Cp50 (10 p/ o fim...aproximada



Demorou mas chegou, mais 5 caps pra matar a saudade!





Cp50 (10 p/ o fim...aproximadamente) Falando Chinês


 


-Mas tem medo que os outros morram... vou lhe dar um prazo.


-Como?


-Em cinco dias... se não chegar até o castelo do lago de Storavan com as armas... eu providenciarei um incentivo.


-Isso é impossível!


-E outro morrerá em três dias... e depois no dia seguinte até que minha fúria lhe deixe sobre uma pilha de cadáveres! Cinco dias Mago...


...


-Eu achei que tinha perdido você! Harry! Não faz isso de novo!


A abraçou... estava feliz por ouvir aquilo, mas cansado e confuso, temeroso... se pegou a abraçando com ainda mais força.


-Eu não vou deixar você... nunca mais. Eu não vou abandonar você nunca! Minha vida.


-Eu juro Harry...- ela disse o segurando com força as costas de sua camisa.- Eu juro que não faço mais... eu juro.


Se afastou e a olhou.


-Não faz o que?


-Não vou mais deixar ela me dominar...


-Ela quem?


-Rowena... ela tem medo de você... agora eu entendo, Harry, me perdoa, eu estava tão confusa... eu... culpei você. Me perdoa. Não quero cometer o mesmo erro dela... me perdoa.


-Se acalma Mione... amor... calma... já passou.


-Não! Eu preciso... por favor... eu preciso escutar... me perdoa.


A olhou ali, confusa, assustada tremendo... tudo que não queria para quem amava... amava... amava? Estava confuso também... estava cansado... e perdoar? Assim? Pedira tantas vezes antes... implorara tanto...


"Não cometer o mesmo erro dele... de sua outra vida..."


"Não deixar que rancor, mágoa e orgulho lhe afastem do que ama."


Abraçou-a com mais força... por mais magoado que estivesse, por mais triste que estivesse, não, ainda conseguia fazer...


-Eu perdôo Amor...- disse beijando-a no rosto.- Mas não precisa mais pedir... não... está bem?


-Não vou te deixar Amor... não vou mais te deixar... agora eu entendi...


-Pare de pensar com a cabeça Mione.- disse baixo.- Pensa com o coração...


-Estou vendo faíscas vermelhas...


Se virou.


-E verdes, roxas... douradas- “deve ser o Snape, a Morgan e o Sirius...”


Tateou em busca de sua varinha, sentindo uma pontada de pânico ao não saber onde estava...


-Ah NÃO! Acho que perdi a minha...


Hermione sorriu e lhe passou.


-Você estava agarrado a ela...


Dispararam faíscas vermelhas e logo houve um estalo ao lado, a mulher segurou a roupa de ambos, os puxando.


-Eu... eu... não façam mais isso!!! Se não morrerem eu mato vocês... seus dois debilóides sem cérebro!-Morgan abraçou os dois.- Vocês me matam de preocupação! Se eu ganhar fios brancos... Harry... Hermione...


-Eles parecem inteiros.- disse a voz mais atrás saindo do meio da vegetação.


-Eu não duvidei nenhum segundo que eles estavam bem...- começou Sirius.


-Naaããããoooo- disse Draco afastando algumas folhagens displicentemente.- Como foi mesmo que você disse.- AH DEUSES! DEUSES PERDEMOS ELE! ELES!!! OH ...


-Silêncio.- disse Sirius.- Concordo com o Harry... você fala demais...


-Vocês estão mesmo bem?- Perguntou Lupin.


-Morgan... você está chorando?- Luna perguntou.


-EU SOU HUMANA SABIAM? QUASE MORRI DE PREOCUPAÇÃO!!! VOU POR UMA COLEIRA EM VOCÊS!!!! E... Eu não estou chorando... é um cisco.


-É claro... é claro.- disse Rony com um sorriso estranho (Luna olhava Morgan como se nunca a tivesse visto)- Por um acaso... você ou alguém sabe onde estamos?


Por um segundo pensou em negar... mas olhando em volta...


-Ah... bem... seria engraçado... se eu dissesse que sei exatamente onde estamos?


Todos o olharam.


-Ah, bem... vai ser engraçado agora... é que... estamos em algum lugar do meio da China...


-China? LEGAL!- disse Marco e se escondeu atrás de Neville quando o olharam.


-China?- perguntou Sirius.- Porquê?


-Porque... um dos objetos está por aqui... isso eu sei.


-Foi onde ele deixou?-perguntou Neville.


-Sim...


-Então... já que estamos de passagem...- disse Sirius.- O que custa pegar a coisa.


-Uma lança... certo?- disse Gina.- É a lança não é?


