Uma poçao e uma mousse!
“TRIMMMMM”
O despertador tocou. Sonny abriu os olhos, olhou para a janela e viu que ainda estava escuro lá fora.
- Hoje acordei bem cedo! – Afirmou orgulhosamente enquanto olhava para o despertador.
Sonny saltou logo da cama, tomou um bom banho, arranjou o cabelo e se vestiu. Arrumou as coisas e antes de sair do quarto, achou melhor se ver ao espelho para ter a certeza que tudo estava em ordem.
- Quero ver quem vai rir de mim hoje! – Falou, enquanto se mirava em frente ao espelho.
* * * * *
- Já está na hora do pequeno-almoço e a Sonny ainda não chegou! Achas que ela adormeceu? – Betty estava preocupada com a prima.
- Relaxa! A Sonny sabe o que faz! – Cammy afirmou enquanto barrava uma torrada com doce de morango.
- Espero bem que tenhas razão! – Afirmou Betty.
No minuto seguinte, uma pessoa entrou no salão e todas as atenções se viraram para ela.
- Acho que não precisas de te preocupar com a tua prima, porque ela acabou de chegar! – Disse Fred olhando pasmado para ela.
Sonny que no dia anterior tinha o cabelo sem jeito e escondido por baixo de um boné, estava agora com o cabelo completamente liso, com as pontas viradas para fora e com o risco ao lado. Ela estava usando o uniforme da escola, mas com o símbolo de Hogwarts e uns sapatos muito bem envernizados. A maquilhagem era sombria e escura, dando um ar maléfico a ela.
Ela chegou à mesa e se sentou junto dos amigos, mas precisamente ao lado de Ron, que ainda estavam em choque.
- O que foi? – Perguntou Sonny, ao reparar que grande parte do pessoal não tirava os olhos dela.
- Nada, nada! Apenas reparamos que hoje estás diferente! – Fred comentou.
- É, pareces mesmo uma aluna aqui de Hogwarts! – Ginny também falou.
- Estás linda! – Afirmou Seamus e todos os meninos da mesa também concordaram.
- Obrigada! Vocês são uns queridos! – Ela mandou um beijo a todos e se virou para as amigas, falando baixinho: - O que se passa hoje?
- Como assim, o que se passa?! Ontem vieste vestida à muggle e hoje vens assim! É lógico que todos estejam admirados!
- Ainda bem! Era mesmo isso que eu queria! – Sonny deu um grande sorriso.
Enquanto eles tomavam o pequeno-almoço, McGonagall decidiu dar aos alunos um comunicado:
- Atenção a todos os alunos! Eu quero avisar que a partir de hoje, as equipas de Quidditch podem começar a reservar o campo para os treinos!
Todos os alunos ficaram bastante contentes e começou-se a gerar uma grade algazarra no salão. A equipa de Gryffindor em Quidditch começou logo a planear os dias que seriam melhor para eles treinarem.
- Que bacano, depois do pequeno-almoço vou já reservar o campo para amanhã à tarde! – Fred afirmou.
- E a gente pode assistir ao treino? – Betty perguntou.
- Claro, mas só com uma condição! – Ron disse com um ar muito sério.
- Qual condição? – Cammy ficou meio receosa.
- Nada e contar as nossas estratégias às outras equipas!
- Ron, claro que a gente não vai contar! – Sonny faz-se de indignada. – Até parece que a gente alguma vez vós enganamos! – Depois de dizer isso, Sonny não se sentiu muito bem, mas também não o demonstrou.
- Eu sei meninas! Estava só na brincadeira com vocês! – E abraçou Sonny que estava ao seu lado.
Mas havia uma pessoa que não tinha ficado satisfeita com esse gesto, e essa pessoa, era nem mais nem menos, que Hermione Granger.
Nesse dia as aulas foram bastante leves e as horas passaram a correr. Depois da última aula terminar, Sonny se afastou dos amigos e foi em direcção da biblioteca. Queria encontrar uns livros sobre feitiçaria, profecias e feiticeiros conhecidos, coisas que nunca tinha encontrado numa biblioteca muggle.
Ainda lhe faltava subir mais um andar, quando ouviu a voz de Neville e ao que parecia ele estava a discutir com alguém. Aproximou-se do corredor donde vinha a voz dele e tentou perceber o que se passava. No meio do corredor, Draco, Goyle e Crabbe estavam bloqueando o caminho para Neville não pudesse passar.
- Então Longbottom? Não tens coragem de nos enfrentar?! – Malfoy desafiou Neville.
