Saída, tragédias e confusões
Capitulo 2 – Saída, tragédias e confusões
O dia amanheceu tranqüilo. Não estava calor de mais, nem frio de mais. Não havia muito barulho, muito menos pouco. Tudo estava no mais perfeito e completo equilíbrio.
Um grupo quartanista de aproximadamente cinco pessoas, estava sentado na sala comunal da grifinoria, aguardando ansiosamente a hora que pudessem ir para Hogsmeage. Iria ser a primeira visita deles.
- Psiuuu! – Disse uma menina. – Nos estamos conversando alto de mais!
Todos ficaram em silencio. Não era eles que estavam fazendo barulho, mas era outra coisa.
- Ta vindo do dormitório masculino. – Disse um garoto loiro.
- Descordo. Ta vindo do dormitório feminino. – Falou uma menina de olhos muito azuis.
- Os dois estão errados. – Falou um garoto baixinho, na mesma hora em que as portas dos dois dormitórios se abriram.
Quatro adolescentes saíram por cada porta. Eles estavam conversando tão animadamente, que não estavam percebendo que estavam gritando. O grupo quartanista não pode identificar se eram as quatro meninas que saíram do dormitório feminino eram mais escandalosas, ou se eram os quatro meninos que haviam saído do dormitório masculino.
As quatro meninas, de nome Lílian, Patty, Ana e Nicole falavam bem mais alto do que os meninos de nome Tiago, Pedro, Remo e Sirius. Mas o problema era que os garotos, riam e se exibiam bem mais que elas.
O grupo quartanista teve certeza, que os oito adolescentes, acordaram a torre da grifinoria inteira, pois eles estavam ouvindo alguns gritos como: “Cala a boca” ou “Que merda de barulho” vindo de ambos os dormitórios.
Uma menina do terceiro ano abriu a porta do dormitório feminino e xingou os oito adolescentes (ela estava de pijamas).
- Da para falar mais baixo? Ateh uma manada de hipogrifos fazem menos barulho que vocês!
- Vai dormir pirralhinha! Vai! – Respondeu-lhe um menino moreno e alto. A menina fechou a cara ao ouvir tais palavras e lhe respondeu:
- É isso que eu to tentando fazer! – E ao acabar de disse isto, bateu a porta do dormitório.
- A gente ta falando tão alto assim? – Perguntou uma menina loira as amigas.
- Não sei Ana... Acho que é só encheção de saco mesmo... – Respondeu-lhe Patty.
- Vamos tomar café meninas? – sugeriu Lílian. Os cabelos cor de bronze dela estavam presos em um bonito rabo de cavalo.
- Vamos. Estou faminta! – Disse Nicole.
- Lógico que você esta faminta, você não jantou ontem! – Exclamou Ana. No qual Nicole abriu um sorriso maroto.
- Onde você esteve ontem na hora do jantar? – Perguntou Patty, já sabendo o que eu a menina iria lhe responder.
- Aposto que foi com o Daniel. – Disse Lílian.
- E eu aposto no Mateus. – Disse Patty.
- E eu no Tomas. – Falou Ana.
- Todas vocês estão erradas! – Respondeu Nicole abrindo mais o sorriso.
- E com quem foi? – Perguntou uma voz masculina atrás das garotas. Elas viraram rapidamente o rosto para fitar o dono da voz.
- Bom dia Sirius! – Exclamou Nicole se virando para encarar o menino, passando logo em seguida por ele sem responder sua pergunta.
- Vamos? – Chamou Remo a todos quando Pedro, Tiago e Nicole já haviam saído da sala comunal.
Todos fiseram o mesmo.
Após o café da manha, os oito grifinorianos decidiram jogar uma partida de snap explosivo ate esperar dar nove da manha, o horário permitido para que os alunos de Hogwarts irem ate o vilarejo de Hogsmeage.
Eles fizeram tanta, mais tanta bagunça e barulho no castelo, que liberaram-nos meia hora mais cedo.
- Mas professora, não vou liberá-los! – Reclama o zelador.
