primeiro ano em Hogwarts
Primeiro ano em Hogwarts
Helen, ainda pasma com a descoberta, ficou imaginando quando contar para seu marido e filha a novidade, e decidiu esperar o próximo acidente com magia, seria mais fácil para os dois entenderem.
Mas isso não demorou muito para acotencer. Os Granger combinaram de passar o fim de semana num parque de diversões que foi para a cidade, e como a família de Harry morava perto da cidade, resolveram convidá-los, assim teriam com quem conversar enquanto as crianças brincavam.
Ao chegar ao parque, logo perceberam que não seriam só as crianças a brincarem, como Sirius havia nascido bruxo, nunca tinha ido num desses, e se não fosse por Nicky, não saberia se vestir como um trouxa até hoje. Logo as mulheres convenceram Andrey a ir junto com eles, Helen achou que seria bom para o marido ter bastante contato com um bruxo, ela não tinha deixado Nicky explicar porque Sirius ficou tão feliz no parque, dizendo apenas que ele era uma grande criança marota, o que não deixa de ser verdade, enquanto isso elas levavaram Mel nos brinquedos para crianças menores.
- Por que você não me deixou falar? Já esta tudo certo no ministério, não?
- Ah Nicky! Eu não soube como falar! Não sei como vai ser a reação do Andrey, sabe? Resolvi esperar por algo acontecer de novo pra falar.
Nicky olhou para a amiga de forma compreensiva enquanto colocava Mel num cavalinho do carrossel.
- Então acho que não vai precisar espera muito, ainda mais com o Sirius juntos com eles, ele é um eterno maroto, e se duvidar já deve estar aprontando algo agora.
- Como você entende tanto a respeito do meu mundo? - perguntou Helen.
- Eu sou igual a Hermione, meus pais não são bruxos, descobri quando recebi a carta da escola americana onde estudei, até me mudar para a Inglaterra.
- Como foi com seus pais? Você se importar em me contar?
- Claro que não Helen, já te considero uma amiga. No inicio eles ficaram um pouco assustados, com a notícia, mas logo começaram a ver que no fundo sempre souberam por causa das coisas inexplicáveis que aconteciam ao meu redor.
Helen pareceu se acalmar por saber que a sua família não era a única a passar por uma situação assim, e então elas voltaram a passear assim que Mel saiu do carrossel, mas não tiveram muito tempo para conhecer o parque, pois logo ouviram um grito e um explosão.
- Sirius! - gritou Nicky, pegando Mel no colo e correndo em direção ao barulho com Helen em seus calcanhares.
Ao chegar perto, viram o que gerou a toda confusão, pessoas saiam tontas do barco viking, enquanto uma Hermione muito assustada olhava para o local onde havia uma corrente que ficava na lateral do brinquedo e para o banco onde estava sentada, que agora era o novo local da corrente, enquanto Sirius saia do brinquedo com uma cara de culpado.
- SIRIUS ÓRION BLACK! O que você aprontou?!
Ele permanecia calado, olhando para o atônito Andrey, esse por sua vez olhava do homem ao seu lado, para sua filha.
- Mãe, eh.. quer dizer, dinda.
- Harry você sabe que é nosso filho, pelo menos é como se fosse, não entendo porque essa bobagem.
- Tá vou tentar, nem eu sei bem porque.
- Harry outra hora falamos disso tá querido? Mas agora me conta o que aconteceu, porque seu querido papai - falou com um olhar fulminante para Sirius - não pretende falar, pela cara dele.
O garoto sorriu para logo depois narrar os acontecimentos, sabia que eles não iriam brigar de verdade, pois mesmo Nicky parecendo ficar brava quando Sirius ou Remo aprontavam algo, ele sabia que isso era o que ela mais gostava nele.
- Bem foi o seguinte, ele achou - falou apontando o dedo discretamente para o padrinho - que seria mais emocionante se o brinquedo desse uma volta completa, e bem... a Mione se assustou e a corrente veio parar num local que protegesse ela.
- Sabe acho melhor nós não conversamos aqui, Helen vamos para a sua casa, acho que chegou a hora de certas explicações.
