há alguns meses.
Hermione dera um nó no cabelo, pois não estava agüentando o calor e ria junto com Rony ao se lembrar da canção ”Weasley é nosso rei”.
Quando iam começar o terceiro copo Hermione já estava quase no colo de Rony, as cadeiras dos dois estavam bem juntas uma do lado da outra e o garoto aproximava o rosto do da menina a cada frase que iria dizer, fazendo com que os amigos quase se beijassem. As mãos dos dois se tocavam em todos os momentos, se buscavam na mesa, se entrelaçavam pra depois se soltarem novamente.
Rony ergueu o copo bem alto antes de gritar pra quem quisesse ouvir:
- Um brinde a Harry e Luna! O casal mais perfeito do mundo!
Algumas pessoas ao redor levantaram os copos acompanhando Rony no brinde, a maioria delas já estavam bêbadas, afinal, já era quase meia noite.
Hermione dava uma gargalhada e teve que se segurar em Rony para não cair da mesa.
- Não é Harry e Luna seu idiota, é Harry e Gina! Se a sua irmã ouvir você dizendo que Harry e Luna formam um casal perfeito você é um homem morto Ronald!
E a garota riu muito depois de Ter dito isso.
Então um senhor da mesa ao lado gritou alegremente para os dois:
- Porque vocês não vão dançar um pouco hein meus jovens?
Rony adorou a idéia, mas, Hermione não sabia nem se conseguiria levantar da cadeira, quanto menos dançar no meio daquela multidão.
Os dois se abraçaram e tentaram dar uns passos, mas, logo despencaram na cadeira. Hermione agora decididamente estava no colo de Rony, achando muito engraçado as pessoas girarem ao seu redor.
A garçonete prestava atenção no casal de adolescentes e decidiu ir cobrar a conta antes que os dois desmaiassem ali mesmo.
Hermione estava encostada nos ombros de Rony, já tinha deitado no colo do menino e começava a fechar os olhos. Rony achou que deveriam ir embora e deu o dinheiro a garçonete que os atendera, com dificuldades para enxergar e contar os galeões do bolso da jaqueta. Gui havia providenciado dinheiro de trouxas e de bruxos para os dois, só pra garantir. Ele esperou a mulher contar o dinheiro, buscar o troco e dizer um muito obrigada aos dois para se levantar da mesa e pôr Hermione no chão, ele não agüentaria carregar a menina de jeito nenhum.
No entanto ao ver que Hermione estava dormindo em pé, ele passou os braços pela cintura da menina e passou os dela pelo seu pescoço e peito, garantindo assim que ela não cairia. Os dois foram caminhando trôpegos para a pensão, dessa vez quase caindo em cima das pessoas que não pareciam estar nada cansadas. Na verdade, a festa estava no seu auge.
Rony nem registrava o movimento ao seu redor, a única coisa que ele sentia naquele momento era Hermione abraçada ao seu corpo, o cabelo dela roçando no queixo dele.
- Mione? – Rony chamou.
Ela respondeu com um muxoxo baixo.
- Você me perguntou naquele dia lá em casa o que eu havia dito pra minha mãe deixar eu vir nesta viagem lembra?
- Ahã...
- Pois eu disse a ela que queria vir por sua causa Hermione. Pra te proteger.
Hermione parou abruptamente, fazendo com que Rony se desequilibrasse e por pouco não caísse. Os dois encostaram num muro de pedra e agora estavam de frente um pro outro.
Hermione estava com os olhos pequenos de tanto sono, os cabelos totalmente desgrenhados, fazendo Rony sorrir.
- o que foi?
- Não é nada – ele respondeu rapidamente.
Mas Hermione sabia que Rony ria dela.
- estou horrível não é?
- Você? Horrível? Impossível! Você é linda Mione!
Eles estavam bem próximos um do outro, ambos zonzos por causa da bebida.
Rony apenas se aproximou mais alguns milímetros e, sem perceber, eles já estavam se beijando.
Hermione suspirava e enlaçava o pescoço do garoto enquanto ele acariciava os cabelos dela com uma mão e segurava firme sua cintura com a outra.
Rony e Hermione nem souberam como chegaram na pensão, os dois passaram o caminho inteiro parando em árvores e muros para se beijarem e quando subiram pros quartos e Rony foi levar Hermione até a cama da garota, ele acabou desabando na cama junto com ela, e os dois dormiram imediatamente, do jeito que estavam mesmo.