Sonny acreditava que Neville podia enfrentar Malfoy, quando este estivesse sozinho e não quando este estivesse acompanhado pelos seus “amigos”. Por isso decidiu intervir a favor de Neville.
- Eu acho que seria injusto, ele vos enfrentar sozinho! - Ela afirmou colocando-se ao lado de Neville. – Mas mesmo que ele o fizesse, ele vos vencia!
- Olha, olha quem é ela... uma das novas alunas! – Malfoy se aproximou um pouco dela. – Pelo que estou a ver, está cá à pouco tempo e já se dá com as piores companhias.
- Desculpa, mas eu acho que estás enganado! Eu não ando com vocês e nem com o resto do pessoal de Slytherin! – Ela deu um paço em frente, pronta a desafia-lo.
- Estás a insinuar que nós somos uma má companhia?! – Sonny afirmou com a cabeça, o que o deixou bastante furioso. – E desde quando é que nos conheces, para dizeres isso?!
- Há muito mais tempo, que tu possas imaginar! – Draco ficou desconfiado com aquela afirmação e começou a recuar lentamente.
- Vamos embora! – Ele avisou os outros dois e depois virou-se de novo para ela: - Isto não vai ficar assim! – Depois Draco foi-se embora, com Crabbe e Goyle atrás dele.
Neville se virou para Sonny com um grande sorriso e falou suavemente:
- Obrigada! Se não tivesses aparecido, eu ainda estaria aqui a discutir com o Malfoy! Como te posso compensar?
- Oh Neville, não digas disparates! Eu não quero nada! Apenas te quis ajudar com o Malfoy, porque o que ele estava a fazer era injusto! – Mas Sonny não estava a ser totalmente sincera. Lógico que queria ajudar Neville, mas ela também não quis perder a oportunidade de falar pessoalmente com Draco.
- Mas não há nada que eu possa fazer? – Neville insistiu.
- Bem... eu não sou muito boa a Herbologia! – A sua primeira aula não tinha corrido muito bem e Sonny quase que tinha sido mordida por uma planta. Também sabia que ele era bastante bom nisso e talvez a ajudasse.
- Perfeito! Eu adoro Herbologia e entendo perfeitamente! – Ele afirmou muito contente. – Sempre que tiveres problemas ou dificuldades, avisa que eu ajudo!
- Obrigado Neville! – Chegou mais perto dele e lhe deu um pequeno beijo na face rosada, que o deixou super corado. – És um querido!
* * * * *
À hora do jantar, Sonny chegou calmamente à mesa com um grande sorriso, o que chamou a atenção de suas amigas.
- O que te aconteceu? – Perguntou Betty enquanto a prima se sentava, de frente para a mesa de Slytherin.
- Comigo? Nada! Estou óptima! – Ela afirmou.
Dumbledore bateu com o garfo no copo e todos os alunos silenciaram. Ele se levantou lentamente e falou:
- Bem, primeiro quero vos dizer, que espero que todos tenham gostado do primeiro dia de aula e que as novas alunas se estejam a integrar bem! Segundo, já estão abertas as inscrições para as aulas de dança com a professora Jennifer Smith. Para se inscreverem, basta irem à biblioteca buscar o papel da inscrição, preenche-lo com os vossos dados e entregar à professora Jennifer. Para alguma dúvida, acho que podem falar com a mesma. – Dumbledore olhou para a professora e esta confirmou com um aceno. – Muito bem, uma bom jantar e uma boa noite para todos! – Depois disso, sentou-se.
Todos os alunos começaram na conversa, mas as meninas tinham ficado bem mais entusiasmadas que os meninos. Algumas já estavam a combinar o dia e a hora em que se iam inscrever.
- Vocês vão se inscrever? – Ron perguntou.
- Eu adorava! – Falou Cammy. – Betty e Sonny?
- Ya, conta comigo! – Betty sorriu. – Prima?
Sonny nem sequer tinha ouvido a pergunta. Estava perdida em seus pensamentos, enquanto olhava de esgueira para um certo menino loiro, que estava noutra mesa.
- SONNY!! – Betty berrou, acordando a prima daquele estado de transe.
- O que foi?
- Vais te inscrever nas aulas de dança?
- Claro que vou! Tu sabes que eu adoro dançar! – Depois se virou para o resto do pessoal. – E vocês, vão se inscrever?
- Eu não sei... gostava de ir, mas só se o Harry for! – Ron falou. – Não quero ser o único rapaz lá!
- Não vais ser o único! Aposto que muito meninos vão se inscrever! – Cammy falou enquanto piscava o olho às amigas, que sorriram.