Assim todos se dirigem a casa do Grangers.
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Ao chegar em casa, Andrey abriu a porta ainda desconfiado sobre tudo, sua mulher não quisera falar nada durante o percurso, só dizia que iria explicar quando chegassem, e que ele não precisava se preocupar.
- Pronto agora estamos todos aqui, será que dá pra me explicar o que está acontecendo? Crianças querem ir brincar lá em cima. - falou ele um pouco exaltado.
- Querido, acho melhor a Mione ficar. - falou Helen.
- Tudo bem então, mas falem logo. - falou Andrey indicando a sala para todos.
Todos sentam-se na sala, Harry abraçando Sirius de maneira protetora, pois sabia que ao chegar em casa Nicky não ia ficar quieta com a pequena brincadeira, era sempre assim toda vez que ele e o tio Remo aprontavam, ela dizia que eles estavam sendo péssima influência, Harry teve que se segurar para não rir se ela imaginasse as histórias que eles contavam e como o ensinavam como aprontar em Hogwarts, se ela soubesse, seu padrinho seria um cachorro morto.
- Helen você quer que eu fale tudo pra você? - perguntou Nicky, tocando o ombro da amiga.
- Pode ser Nicky, não sei por onde começar.
- Bem, Andrey, Hermione, como vocês já devem ter prestado atenção, coisas estranhas acontecem com a Hermione, assim como hoje ela fez a corrente do brinquedo ficar de maneira segura no seu lado, graças a uma palhaçada de um cachorro que nunca vai crescer. - falou Nicky fulminando Sirius com os olhos. - Mione, posso te chamar assim? - perguntou se aproximando da menina.
Esta apenas acena com a cabeça, estava encolhida num canto do sofá, não gostava de ficar sem entender o que acontecia, muito menos que as pessoas descobrissem dos acidentes que ocorriam perto dela.
- Você não sabe explicar isso, porque seus pais não são, foi a mesma coisa comigo, sou a única da família, assim que o Harry a viu na escola ele percebeu pelo pequeno acidente, e fui falar com a sua mãe. Mione você é uma bruxa.
- Quê? Do que você está falando?! – pergunta Andrey levantando da poltrona.
- Deixa que eu mostro. – falou Sirius com um sorriso maroto estampado nos lábios.
Mal ele acabara de falar, se transformou num grande cachorro preto e começou a correr pela casa.
Nicky revirou os olhos, enquanto os Granger olhavam apavorados para o cachorro preto no meio da sua sala de estar.
- Sirius volta já a sua forma, essa não é melhor maneira de mostrar que o mundo bruxo existe. - o tom de voz usado por Nicky deixava claro que ela havia passado do limite de encrencas pelo dia. - Queria pedir desculpas pelo meu marido, ele nunca vai crescer, isso que ele fez é algo complicado de se fazer não é todo bruxo que se transforma num animago, mas tem muitas outras coisas pra ela aprender, principalmente a controlar a magia que corre no sangue dela.
- Como assim? Então isso é porque tudo que acontece, mas como? Helen você sabia disso? - perguntou Andrey.
- Sim, eu já sabia de tudo isso, a Nicky me contou tudo, mas eu queria esperar que ocorresse outra demonstração dos poderes da Mione pra contar a vocês.
- Bem se vocês quiserem posso levá-los ao Beco Diagonal, assim vocês podem pegar livros e ver um pouco mais do mundo bruxo de perto. - falou Nicky.
- Não sei se estou preparado para isso agora. – falou Andrey.
- Mas não precisa ser hoje, vocês precisam de um tempo para assimilar bem essas informações. Mione como você está?
- Tô bem Nicky, obrigada. Eu quero ir logo lá pai, quero ler tudo agora eu já sei ler bem, quero saber tudo sobre como é ser uma bruxa. - falou a garota animada.
Ao ver a animação da filha, eles ficam mais calmos sabiam que tudo ia ficar bem, e que teriam quem pudesse orientá-los nesse novo mundo.
