Surpresα Indesejαda!



Era um dia claro e o céu estava perfeito para um vôo. Foi nas alturas que o rapaz encostou sua vassoura na de Molly e questionara:
- Cadê o Rony Sra. Weasley? Por que não veio?
E com um tom displicente ela respondera:
- Ahhhh Harry sabe como é muito preguiçoso esse meu filho... quer ficar dormindo o dia inteiro, vê se pode!?
O garoto, que não era nem um pouco contra a teoria de Rony, decidiu ficar quieto perante a indignação da mulher e recuando para falar com sua amiga, ele gritava:
- Hermioooone, disse que estava com saudades e fica longe de mim é?
- Se o Srt. estivesse voando mais embaixo, quem sabe poderíamos ficar mais perto... – dizia ela com aquele tom mandão super-normal que sua voz adquiri.
- Ahhhhhhhhhhh, que lindoooo! A Granger tem medo de altura gente!? hahahahaha
- Só pode estar brincando né Potter! Sabe muito bem que só não vou ai por que não quero...
- Ah é?! Pois bem, duvido que me pegue... Aposto quanto quiser que não consegue!
- Quer mesmo apostar? – revidara a garota – pois eu acho melhor retirar o que disse docinho... retirar enquanto é tempo!
- Tenho certeza das coisas que falo, Mi. Se AFIRMO que você não consegue, é porq... – mas o menino mal acabara a frase e Hermione já estava atrás dele... eram curvas mais abertas, mais fechadas e por pouco a garota não encosta no moreno...
- Hummmmm não quero comentar essa hein...
Ele não entendia de onde viera tanto avanço.
- Já pensou em se inscrever no time de quadribol esse ano??? - disse o menino em tom alto para que, na perseguição, Hermione pudesse ouvi-lo. Estava completamente perplexo pela precisão no qual a menina executava as manobras...
- Hãããããããm... está mudando de opinião é lindinho?! Pois vamos parar com o pega–pega e brincar de outra coisa... Duvido que faça isso!
E, Hermione, querendo demonstrar domínio completo de sua vassoura, desafiara Harry a fazer um mortal tão perfeito quanto o dela...
Ele olhou para frente buscando os mais velhos e como sua vista os alcançara, fez seu mortal com total elegância...
- O que dizia Mione? – atiçou o moreno em tom irônico.
- Pois bem... e o que me diz desse triplo? Duvido qu... AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH...
- MIONEEEEEEEEEEEEEE...
Harry acelerava ao máximo sua vassoura, a face fria diante do ar gelado que batia em seu rosto... Sr. Weasley, ao ouvir o berro, voltara apressado pra certificar-se do que acontecera com a menina... era tarde... sem tempo para feitiços e encantamentos. A morena estava ao chão, sangrando, os braços abertos... um corte muito feio na cabeça e desacordada. A vassoura quebrada...
-NÃÃÃÃÃÃÃÃO!!! Acorde Mi, por favor acorde! – exclamava o garoto descendo da vassoura e jogando-se sobre o corpo da moça - olhe, desculpe... eu fui um idiota querendo mostrar que sabia mais sobre vôo do que você. Não era pra ter aceitado minhas provocações, não era! Aaaaaaaarre... tudo minha culpa, foi minha culpa! Por que sou tão burro??? Você não pode morrer Mi, simplesmente não pode... não me deixe aqui numa hora como essas... POR FAVOR! – Sr. e Sra. Weasley olhavam-se assustados perante a carga de amor que Harry depositava a CADA palavra que soltara, mas depois do olhar significativo deixado ao casal, entenderam por bem que a história deveria ser mantida em segredo.
Nada adiantava, o menino falava e a ela desacordada permanecia...
- Vamos Harry, temos que leva-la ao St. Mungus imediatamente! Ela esta viva, fique calmo... Por favor, colabore. Uma rua trouxa não é o melhor cenário para esta cena.
Agora que Potter percebia o quão grande foi o escânda-lo que provocara. Já via-se o pôr-do-sol e as portas das casas iam abrindo-se com vagar para observar o que acontecera em plena rua de Bistrol. Felizmente, nenhum trouxa fofoqueiro os avistou, e todos, necessitando de uma aparatação, sumiram o mais rápido para a velha vitrine de uma loja aparentemente abandonada: A entrada do Hospital dos bruxos.

Todos romperam o portal correndo, exceto Arthur que trazia Hermione nos braços. Esta foi rapidamente entregue ao curandeiro de plantão e diante do desespero que era visto, o moreno põe-se a chorar tendo que explicar tudo, com detalhes, para Sra. Weasley que o interrompiam pouquíssimas vezes.
Já fazia 2 horas que Mione estava sobre cuidados médicos e nenhuma notícia:
- Será que todos os doutores são iguais é? Não é possível que sejam TÃO desinformados... – disse o garoto revoltado.
