Cp60 Lord das trevas, Mestre d



Cp60 Lord das trevas, Mestre das trevas.


Deu de ombros... sorriu apenas quando Hermione repousou a cabeça em seu ombro... não era inveja... conhecia o céu.


Sem precisar de asas.


E agora se perguntava se não era preciso conhecer o inferno... mais a fundo.


"Porquê ele está aqui?" Havia perguntado.


"É mais seguro." Foi a resposta.


"Foi o único que conseguimos manter preso." Foi o complemento.


Pensando bem... era irônico, pensou indo para as masmorras "altas", perto de onde ficavam os animais das aulas de trato.


Era um lugar de certa forma adequado... para ele.


Estava de folga... poderia fazer o que bem entendesse... mas não, ia para lá. A procura de respostas? Talvez... ou apenas para... ver.


-Potter?- perguntou o rapaz do quinto ano da sonserina que participava ativamente da AD. Ao seu lado um senhor cochilando na cadeira.-O que faz aqui?


-Interrogatório...- disse simplesmente avançando.- Não precisa me acompanhar...


-Certo.- disse o rapaz desanimadamente.


-Volto logo.- disse já entrando no corredor.


Era uma cela... ao lado de muitas, magicamente isolada para receber criaturas mágicas perigosas, o que ele não deixava de ser... perigoso... um pouco antes... numa cela muito mais ampla duas criaturas farejaram.


As duas quimeras... parou próximo delas... trocaram um olhar leve... e voltaram a seus caminhos... se postou diante da cela onde havia um amontoado de trapos no chão e um jarro de água e um copo mais a frente... houve uma movimentação e a voz rouca disse enfadada.


-Jantar mais cedo hoje? Talvez esse castelo imundo tenha jeito.


Harry continuou observando a criatura miserável fixar o olhar em sua pessoa... parecendo entortar o nariz como um rato farejando algo imundo.


-Quem está aí?- disse a voz num misto de medo e raiva.


Não se moveu... ainda estudava o outro com uma raiva incontida fazendo-o apertar os punhos.


-Eu... estou... delirando! Louco...- disse a voz perdidamente.- Tiago... é você? É você? O que faz aqui? Ou é aquela cópia arrogante maldita? Hein?


-Você acha mesmo... que ele se daria ao trabalho de aparecer para você? Hein?!- disse grave se aproximando da cela.- Ou acha que Riddle vai mandar um de seus ajudantes para salvar um miserável como você? Rabicho?- completou com sarcasmo.


O outro praticamente pulou de encontro á parede... olhar arregalado e assustado.


-Harry! Harry! Se afaste de mim!


-Ora cale a boca!- rosnou se aproximando.


Petigrew apenas se deixou escorregar pela parede, olhando-o assustado.


-É a culpa não é? Que não te deixa me ver em paz?- disse olhando o homem agora magro, macilento e totalmente careca.


-Você veio, me matar... não é? Eu vi seus olhos... mas eu nunca quis... te ferir... seus pais não iam querer meu sangue em suas mãos não é?


-É... você não deixa de ter razão.- disse desviando o olhar...- Nas minhas mãos não... o que acha daquelas quimeras?


Então Rabicho riu... riu e se aproximou rastejando, num olhar claramente debochado.


-Você...- ele riu.- Você precisa aprender a ameaçar... Sirius e Tiago... teriam vergonha de você...


-Imagino...- retorquiu se abaixando e olhando o outro nos olhos.- Mas... tem razão... estou sendo brando...-esticou a mão para trás, sem tirar os olhos do bruxo.


O sorriso de Rabicho aumentou e ele riu dementemente.


-Ah, sim... agora que fazer?- ele disse ao ver a grade das quimeras correr.- Quando elas pularem em você?


-Hum... eu sobrevivi da primeira vez...- Harry disse sorrindo ao sentir ambas as criaturas se aproximarem.- E você rato? Consegue... se livrar delas?- Se levantou enfiando a mão na crina da cabeça de leão do macho que se aproximou... a fêmea sentou aos seus pés...


Rabicho guinchou e voltou a se encostar na parede... olhando horrorizado.


-Você... você é um erro... Tiago devia saber o que aquela vaca tava fazendo...


-Olhe bem o que vai falar...- disse frio enquanto ambas as quimeras focalizaram Rabicho.


-Você é um erro... enorme...- disse Rabicho dementemente.- Enorme... Tiago devia ter aberto os olhos e entregue você!


-Você é desprezível... Não vou perder mais tempo do que o necessário... eu quero saber, porquê?


-PORQUÊ? -Rabicho o encarou.- Porquê de quê?


-De Tom Ridlle... se unir aos vampiros... de tentar chegar a Lilith... de fazer cópias de meus pais... porquê?


-Eu já disse porquê a Dumbledore...- riu o outro.- Ele não te contou?


-Eu quero a verdade... não as mentiras que deve ter tentado contar...


-Eu não menti...


-Eu tenho modos de saber...


Rabicho enfiou a mão na careca nervosamente e olhou as quimeras.


-Me solta... me solta e eu te conto...


-Me conte... me conte... e eu não te mato por me trair... eu lhe dei chances Petigrew... você as jogou fora... aproveite.


Rabicho olhou em torno.


-Não ganho nada te ajudando... O Lorde vencerá... você sabe... e se não vencer... eu vou pra Azskaban... e sabe... não faz muita diferença...- disse ele mais próximo um pouco das grades.


-Então...- Harry disse se pondo de pé...-Você não tem medo de mim?É mais corajoso do que eu pensava.- disse e agarrou as grades.- Eu realmente achei que poderia... saber algo mais...