* * * * *
À noite, antes de ir dormir Sonny, começou a pensar nas coisas que tinham acontecido nesse dia, mas também noutras coisas:
- Ai, estou mortinha para começar as aulas de dança, já faz tanto tempo que não treino! – Ela caminhou ate à janela e se pôs a observar as estrelas. – Finalmente, falei com o Draco Malfoy em pessoa! Nem acredito que isto me aconteceu! – Na sua bonita face apareceu um grande sorriso. – Que estranho... de acordo com os livros do Potter, o Fred e o George não deviam estar em Hogwarts! Tenho de ir investigar! – Ela pensou desconfiada.
Depois disso, ela continuou a ver as estrelas, ate sentir o sono a pesar nas suas pálpebras.
* * * * *
Sonny acordou com o despertador e se arranjou para o pequeno-almoço. Ao chegar ao salão, Sonny foi cumprimentada por varias pessoas ate chegar à mesa de Gryffindor. Ao se sentar, ela teve a sensação que alguém a estava a observar e deu uma olhadela à sua volta, mas ninguém parecia estar a olhá-la naquele momento.
O pequeno-almoço apareceu e ela apenas ficou a olha-lo. Tinha saudades dos cereais de chocolate ou então das torras meio queimadas feitas por ela própria.
- Não comes Sonny? – Ginny perguntou ao vê lá.
- Estou farta destas papas e desta comida! – Sonny fez cara de amuada. – Apetecia-me algo diferente!
- Mas este é o vosso segundo dia cá e já estão fartas da comida do pequeno-almoço?! – Ron perguntou meio espantado.
- Mas é que a gente está cá à mais tempo! – Betty deixou escapar. – Nós chegamos bem antes de vocês!
Sonny deu uma pisadela no pé da prima, mas era tarde de mais, todos tinham ouvido. Alguns pareciam espantados e confusos, e Sonny tentou remediar as coisas, mas o mal já estava feito.
- Bem a gente veio antes, para organizar as coisas e para conhecer os cantos ao castelo.
Todos pareciam esclarecidos, menos Hermione que ainda estava com uma cara de desconfiada.
Eles continuaram a comer, quando Sonny teve uma grande ideia. Abriu a sua mala, tirou uma folha e uma caneta, e começou a escrever a grande velocidade.
- O que estás a fazer? – Cammy perguntou.
- Vou escrever uma carta à minha mãe, a pedir umas coisitas! – Sonny afirmou sem parar de escrever.
- Priminha, será que podes mandar uma lista de coisas que eu quero, para a tua mãe entregar à minha? – Betty pediu ao perceber o que a prima ia fazer.
- Ya, na boa! Então e tu, Cammy? – Ela se virou para a amiga. – Queres que eu peça alguma coisa, para ti?
- Não, obrigada! Eu não preciso de nada! – Cammy falou com alguma tristeza.
Cammy tinha estado a noite anterior a ver algumas fotos que tinham tirado no seu país, junto dos seus amigos e familiares. A saudade já apertava bastante e era visível no seu estado.
As primeiras aulas correram bem, mas Cammy estava mais calada que o habitual. Sonny e Betty tinham tentado animá-la, mas nada dava certo.
Antes do almoço, quando elas estavam a passar por um corredor, um grupo de Slytherin’s vinha na direcção oposta. Sonny reparou que Malfoy não se encontrava no grupo, porque só era constituído por meninas, lideradas por Pansy Parkinson.
Ao passar por Sonny e por Betty, ela lhes lançou um olhar mortífero, mas ao passar por Cammy, que estava ligeiramente a trás das outras duas, lhe deu um grande empurrão que a fez cair.
- Que cena é essa, Parkinson? – Sonny gritou ao se aperceber do que tinha acontecido. – Fizeste de propósito, não foi?
Betty chegou perto de Cammy e ajudou-a a se levantar, enquanto Sonny se aproximava de Pansy.
- Eu?! – Ela fez uma cara de escandalizada. – Porque faria tal coisa?!
- Eu sei muito bem que estas a mentir! Fizeste de propósito! – Sonny insistiu.
- Pois fiz! E se não te meteres na linha, podes ter a certeza que te acontece o mesmo! – Pansy estava agora mesmo na frente de Sonny.
- Se pensas que tenho medo de ti e das tuas ameaças, então estás muito enganada! – Sonny falou muito furiosa. – Gente da tua laia, só me mete nojo!
Pansy pegou na varinha, pronta para lançar um feitiço em Sonny, quando uma das suas amigas lhe agarrou o pulso e falou ao ouvido.