- Ah! Não esqueçam que não podem contar sobre o mundo bruxo a ninguém, agora acho melhor a gente ir. Sirius leva o Harry. – pediu Nicky pegando a pequena Mel que dormia tranqüilamente - Bem vou indo nessa, como vocês ainda não tem uma lareira que sirva pra transporte, mas falamos disso um outro dia, vou mostrar outro meio de locomoção que nós usamos. - e falando isso ela aparata deixando os Granger olhando espantados para o local onde ela se encontrava.
- Bem também vamos indo, vem Harry.
- Eu odeio aparatar! - disse ele enquanto apertava bem firme o braço de Sirius – Tchau! Mione amanhã a gente se vê na aula! - E com um estalo os dois sumiram da sala.
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Alguns meses depois.
- Sirius chegou à hora de contar a ele, sei que combinamos de esperar até perto do aniversário de onze anos dele, mas agora ele tem uma colega bruxa, e Molly já está com dois filhos em Hogwarts e mais um vai entrar, o Rony já deve saber de tudo, e se ainda não sabe, vai descobrir logo.
- Eu não queria ter de contar a ele como os pais dele foram assassinados tão cedo, mas você tem razão é melhor fazermos isso logo. – falou Sirius passando as mãos nos cabelos mostrando todo seu nervosismo.
- Harry, Mel venham aqui dentro, queremos falar com vocês. – chamou Nicky da porta que dava para os fundos da casa.
Assim que as crianças entraram na sala logo perceberam que o assunto era sério pela cara que os pais faziam, os dois já se perguntavam o que teriam feito de errado dessa vez.
- Bom Harry, lembra que te falamos que quando julgássemos ser a hora certa, te contaríamos tudo que aconteceu na noite que o Tiago e a Lílian morreram? – Nicky começou.
- Lembro sim. - respondeu o menino.
- Nós vamos te contar tudo, e aqui tem uma carta que eles escreveram pra você. - falando isso Sirius entregou o pergaminho ainda lacrado.
Logo após contar a história de como ele se tornara o menino-que-sobreviveu, e sobre Voldemort, começaram a explicar o motivo de ter deixado ele com pouco acesso ao mundo bruxo.
- Harry querido, você entende agora porque queríamos que você ficasse aqui protegido? Se nós o levássemos sempre para o Beco Diagonal, todos iriam te tratar como um herói, e isso não seria bom para você, nem nós que somos adultos gostamos de ver todos nos tratando diferente por sermos os “pais” do menino-que-sobreviveu. Você é um menino como todos os outros e merecia crescer assim entende? - falou Nicky com medo da reação dele.
- Acho que entendo sim, mas então meus pais morreram por minha causa?
Dessa vez foi Sirius quem falou.
- Claro que não! Que bobagem! Você não tem culpa se o louco do Voldemort achava que um bebê pudesse fazer mal a ele! Além disso, ele não precisa de motivos para caçar nascidos trouxas, mestiços, e traidores do sangue, essa era maneira como ele e os seguidores chamavam quem apoiava os nascidos trouxas.
- Então você quer dizer que se isso não tivesse acontecido ele estaria até hoje atrás da minha mãe, de vocês e da Mione também?
- Isso mesmo Harry. – falou Sirius abraçando ele – Sabia que você entenderia.
- Acho que fora eu não ter meus pais aqui, pro resto do mundo foi bom então. - falou ele triste, era difícil pensar que enquanto ele não tinha mais os pais, todo mundo devia estar comemorando o fim de Voldemort.
- É meu garoto, isso mesmo, mas não fica assim eles não gostariam de te ver triste tá bem?
- Tá bom, agora vou ler a carta. - e falando isso ele subiu em direção ao quarto.
- Mãe, pai, quer dizer que meu irmão é famoso? Eu também sou?
Sirius da uma sonora gargalhada com a pergunta de Mel, cada dia a menina estava mais esperta, eles só podiam imaginar o que ela iria aprontar quando começar a estudar.
- É sim querida, pode-se dizer que você também é famosa, quando estudar em Hogwarts vai ser conhecida como a irmã do menino-que-sobreviveu não é verdade?