-Hum... sabe... você acha demais...- riu Rabicho.- Igual a Tiago... ele achava demais.


-Ele achava? É?


-Ah, sim... ele achava que ninguém o derrotaria... e por fim BUM!- riu Rabicho.- Ele morreu.


Se Harry continuasse a apertar as grades... fatalmente... as inceneraria de raiva... afastou-se.


-Você é uma criatura miserável...


-Eu já escutei isso muitas vezes... não faz mais diferença.


-Então eu vou lhe propor algo.- Harry disse se aproximando.- Morrer ou fugir...


Os olhos do outro brilharam.


-Eu sou... bom... em saber se mentem... então... me conta o que quero saber... e eu... deixo a grade aberta... se ficar quieto... eu deixo a grade aberta... o tempo suficiente para as quimeras... entrarem.


-Hum... não são muitas opções...


-Não mesmo... não me resta muita paciência...


-Ora... ressucitar Lílian foi necessário... ela tinha o conhecimento sobre Lilith... achavam antes que o véu era um caminho... mas deu em nada... só um projetista... pode manipulá-lo... trazer Lilith a vida... não era mais necessário que pôr as mãos em Soul Calibur...- Rabicho riu.- Você sabe o que é? Não é? O Lord disse... que com essa "espada" pode destruir o "Pilar Mor" seja lá o que isso seja... e quanto a Tiago... quem mais vivo ou morto conhecia Hogwarts? Tiago era um excelente estrategista... era bom em planejar... e sabe... Aquela cópia... me dá arrepios.


-Isso... isso é tudo que sabe?


-Faz tempo que me pegou não é? Ou acha que andei... passeando por aí... ultimamente?


-Digamos que não acredito em você... não pode me culpar por isso.- disse se levantando de novo.


-O que quer saber Harry Potter... é impossível... ninguém sabe como destruir O Lord... se acabar com o corpo dele... basta fazer outro... certo? Você sabia que levamos todo o corpo do velho Riddle? Temos muitos que podem querer algo assim.- ergueu a mão prateada.- E inimigos é o que não falta.


-Que seja.- disse se afastando.


-Ei... me solte.


Do corredor Harry estalou os dedos e a grade deslizou... mas Rabicho não pode sair... as quimeras ainda o olhavam como que hipnotizadas.


-Ei... ei... e essas coisas?!- disse Petigrew...


Harry parou no corredor.


-Não esqueça... nunca... que eu deveria tê-lo deixado morrer... por duas vezes... e por duas vezes... deixei viver... não esqueça disso.


As quimeras deram meia volta e entraram na própria jaula que se fechou.


-Espero não ter problemas com você...- disse indo.


-E... eu espero não vê-lo nunca mais...- Rabicho falou baixo vendo o outro sumir na sombra.


E o rato saiu correndo pelos cantos.


-Que assim seja- pensou da sombra olhando por onde o rato ia.-Nos veremos mais em breve... do que você pensa...


E no andamento do dia, após um almoço rápido ao lado de Hermione sentiu uma estranha tensão no ar... claro... além da notícia de que Rabicho fugira e de Morgan ter-lhe olhado firmemente...” Você não tem nada com isso tem?”


-Porque eu teria?- perguntou com calma.


Havia apagado a memória de ambos os guardas... e estranhamente sentia-se bem com isso... mas não era essa tensão... era outra.


No ar...


Alguém comentara que os lobisomens e Itsumades estavam nervosos... mas não sentia isso.


-Potter!


Parou em um dos corredores, era Snape.


-O que foi Draco?- perguntou cruzando os braços.- Tenho que ir para o meu posto!


-Sabe que dia é hoje?


-Ano Novo?


Draco assentiu, Harry balançou a cabeça.


-E o que isso muda em minh...


-É dia de Lua negra...- Draco virou-lhe as costas.- Serin pediu para eu te avisar.


“É dia de Lua Negra...”


Foi supervisionando as passagens que esbarrou com as velhas armaduras... estava com Rony quando se olharam.


-Lembra porque há armaduras em todo o castelo?


Rony o olhou longamente.


-Ah... eu lembro!- sorriu o ruivo.- Onde está pirraça?


-Hum...- disse sorrindo.- Vamos ver quem acha aquele bufão irritante primeiro?


-Sem chance... eu vi ele indo... há.- Rony saiu correndo.


-Pra direção das masmorras...- disse correndo para o outro lado...- eu vi ele agora a pouco.


Rony parou no corredor...


-DROGA!


Pirraça não demorou a ser encontrado... por Rony! “Eu devia ter ficado com o MAPA!”


-Você trapaceou!-disse ao ver o outro na porta de uma sala de onde vinham sons... suspeitos.


-Você fingiu que sabia onde ele estava...- riu Rony enfiando os dedos nos ouvidos quando uma mesa se espatifou no chão.


-Pirraça não ouse sair dessa sala!- disse entrando.


O poltergeist no entanto parecia muito mais interessado em vê-los ofegantes e discutindo.


-Continuem... continuem- ele disse acenando com a mão...


Os dois se olharam.


-Meu velho... velho... amigo... lembra das armaduras dos corredores?- disse Rony.


-Sim... bons lugares... bons lugares!- Sorriu o poltergueist de ponta cabeça no teto.


-Hum... e lembra daquelas... coisinhas especiais que tinham em alguns corredores?-Harry sorriu.


Pirraça sorria.


-O velho barão, não vai gostar disso.