- Tens razão! – Pansy falou para a jovem. – Não vale a pena desperdiçar o meu tempo com estas estrangeiras! – E se virou para sair.
- Afinal, quem estava com medo eram vocês! – Sonny picou Pansy, que ainda tentou se virar para responder, mas foi denovo agarrada pela amiga.
Sonny se virou para as amigas, para ver como Cammy estava.
- Estás bem?
- Sim, estou bem, obrigada! Ela não me aleijou! – Cammy tentava manter o equilíbrio, mas algo de errado se passava com o sei pé direito. – Mas acho que torci o pé!
- Então, vamos até à enfermaria! – Sonny colocou um braço de Cammy sobre os seus ombros e Betty fez o mesmo com o outro braço da amiga.
Depois de saírem da enfermaria, com o pé bem melhor, elas estavam a ir na direcção do salão para almoçar. Sonny era a mais caladas das três, pois não parava de pensar naquilo que Pansy tinha feito com a sua amiga.
- Ela vai ver o que lhe espera! – Sonny teve uma ideia, que a fez ficar com um sorriso quase maléfico. – Meninas, eu já venho! Encontramo-nos no salão! – Depois disso, saiu disparada pelo corredor.
- Aonde ela vai? Está na hora do almoço! – Cammy olhou espantada para Betty que apenas respondeu: - Não faço a mínima ideia!
Quando o almoço já estava servido, Sonny apareceu no salão, com um grande sorriso. Se sentou na sua mesa e começou a comer calmamente, sobe o olhar das suas amigas.
- O que foste fazer? – Betty perguntou à prima.
- Fui tratar de umas coisas! – Sonny lançou um sorriso malandro à prima e esta já nem perguntou mais nada.
* * * * *
À tarde, na aula de herbologia, Sonny estava a ter alguns problemas em plantar uma semente muito irrequieta. Neville que estava perto dela, reparou e foi ajuda-la a plantar a semente. Betty que tentava animar Cammy, com a distracção acabou por ser mordida por uma planta gigante.
- AHHH!!! – Ela berrou de dor, assustando todos os alunos. – Maldita planta!
Todos desataram a rir, enquanto Betty tentava tirar o braço de dentro da boca da planta gigante.
* * * * *
Já tinham acabado as aulas da tarde e Sonny corria apressadamente em direcção ao campo de Quidditch. Sonny, Betty e Cammy tinham afirmado que iriam ver o primeiro treino da equipa de Quidditch, mas estas duas ultimas, tinham decidido não ir. Betty por causa do braço e Cammy porque Betty não queria ficar sozinha na enfermaria.
- Fogo, só espero que eles ainda não tenham começado o treino! – Ela pensava alto, quando estava quase a chegar lá.
Quando se sentou na bancada, Harry, Fred e George já se encontravam no relvado à espera dos restantes membros da equipa e lhe acenaram. Alguns minutos depois, a equipa começou o treino enquanto Sonny fotografava as manobras mais loucas e impressionantes deles. Quando todos estavam a sair do relvado para se irem trocar, Harry ainda andava à procura da Snitch, que tinha desaparecido completamente.
- Viste a Snitch? – Harry perguntou a Sonny, quando se aproximou dela, ainda montado na vassoura. – Ela não pode ter ido muito longe. Ela está enfeitiçada para não sair da zona!
- Pois não sei! Não a vi! – Ela respondeu olhando à sua volta. – Senta aqui um pouco, pode ser que ela apareça!
Harry desmontou da vassoura e se sentou ao lado dela. Ela estava a começar a ficar nervosa, ate porque era muito constrangedor estar ao lado de Harry e nem saber como meter conversa com ele. E ao que parecia, ele também estava na mesma situação, porque não parava quieto no seu lugar. Ate que Sonny se lembrou de uma coisa...
- Harry, posso te perguntar uma coisa?
- Sim, podes. – Ele respondeu timidamente.
- O Fred e o George têm mesmo uma loja só deles?
- Têm sim! Desde que deixaram a escola no ano passado!
- Então mas eles agora estão em que ano? É que eu ainda não percebi muito bem! – Ela estava confusa.
- Ao que parece o ano passado muito gente chumbou, inclusive os gémeos. E Dumbledore criou uma turma só para eles. – Harry explicou.
- Então isso significa que eles estão no mesmo ano que vocês, né?
- Sim, mas eles não dão a matéria tão rigorosamente como nós, porque eles já deram isto antes!
- Pois tem lógica! – Ela olhou para ele. – Obrigado pela explicação Harry!
- De nada! – Harry corou bastante enquanto olhava para ela.