- Lógico que vai! Eu sou a vice-diretora! Você é pago para receber minha ordens! – Retrucou Minerva.
- Não vou. Não vou. – Insistiu.
- Vai sim! Olha para eles! Faz uma hora que eu tento com que eles parem, mas não! Mesmo na minha sala eles pareciam incomodar todo o castelo! – A professora fez uma feição de pura raiva quando Filch, insistiu novamente, a não liberá-los.
- Mas professora, pense como eu penso agora: se eles estão aqui, fazendo esta bagunça inteira, imagine o que ira acontecer em Hogsmeage... Não é seguro mandá-los mais cedo, muito mais deixarem eles irem.
- O que você pensa que eles podem fazer lá em Hogsmeage? – Indagou a professora erguendo suas sobrancelhas finas.
- Ah sei lá, destruir uma loja talvez... – Disse, olhando ranceoso para os oito grifinorianos.
- Pare de bobagens! Eles só estão animados com a ida a Hogsmeage. Lembra na primeira visita deles?
- Como eu ia esquecer? Eles soltaram fogos de artifício dentro do castelo! Foi um caos! Eles queimaram vários quadros! Recuperá-los foi um milagre!
- Então, uma partida de snap explosivo é fichinha para aqueles fogos de artifício.
- Repita isto para mim professora. – Falou ele, quando uma explosão muito forte fez um buraco em uma parede. As faces de Minerva começaram a ficar vermelhas e vermelhas. Filch olhava com uma cara a professora como: “Não te avisei?”. Lílian, Nicole, Patty, Ana, Sirius, Pedro, Remo e Tiago ficaram imóveis quando viram o fato ocorrido, vendo os vários alunos do castelo, chegarem para ver o que fora a explosão forte.
- Potter seu retardado! – Gritou uma menina ruiva. – Falei para você não fazer aquilo?
- E o que você quer que eu faca durante Patty me azarando daquele jeito? Que eu me fantasie e dance a ula? – Retrucou ele a menina. Lílian corou.
- Podia ser! Pois ai você não ia explodir a parede!
- Você esta falando isso só por que fui eu que explodi! Se fosse uma amiguinha sua você ia bater palmas e aconselhá-las fazer isto mais vezes!
- Gente... – chamou Ana baixinho.
- Acontece, que quem explodiu a parede foi você! E se você não lembra, você é o metido-idiota-imbecil do Potter!
- Gente... – Novamente Ana chamou por Lílian e Tiago. Eles a ignoraram.
- Só você me acha assim! Acredite Lílian, você esta em desvantagem.
- Gente... – O tom de voz dela estavam aumentando.
- Ah é... Sou eu quem está em desvantagem? Mas acontece que é você quem me chama para sair mais de um ano! Isso não importa não?
- Gente... – Ela estava quase gritando.
- E você esta pensando que eu fiz este buraco na parede para que? Para aparecer para você? Olha, eu sei que eu estou te chamando para sair a mais de um ano, mas você esta se exibindo de mais! Eu tenho coisa melhor para fazer do que fazer um buraco na parede para impressionar você!
- GENTE! – Berrou ela.
- QUE? – Gritaram os dois.
- Querem calar a boca? Eu sei que os dois se amam, e que um é mais rejeitado do que o outro, e um dia feliz, vocês vão se casar e ter maravilhosos filhos, mas vocês estão enchendo o saco! – Ana não mediu as palavras ao falar isto. Tiago abriu um enorme sorriso maroto. E Lílian, corou, pela raiva da amiga ter mandado ela calar a boca, e pelo fato dela ter falado que um dia teria filhos com Tiago.
- Quem te disse que eu vou ter filhos do Potter? – Disse ela, cruzando os braços, com uma estranha indiferença na voz. O sorriso de Tiago aumentou.
- Não seria má idéia. – Falou ele.
- É, não seria má idéia, seria péssima!
Naquele momento, se Minerva estivesse em seu estado natural, ela já teria acabado com aquela discussão inútil. Se não fosse ela, iria ser Filch. Mas, ela não estava em seu estado normal. Ela estava tão abobada com o buraco na parede, que lhe faltavam palavras para reclamar com os grifinorianos.