-Hum...hum... o velho barão... vai querer ajudar... pelos velhos tempos... para limpar suas mãos...


Pirraça, praticamente bateu continência... passou voando não sem antes derrubar todas as cadeiras da sala.


-Você acha... que eles... vão cooperar?- perguntou Rony.


-Um velho assassino... nunca deixa de gostar do trabalho.- disse.


Rony ainda ficou olhando a sala vazia enquanto Harry saía.


Isso explicava... aquela sua calma? Pensou por um bom tempo no enfadonho trabalho de vigiar a floresta e ajudar na entrada dos centauros no castelo... Não foi sem um pouco de briga... e um bom tanto de trabalho com algumas abominações e acromântulas...


E pela primeira vez viu centauros fêmeas e filhotes... eram... tímidos.E muito assustadiços.


-Não são lindinhos?- suspirara Parvati.


-Pra mim ainda parecem... cavalos.- sussurrou Hermione.


-Eu não te entendo...- disse Padma a olhando.- Você adora os elfos... como pode não gostar dos centauros?


-Não é que eu não goste deles... só os acho... confusos demais...


As outras duas a olharam e balançaram a cabeça... antes que Hermione começasse um discurso sobre o que os elfos tinham de diferentes dos centauros, ele a abraçou.


-Vamos dar uma volta?


-Agora?


-Você não tem folga essa noite?


-Hum... tenho... e você?


-Mione... é você que fixa o cartaz...


-Ah... verdade? Você tem folga... engraçado não?


-Muito... vamos... andar?


-Vamos.- ela se levantou.


-Com licença gente.- disseram e saíram andar.


Não seria permitido á maioria das pessoas... mas bem... havia algumas vantagens em estarem no meio de tudo... devagar foram subindo.


-Estamos indo onde?


-Torre?


-E eles... vão...


-Não...


-Está frio amor...


-Eu... queria subir... minha vida...


-Algum motivo... especial?


Concordou com a cabeça.


Havia um motivo... sentir de novo a ponta de poder que sentira na última lua negra... entendê-la agora que sabia que Voldmort e Lilith não iriam interrompê-lo.


Hermione subiu com ele com um olhar entre o curioso e o preocupado...


-Porquê... agora amor?


-Hoje é dia... de lua negra...


Ela segurou com força a sua mão.


-Harry... tem certeza? Você sabe que é...


-Confia em mim?


Ela concordou com a cabeça.


-Então... vem comigo...


Cerca de oito horas da noite...


A Torre estava vazia... fria... passou o casaco para ela...


-O que você vai fazer?


-Olhe...


Estava ali... escura... negra...


A lua... num tom que podia lembrar quase um vermelho...


Fechou os olhos... estendeu os braços...


Quase perdeu o fôlego pela pressão feita pelo tecido em seu peito... e a dor nas costas... fina... cortante...


Abriu os olhos para suas mãos marcadas... quando ouviu o som de tecido rasgando.


-São... Negras...- ela disse.


-Eu sei.- disse baixo.


-Posso... tocar?


-Não devia... sabe o que significam?


-Mais... agouros malignos?


-Não.- sorriu.- Que se eu te agarrar vamos dar um passeio!!!


-Ah! Não se atreva!!!!- ela andou para trás.


-Eu...- disse fechando os olhos.- Sinto...


-O quê?-ela perguntou preocupadamente.


-Seu coração batendo... e o vento... eles tem medo disso Mione...


-Eles?


-Os outros...


-Por isso você... não mostrou?


-Não... eu queria mostrar só pra você.


-Metido...


-Acha mesmo?- Sorriu.


-Você é.


Suspirou... experimentando devagar a sensação de ter asas... grandes asas negras... quando ela tocou seu rosto.


-Você... parece diferente... assim...


-Mione... se eu te disser... que sei... algo...


Oito e sete.


-Você é definitivamente um NEGRO!- disse uma voz áspera ao lado dos dois.


Ambos se viraram... haviam cerca de seis Itsumades... os mais velhos.


-O que tem com isso?- Rosnou.


-Você... é uma criatura das trevas... não deve possuir poderes!- disse a única mulher.


-Harry... o que eles estão dizendo?


-Eles não querem... que eu...


-Você não deve... evoluir... não deve possuir os poderes!


-São meus...- disse sério.- São meus e não pode tirar de mim.


Hermione agarrara exatamente na frágil junção das asas negras com suas costas...


-Parem com isso... vamos... detê-lo!- disse outro.


-Saiam de perto de mim!- Rosnou.- Não ousem me julgar!


-Harry...


Dois Itsumades voltaram a sua forma original... enormes com bocas abertas e ameaçadoras... os outros levantaram vôo.


-Mione... voa...- disse a empurrando.


-Não! Não podem fazer isso! Não há nada de errado com ele!!!!- Ela o abraçou.


-VOA MIONE! POR FAVOR!- disse tentando afasta-la.


-Não irá nascer mais nenhuma criança das trevas entre nós!- Berrou o velho.


-Não vai...- rosnou outro.- NÃO VAI! MESMO!


Hermione gritou quando ao invés de fugir, ou voar, Harry convocou com sua própria varinha... as marcas em seu corpo totalmente negras.


-ARMA!


O cajado era longo, lustroso... negro... na ponta uma pedra vermelho sangue... muito parecida com uma pedra filosofal.


-Mago negro... criatura profana.- disse a fêmea.


-É mestre pra você!- Harry rosnou.


-Não ouse...- disse o velho.


-Não tentem me provocar!- respondeu.


- O que está havendo aqui?- foi a voz de Dumbledore que chamou a atenção.