- Sirius! - falou Nicky tentando reprimir o maroto que ria com a filha em seus braços.
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Chegando ao quarto, Harry sentou na cama e abriu a carta de seus pais.
”Filho,
Estou escrevendo essa carta, porque sei que o que mais temíamos, vai acontecer, a maluca da sua madrinha arranjou uma maneira de nos avisar, mas deixa pra lá, tenho certeza que esta ainda não é a hora para essa história, quando o dia certo chegar ela vai lembrar de tudo e te contar, por isso não adianta pedir agora, quando chegar o dia você vai saber. Quero que saiba que nós te amamos muito, e eu não quero que você se culpe pelo que aconteceu. Saiba que fomos muitos felizes juntos, nós três, tenho certeza que o Almofadinhas e a Nicky vão cumprir muito bem o papel de pais para você, nunca esqueça que sempre poderá contar com eles para tudo e nós vamos estar sempre cuidando de você. Ah! Não esquecer de aprontar bastante em Hogwarts, pra deixar o Almofadinhas completamente louco (ainda bem que sua mãe não está vendo isso se não ela mesmo dava um jeito de me matar). Se divirta muito, e não deixe ninguém te falar que isso é culpa sua, pois não é e nunca vai ser.
Com amor do seu pai,
Tiago Potter (Pontas)
PS: Se precisar de ajuda, pra se transformar num animago, o Sirius e a Nicky podem te ajudar.”
“Harry meu amor,
Não sei bem o que escrever pra você, só quero que saiba, que estamos deixando esse mundo felizes de saber que você vai estar feliz vivendo com seus padrinhos, dessa vez estamos fazendo tudo certo. Não apronta muito, sei que o Sirius vai te ensinar como quebrar regras, assim como seu pai faria, mas tenta não seguir o caminho deles em tudo, afinal sua mãe foi monitora chefe, tenho que te ensinar ao menos a tentar obedecer regras.
Seja muito feliz, e fale para aqueles dois cabeças duras que estamos muito agradecidos por eles tomarem conta de você, e caso eles ainda não tenham se casado, manda eles darem um jeito nisso logo.
Com amor da sua mamãe,
Lílian Evans Potter”
Harry leu a carta várias vezes. Ficou imaginando, como deveria ser a vida dele ao lado dos pais, será que seria diferente da vida que tem agora? ou apenas seriam uma família maior? Com esses pensamentos acabou dormindo segurando a carta em suas mãos.
Alguns meses se passaram e o natal se aproximava. Como agora Harry já possuía conhecimento da sua verdadeira história e seus padrinhos acreditavam que ele estava lidando muito bem com isso, decidiram aceitar o convite de comemorar as festas de fim de ano na sede da Ordem. Harry insistia em levar sua melhor amiga:
- Nicky porque eu não posso convidar a Mione?- perguntava um indignado Harry.
- Querido você tem que entender que a família da sua amiga não é bruxa, e pra eles é difícil se locomover pelos nossos meios. Além disso, como só os pais da sua amiga sabem disso, não teriam como explicar ao resto da família. Mas nós podemos combinar de encontrá-la nos feriados da mesma forma, está bem?
- Fazer o quê – responde o garoto resignado, pensando que se tivesse falado apenas mais algumas vezes com os irmãos gêmeos de Rony eles teriam tido alguma idéia para levá-la.
Harry subiu para o quarto a fim de preparar os presentes que havia escolhido para os seus amigos. Para Hermione comprou um livro que julgou ser a cara da amiga, e após embrulhá-lo, colocou em um envelope junto com uma carta. Fez o mesmo com o presente do amigo secreto que havia tirado no Natal da Ordem (o sorteio fora separado entre as crianças e os adultos). Até agora não se conformava com o seu azar: fora logo tirar Gina! O garoto não entendia nada sobre presentes de meninas e seu padrinho dava dicas que para ele pareciam um pouco nojentas:
- Fazer algo romântico, o que será que o louco tinha na cabeça? – pensava Harry como todo menino de sua idade cuja única preocupação era jogar quadribol, e um bom vídeo game.