- Ah Lílian todo mundo já sacou que você me ama. Ate mesmo uma das suas melhores amigas. – Disse Tiago assanhando o cabelo. Ela bufou.
- Eu não te amo Potter, e nunca vou te amar! Prefiro sair com a lula gigante a sair com você! – Gritou.
- Não prefere não... – Falou ele, quase que cantarolando.
- Prefiro sim. – Respondeu ela gritando, no qual, todos puseram as ms em suas orelhas.
- Não prefere não... – Repetiu, com o mesmo tom.
- Prefiro sim. – Gritou novamente, e mais forte. Tiago não deu importância para as palavras da ruiva e sua insistência. Ele estava reparando no buraco...
- Não prefere não, e alias, este buraco esta muito grande para eu fazê-lo sozinho... – Disse colocando a mão no queixo, fazendo uma pose pensativa. Seus pensamentos não duraram menos de três de segundo e ele gritou:- SIRIUS!
- Tiago, eu não fiz nada! – Falou Sirius com sua famosa cara de cachorro molhado.
- Fez sim! Olha o tamanho do buraco... Nunca que alguem conseguiria fazer aquilo com um feitiço...
- Agora a culpa é minha é? – Resmungou ele.
- É! – Gritou o amigo.
- Mas a culpa toda é da Patty!
- Minha culpa, o que eu fiz? – Perguntou a menina incrédula com a frase de Sirius, resmungando depois algo parecido como: “Quem ele pensa que é para falar assim comigo? Merlin?”.
- Você ficou azarando o Tiago por enquanto ele jogava! Isto se chama roubar! – Patty o fitou com um olhar mortífero. Sirius engoliu seco.
- Sirius, quem é você para me explicar o significado de alguma coisa? Alem disso, ate parece que você não estava roubando, lançando aquele feitiço de controlar varinha na varinha de Lílian... Eu posso ter cara de idiota mas não sou não. – Berrou ela.
- Nunca falei que você tinha cara de idiota!
- Falou sim!
- Não falei não!
- Falou sim! – Insistiu. - O Remo me contou.
- Quando que eu falei isto com você? – Perguntou o garoto assustado.
- ONTEM! – gritou Patty. Remo fez uma cara de entendimento.
- REMO! – Berrou Sirius ao amigo.
- Só por que naquela prova, quem se saiu melhor foi eu ? Você é um invejoso infeliz Sirius! Isto que você é! – Sirius reprimiu uma careta ao ouvir as palavras de Patty. Ela sorriu armagamente.
- Mas o que você quer que eu faca quando uma pessoa fica se exibindo por causa de uma nota? Alem do mais, quando um amigo te trai!
- Sirius, essa parte do amigo te trair não tem nada a ver, por que você fica pior que a Patty quando tira uma nota boa, e alem do mais, você só ficou puto, por que você perdeu a aposta que você fez com ela! – Disse Remo em alto e bom som. Sua voz estava controlada e calma, e para a raiva de Sirius, ele aparentava não estar desconcertado.
- Ate você Remo, ate você que era meu amigo mais confiável esta me deixando de lado? Ate você?
- Ate eu Sirius, por que a Patty tem razão. – Sirius bufou de raiva. Odiava quando Remo tinha seus ataques de “A Voz da Razão”.
- Nunca mais fala comigo. – Disse ele. Não adiantava continuar com a discussão. Era Remo e Patty contra ele. Dois contra um. Duas pessoas fortes, inteligentes e espertas contra ele: o próprio e coitado Sirius Black.
- Ta bom, mas não vem pedir dever tambem não. – Resmungou Remo.
- Ahh Remo, o Sirius tem cara de pau o suficiente para fazer isto. – Disse ironicamente Patty. Pelo visto, a discussão iria se prolongar.
- Patty, a conversa não chegou em você.
- Não chegou não? Apenas comecou em mim neh? – Ele reparou que ela usou uma entonação diferente para falar a palavra “comecou”.
- Ah cala a boca Patty, ta parecendo a Nicole.