Nesse momento, Harry viu uma coisa a brilhar junto às costas de Sonny e ao que parecia, estava enrolado no cabelo dela. Ele se aproximou lentamente para junto dela, ficando bastante encostado a ela.
- O que se passa Harry? – Sonny perguntou ao reparar o que ele estava fazendo.
- Espera, estou a ver a Snitch bem a trás de ti e está meio enrolada no teu cabelo! Não te mexas, senao ela pode fugir! – Harry pediu.
Harry começou a pôr o seu braço por trás de Sonny e esta muito quieta ficou a olhar para ele. Quem os visse assim, diria que eles estavam quase a se beijar. Harry estava praticamente colado a ela e as suas caras estavam quase a se tocarem. Ele esticou bem o braço e quando agarrou a Snitch, ele ouviu uma das vozes mais desagradáveis de sua vida.
- Ora... ora... o Potter finalmente arranjou uma namorada! – Draco Malfoy falou arrogantemente, sem reparar na cara da jovem, pois esta tinha uma parte do seu cabelo na frente.
Draco e o resto da equipa de Slytherin, iam ter treinos logo a seguir à equipa de Gryffindor e naquele momento, eles já estavam equipados e em cima das vassouras, junto da bancada.
Ao ouvir aquilo que Draco tinha dito, Sonny se virou para ele e colocou o seu cabelo atrás da orelha.
- TU???? – Ele gritou pasmado.
- Eu, o quê? – Ela perguntou para ele.
- Tu é que és a namorada do Potter?? – Ele continuava em estado de choque.
- E se for? O que tens a ver com isso? – Ela se colocou de pé e o enfrentou.
- Eu? Nada! – Ele falou mais calmamente mas com a arrogância do costume. – Boa sorte, Potter! Lidar com essa trinca-espinhas não é fácil!
- O QUE ME CHAMAS-TE??? – Ela gritou enquanto se aproximava dele.
- TRINCA-ESPINHAS!!! – Gritou ele também. – Porquê?? O que vais me fazer?? Me bater??
- Podes crer!!! – Ela alcançou a vassoura dele com uma mão e desatou a chocalha-lá, para faze-lo cair.
Os restantes membros da equipa se aproximaram para tentar ajudar Draco e Harry tentava inutilmente agarrar Sonny, que fazia de tudo para não largar a vassoura de Malfoy.
- Larga a minha vassoura, sua maluca!!! – Ele gritou enquanto fazia de tudo para não cair da vassoura.
- Aqui a maluca, vai te ensinar a ter mais educação! – Ela rosnou sem largar a vassoura.
- Sonny tem calma! – Harry tentava acalma-la enquanto a agarrava.
Nesse momento, Severus Snape e um membro da equipa de Slytherin chegaram ao local.
- MAS O QUE SE PASSA AQUI?? – Berrou ele para todos.
- É esta maluca, professor! Ela não me larga!! – Draco falou meio aflito, pois Sonny ainda não o tinha largado.
- Maluca é a tua prima, seu cabeçudo oxigenado do caraças!! – Ela gritou tentando subir para cima da vassoura dele.
Severus Snape tirou a varinha das suas vestes, levantou-a para o alto e lançou um feitiço que explodiu no céu com um grande estrondo. Com o susto, Sonny largou a vassoura de Draco e este parou de resmungar e desceu da vassoura.
- Agora podemos conversar civilizadamente! – Snape falou calmamente. – Menina Sónia, o que se passou?
- Bem, eu e o Harry estávamos aqui sentados na conversa quando...
- Não! Não estavam nada! Eu bem vi o Potter coladinho a ela! – Draco berrou. - Eles iam- se beijar...
- Cale se Draco, que ainda não é a sua vez de... – Só passado alguns segundos é que Snape percebeu o que Draco tinha acabado de contar. – O QUE??? Isso é verdade Potter? – Snape olhava para Harry com uma enorme fúria.
- Eu estava junto dela para poder apanhar a Snitch, que estava atrás dela! – Harry se justificou e lhe mostrou a Snitch que tinha guardado no bolso, quando a equipa de Slytherin chegou. - Mais nada! A gente nao se ia beijar!
- Hum... pode continuar Sónia! – Snape parecia mais calmo e convencido.
- Como eu estava a dizer... nós estávamos aqui sentados na conversa quando o Malfoy apareceu com o resto da equipa de Quidditch e começou a gozar com o Harry e a me insultar!
- Tu a insultaste-a? – Snape aproximou-se de Draco, com um olhar assustador.
