Delírios ou realidade?



Pessoal, eu prefiro acreditar que embora quase ninguém deixe comentários aqui sobre a fic, algumas pessoas de fato a lêem, então acho que devo desculpas a estas pessoas por ter ficado tanto tempo sem postar, mas, acho que todos tmb estão passando por momentos de provas na escola ou na faculdade então creio que vcs vão me perdoar não é mesmo?
Bem, só pra compensar tanta demora, vou postar três capítulos de uma vez só ok?
Desculpem novamente, boa leitura a todos, e bom fds pra vcs!
Ah, por favor, comentem ou serei obrigada a parar de postar a fic aqui na Floreios, não têm graça vc escrever pra ninguém.
Obrigada a todos!
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Enquanto entrava cada vez mais fundo na mata, Harry começava a se sentir novamente tonto. Em sua cabeça, o garoto ouvia vozes desconexas.
“(...) Você não vai parar de chorar mulher estúpida?”- a familiaridade daquela voz fez com que a cicatriz de Harry explodisse de dor. Parecia que lorde Voldemort estava zangado com alguém e torturava esta pessoa.
Harry tinha a vista cada vez mais embaçada, as pernas tropeçavam uma na outra, ele já não sabia mais quanto tinha andado. Então, de repente, foi como se o garoto tivesse sido transportado para outro lugar. Era uma câmara escura e úmida. Harry sentia a conhecida sensação de ver tudo de dentro do corpo de Voldemort. Ele foi andando em direção ao centro da câmara e viu que havia um objeto lá. O coração do garoto disparou quando ele viu que o objeto era a taça de hufflepuff. Ele foi se aproximando cada vez mais da taça, ao ponto de quase tocá-la. Então aconteceu algo estranho, Voldemort começou a conversar com Harry ao mesmo tempo que os dois dividiam o mesmo corpo naquele sonho, era como se Harry conversasse com ele mesmo.
- Então conseguiu chegar até aqui não é mesmo Potter?
- Bem, vamos ver se você vai conseguir ir até o final garoto. Você não imagina a surpresinha que eu preparei para você... – dizendo isso, Harry sentiu que Voldemort sorria com a boca do garoto, uma sensação muito desagradável para o grifinório.
Harry suava bastante e sentia – se febril. Mesmo assim, conseguiu exibir uma calma e uma frieza que espantou até a ele mesmo.
- Voldemort, você sempre se considerou muito especial não é mesmo? Chegou até a pensar que você era indestrutível, mas, você não é indestrutível e eu vou lhe provar isto. Eu já destruí uma horcrux sua, não vai ser muito difícil para mim acabar com a última, e aí vai ser só eu e você.
Harry se sentia mais dono de si agora, não era mais Voldemort que dominava o corpo do garoto, era o contrário. De um momento para o outro, ele passou a se sentir mais poderoso. Por um momento, Harry acreditou de verdade que poderia se sair vitorioso daquela batalha. Então sorriu, um sorriso verdadeiramente de Harry Potter.
No entanto, lord Voldemort não esperava por aquela resistência do garoto, na verdade, apenas o que ele queria era penetrar na mente de Harry e sondar seus pensamentos, coisa que já tinha feito outras vezes no passado. Porém, por algum motivo, daquela vez Harry Potter se mostrava forte o bastante para se manter consciente e dono de si próprio. Isso assustou o lord negro de tal forma que a única coisa que ele conseguiu fazer foi abandonar a mente do garoto.
Quando Harry voltou a si, viu dois rostos assustados debruçados sobre ele.
- Harry! Você está bem?
Hermione chorava novamente.
- Cara, você realmente precisa descansar – Rony estava decididamente assustado naquele momento.
- O que aconteceu? – Até mesmo Harry se assustou com a fraqueza da sua voz.
Hermione e Rony trocaram olhares de cumplicidade e pareciam não querer responder a pergunta do amigo.
Harry tentou se levantar, mas, Hermione o empurrou novamente para o chão.
- Eu perguntei a vocês o que aconteceu, não vão responder? – Harry começava a ficar irritado, sua cabeça girava em mil redemoinhos.
Rony conhecia bem o amigo para saber que deveria responder a sua pergunta.
- Aconteceu que você parou de andar de repente e ficou parado como uma estátua falando umas coisas sem sentido Harry, foi só isso.
Harry não estava entendendo o que o ruivo dizia, como ele poderia Ter ficado parado e agora estava lá, deitado no mato frio?
- Harry – ainda era Rony quem falava – você estava parado e não escutava a gente te chamando, então de repente caiu duro, no chão. Você está com febre, só precisa dormir um pouco.
- Mas Rony, eu acabei de falar com Voldemort e foi muito estranho...
- Você precisa descansar Harry – Hermione disse por fim - por hoje chega, nós vamos acampar aqui mesmo.
Após dizer isso, ela se virou para uma árvore que estava mais à frente deles. Harry virou o pescoço e viu que a amiga falava com Draco Malfoy.