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Assim como os comensais da morte previram, Voldemort ficara furioso ao saber que Harry Potter havia escapado bem debaixo do nariz deles. O fato do seu grupo de comensais terem sido vencidos no cemitério de Godric’s Hollow veio para aumentar ainda mais o ódio do Lorde das trevas, que fez questão de torturar cruelmente Rabicho na frente dos outros pra demonstrar o castigo que os esperava caso fracassassem mais uma vez.
Rabicho ficou num estado lastimável com as roupas meio rasgadas e o rosto ensangüentado devido aos chutes que Voldemort lhe dera no momento da sua fúria. Mas isso não era nada ainda, pois, Voldemort queria descontar toda sua raiva no pobre homem e mandou que o jogassem na piscina suja e quase sem água do quintal, para que não conseguisse escapar de nenhuma maneira porque mais tarde ele iria receber o devido castigo. Com toda a fraqueza e dor que sentia Rabicho não poderia dar um passo nem que fizesse muito esforço.
Após essa sessão de torturas, Voldemort mandou que os comensais fizessem uma nova busca pela casa enquanto ele ia subir para o seu quarto. Atrás dele foram dois comensais, um carregando um quadro enrolado num plástico e outro levando uma frágil bailarina de cristal dentro de um saco de pano. Voldemort pediu para que Bellatrix os acompanhassem e relatasse exatamente o que tinha acontecido no cemitério.
Ao contrário do resto da casa, o quarto de lorde Voldemort era uma suíte limpa e arejada. Havia no canto uma confortável cama de casal e duas poltronas luxuosas mais um enorme guarda roupa completavam a mobília do aposento onde o lorde dormia. As paredes estavam impecavelmente pintadas e as janelas não tinham tábuas pregadas e sim persianas.
Após deixarem os objetos na cama do seu mestre, os comensais foram mandados para fora rispidamente, apenas Bellatrix ficou.
Voldemort conservava no rosto as marcas do ódio que sentia naquele momento e graças a isso, talvez, não percebeu que havia alguém embaixo da sua cama, vendo seus pés andarem nervosos de um lado para o outro. Harry, coberto pela capa da invisibilidade, as vezes arriscava colocar a cabeça para fora do seu esconderijo e por isso viu que os comensais haviam depositado as horcruxes em cima da cama. Agora ele escutava com atenção Bellatrix ir narrando o que se passou no cemitério e até se esqueceu das batidas loucas no seu coração e do medo que sentia quando ouviu que seus amigos haviam conseguido escapar. Eles estavam vivos! Harry reprimiu um suspiro de alívio.
- Então Bella, vocês pelo menos mataram a filha daquele auror patético?
Voldemort estava parado na janela, de costas para a comensal, e a voz zangada dele ecoava sinistramente pelo quarto. Harry estava arrepiado.
- Sim, meu senhor. Anne Also Bloom está morta. E nós também descobrimos quem é que anda nos traindo todo este tempo senhor. Claro que, seguindo as suas ordens, apenas eu escutei a conversa que houve no cemitério. Os outros ficaram aqui, só esperando o meu chamado.
Dessa vez Voldemort se virara para encarar Bellatrix:
- Eu já desconfiava de Severo Bella, não estou nem um pouco surpreso em descobrir que ele mentiu este tempo todo, que sempre, sempre esteve do outro lado, e tudo por causa daquela trouxa exibida da Lílian Evans! Aquela mulherzinha que teimou em me enfrentar até o último momento, ah!
Harry sentiu uma pontada de ódio quando ouviu Voldemort se referir à sua mãe daquele jeito e não pôde ver o que aconteceu logo em seguida, mas, ouviu o barulho.
Voldemort pegara a varinha numa rapidez impressionante e lançara a poltrona à sua frente para o outro lado do quarto, fazendo Bellatrix dar um pulo e Harry se segurar para não soltar um grito. As roupas do garoto estavam encharcadas de suor, ele nunca imaginara que um dia estaria naquela situação.
Voldemort ainda segurava a varinha quando olhou para Bellatrix.
- Potter escapou de novo, e vai se sentir ainda mais forte quando souber que aqueles amigos ridículos dele conseguiram se safar novamente, por isso, Bella, temos que fazer o ritual logo. Eu preferia tirar a vida de Potter junto com a da namoradinha atrevida dele, mas, pelo jeito, esse bando de incompetentes não vai conseguir encontrar o moleque, então vou Ter que matar o inútil do Rabicho mesmo. Junto com a linda senhorita Weasley, claro. Uma morte para cada horcrux.
Harry não estava entendendo nada daquela conversa. As horcruxes estavam feitas não é mesmo? Eram aqueles objetos jogados na cama de Voldemort, então por que ele falava como se ainda fosse dividir a sua alma?
Harry tentava se lembrar de alguma coisa que talvez tivesse esquecido, quando ouviu um barulho alto de desmoronamento. Voldemort olhou para Bellatrix, como se buscasse informações, mas, a mulher apenas sacudiu a cabeça. Parecia tão confusa quanto ele.
Voldemort correu para fora do quarto, empurrando Bellatrix junto com ele. Harry escutou a porta sendo trancada do lado de fora.

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Por enquanto é só! Foi romântico né?
Ah, eu adorei escrever este capítulo. O próximo terá bastante ação, eu estou tentando equilibrar partes de diálogo com um pouco de ação senão fica muito cansativo, espero que esteja dando certo!
Não se esqueçam de comentar hein!






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