O bruxo branco... seu olhar parecia o mesmo de alguns anos antes ao se defrontar com Crouch Jr...


-Estamos apenas tentando deter um grande mal.-disse o velho itsumade.


-Estão tentando... me matar...- disse sério.


Hermione o abraçou mais forte, falou muito baixo.


-Se acalme... não perca o controle.


-Não há mal algum em Harry.- disse Dumbledore.


-ELE É UM NEGRO!- Berrou a mulher.


-Isso é motivo suficiente?- perguntou Dumbledore.- Prejulga-lo pela cor de suas asas?


-Ele tem uma aura maligna... você sabe disso!- disse o mais velho.


-E que mal ele fez?


-Que mal ele pode vir a fazer?


- Eu não fiz mal a ninguém!- disse irritado, sob o aperto de Hermione.


-Mal... não vence o mal.- disse outro itsumade... um dos cinco que lhe haviam sido fies.- Mal maior... é não deixar algo sequer existir...


- Isso é tolice... erramos com Lilith... e vamos errar de novo?


-Eu não sou ela!- disse indignado.


Não houveram mais palavras... houve um imenso som... e um tremor... no momento seguinte...se houvia o silêncio aturdido e os alarmes da escola...


-Estamos sendo atacados.- disse Dumbledore.


Harry olhou... os que voavam apontaram.


-Vem da floresta... ela está queimando.


A floresta está e trinta e dois.


Voldmort tinha planejado com calma... entrar naquele lugar no noite de um novo ano... num dia de lua negra... onde as abominações... vampiros... dementadores... demônios... teriam o auge de seu poder...


Era uma noite para o mal...


Uma noite onde a força profana estava em pico... parecia um mero detalhe... mas era importante...


Toda magia maligna estava reforçada...


O Lord das Trevas estava pronto para entrar no velho castelo com sua legião. Começando com as abominações e dementadores... para enfraquecer a defesa.


Correndo escadaria abaixo...


-Segura em mim!- disse agarrando Hermione.


-Harry.


Era mais rápido carrega-la... escutou o som de Fawkes... que apareceu... esticou a mão e encontrou a de Dumbledore.


-Salão Principal.- disse o diretor.


Voldmort estava ali... olhando á distância... ainda fora da propriedade... do outro lado do lago... vendo um grupo de demônios aquáticos invadirem o lago... vendo lanças de sereianos emergirem.


-Criaturas tolas...


Mais ali houve derrota das forças malignas... quando os tentáculos apareceram... não houve mais avanço e os demônios menores se puseram em fuga.


-Milord?- Perguntou Belatriz.


-Uma poça dessas não é nosso alvo principal.- disse grave.


-Sim Milord.- disse ela.


-Onde você estava!- perguntou Morgan.


-Adivinha!- disse indo para frente.


-Pelo estrago na camisa... namorando...- ela riu.


-O que está havendo?- Perguntou avançando entre os que corriam.


Havia gente entrando... e alguns berros.


-É do lado da floresta...


-Isso eu já sei!


-Você está de mau humor?


-Não... imagine.


Se estivesse mesmo de mau humor não estaria usando Rictus na abominações enquanto seu patrono corria entre os outros evitando dementadores.


-Achei que ia ficar olhando a lua noite toda Potter!- disse Draco.


-O que você tá fazendo perdido aqui? Não devia estar na retaguarda?- disse encarando o loiro.


-Não se preocupe... estão todos sendo recolhidos e guardados... estou procurando Catharine...


-Então se liga doninha... se vai passar pela porta... vem comigo! AD-INFERNUM!


-É claro que eu estava esperando alguém burro o bastante para meter a fuça lá fora na frente.- Draco murmurou.


Passaram a frente do grupo... a maioria estava ali no campo a frente da entrada, afastando dementadores... e abominações... algumas acromântulas também apareceram... para verificar se tinha algum grupo perdido foram até mais próximo do limiar da floresta.


Nove horas.


A cabana de Hagrid ardia em chamas... Harry suspirou desanimado.


-Ah... trocentas raças de dragão... e tinha que ser um rabo-córneo?!


A criatura responsável pelas chamas os olhou... únicos "humanos" próximos.


-POTTER! CORRE!- Draco o puxou quando o dragão abriu a boca.


O rabo-córneo não teve chance de soltar fogo pois outro grande dragão abocanhou-lhe o pescoço e o derrubou... um dragão vermelho sangue.


-Morgan!- Harry berrou se erguendo.- Anda Draco! Feitiço de extinção.


-Só nós dois?!- perguntou o loiro.


-Deve ser suficiente!JÁ!


O dragão vermelho soltara o outro para desviar dos espinhos do rabo agitado na sua direção.


Mas a cauda parou no meio do caminho e voltou a imobilidade... o rabo-córneo tombou. O dragão vermelho pareceu encará-los com censura.


-Que foi?- Harry perguntou para o dragão.


Os olhos vivamente lilases apenas se contrairam e o enorme dragão balançou a cabeça.


-O que está havendo aqui?- Draco olhou em volta.-Isso não pode ser tudo pode?


As criaturas...abominações...dementadores... estavam se retirando.


-Isso está estranho...- concordou...- Muito.


-Então vamos voltar.- disse Morgan ajeitando um manto conjurado.-E não saiam mais correndo desse jeito... E Snape... sua namorada ainda estava no salão... ela não foi atrás do pai... seu histérico.


-EU NÃO SOU HISTÉRICO!- Draco disse alto e se virou andando rápido de volta.


-Ele não viu a namorada?- Harry riu.