-É uma lança.-disse Hermione.- A lança de Godric...


-É a lança dele sim.- disse andando.- Podemos ir?


-Certo vamos.


Draco desistiu de fazer mímica em busca da voz perdida, depois de dar um ou dois pulinhos acabou por chutar Sirius.


-Faça isso de novo.- disse ele.


Draco fez.


-SIRIUS!!! LARGUE A DONINHA! CACHORRO MAU!- disse Morgan.


-Pobre almofadinhas.- disse Lupin balançando a cabeça.


Por um momento Rony até pensou em reclamar de estar todo molhado, mas Marco e Draco fizeram isso antes e com muita ênfase... foi o que provavelmente revoltou alguém acima, porque começou a chover.


-impervius.


-IMPERVIUS!


-IMPERVIUS! -IMPERVIUS! -IMPERVIUS! -IMPERVIUS! -IMPERVIUS!


-Chuva desgraçada!


-QUE FRIO!


-Vento dos diabos!!!!


-Minha mochila... minhas malhas...


-Poças.


-Estamos perto?- perguntou ela.


-Creio que sim. Lembre que as coisas mudam em alguns milhares de anos.


-Com certeza.


Continuaram andando até começar a escurecer, a paisagem não era animadora... raios, relâmpagos e chuva.


-Posso não ser expert... mas seria bom acamparmos.- disse Draco.


-Meu Deus supremo! Existe um grão de esperança para esse cérebro Snape!-Desdenhou Sirius.


-Não sei se é boa idéia...pode ter algum bicho por aqui...- disse Morgan


-Medo de Dragões?- Provocou Sirius.


-Ela tem razão.- disse Lupin.- Não sabemos onde estamos...


O rugido e os gritos vieram mais ao norte segundo que dizia sua varinha, que conferia naquele momento, todos se olharam. Apenas ele, Hermione e Rony se adiantaram sem um segundo olhar... se embrenhando no mato, então a cena parece crua onde se abria uma estrada bem precária...


Três tigres cercavam uma carroça... um deles com as presas cravadas no boi que puxava a carroça que estava virada. o Homem caído no chão sangrava na perna mas brandia o chicote em desespero.


-Você pode salvá-los?-pergunta Rony.


-Posso...- Harry o olha.- Se me ajudarem.


Os três concordaram num olhar cúmplice.


Puxaram as varinhas... avançaram mas no momento em que se aproximaram, podiam perceber que não eram tigres normais, cresciam três chifres na cabeça de cada um deles, o que atacava o boi tinha chifres maiores... Hermione o estuporou facilmente, uma criança saiu correndo detrás da carroça virada tentando chegar até a mulher estendida mais a frente e o homem gritou alarmado, já havia estuporado o mais perto do homem então correu para a menina. Rony estuporou mais dois, um dos que estava perto da carroça e outro que saia da mata.


Harry tentou evitar mas um quinto saiu ao lado de um sexto e sétimo animal, derrubando a menina que bateu fortemente a cabeça no chão... cabeça abocanhada pelo animal, Rony e Hermione correram e o ajudaram a estuporar essa segunda leva de bichos, se aproximou da menina e a puxou.


-Como está?- perguntou Hermione avançando para a mulher.


-Ferida, na cabeça...


Rony mais atrás, ia ver o homem gritou.


Mal teve tempo de olhar e escutar o grito alarmado de Hermione.


O que estava ali na beirada da estrada era praticamente duas vezes maior e o chifre do meio dos olhos era meio espiralado, apesar de estar mais perto de Hermione pareceu dilatar as narinas e pulou em sua direção.


Tentou evitar a imagem das quimera em sua mente, mas fora tão rápido que assim que puxou a menina contra si e esticou a mão livre, sentiu o baforejo no rosto. Viu outros aparecerem, viu outros animais seguindo o maior...


Algumas bolas de fogo, provavelmente providenciadas por Draco, acertaram o bicho que no entanto continuou tentando mordê-lo, mesmo levando alguns feitiços estuporantes.


-Meerdaaa.- disse ao perceber o que acontecera pelos consecutivos estremecimentos da criatura que lhe olhava de modo assassino.


Rony e Hermione tentavam sem sucesso estuporar o bicho, que havia abocanhado sua mão que sangrava. Sirius tentava se aproximar Morgan estava segurando Marco, também varinha apontada para a matilha.


-Isso é a última coisa que você vai morder na vida!- disse entre os dentes.


A criatura deu uma tremida violenta abrindo a bocona, mas era tarde, caiu morta, o cheiro de carne assada e pêlo queimado se espalhou.


-Harry está bem?- Hermione gritou se aproximando.