- Bem... eu... eu... – Draco nem sabia o que dizer com medo do professor.
- Insultaste-a ou não? – Snape estava agora a poucos centímetros de Draco, que estava super encolhido.
- Sim. – Draco admitiu muito baixinho.
- Então e estás à espera do quê para lhe pedir desculpa? – Snape se afastou dele e Draco muito envergonhado e aborrecido lá pediu desculpa a ela. – Óptimo! A menina está bem? – Snape olhou para Sonny.
- Está tudo bem, professor! – Sonny sorriu para Snape e este também sorriu por dentro. – Bem, eu acho que é melhor eu e o Harry irmos andando.
- Sim, é melhor! Daqui a uma hora é o jantar! – E enquanto Sonny e Harry se afastavam, Snape se virou para a equipa de Slytherin. – E para vocês não há treino nenhum! Troquem de roupa e vão para o castelo, já!!!
Todos os jogadores ficaram bastante aborrecidos e chateados com Draco, pois se não fosse ele, eles estariam a treinar naquele momento. Mas Draco tinha ficado mais uma vez intrigado.
- Primeiro defendeu ela na aula e agora aqui. O que será que ela tem de tão especial, para ele a proteger?? – Draco pensou para si próprio.
* * * * *
Ao jantar, quando todos se estavam a se sentar, Sonny apareceu no salão, mas não foi na direcção da mesa de Gryffindor, mas sim a de Slytherin. Ela se aproximou de um jovem que estava na frente de Pansy e começou a falar com ele. Derrepente houve uma pequena explosão, por baixo da mesa de Slytherin e uma grande fumarada azul apoderou-se do local. Quando a fumaça começou a desaparecer, um menino do primeiro ano de Slytherin, que se encontrava perto da explosão, desatou a correr pelo salão e saiu.
Vários alunos mais velhos, saíram atrás do jovem, enquanto que Sonny se despedia do jovem e voltava para a sua mesa, com um sorriso triunfante.
- Que sorriso é esse? – Fred perguntou desconfiado.
- É o sorriso da vitória! – Ela se sentou, junto dos amigos. – Vocês já vão ver! O espectáculo está quase a começar!
Alguns minutos, depois de começarem a comer, Pansy Parkinson desatou aos gritos. A pele dela estava branca, com manchas roxas e o cabelo laranja, começou a mexer como se fosse um polvo.
Todos os alunos desataram a rir dela, enquanto ela tentava controlar o seu cabelo, que tinha começado a atacar os seus colegas de equipa. Com o panico, ela saiu do salão a correr, com o professor Snape a segui-la.
- Vocês viram aquilo? – George estava pasmado. – Quem terá feito aquela grandiosidade à Parkinson?
- Deve ter sido aquele menino do primeiro ano, que saiu daqui do salão a correr! – Ron afirmou enquanto se metia na conversa.
- Bem... eu acho que foi outra pessoa! – Harry falou meio envergonhado enquanto olhava para o prato.
Todos estavam pasmados, não só por ter sido o Harry a falar, coisa que ele fazia raramente devido à vergonha e à tristeza que ainda sentia dos últimos acontecimentos; mas também, por aquilo que ele tinha dito.
- Outra pessoa, Harry? Como assim? – Ginny perguntou.
Harry não disse nada, apenas olhou para Sonny que comia calmamente. Ela, ao reparar que todos olhavam para ela, parou de comer e falou para eles:
- Pois, parece que o Harry é um bom observador!
- Então, foste mesmo tu! – Ginny estava estupefacta. – Mas como?
- Sim! Conta-nos como fizeste! – Fred e George estavam muito entusiasmados.
- Foi muito simples! – Ela começou a falar baixinho, pois não queria que algumas pessoas soubessem do que ela tinha feito. – Tudo começou, quando a Pansy empurrou a Cammy no corredor e eu decidi que me iria vingar dela! Fui ter com Dobby e pedi que prepara-se uma bolinha especial para...
- Ah... então foi por isso que desapareces-te! - Betty afirmou.
- Para explodir e largar todo aquele fumo, né? – George perguntou.
- Sim... depois fui ter com um jovem de Slytherin, o Aaron, e lhe contei que um dos seus colegas do primeiro ano, mijava na cama!
- Então, pela lógica, o menino que mijava na cama era o menino que saiu aos gritos do salão! – Ginny afirmou e Sonny confirmou com a cabeça. – Mas como soubeste que ele mijava na cama?