-Não.- disse Morgan rindo também.


-EU ESTOU OUVINDO!- Draco disse já bem a frente.


Nove e vinte e sete


Quando voltaram a entrada é que o chão voltou a tremer... e no campo logo atrás deles vieram... correndo.


-De onde eles surgiram?-Alguém disse.


Eram trasgos... montados em arpéis.


-Tem mais alguém lá fora?- Draco perguntou para um dos seus.


-Não!- respondeu o rapaz.-Mas ainda estamos contando!


-Certo...-disse da porta.-Onde você estava?- perguntou para Sirius.


-Que tal procurando você?- ele rosnou.


-Que tal irmos lá pra fora?


-Vamos acabar com alguns trasgos!-Sirius sorriu.


-GRUPO NEGRO! JUNTO! PORTA!


Nove e meia.


Os trasgos não eram mais difíceis que suas montarias... os arpéis. Era necessário se desviar dos longos chifres... e infelizmente... dessa vez houveram algumas vítimas... até Grope aparecer... junto de Hagrid... até então eles estavam do outro lado contendo o incêndio... e amarrando o dragão que Draco e Harry haviam desacordado... com ajuda de Grope um bom tanto de Trasgos resolveram se retirar... e puderam se reorganizar... resgatar os corpos... ajudar os feridos... Harry suspirou e olhou o céu...


Só agora havia percebido.


A marca negra... em todo seu esplendor funesto pairava no céu.


-Não acha isso estranho?-Gritou puxando um homem desacordado e se aproximando de Sirius.- Que não haja comensais?


-Não... eles estão só aquecendo...


Provavelmente Sirius tinha razão... não houvera tempo de terminar o reagrupamento... Gigantes vieram a toda... da direção da floresta...


Grope foi a primeira vítima... e se não tivesse avançado com tudo... Hagrid teria sido a segunda.


-Harry!- escutou ainda sentindo as têmporas latejarem...


-Onde estou?


-Pelo menos não está morto...- disse Morgan segurando o braço ferido.- insano!


Acima havia um teto... conhecia aquele teto.


-O que houve?- sentou-se apertando a cabeça.


-Um gigante acertou você... não precisava ter se enfiado no meio daquela bagunça toda.


-Hagrid!- disse olhando em volta.


-Está vivo... ainda... achamos que vocês iam virar pasta!- disse Sirius com um corte feio na testa.


Morgan revirou os olhos.


-Você fez muito melhor...


-Pelo menos eu não chamusquei a gente.- ele disse num sorriso falso.


-Certo o que houve? Onde... certo... estou na enfermaria.- disse desanimado.


-E vai ficar aí mais alguns segundinhos certo?- disse Hermione.


-Não! Ainda... ainda estamos sob ataque?


Negativas com as cabeças...


-Os Itsumades revidaram... e os gigantes fugiram também... é claro que temos problemas com dementadores... mas nada alarmante...


-Tem algo errado...- gemeu sentando-se.- Muito.


-Isso é pra nos cansar...- disse Snape trazendo um frasco.- Não é veneno.


Harry segurou o frasco... engoliu o conteúdo sem pensar uma segunda vez.


-Não faz sentido algum... esses ataques... em ondas... separados...


-Estávamos pensando nisso.- Disse Sirius.- Reforçamos todas as passagens.


-Acha que eles vão tentar entrar por alguma das passagens?


-É uma possibilidade.- disse Snape.-Claro que pode ser apenas o ínicio de um cerco longo.


-Acha que vão ficar atacando por dias sem tentar invadir?- perguntou.


-Geralmente é uma tática eficiente contra castelos... usada desde a idade média.-Disse Sirius.


-Obviamente, não seria eficaz se começássemos a mandar as pessoas para locais mais seguros via portal.-disse Morgan.


-Mas estaríamos pondo fora o último ponto de ordem do país.- disse Snape.


-Hogwarts não pode cair.- disse sério.-Nem ser abandonada.


-Mas estamos numa situação difícil.- disse Hermione.


Reunião do grupo noite e um.


-Doze dias... antes de começar a faltar mantimentos.- disse McGonagall.


-Foram cinquenta baixas.- disse Pomfrey.- Trinta a mais de feridos graves.


-Não sabemos ainda quais os prováveis planos do inimigo.- disse Thonks.


-Se levarmos em consideração nossa organização... foi feito um excelente trabalho.- disse Dumbledore.


Harry balançou a cabeç... cinquenta? MORTOS! Era dementadores, abominações, trasgos, gigantes... e quando viessem pra valer?


E o pra valer pareceu chegar com tudo... o som de trituração os fez levantar.


-São gigantes... derrubaram a porta principal.- disse o Hellsing entrando.- Os lobisomens já estão lá fora!


-Só precisamos manter os dois andares abaixo do térreo seguros... já mudamos a enfermaria para lá.- disse Snape.


-Não podemos sequer pensar em deixá-los entrar.- Se ! Morgan!


-É com a gente agora!- disse ela se levantando.


-É... com a gente.- disse saindo.


Os gigantes não suportaram o ataque conjunto dos itsumades... mas agora... agora o ataque era direto na porta. O saguão de entrada virara um campo de batalha... não sem muito sofrimento foram fazendo o inimigo recuar... foi necessária a ajuda do grupo vermelho.


-Pra frente!-Berrou da porta.- Mais gente pra frente!Se necessário pra FORA!


-Não...- segurou-o Dumbledore.


-O quê?- perguntou olhando o bruxo.


-Precisamos... agora, acima de tudo... que você vá... e traga Baphomet de volta.- disse Dumbledore.