Havia se reclinado no meio da lama, ofegando e olhou em volta, os outros ainda afastavam os bichos... olhou a criança inerte em seus braços, sentou na lama.


-Estou bem...


-E ela?


Não respondeu... tentava sentí-lo, sim, adormecido em seu peito... bicho inútil.


-HANGORN...-disse colocando o a mão ferida em cima da testa da garotinha agonizante em seu colo.


Ela suspira e abre os olhos, passa a mão onde foi ferida e olha surpresa em volta.


Ela se levanta com a energia de seus cinco, seis anos e corre para mulher que manca em sua direção, olhando-a ela parece não ter nada grave, se virou para o homem, Hermione lhe ajudou a levantar.


-Ele parece estar com a perna quebrada e mordida.- disse Rony.


-Ajudem os outros.- disse olhando que ainda haviam animais insistindo em atacar.


-Sua mão Amor.- disse Mione.


-Depois.


Sorriu para o homem e se aproximou, esticou a mão devagar... sem saber se poderia haver uma reação não amigável, embora achasse que o homem deveria estar todo grato pelo resgate.


-Salvou-nos senhor.- disse o homem rápido, tentando fazer uma reverência.


"Quando falam assim, você tem impressão que tem um cinquenta anos..."


"Cala esse bico Hangorn e me ajuda."


-Não agradeça.- disse.- Apenas fique quieto.


Tentou ignorar o olhar de Hermione, concordava, alguém falando assim no meio do nada perdido... e o olhar do homem... meio surpreso lhe encarando enquanto curava sua perna.


-Certo... tudo bem agora.- disse ao ver a perna do homem perfeitamente bem.


-Obrigado, senhor! Muito obrigado.


-O que são essas coisas?- perguntou supondo-se diante de um bruxo.


-Dêmonios... Byakkos... muitos deles estam aqui desde que os vultos negros percorrem nossa região senhor.


-Vultos negros?- perguntou estendendo sua mão para o homem que pareceu meio temeroso em aceitá-la, talvez por estar ferida e suja de sangue.


Hermione ainda o encarava estranhamente assim como os outros, a mulher se aproximou e abraçou o homem muito assustada.


-Ela está bem?- perguntou olhando-a, ela recusava-se terminantemente a encará-lo, parecia relutante em ver qualquer um deles, mas a menininha lhe sorriu.


-Está só assustada senhor... perdoe minha esposa, ela tem medo de fantasmas e espíritos.- disse olhando Draco de lado.


Reprimiu o riso.


-Nenhum de nós é fantasma ou espírito.- disse.


-Não queria ofendê-lo senhor!- disse o homem numa outra reverência.


-Não... não precisa...- disse olhando os outros se aproximarem.- Você não me respondeu... qual seu nome.


-Perdoe minha falta de educação... somos só lavradores... sou Wong cho Wang minha esposa é Sey Wu e minha filha é Mei Ming.


-Mei Ming?- estranhamente sabia que significava "sem nome".


-Foi uma promessa senhor, a deusa dos ventos...


-Ah.- "Ih... acho que não são... bruxos... mesmo".


-Como podemos agradecê-lo senhor?


-Sabe onde um pequeno grupo como o nosso pode passar uma noite ou duas? Antes de voltar a viajar?


-Não existem hospedarias ou locais para se parar na região... mas se não for... problema poderiam parar em nossa casa.


A menininha sorriu-lhe ainda mais, mas a mulher não parecia feliz, Wong ainda cochichou algo com a mulher( Wu shu pareceu ter dito.), e ela consentiu nervosamente, ele deu uma olhada desolada para a carroça e disse um pouco desanimado.


-Mas teremos que andar...bastante senhor... estamos a uma boa distância de minha morada.


-Ah... se isso não assustar sua mulher... creio que podemos dar um jeito nisso.


-Obrigado senhor.


Como os outros estavam silenciosos se virou para eles.


-E então concordam?


-Concordamos com que Potter?- disse Draco.


-Em irmos?- perguntou.


-Pra onde? Amor... não entendemos nada do que vocês dois estavam falando até agora.... e desde quando você fala chinês... se é que é chinês que estão falando...


-Ah... entendi... ah acho...


-Entendeu o que Harry?- perguntou Sirius.- Traduza-nos.


-Bom... esse é Wong, esposa Sei e filha Mei.- disse com um gesto.- parece que aquilos são demônios... que tem um bando de Vultos negros na região... e bem, apesar de serem trouxas... nos deixaram passar a noite com eles.


-TROUXAS?!- perguntou Draco.


-Não grite... a mulher tem medo de você... acha que é um espírito.


Os outros riram.


-Eu posso mostrar o meu espírito...


-Que nada.- disse Rony o cotucando o outro.- Quieto.


-Que inferno.- Draco cruzou os braços.