- O que eu tenho a ver com isso? Só por que você esta sendo humilhado feio na frente da escola inteira você vem colocar a culpa na Patty, no Remo e em mim? – Disse Nicole colocando a mão na cintura. Sirius sorriu marotamente. Adorava quando a garota fazia isto.
- Ahan, por que o Remo me traiu, a Patty me estressa e ela ta idêntica a você hoje! – Disse sorrindo ao ver que ela fechara a cara.
- Eu te estresso? – perguntou friamente a morena.
- Não só a mim. – Respondeu sorrindo ainda mais (se era possível).
- E o problema é meu? – Falou ironicamente ela. Nicole ainda possuía as mãos na cintura.
- Sim, o problema é seu. Por que pessoas estressadas morrem anos antes de pessoas normais .
- Vamos morrer na mesma época então... – Retrucou erguendo as sobrancelhas e observando todos que se encontravam observando eles. Não eram apenas alunos, mas professores e elfos domésticos tambem. “Qualquer buraco na parede e qualquer discussão parece melhor que qualquer coisa que eles estão fazendo. Por que literalmente o castelo inteiro esta aqui.”
- Se dez anos é considerado na mesma época...
- Ah Sirius! Vai arrumar o que fazer!
- Vai você arrumar o que fazer!
Minerva, Filch e todos as pessoas que estavam assistindo a discussão, não conseguiram mais ouvir o que os oitos grifinorianos estavam discutindo, pois todos, começaram a gritar ao mesmo tempo, sem exceção. Nicole gritava com Sirius e vice e versa. Lílian alem de berrar com Tiago, batia nele, pois ele, arrancou um beijo da garota, quando todo mundo estava com a atenção em Nicole e Sirius. Remo discutia com Patty, o por que da garota ter aberto a boca para falar aquilo para Sirius, e a menina defendia-se com a ajuda de Ana. E Pedro, comecou a gritar e resmungar, falando que estavam com dor de barriga.
- SILENCIO! – Gritou uma voz rouca. Todos pararam de brigar, discutir e falar ao perceberem quem estava se aproximando: Alvo Dumbledore.
- Professor, eu posso explicar... – Disse Minerva, O diretor fez menção para ela não falar mais nada. Ele se aproximou dos oito adolescentes estudando-os através de seus oclinhos meia lua, fitando logo em seguida a parede. Ele riu gostosamente.
- Eu ia fazer uma porta nesta parede mesmo, mas faltava incentivo. Vejo que metade do trabalho vocês que fizeram. – Disse ele se aproximando dos garotos.
- Professor... – Insistiu a professora.
- Minerva, não se incomode... Sei que não foi sua culpa. – Ele ergueu o olhar da professora para os grifinorianos. – Não vou negar que eu não estou surpreso com este buraco na parede, eu ate prefiro este buraco em relação aos fogos de artifício. – Ele riu. -Sei que vocês são agitados e que nuca vão mudar, mas vocês precisam se controlar um pouco. Alguem poderia se machucar...
- Desculpe professor. – Disseram eles em coro.
- Sim, eu os desculpo, mas desculpas não mudam os fatos. Vocês vão terminar o que começaram. Vocês vão ter que acabar de construir a porta que começaram, sem magia. – Disse ele seriamente.
- Isto é uma detenção, diretor? – Perguntou Filch.
- Sim, isto é uma detenção, mas não é preciso mandar cartas avisando a família. Quero que este seje um acordo entre mim, e estes jovens: vocês sempre vão procurar encontrar seus limites. Combinado?
- Sim professor, combinado. – Responderam todos, sem animação.
- Então assim esta melhor. – Disse dando uma piscadela ao grupo.- Filch, pode liberá-los. – Concluiu.
- Tem certeza? – Perguntou rancesoso.
- Absoluta... – Respondeu o diretor sorridente.
- O senhor é quem manda... – Respondeu fazendo sinal para que eles o acompanhassem. Com o diretor, Filch não insistia, brigava nem discordava. Dumbledore, alem de ser uma pessoa importante, era uma pessoa respeitada.
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