-Ele está perto... eu posso sentir!- disse.


-Não é sua hora...


-Harry vamos...-Hermione o puxou.


-Eu não vou deixar a luta agora! Não...


-Isso não é coisa pra vocês...- disse a voz grave.


-Dessa vez... eu concordo com ele.


Harry os encarou... Severo Snape e Sirius... juntos.


-Sabe... você é o único que pode... nossa esperança... você conhece esse discurso todo...- disse Morgan.- Mas sabe... a velha guarda está indo a forra... não se meta.


Os três olharam Dumbledore e quando saíram... ficou algo no ar.


-Eu não posso me negar a lutar.- disse ainda.


-Então lute... no lugar certo e na hora certa.


A cicatriz latejou... agora sabia.


Voldmort já estava dentro de Hogwarts...


-Desgraçado.- disse com a mão na cicatriz.


-Vá... Harry.- Dumbledore lhe sorriu.- Até... em breve.


Fawkes brilhou saíra.


Duas da manhã de um novo ano.


-Você vai para o abrigo.- disse se virando para Hermione.


-NÃO!- disse Hermione.


-Dessa vez não é um pedido... pegue Marco... fique com ele na enfermaria... ou vá com ele para o abrigo.


-Eu não!


-Eu não posso lutar com ele... tentando proteger você...


Hermione apenas suspirou nervosamente.


-Lembra do que eu disse naquela primeira vez?No primeiro ano?


-Lembro.- sorriu.- Agora vai.


-O caminho não foi mapeado, obviamente.- disse a cópia de Tiago Potter saindo por uma tapeçaria abaixo das masmorras...- estamos ah... em algum lugar das masmorras... Milord.


-Eu sei exatamente... onde estou.- disse Voldmort.


-É claro que sabe.- disse a cópia de Lílian baixo olhando para a cópia do “marido”.


-Eu vou subir...- disse Morgan ao pisar na escadaria.


-Se faz... questão... querida...- disse Narcisa.- nós te cobrimos.


No céu havia um dragão... e alguns Veelas... Os Itsumades estavam ocupados com uma invasão de Biakos e todos os lobisomens estavam já há muito tempo caçando os vampiros... dentro e fora do prédio...


-Granger por tudo que é infernal o que está fazendo aqui?!- Draco rosnou.- Onde está Potter?


-Ele está... ocupado... eu vim ajudar.- disse ela.


-Então em vez de perder tempo na enfermaria... vem evitar que aquelas pestes de acromântulas entrem! Estão em todo térreo.


-O que quer que eu faça?- perguntou correndo atrás do loiro.


-Lembra daquele seu cajado? Pois eletrocute alguns daqueles bichos!


Duas e meia da manhã.Houve uma confusão quando a ala “alta” das masmorras foi invadida. Algum imbecil... soltara os animais... inclusive as quimeras.


-Eu peguei sete.- cantarolou Sirius.


Snape o olhou friamente.


-Onze... e doze.- disse pulverizando um Biako.


-Você está roubando! Magia negra não vale!- Sirius disse acertando um dementador com seu patrono, um enorme cão prateado.


-Pare de ser chorão Black.- disse Snape.- Aquilo é um vampiro... se você não sabe.


-Eu sei muito bem a diferença.- retorquiu.- SOLARIS!NOVE!DEZ... ONZE!!!!


-Ótimo...- disse o outro.- Agora comece a levar a sério... dezessete.


O Dragão caiu atingido por várias magias de extinção. Partindo o pouco de gelo que havia no lago.


-O que é isso?- perguntou Neville quando uma série de criaturas mágicas apareceram pelo corredor...


-Aquilo é um... um... pégasus...- disse Gina olhando a criatura cambaleante.- E aquilo... é uma QUIMERA!!!! CORRE NEL!


Do corredor paralelo suriu uma outra criatura correndo, tinha a cara de uma águia, mas trotava.


-Bicuço?- Gina olhou o hipogrifo.


-Vem Giny!- Neville a agarrou pela cintura.-hipogrifo bonzinho...


-Não podemos deixar que se corte a comunicação com o pessoal da frente!- Berrou um outro.


-JUNTOS!- Draco apareceu no corredor.- GRANGER.


-ARMA!Anda todos perto de mim!THUDARA!


Neville segura Gina pela cintura e desce do hipogrifo.


-Nel...- ela sorri.


-Eu sei.- ele diz quando a abraça.


-VOCÊ TAVA DOIDO?!- ela lhe deu um cascudo.- E se o Bicuço não quisesse dar uma carona?


-Acho que ele não estava pensando no peso extra...- disse Neville vendo o hipogrifo fechar as asas nervosamente.-hipogrifo bonzinho...Ubaf!


Três e vinte e quatro da manhã... o dragão se desenrosca dos tentáculos que o levavam até a beirada e chega novamente a terra firme... as asas feridas não podem mais alçar vôo... hora de queimar alguns fundilhos de gigantes... e pisotear comensais.


O problema eram os feitiços.


-Mostre-me o túmulo de Baphomet.- disse Voldmort.


Agora sim... pela primeira vez Riddle tinha acesso ao salão circular...


-Esperem aqui.


-Sim Milord.


Griffin ainda tentava deter a série de vampiros que se aproximava do andar onde estavam tanto a enfermaria como os dormitórios abarrotados de pessoas que não saberiam se defender... seu mestre bem próximo já tinha acertado contas com algumas acromântulas.


-EU...ODEIO...ESSES... BICHOS!!!- Rony tirou a lança da carcaça de uma acromâmtula.