[b]Flashback[/b]
- Querido quem você tirou no amigo secreto? Temos que comprar um presente! – perguntou Sirius a Harry
- Uma menina Sirius, uma menina! O que eu vou escolher? A Mione tudo bem, ela só gosta de livros, e fácil. Mas como vou escolher algo para uma menina? Olha só a Mel, só quer saber de bonecas, fadinhas, uma vassoura rosa. Eca! - exclama o garoto em desespero.
- Bem, você podia entregar a ela um buquê de flores ou chocolates – responde o maroto pensando no presente que daria à sua amada gatinha – Sabe, meninas gostam disso, é romântico. E você tem que seguir os passos do seu pai e do seu padrinho aqui, e arrasar corações em Hogwarts. Logo você já estará lá garotão!
- Porque eu iria querer arrasar com as garotas? Elas não gostam de quadribol e acham tudo nojento. Porque eu ia querer isso?
Sirius soltou uma gargalhada lembrando da época em que ele mesmo não queria saber de chegar perto de garotas:
- Vamos, eu te ajudo. Não é muito diferente de dar um presente para a Mel.
[b]Fim do Flashback[/b]
Assim que acabou, Harry desceu para a comemoração de Natal, ainda sem acreditar que eles tinham comprado uma vassoura para a garota.
Durante a festa, tudo correu tudo bem, exceto por algumas brincadeiras dos gêmeos (acobertadas por Sirius) que deram trabalho aos adultos. Sirius e Nicky ficaram aliviados em ver que apesar de todas as crianças agora saberem que seu amigo era famoso, e algumas o olharem um pouco diferente no início, logo esqueceram da história do “menino-que-sobreviveu”, e voltaram a ver apenas o Harry (apelidado pelos gêmeos de “filho do maroto”).
No momento da revelação do amigo secreto, todos se divertiam muito com os presentes ganhavam, enquanto Harry pensava que se o presente fosse para Mel ela ia adorar, mas os amigos nunca falavam da caçula Weasley como alguém que fosse gostar de Quadribol, mas sempre como uma menina frágil e delicada, mesmo que ele tivesse a impressão de o maior motivo deles falarem assim da irmã era o fato de deixar a menina muito chateada. O menino levanta e começa a descrever a sua amiga secreta.
- É uma menina, bem não sei se ela vai gostar do presente por parecer tão frágil.
- Nesse momento os gêmeos começam a gritar é a Gina é a Gininha.
A menina fica extremamente vermelha ao que se encaminha ao centro da roda, resmungando eu não sou frágil coisa nenhuma vocês vão me pagar. Enquanto fuzila os irmãos com o olhar.
- Espero que você goste – fala Harry enquanto estende o pacote com a vassoura.
Quando percebe o que acabara de ganhar, ela esquece toda a raiva que sentia por seus irmãos a tratarem como uma bonequinha de porcelana, ela havia ganho uma vassoura, uma vassoura só dela.
- Harry obrigada eu adorei – fala enquanto o abraça emocionada, só após o ato é que percebeu o que estava fazendo afastando-se sem jeito, enquanto olhava para um Harry abobalhado com a reação que tivera.
Após o momento constrangedor, que foi terminado com Sirius chamando o afilhado para a brincadeira continuar, a revelação continuou logo todos esqueceram o momento que o futuro casal acabara de ter novamente brincando e rindo de maneira despreocupada.
Em pouco tempo Harry descobriria que dar o livro “Hogwarts, uma história” para Mione não era presente mais indicado, pois ela não falava de outra coisa depois de terminá-lo. O único assunto que parecia desviar a sua atenção, como sempre, eram os estudos:
- Harry você tem que estudar!! Mesmo não sendo matérias parecidas com as de Hogwarts, elas podem te ajudar e você não vai querer ficar pra trás, não é??
Ele sabia que jamais faria Hermione esquecer os estudos, mas quem sabe em Hogwarts, depois que fizessem outras amizades, ele não conseguiria com que sua amiga aprontasse um pouco também.
- - - - - - -
Quase dois anos depois.