- Bem... digamos que tenho as minhas fontes de informação! – Sonny deu uma piscadela de olho a eles. – Então pedi para ele contar ao menino que havia gente, que sabia o segredo dele, mas só no salão e quando eu avisasse. Ele ainda quis saber o porquê, mas eu não lhe contei! Depois antes do jantar, fui buscar a bolinha especial que o Dobby fez e quando fui falar com o Aaron, para ele dizer aquilo ao menino, eu aproveitei e atirei a bolinha para debaixo da mesa.
- O que fez com que a mesa de Slytherin ficasse invadida de fumo! – Ron afirmou.
- E eu pudesse pôr uma porçãozinha na bebida da Pansy! – Ela riu com gosto. – E a única pessoa que reparou foi o Harry!
- Foi uma ideia de génio! Tudo feito em perfeição! – Fred admitiu. – És um máximo a pregar partidas!
- Não, sou nada, Fred! Eu ainda estou a aprender, vocês é que são os mestres! – Ela afirmou enquanto piscava o olho aos gémeos.
- Mas, que poção foi aquela que metes-te no sumo de abóbora da Parkinson? – Ginny estava muito curiosa.
- Sinceramente, não faço a mínima ideia! – Todos ficaram em choque com a afirmação. – Quando estava a sair da última aula de poções que tivemos, eu reparei numa poção alaranjada, que parecia sumo e achei que podia dar jeito para alguma coisa! E afinal deu mesmo!
- Mas isso foi uma grande estupidez! – Hermione começou. – Nunca se usa uma poção sem saber os efeitos dela! A Pansy pode nunca mais voltar a ficar a mesma!
- Hermione deixa de ser desmancha prazeres! É a Pansy Parkinson que estamos a falar! – Ron falou.
- Além de insensível és um estúpido! - Hermione falou muito aborrecida.
Ron nada disse, apenas revirou os olhos e o jantar voltou à normalidade. Mas antes dele terminar, duas pessoas ainda tiveram de voltar a discutir.
- Eu preciso de ajuda nos trabalhos!
- Esquece Ron, eu sei muito bem que tu não queres ajuda, tu queres é copiar os meus trabalhos!
- Oh Hermione, eu prometo que não copio! – Ron já suplicava.
- Nem penses! Pede ajuda a outras pessoas! – Depois de dizer isso, ela se levantou e saiu do salão apressadamente.
- O que deu nela? – Ele perguntou meio espantado.
- Ciúmes! – Sonny respondeu baixinho, enquanto que Betty e Cammy sorriram para ela.
Mais à noite, quando toda gente já estava nos seus dormitórios a descansar, Sonny teve uma grande vontade de comer um doce. Vestiu o roupão, pois podia aparecer alguém pelo caminho e vê-la só de camisa de alças, e seguiu em direcção à cozinha do castelo. Ao lá chegar, Sonny encontrou Dobby a fazer um grande bolo de natas e ananás.
- Menina... quer dizer, Sonny! Sonny não puder estar aqui! Ser tarde! – Ele estava surpreendido.
- Eu sei Dobby, mas estou cheia de vontade de comer um doce! Algo com chocolate!
- Dobby, ter uma grande mousse frigorifico! – Ele retira a mousse de lá e entrega a ela. – Fique com a mousse!
- Muito obrigada Dobby, és um querido! – Ela dá um pequeno beijo na bochecha dele e Dobby fica vermelho como um tomate. – Será que depois podes fazer uma mousse de ananás, para mim?
- Cla... cla... claro que sim! Dobby faz! – Ele afirmou muito envergonhado.
Depois disso, Sonny saiu da cozinha com a sua tigela de mousse, em direcção ao seu dormitório. Antes de chegar à sua torre, ela viu alguém ao fundo do corredor, que vinha na direcção a ela.
- Oh não, agora não! – Ela disse ao ver a pessoa que era.
Sonny virou no primeiro corredor à esquerda, mas passado alguns segundos a pessoa a agarrou pelo braço, fazendo-a parar.
- Onde é que a namorada do Potter pensava que ia? Estava a fugir de mim, né?
- E havia de fugir de ti, porquê? – Ela o desafiou virando se para ele.
- Talvez por medo...
- Eu?? Com medo de ti, Malfoy? Que disparate! – Ela riu. – Primeiro, eu não tenho medo de ti, segundo, eu se quiser dou cabo de ti e terceiro só me apetecia ir por este caminho
- Claro, vou fazer de conta que acredito! – Draco olhou em volta e continuou: - E já agora que estás sozinha, vou aproveitar para me vingar de ti!
- À vais? Como??