-RONY!


Se virou.


-Onde estão os outros?É o Bicuço?


Gina revirou os olhos.


-Não... é a mamãe!


Os comensais que entraram em Hogwarts tinham dois andares praticamente vazios pela frente... parecia fácil.


Parecia...


E houve uma hesitação quando um retinir metálico surdo veio dos corredores...


-São só armaduras velhas!- Berrou um dos líderes.- Avancem!


Três e quarenta da manhã.


Seus passos finalmente haviam anunciado sua chegada á câmara... se não fossem algumas acromântulas e distrações postas no caminho, teria sido muito mais rápido.


-Você demorou... cheguei a pensar... que não estava interessado em nos ver...- disse ela.


-Não estou.- respondeu avançando.-Onde está ele?


-Não parece óbvio?-disse o homem.


Harry encarou as duas cópias... engraçado como aquilo não mais o atingia...


-Sinto muito... mas não tenho tempo... pra vocês...


-Não diga isso que...


-Arma...


-Hum... parece... que ele não quer mesmo brincar...- disse Tiago.


-Não mesmo.- rosnou.-BAVOLT!


O grupo de comensais recuou... era impossível deter criaturas que já estavam mortas... os fantasmas podiam até perder suas armaduras... mas a quantidade de mortos e feridos era grande... era a secunda vez que passando por um corredor... lâminas saiam da parede.


-Nada como o trabalho artesanal...- Pirraça bateu palmas.


O barão sangrento apenas o olhou o poltergueist.


-Eles estão indo para o poço de lanças...


Um grupo externo foi atrás dos comensais que chegaram a entrar... não precisavam ter-se dado ao trabalho...


-Isso... não é bonito de se ver...- disse Sirius olhando o poço.


-Poderia ser pior...- disse Snape.


Sirius olhou os corpos empalados em lanças...


-Como assim poderia ser pior?


-Poderia ser... a gente... ah... não... se fosse você não seria tão ruim... assim.


-Ora seu...


-Severus Snape... que surpresa...- disse a voz .


-Vai embora Black...


-Quê?


-É um assunto... particular.


Lucius Malfoy estava no corredor.


-Ah... e eu tenho que dar espaço pra vocês dois?


-Não se dê ao trabalho Black... eu vou terminar rápido.


-Não conte com isso...- Snape disse baixo.


-Não se preocupe com eles... priminho...- disse a voz mais atrás...


-Você não deveria estar com o ... mestre?


-Humpf... ele disse que não quer... incômodos...


-Vocês... vão ficar conversando por muito tempo ainda?- Sirius perguntou.


-Onde está o corpo de Baphomet?


-Você está sobre ele...


-Você... construiu um túmulo circular...


-Todos eles eram assim... em tempo antigos.


-Como se abre?


-Não acha mesmo que vou... falar pra você... TOM.


Se encararam... no túmulo de Baphomet... Tom e Harry.


Tom Riddle estivera esquadrinhando magicamente cada parte daquela sala, em vão... e agora... olhava para a única criatura... que tinha a resposta...


-Parece que vou ter que tirar a resposta de você... Potter...


-Não seria de outra maneira não é?- disse andando.


-Então... acho que começamos... com uma reverência.


-Porquê não?- disse sorrindo.


-AZGASIM!


-GILGAMESH!


Quando atingiram o térreo haviam apenas quatro bruxos lutando... Neville instintivamente se adiantou e foi seguro por Gina.


-Deixa eles... lutarem...


-É ela...


-É. Deixa Sirius dar jeito nela.


-Vamos por aqui...- disse Rony.


-Sem piadas primo?- perguntou Belatriz.


-Diga o que quiser Belinha... mas apesar de ser um cão velho... eu aprendo novas lições... Bavolt!


A fênix derramou lágrimas sobre as asas de um certo dragão vermelho.


-Tem certeza... Morgan?


Os olhos violetas ainda encaravam o velho diretor.


-Bom... estou começando a ficar velho pra sair por aí montando em dragões...- disse Dumbledore.


Os olhos violetas se encolheram irritadamente.


-Realmente... estamos perdendo tempo...


Um enorme grupo de dragões aparecia no horizonte...


-Vamos Morgan... Me dê uma carona... e vamos ver a intenção desses seus colegas.


Dez para as cinco da manhã...


As varinhas estavam ligadas... mas havia a boa e velha vantagem... sorriu.


-RICTUS!


Atingido pelo impacto sobre seu escuto Voldmort caiu.


-Fedelho irritante...


-Não mesmo...- Harry rosnou ao sentir uma pressão sobre sua mente...- não mesmo velho...


Expulso da mente do outro as varinhas voltaram a se ligar.


-Eu tenho a vantagem... NIRíA!


O ar em torno do outro se agitou, formando uma estranha energia... capaz de cortar.


-AVADA....


-RICTUS!


Os olhos vermelhos se arregalaram...


“Eu vou vencer...” Pensou ao ver o outro sem escolha... receber o impacto de um dos feitiços.


-Morra!- Esticou a mão.


-Não tão rápido querido...- a voz veio venenosa.


Harry se virou...


A espada... entrou com facilidade em seu corpo.


-Soul Calibur...- disse baixo segurando a lâmina.


-Saudades?- sorriu Lilith puxando a lâmina devagar.


Voldmort riu se pondo de pé...


-Mate-o, Lilith.


-Mate-a!- berrou a mulher.


A cópia de Lílian Evans estava na porta...


-Mate-a.- disse baixo a outra cópia.