- Vamos Harry você vai se atrasar! Já são 10 horas e você sabe que não podemos simplesmente aparatar no meio da estação de trem, os trouxas vão perceber - dizia Nicky, sem parar de consultar o relógio. Sirius estava no quartel general de aurores, e ela não sabia se não poder contar com a sua ajuda era algo bom ou ruim.
- Já estou indo, só falta eu guardar a minha vassoura. – gritou Harry
- Harry, larga A-G-O-R-A essa vassoura! Você, não leu a carta? Alunos de primeiro ano NÃO PODEM levar vassouras! Agora desça já aqui!
- Desce logo mano, quero ver o expresso de Hogwarts, vamos - falava Mel enquanto pensava – “Agora sim, nada de voar na vassoura com limite de altura! Eles não desistem de olhar pra mim como criança.”
Chegando à estação, Nicky ajuda Harry a colocar a bagagem no trem, e logo depois se despede do afilhado:
- Olha qualquer coisa que precisar, mas qualquer coisa mesmo, se você não quiser incomodar Dumbledore é só nos escrever, não esqueça disso. Ah e lembre-se sempre de tratar a Minerva e o Dumbledore como seus superiores na escola. Eles não serão nossos amigos, e sim sua professora e seu diretor, então nada de inventar gracinhas ouviu bem? Ah, e o Sirius mandou essa carta para você, já que não pôde vir se despedir. Comporte-se viu e escreve pra gente contando como foi seu primeiro dia e em que casa você ficou, está bem?
Após dar um beijo na testa do menino ela se levanta para deixar a filha se despedir:
- Tchau mano, pode deixar que eu vou cuidar muito bem das tuas coisas e da tua vassoura principalmente.
- Mel, você é muito nova ainda, nem fez nove anos.
- Mas vou fazer mês que vem, e daqui dois anos já vou estar em Hogwarts. E você já voava com essa idade! - fala de forma persistente.
- Tá bem, mas não vá dizer que eu contei onde ela está guardada, tá bom? - fala piscando pra garota, e sussurra – olha atrás das minhas roupas, é só empurrar a parede do guarda roupas.
- Valeu Harry! Você é o melhor irmão do mundo – diz Mel enquanto abraça o menino, e uma pequena lagrima escorre de seus olhos.
- Eu sou o único que você tem, não é verdade? – diz sorrindo – Tchau baixinha, a gente se vê no natal!
Depois disso Harry entra no trem e corre em direção a Hermione, que abana freneticamente pra ele de uma das cabines que ocupava junto a Rony.
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- Nicky querida! - fala Molly Weasley vindo dar um beijo na amiga.
- Que bom te encontrar! Pelo visto agora ficaram apenas as nossas meninas – diz Nicky enquanto observa Mel e Gina correrem atrás do trem.
- É verdade, os filhos do restante da Ordem são muito novos ainda para brincar com as nossas pestinhas – fala sorrindo para as meninas que agora não mais choravam, mas discutiam algo animadamente.
- Mas o que temos que nos preocupar mesmo é com nossos meninos. O Sirius deixou uma carta lacrada para o Harry, isso não esta me cheirando nada bem.
- Nicky não se preocupe. Ele não faria nada que colocasse seu sobrinho em perigo.
- Molly eu queria ter a sua certeza. Enfim, eu vou indo antes que aquelas duas comecem a me preocupar também – aponta para as duas meninas que agora voltavam para as mães com cara de quem está aprontando.
- Mãe, posso ir pra casa da Mel? – pergunta Gina.
- Gina querida, no final de semana tudo bem, mas agora tenho que ir para casa e a Nicky também precisa trabalhar - fala Molly olhando apreensiva para Nicky.
- Mas mãe eu vou ficar tão sozinha em casa – insiste a menina.
- Nada de "mas"! Fim de semana apenas – e com isso pega a menina pela mão e de despede da amiga, pensando em porque tivera filhos tão geniosos.
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A viagem correu normalmente. Os gêmeos fizeram uma visita na cabine dos mais novos, trazendo junto um amigo chamado Lino Jordan. Todos riam das brincadeiras deles, até o momento que decidiram explorar um pouco o trem deixando os três amigos sozinhos.