- Calma querido, não se preocupe... Ela ficará bem. Olhe, que tal ir para casa, tomar um banho, relaxar um pouco? Os pais da Mione, Tonks e Lupin estarão aqui em minutos, não há mais necessidade de ficar em um saguão de hospital... deve estar exausto!
- Obrigado Sra. Weasley, mas já lhe disse que só sairei depois que ver Mione sã.
No momento, adentrava ao saguão uma Tonks e Lupin com belos trajes. Um vestido prata e um terno todo preto, respectivamente, como se estivessem saído de uma festa que, pela desanimação do rosto de ambos, mal começara.
Molly logo iniciava as perguntas:
- Como está Rony? Alimentou-se bem? E Jorge? Fred?
- Vocês estavam na Toca??? – questionou Harry aproximando-se confuso.
- Sim/Não... – simultaneamente.
Ele olhou para cara dos dois.
- Estavam ou não? Decidam-se...
- Eles só passaram lá para ver se Rony e os gêmeos estavam bem, Harry querido – falara rápida Sra. Weasley – mas antes estavam em casa, não é pessoal?!
- Claro – responderam em uníssono – de qualquer forma, como encontra-se nossa bruxinha hein!?
Mas não foi necessário que ninguém respondesse àquela questão... Sr. Weasley vinha conversando com o curandeiro em direção a eles. Harry apressara-se:
- E então meu senhor, como vai a Mione???
- Minha filha doutor, como está minha filha?? – Os Grangers acabavam de chegar ao St. Mungus e interromperam a fala do homem.
- Olhe, acalmem-se!
- Fale logo doutor... mais que droga! – insistia o pai.
- Errr... a Srta. Granger teve algumas fraturas nos membros inferiores que foram facilmente solucionadas, o que nos tomou mais tempo foi...
- Pelas barbas de Merlin... diga de uma vez... diiiiiiga ... – soltara Lupin.
-...foi sua hemorragia e o traumatismo craniano. Isso a ocasionou um pequeno problema nas meninges e poderá acarretar uma perda de memória durante um tempo. Mesmo com feitiços, foi uma cirurgia longa e complicada. Ela está em absoluto repouso no pós-operatório e ficará, a partir de amanha, em observação no quarto.
- A Mi corre riscos doutor? – disse a mãe quase aos prantos.
- Minha senhora, não desespere... podemos lhe garantir que ela está bem melhor do que quando entrou por aquela porta. Ficará boa, acredite!
- Por Deus, como isso aconteceu à minha filhota? está ouvindo Armando? Traumatismo, Armando! - e escondera sua face no braço do esposo. - Por que conosco, por que?
- Acalme-se Geórgia, não ouviu o que ele disse? Ela ficará boa... – tranqüilizou Molly.
- Doutor, poderia vê-la? – interrogara Harry que agora era pequeno em meio tantos adultos.
Ao ver os olhares pidões de todos, o curandeiro foi logo avisando que só a veriam amanha e entrariam, um de cada vez, em seu quarto durante o horário de visitas.
Harry, desolado com as notícias que haviam passado sobre sua amiga, tentou não chorar pra que a situação não piorasse em relação aos pais de Mione... com ele, seriam 3 chorando, e assim, optou por provar seu autocontrole.
- Vamos para casa minha gente?? Se continuarmos aqui só iremos piorar o clima desse saguão... Nossa menina não melhorará com nossas lagrimas... todos precisamos de um banho e de uma boa noite de sono.
Após a relutância de Harry em ir, o moreno acabara cedendo e apareceu à frente de sua nova casa. Ele aparatara com os demais para a porta da Toca, no entanto, algo de estranho acontecia... tudo escuro... a casa em silêncio. Será que já estavam todos dormindo? Bem, se estivessem não seria problema, pois o que menos queria naquele momento eram pessoas lhe perguntando como estava Mione, como havia caído, etc etc etc... o que o moreno desejava, ou melhor, o que seu CORPO lhe pedia era uma bela cama, um vento batendo a janela e um relógio que passasse as horas correndo, para que o dia logo amanhecesse e que, ao St. Mungus, fosse novamente. Os Grangers, agora, se despediam e andavam à nova casa que a amiga havia lhe falado horas atrás. Lupin e Tonks aparataram e só restavam Sr. , Sra. Weasley e Harry a porta da Toca. Foi quando a maçaneta girou e Harry pos o pé em sua nova casa, que ele pôde entender tudo...
- Feliz Aniversáááááário Caraaaaaaaaaaa – disse um Rony feliz, jogando confete na face do rapaz.
Fred havia ligado o som e Jorge saia de trás do sofá já descobrindo a mesa de doces para que pudessem começar a comer.