-Demoniozinhos traidores...- disse Voldmort.


-Vá... negro...- disse Lílian baixo.


-NUNCA!- disse enraivecido.


-Que tolice... - riu Lilith saboreando a espressão dolorosa do rosto dele.


-Mate-a e sua alma estará livre. – berrou a cópia de Tiago.


-Hora de cumprir sua parte do acordo... amigo.


-Com prazer...- a voz veio das sombras.-Aqui está ela como o prometido... eu estou livre...


Voldmort arreganhou os dentes com raiva... de algum modo... ele estava livre...


O imenso ser apareceu fazendo Lilith recuar.


-Baphomet...- ela rosnou com presas a mostra.


E puxou sua espada de uma vez... Harry caiu de joelhos...


-Argh...- apertou o ferimento.


-Nossa luta não é aqui... vadia.- Rosnou Baphomet.


Abocanhando a vampira ele desapareceu.


Cinco e meia da manhã... O castelo inteiro tremeu... a luta, dentro e fora dele, foi suspensa.


-Finalmente meu velho...- disse a forma humana de Hangorn sentada na mureta da torre de astronomia... onde, junto com alguns itsumades, atacavam os dragões, vendo Dumbledore os afastar montado em Morgan.


Soul Calibur caiu no chão pesadamente, a sua frente.


-ACCIO VARINHA!- Antes que harry se ativesse em pegá-la Voldmort olhou-a e partiu-a.- Eu venci...- Voldmort riu.- Potter... foi interessante.- e olhou os dois demônios feridos que estavam á porta.- Quanto a vocês...


Harry por um segundo achou que era uma ironia muito grande... ver o rato andando rente a parede e que agora se aproximava.


Voldmort tinha acabado com ambas as cópias...


-Agora... vamos terminar logo essa nossa...pendência Potter... Ora... Ora... se não reconheço esse rato.


-Milord...- disse o homem com aparência imunda e desolada... apontando a espada para o outro que sangrava no chão.


-Mate-o Rabicho...- disse Voldmort.- Vamos provar que aquela profecia estava errada.-Mate-o.


-Sim...


"Sob certa circunstância... nunca deixe longe de você"


Foi do que lembrou ao sentir a pequena adaga familiar... é claro que não temia... Rabicho estaria morto antes que conseguisse ferí-lo... encarou o outro.


-O que está esperando Petigrew?- Voldmort disse grave.


-Fuja... seu idiota.- Harry disse baixo.


Rabicho tremeu... indeciso.


-Se vai cometer um erro agora... Rabicho... terei que sacrificá-lo.


-Fuja...


A mão apertou o cabo da adaga... mas ainda não lhe ocorria nada... apenas o medo que a mesma lhe escapulice... pois sua mão estava pegajosa.


"Não é minha hora..." Pensou firmemente.


-Adeus... Harry.- disse Rabicho.


-Idiota.- rosnou.


No momento em que a espada desceu Rabicho foi envolto em chamas... negras.


Seis da manhã... Sob a aparição da imensa criatura no céu aliada a súbita aparição de uma Fênix gigantesca a luta no exterior do castelo terminara... os dragões fugiram, assim como gigantes e outras criaturas... a noite estava terminando e nada do prometido se cumpria... no interior do castelo os últimos combatentes ainda se enfrentavam...


Voldmort observou seu novo inimigo... apesar de ferido... transbordava magia... negra.


-Como é sentir as trevas dominarem você?- disse Voldmort.


-Não sei... afinal... eu domino as trevas... - disse e olhou o bruxo.


-Potter... você está exaurido.


-Acha?


-É o fim...


-Concordo.


-Agora... é só questão de um último feitiço.- Voldmort disse empurrando os restos da fiel varinha de Harry com o pé.


A face de Voldmort... fria e inumana... era o que Harry via. Tinha que acabar... tinha que destrir aquela criatura.


-Crucio!


Sem coração...


Sem alma...


A maldição não o atingiu... Voldmort chegou a encolher os olhos vermelhos.


-Tente novamente Tom...- disse andando.


-Só uma forma de resolver isso...- rosnou o outro.-AVADA KEDAVRA!


Mas Harry parecia pronto... agora entendia como vencer...


Não será com coragem nem valentia...


Mude a essência...


Verde para o vermelho...


Vermelho para o verde...


E por um segundo, um ínfimo momento Voldmort tinha a certeza que havia vencido... e que o oponente erguendo um objeto, na verdade apenas aceitava a morte... mas não... a luz verde transformou-se em vermelha ao envolver o outro.


-Pottere... Julgatore...


E então a luz imensa que os cobriu voltou ao verde... A maldição do julgamento... a quarta maldição.


Era tão necessário um objeto sagrado para que a energia fosse transmutada... alquimia... seu pai tinha-lhe providênciado isso.


Amor de pai. Um poder que definitivamente... Voldmort não conhecia.


Que providenciava o instrumento de purificação total... mesmo que significasse a morte do filho.


-Você aceita que isso ocorra?- a voz de Voldmort perguntou.


-Sim... eu aceito.- respondeu.


-Então você está pronto e estamos livres...


-Estamos mortos.


-Sim.


-Vale a pena.-O último sorriso é olhando um anel em seu dedo.


A onda de energia proveniente da quarta maldição é sentida em todo o castelo de Hogwarts... Se não houvesse uma estrutura forte para conter o desabamento haveria uma perda maior... Os comensais restantes caem em agonia... a purificação de Voldmort também os atinge.


E uma guerra acaba...


Seis e trinta e sete do dia primeiro de janeiro de 1998.

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