- Onde será que o Neville se enfiou? Não o vi durante a viagem inteira. – indagou Harry preocupado.
- Calma Harry, daqui a pouco ele aparece – fala Rony.
- È que eu queria abrir a carta do Sirius com ele junto.
- Ah Harry, abre agora! Depois a gente conta pra ele - falou Mione
- Tá bom, eu abro.
[i]“Querido Harry,
Se sua madrinha descobrir o conteúdo dessa carta, serei um cachorro morto, mas você deve continuar o legado do seu pai, afinal, como você bem sabe, nós éramos os marotos. Para ajudá-lo, assim que você tiver instalado no seu futuro dormitório, algo que pertenceu ao seu pai aparecerá. Faça bom uso, mas lembre-se: Dumbledore conhece esse segredinho, então trate de não ser pego e nem expulso! Ainda sou muito jovem para morrer.
Abraços Almofadinhas”[/i]
- O que será que ele quis dizer com isso?
- Não sei Harry, não sei mesmo. Mas depois a gente pensa nisso, o trem já está parando, temos que nos arrumar. – responde Hermione
Ao chegar a Hogwarts, dirigiram-se aos barquinhos guiados por Hagrid, onde encontraram Neville.
- Nev, onde você estava? - perguntou Harry.
- Eu encontrei uns primeiro-anistas na estação e fui me sentar com eles. Sabem como é a vovó, quis chegar cedo, e não tinha quase ninguém por lá ainda.
- Vem, vamos logo! Quero chegar logo no salão principal e finalmente ver tudo que falam sobre Hogwarts - Falou Rony.
Assim eles seguiram Hagrid para a seleção das casas. Vendo o chapéu seletor ali tão perto a segurança que Harry sentia a pouco começou a se esvair, o medo de não pertencer a casa dos leões como os seus pais, começou a dominar seu corpo.
Ao chegar a sua vez, caminha tremulo até o Chapéu, que no instante que o coloca na sua cabeça, começa a falar com o garoto.
- Uma vontade muito grande de seguir os passos dos pais, lealdade e sim muito coragem também vejo. – sussurra o chapéu na mente do garoto.
-GRIFINORIA. – anuncia para todos.
- Harry levanta feliz e corre para se juntar aos amigos que já estavam sentados a mesa, agora faltando só saber em qual casa Rony iria pertencer para sentir-se realizado, estava na casa que sempre quis, tinha Mione ao seu lado, assim como Neville, e os gêmeos.
- Quando o chapéu anuncia Grifinoria para Rony, Dumbledore sorri ao ver as crianças se abraçando felizes, nessa momento ele sabia a escola não seria mais a mesma, parecia visualizar uma geração diferente de garotos, que no momento em que bateu os olhos, sabiam que aqueles colocariam Hogwarts de pernas pro ar.
Logo após a cerimônia, Harry seguiu Percy que levava os alunos à torre da Grifinória antes dos outros, na expectativa de descobrir o que o esperava em seu dormitório. Ao chegar lá não encontrou nada e acomodou-se desanimado em uma das camas, mas já pensando que logo pela manhã mandaria uma carta contando que foi para a Grifinória e perguntando onde estaria o seu presente secreto.
No dia seguinte ao acordar, ele percebeu um embrulho aos pés de sua cama. Após confirmar que seus colegas continuavam dormindo, abriu radiante o pacote e dentro encontrou algo que ele ainda não sabia, mas faria a sua experiência em Hogwarts algo único: uma capa de invisibilidade.
As aulas correram normalmente, na medida do possível em uma escola de bruxaria. Mas o menino-que-sobreviveu nunca teria uma vida normal, mesmo para um bruxo, pois agora ele também era conhecido entre os colegas de Hogwarts como o mais novo apanhador do século.
[b]Flashback[/b]
- Harry, eu estou com medo dessa aula. Você sabe muito bem que só conseguir andar na sua vassoura uma vez e escondido. E mesmo assim não me dei bem. – disse Neville amedrontado
- Calma Neville vai dar tudo certo.