- Que houve mamãããããe? Eita paaaai, porque essa desanimação? Vamossss lá Harryyy... meche esse corpo molequeee... hoje é dia de comemoraçããããããããããããão!? – falava Fred animado.
- Lupin e Tonks acabaram de sair mamãe... disse que você os chamava. E heeey, cadê os Granger!? – questionara Jorge aumentando o volume da música.
O rapaz não sabia o que dizer... com confete até o esôfago ele estava ali. Paralisado. Passado a porta de casa com sua mala na mão... não sabia se chorava ou corria daquela cena lastimável que seria perfeita se acontecida durante suas monótonas férias na casa dos Dursley. Não podia acreditar que alguém, num momento daqueles, pensasse em festa. Foi aí que a explicação lhe veio:
- Meninos, desliguem o som, sumam com essas bolas e ponham os doces na geladeira. Mione está num pós-operatório, Harry esta cansado e hoje definitivamente não é dia para comemoração. – falou Sr. Weasley tentando manter a calma.
“ Ahhhhhhhh taaaa... eles não sabiam... agora tudo se encaixa! O tom displicente com que a Sra. Weasley falou onde estava Rony, os trajes de Lupin e Tonks, a casa em silêncio e apagada – um vácuo em sua mente, depois, a pergunta que lhe ocorria - mas pelo amoooor de Merlin onde é o meu quaaaaaaaarto ??? “
- Errrr... Sra. Weasley, onde é o meu quarto??? Quero ajeitar minha mala sabe... Ando meio cansado.
- Ahhh sim querido, Rony o levará – o ruivo, já entendo muito bem o recado, pegou a mala do amigo e o mostrou seu caminho para o aposento... agora deles! A cama já estava pronta e o armário vazio para que o novo morador desfizesse a mala. Eles entraram no lugar, o garoto abrira a janela, encontrava Edwiges dormindo. Pegou seu pijama e começou a se despir quando...
- Ooopps, desculpe! Não sabia que estava se trocando ... – disse uma Gina que não aparentava estar nem pouco triste em ter invadido o recinto bem naquela hora. Ela ficava olhando Harry sem a camisa e quase deixara evidente que suas desculpas eram tão verdadeiras quanto o estado “ótimo” de Hermione – Errrrr, eu dizia... dizia... errr mil perdões Harry, nem sabia que tinha chegado – saindo do transe, virou-se fechando a porta e permanecendo de costas – ouvi um barulho e fiquei com medo, vim para o quarto do Rony e, bem... dei de cara contigo.
- É! Ele já sabe e esta CANSADO! Precisa dormir e se quiser falar com ele, falará amanha... Adeuuuuus! – disse o outro zangado com a irmã.
Gina olhou para o ex. Viu o garoto exausto, de pijama, deitado com o lençol sobre a barriga e como não demonstrara nenhuma vontade da presença da ruivinha, ela retirou-se desejando Boa Noite a todos e batendo a porta meio insatisfeita.
- Acho que ela ainda gosta de você sabe!? Desde que terminaram, ela só vive chorando pelos cantos da casa e se revolta quando você não da à mínima.
- As vezes não chora por mim. Pode ser por outra pessoa, ou por que Hogwarts está fechada, ou por que... ahhhh sei lá ué!?
- Não não... sei que é por você! Ela roubou uma foto nossa, recortou só a sua parte e pôs embaixo do travesseiro. Teve uma vez que passei em frente ao quarto e ouvi ela te desejando boa noite... beijando o retrato. Ficou furiosa quando notou minha presença!
- Bem, não gosto mais dela. A Gina foi alguém realmente importante na minha vida... e continua sendo – apressou-se em dizer - só que de outro jeito! Nós nunca daríamos certo, sem contar que... – Opssss, quase deixava escapar a verdade sobre seu amor – ahhh, estou com sono! Noite Rony!
- Ei ei ei... pode parando! Pensa que vai dormir logo agora? Termine a frase! O que ia dizer??? Conte-me tudo sobre o que aconteceu no hospital, quero os detalhes...
- Não Rony, não ia dizer nada. Só estou com sono! Se me deixar dormir, prometo falar-lhe tudo que quiser amanha, ok!?
- Affff... ta bom então. Noite, cara!
- Noite!
Harry já tinha esquecido, em meio a tanta confusão, que Rony gostava da morena e que agora os pais dele sabiam...
“ Não quero pensar nisso ok?! Eles entenderam que eram pra ficar quietos e, tenho certeza , ficarão! “
“ É mesmo? Quem te garante? “
“ Ai não enche tá!? Não to ligando pra isso agora... só quero dormir para amanha ver a Mione “
“ Você quis dizer... ver a Mione DEPOIS DE RESPONDER TODAS AS PERGUNTAS DO SEU AMIGO neh!?”