Draco tirou a varinha das suas vestes e apontou directamente para a face dela. Sonny não conseguiu dizer nada, devido aos nervos que se tinham apoderado dela. Ela se tinha esquecido que Draco não era como os muggles... ele tinha uma varinha. Resumindo, ela estava em desvantagem.
- Desafio-te para um duelo! Quero ver como é que vocês utilizam a magia na vossa escola!
Sonny começou a entrar em pânico, afinal de contas, Draco tinha a sua varinha apontada para ela e ela não podia fazer nada, pois não tinha poder magico nenhum.
- Mas eu agora não posso! Dumbledore não quer que eu utilize a minha magia! – Ela mentiu para se desculpar, tentando se manter forte.
- Não há nenhum problema! O velho parvo não precisa de saber de nada e aliás... eu não tenho intenções de lhe ir contar! – Ele deu um sorriso malandro para ela e se aproximou ainda mais.
- Mas a sério, eu não posso! Alias, eu tenho de me ir embora! Já está na hora de deitar! – Ela começou a se afastar dele quando...
- Nem penses! Tu não vais a lado nenhum! Vais ficar aqui, comigo! – Ele disse enquanto a puxava denovo para junto dele e a encostava à parede.
- O que vou fazer? – Pensou ela. Ela começou a ficar preocupada com tudo aquilo, ate que olhou para a tigela da mousse. – A não ser...
E sem pensar duas vezes, Sonny enfiou a tigela da mousse de chocolate na cabeça dele. Depois disso, ela desatou a correr o mais depressa possível dali, em direcção ao seu dormitório. Ao chegar ao quadro, Sonny olhou em volta e reparou que não havia nenhum sinal de Draco.
- Secalhar se perdeu pelo caminho ou então voltou para o seu dormitório! – Pensou ela enquanto entrava pelo quadro.
Antes de ir dormir, quando estava a caminho do seu quarto, a Dama de Prata apareceu num espelho do corredor.
- Desculpe incomodar menina! Mas acho que devia saber que esteve um jovem loiro, alto, bem constituído, de olhos azuis...
- Draco Malfoy! – Falou Sonny baixinho.
- Desculpe? O que disse menina?
- Draco Malfoy... é como ele se chama!
- Ah! Bem, o jovem Malfoy esteve a rondar o corredor e ate ficou a olhar para mim no quadro com um olhar duvidoso! Pelo que consegui ler na sua mente, ele estava furioso! – Comentou a Dama de Prata.
- Na mente?! – Sonny riu. – Bastava olhar para a cara furiosa que ele deve ter feito! – Sonny afirmou enquanto entrava no seu quarto.
- Bem... não deu muito bem para ver a cara dele, porque ele estava com a cabeça cheia de chocolate! – Ela falou enquanto reaparecia no grande espelho do quarto. – A menina tem alguma coisa a ver com isso?
- Eu? Achas? Claro que não! Eu sou uma boa menina! – Ela piscou o olho à Dama de Prata, antes de entrar no banheiro – Ah... o que eu já disse em relação ao “menina”?
- Desculpe menina, quer dizer... Sonny, mas não consigo parar de chama-la de menina! É inevitável! – Se desculpou a Dama de Prata.
- Pronto! Chama-me como quiseres! – Ela saiu do banheiro e se enfiou na sua grande cama.
- Muito bem menina, vou deixa-la dormir! Ate manhã!
- Ate manha, Dama! – Sonny sorriu e a Dama de Prata também com um sorriso, desapareceu do espelho.
- Ai... foi tão engraçado! Ah ah ah! – Ela riu para si mesma. – Ele vai tentar se vingar, mas eu não me importo! Eu ate vou gostar! – Ela pensou enquanto sorria.
* * * * * * * * * *
Finalmente!! Estava difícil, mas finalmente consegui acabar o capítulo! Queria pedir desculpa pela demora, mas acontece que o modifiquei varias vezes e também nem sempre tenho o computador disponível para mim! (é que o acontece quando uma mãe aprende a mexer no computador!)
Também queria dizer que o próximo capitulo já vai a meio e espero que leve menos tempo que este para postar!!!
Queria agradecer à:
- Opala Riddle
(Fiquei muito contente por saber que está gostando da minha fic e sim... se tudo correr bem, ela vai ter continuação! Eu quero fazer 3 fics!! Depois passo pelas suas fics!)
- Claudinha Malfoy
(Neste capitulo o Draco apareceu mais vezes! ;) Eu depois passo na sua fic e deixo o meu comentário!)
- Nina Malfoy e Deka López Granger
(Espero ter respondido à vossa pergunta, sobre o comportamento da Mione!)
- Julinha
Beijao grande para toda gente!! =)
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