- Então o nosso querido Potter não agüentou o tranco é? – a voz estava carregada de sarcasmo.
Hermione ia abrir a boca para reclamar quando Rony se levantou.
- Escuta aqui doninha, Harry não está nada bem e todos nós estamos exaustos por isso vamos acampar aqui e ponto final, e se você não calar a sua boca eu juro que vou aí te calar pessoalmente...
Hermione olhava de Rony para Harry, sem saber o que fazer. Ela colocou as mãos na testa do amigo e viu que ele ficava cada vez mais quente.
Harry tentava se orientar, ele ouvia de muito longe as vozes de Rony discutindo com Malfoy, assim como ouvia a risada arrastada do sonserino. Hermione, que ainda estava ajoelhada do seu lado, também dizia alguma coisa. As últimas palavras que chegaram aos ouvidos de Harry foi alguma coisa como sangue ruim, então ele viu Hermione se levantar rapidamente e correr para longe dele. Depois tudo virou escuridão.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- Harry estava correndo pelos terrenos de Hogwarts de mãos dadas com Gina, a garota dava gargalhadas, com os cabelos ruivos sendo bagunçados pelo vento. De repente, Harry olhou para o lado e não viu mais a namorada, viu olho tonto brigando com ele: “Você nos trouxe pra cá e agora estamos morrendo Potter! Era tudo uma armadilha...” Harry se soltou de Alastor e saiu correndo para longe, ele ouvia a voz de Hermione dizendo:” eu avisei que era perigoso, eu disse...” a voz de Hermione foi sufocada por gritos e rosnados, agora Harry estava cercado por lobisomens que saíam de trás das árvores, os gritos vinham de Rony, que estava sendo devorado por um deles. Harry procurou a sua varinha desesperado, mas, sua cicatriz ardeu e ele caiu de quatro no chão, fechando os olhos por causa da dor que sentia. O mundo girava ao seu redor e ele via seu primo Duda rindo da cara dele, ele via a professora Mc Gonagal lhe passando um sermão e uma mulher de cabelos rosa rodopiando no ar.
De repente, tudo ficou num completo silêncio. Harry olhou ao redor e viu que estava sentado num banco de jardim, no meio de um dia de verão. Ele estava calmo naquele momento, com o vento soprando de leve nas suas roupas limpas. Olhando bem para o horizonte, o garoto viu que uma mulher se aproximava, ele teve que apertar os olhos para conseguir enxergá-la. A mulher tinha cabelos acaju e olhos muito verdes, a sua aparência era estranhamente familiar para Harry.
Ela chegou e se sentou ao lado de Harry, sorrindo para ele.
- Oi mãe! – Harry disse aquilo alegremente e de forma natural.
- Olá meu bem, como você está?
Lílian Potter fez um carinho nos cabelos do filho e ele inclinou a cabeça para ela, docemente, se sentindo mais carente do que nunca.
Sem saber como, Harry sentia como se aquilo fosse um momento comum entre ele e a mãe, como se eles sempre tivessem se sentado e conversado um com o outro. Naquele momento, Lílian não era uma mulher que tinha sido assassinada, ela era apenas uma mãe curtindo um dia de verão com seu filho.
Harry deitou a cabeça no colo da mãe, recebendo um cafuné gostoso nos cabelos rebeldes. Ele se sentia em paz, como há muito tempo não se sentia.
No entanto, de repente Harry começou a se incomodar com alguma coisa, a paz foi quebrada.
- Mãe, eu tô com medo - Ele não sabia exatamente porque estava falando aquilo, mas, de fato, sentia medo.
- Não precisa se preocupar meu querido, eu e seu pai sempre estaremos do seu lado, você sabe disso não é?
Harry se levantou do colo de Lílian e pegou na sua mão.
- Eu não vou conseguir mãe.
O que ele não iria conseguir? Harry não sabia, mas, sentia no seu íntimo que tinha algo a fazer, algo que não poderia mais ser adiado.
Então, a mulher à frente de Harry, olhou bem no fundo dos olhos do filho, que eram os seus olhos, e disse, com calma:
- Cada um de nós tem um destino a cumprir neste mundo meu bem, eu e seu pai cumprimos a missão da qual fomos incumbidos. Agora é sua vez de seguir seu caminho, sem medo. E ninguém tem o direito de te impedir de partir, pois esse caminho é só seu, e de mais ninguém. Você só precisa acreditar em si mesmo, e na força que o trouxe até aqui Harry. A força do amor e a certeza de um destino.
De alguma forma, aquelas palavras fizeram todo o sentido para Harry, e ele apertou mais ainda a mão de Lílian, agradecendo a sua mãe por Ter dito aquilo.
Depois de beijar carinhosamente a testa do filho, Lílian Potter se levantou e começou a se afastar de Harry. Após dar alguns passos, a mulher se virou para lançar um último olhar ao filho, e ele, num impulso perguntou a ela:
- Nós nos veremos logo mamãe?
Um sorriso travesso se desenhou no rosto branco de Lílian.
- Talvez sim meu filho. Ou talvez não.

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