“ Ahhhhh, quer ficar quieta!?!?!?! Consciência inconveniente essa a minha hein ... “
“ Eu?? Naah... obrigada! Mas diz aew... vai falar pro seu AMIGÃO que tu é afim da mesma pessoa que ele??? “
“ Ahhhhhhhhhh basta ok!? Já falei demais comigo mesmo por esta noite - parara - Putzzz, que belo Aniversário!!!“

Virou seu corpo para a direita, estava de frente para a janela. Sentiu a brisa bater em seu rosto, olhou para Edwiges desejando-a boa noite e adormeceu.

- Acorda Harry, acorda! Mamãe já pôs o café na mesa, só falta você. Ande logo menino, temos muito que conversar! – disse ele sorrindo e saindo do quarto.
O moreno ainda via tudo embaçado, até que sua mão achara o óculos que estava posto sobre a cabeceira.
Não tinham 20 minutos completos e o menino aparecia de banho tomado na cozinha da Toca.
- Dia querido, mamão ou maçã?
- Um pão com manteiga está bom, Sra. Weasley
- O que é isso, Harry? Uma fruta primeiro, depois o pão junto com leite, e por último um bolo. É por isso que anda tão magrinho... – sussurra as palavras finais.
- Ok, uma maçã então...
- Fala moleque, beleza? – Rony vinha do jardim – chega aqui, depois que terminar a refeição – completou ele ao ver a cara da mãe que, bem clara, dizia “Ele não sai desta mesa nem por um DECRETO!“.
Comera com vagar, já que não tinha a mínima vontade de recontar toda a história do acidente para Rony, mas quando sua comida começara a esfriar, não tendo escolha, levantou-se da mesa e foi até o amigo relatar o que ocorreu no trágico dia do vôo.
-... aí eu abri a porta e senti uma GRANDE quantidade de confete na garganta... hehehehehe... e creio que a partir do ponto não precisarei mais lembrar nada... – andando pelo jardim.
- É, tem razão! Nossa, você devia estar péssimo!
- Não mais que Hermione. Essa noite foi horrível, cara. Sonhos estranhos, não quero nem pensar se algo acontecer a ela, afinal, se pensarmos bem, foi culpa min...
- Ahhhhh nãããão! De novo com essa historia não! Você não teve culpa de nada Harry, esquece isso, ok!?
Ele preferiu calar-se ao invés de começar uma nova discussão com o ruivo.
- Pooo, que horas sairemos daqui? Quero ver logo a Mi...
- Eu também, mas temos que esperar a mamãe verificar as medidas de segurança e aguardar Fred e Jorge chegarem.
Já eram 15:30 e Harry, junto com os Weasley, passavam pelo saguão de entrada do hospital St. Mungus.
Molly e Arthur foram para a fila da recepção junto com Rony, Fred e Jorge. Gina estava na lanchonete e o moreno preferiu esperar sentado. Após algum tempo, indo em direção ao sofá, pôde ver Sr. e Sra. Granger acomodados, tristes e preocupados sobre o estado de saúde da filha.
- Sr. Granger, qual o quarto da Mione? Gostaria de vê-la – disse ele rapidamente .
- É o 302 meu filho. O horário de visitas começou somente a 30 min e o curandeiro disse que amigos e familiares entrariam um de cada vez. Como você foi o primeiro, pode subir.
- Errrr... Sr. Granger, ela melhorou??? Está acordada???
- Não, está dormindo desde ontem.
- Hum, ok! Obrigado...
Harry saiu correndo pelas escadas acima e quando chegou em frente ao quarto 302, girou a maçaneta vagarosamente. Ela estava lá, deitada com uma tala na cabeça, aparentemente em grave situação, entretanto, com o semblante calmo e sereno. Via-se vestígios de medicações diárias por todo o quarto com os vidros de antídotos vazios. Era frio lá dentro, pouca luminosidade, janela e cortinas fechadas, os lençóis na altura do umbigo e seus braços cruzados sobre o abdômen...
- Ahhh Mione, desculpe! Não faz idéia do quanto eu gostaria de estar ai ao invés de você... há os que dizem que somente damos o real valor das pessoas quando as perdemos, e eu posso lhe garantir que bastou uma única noite para ver o quanto você é especial pra mim, menina. Seria tão melhor se nada tivesse acontecido... se eu acordasse hoje com a minha vizinha na sala esperando-me pra tomar café ou pro almoço, já que teríamos nos acabado de dançar na festa do meu níver... – Harry agora olhava para a janela com o rosto úmido de suas lágrimas - seria tão melhor se você tivesse do meu lado, me ajudando a encontrar meu destino... Se você fosse minha e só minha... Se me amasse do jeito que eu t...
- Harry...

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