A Professora interrompeu a conversa chamando atenção de todos para dar início à primeira aula de vôo. Tudo corria bem, até o momento em que todos conseguiram dominar as vassouras e a professora solicitou que dessem um pequeno impulso, para flutuar alguns metros acima. Draco Malfoy, que ainda estava no chão, lançou um feitiço de pernas presas em Neville, fazendo com que o garoto perdesse o controle e caísse da vassoura. Por esse motivo, a professora ausentou-se da aula para levar o aluno à enfermaria, e no momento em que ela saiu de perto a confusão tomou conta dos alunos.
- Foi você não foi Malfoy? – indagou Harry, nervoso.
- Potter, não é o fato de você ter sido criado por um desertor, aliás a maior vergonha da família Black, que faz você conhecer tudo a nosso respeito - desdenha Malfoy
- Conheço o suficiente pra saber que você não gosta dos Longbottom. Mas você vai pagar pelo que fez a ele.
- Vem me pegar então – e Draco sobe na vassoura, com Harry logo atrás.
- Sabia que você estava certo? A diferença é que não fui eu quem jogou o feitiço, foi o Goyle. Porém durante a confusão eu peguei isso, reconhece? Quero ver agora você proteger seu amiguinho. – Draco começou a rir enquanto atirava para longe a varinha de Neville e voltava ao solo.
O movimento de Harry foi instintivo, simplesmente seguiu a varinha voando até conseguir alcançá-la. Ao pousar descobriu a professora McGonagall parada, olhando furiosa para os alunos a sua frente.
- O que é que esta acontecendo aqui? Sr. Potter, será que é possível me explicar?
- Foi o Malfoy professora, ele pegou a varinha do Neville e atirou longe. Se não fosse pelo harry a varinha teria se partido – explicou Hermione prontamente.
- Obrigado Srta. Granger. Mesmo assim quero que venha comigo Sr. Potter, e você também Sr. Malfoy.
[b]Fim do Flashback[/b]
- Harry presta atenção. Harry! – chamou a atenção o professor Lupin.
- Desculpa professor, eu estava pensando no final da taça das casas amanhã – respondeu envergonhado.
- Agora é hora de prestar atenção na aula, pois você ainda precisa prestar as provas finais - diz Lupin, tentando aparecer sério, mas sorrindo internamente ao ver que cada vez mais Harry se parecia com Tiago e com Sirius também. Sabia que isso geraria muita confusão ainda, mas ao menos, pelo que ele tinha lido na carta que explicava tudo sobre a troca de fiéis e inocentava Sirius, percebia que tinham conseguido algo bom: até agora o garoto só tinha preocupações normais de criança.
Lupin começara a lecionar em Hogwarts durante o ano letivo, após uma suspeita do professor Snape sobre o professor Quirrel ter tentado enfeitiçar a vassoura de Harry durante um jogo de Quadribol. Lupin havia se encarregado das investigações a mando de Dumbledore, pois tinha maior facilidade em se infiltrar e conseguir informações por ser um lobisomem, e acabou por descobrir que ele estava a serviço de Voldemort, e procurava pela Pedra Filosofal.
Assim que avisou a Dumbledore de tudo que tinha descoberto, o mesmo providenciou com que ele assumisse o cargo e tratou de explicar que ele não oferecia nenhum perigo em trabalhar como professor. Dessa forma, acabou com a possessão do Lorde das Trevas sobre o corpo de Quirrel, porém infelizmente não foi possível salvar sua vida. E isso só deu uma certeza a Dumbledore: era hora de apressar a busca pelas Horcruxes.
N/B: Desculpe o atraso! Tava com tanta coisa na cabeça que se não fosse pelo seu e-mail, eu teria esquecido Deby. Mas ta aí o seu cap, betado. Quero ler mais! Como vão as coisas por aí? Tô com saudades de você garota! E povo, comenta tá?
Beijos, Nath Black.
N/A espero que não tenham desistido da Fic peço mil desculpas por tanta demora, mas aqui esta o cap completo.
e POR FAVOR COMENTEN.
agradecimento farei só no proximo pra não demorar ainda mais.
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