-Podemos dar uma concertada na carroça? Parece que é meio longe.


-Vamos logo...- disse Morgan, essa região parece fria.


A família ficou observando o bando ajustar as rodas... sumir com a carcaça do boi (pobre boi...) estender a carroça, adicionar um toldo (tem algum motivo para ficarmos mais encharcados? Draco perguntara).


Feitiços para secar as roupas e um Sirius conduzindo a carroça-móvel. (Não se preocupem... não os machucaremos...)


No caminho, e foi rapidinho já que a velocidade era boa, a estrada não ajudava, mas num ponto Lupin fez a carroça levitar alguns centímetros e a viagem foi maravilhosa... enquanto passava o tempo ficou sabendo.


“Eles se vestem de preto, não falam nossa língua como os seus amigos...”


“Todo o tipo de espírito ruim está com eles... estão procurando todas as ruínas da região...”


E foi traduzindo devagar para os outros, deduzia que era como a sua capacidade de falar com cobras, mas vinda de suas memórias mais antigas, já que por vezes o Wong não o entendia e então se esforçando sorria, até que confessou que não ouvia ninguém falar assim se não a anciã da vila próxima da sua... deduziu então, na verdade foi Hermione que sugeriu, que estava falando em um dialeto antigo.


‘Valeu Salazar...”


Pelo que lembrava, e as memórias de sua outra vida estava se esvaindo devagar, a família de Salazar era oriental... então ele devia conhecer bem esses dialetos... daí deveria o fato de que Snape achara referencias orientais ao véu... por isso... estava ficando com dor de cabeça.


-Por isso Voldmort pode estar ciente que o objeto... lança.- ela sorriu sem graça.- Está nessa região.


-Sim e esses vultos encrenqueiros podem muito bem serem comensais assustando a população.


-E as autoridades desse país?


-Não são boas para os trouxas... não devem se importar muito.


-Veja Harry... aqui eles são bilhões... mortes não são problemas para governantes meio tiranos.


Hermione suspirou, sorrindo para a menina que trançava seu cabelo e o enrolava, para o horror da mãe. Ela mesmo estava fazendo um curativo na mão de Harry, “...idota onde enfiou a essência de Athelas? E se infeccionar? Se pelo menos pudesse usar o Hangorn em si mesmo...” Morgan rolara os olhos e Lupin voltara a dizer que a loção que haviam passado era mais que suficiente para limpar e fechar os cortes.


-Nem dói, só arde.- disse.


-Estamos chegando senhor.


O casebre ficou a vista... era grande até, então percebeu que era o celeiro, qualquer teto valia se pudessem usar magia para torna-lo confortável.


Desceram e logo explicou ao homem que ele podia ficar com a carroça grande como estava se lhe agradava, ele sorriu quase se ajoelhando, por daquele tamanho podia carregar coisas de uma só vez... só explicou que precisariam de um outro animal, porque a carroça não se moveria sozinha de novo.


-Mas eles vão notar a diferença- sorriu Sirius.- Botei um feitiço permanente de amortecimento. Ô estradinha ruim...


-Podem tirar tudo com minha cara...- Draco saiu esticando as costas.- Mas minha bunda tá doendo... bancos de madeira mais dura, estrada desgraçada!


A mulher do chinês foi discretamente indo para casa, provavelmente ainda assustado com a aparição branca, que soltava fogo... afinal, nem quem não entendia não conseguia aturar Draco reclamando...


-Apoiado! Apoiado.- gemeu Rony.


-Eu estou bem.- disse Luna abraçando Rony.


-Claro Luna... você também foi no colo do Rony.


-Você também foi no colo do Neville.


-Marco fique onde está!


-Não vamos entrar?- disse o garoto.


-Só depois do dono da casa.- disse segurando o garoto pela mochila.


-Por aqui ... a casa é pequena senhor...


-Não se preocupe Wong... só queremos um teto pra nos aquecer... estamos imensamente gratos.- “pare de falar como o Dooby!!!!”


A casa não era mínima afinal... lembrava a parte térrea de Alfeneiros... Uma sala grande onde estava também a lareira no chão onde se fazia comida e também de onde vinha o aquecimento da casa. Algo que parecia um misto de despensa e cozinha, ele gentilmente apontou o banheiro lá fora, foi a primeira coisa que traduziu, Neville Draco, Marco e Lupin (para organizar a disputa) se mandaram para lá, O banheiro de se banhar era contínuo a despensa, Mione e Gina pediram licença para se trocarem, foram seguidas de Morgan. Havia um quarto grande e outro menor.


-Acho que podem se dividir nos quartos.- disse o homem.


-Não Wong.- Harry sabia que eram o quarto do casal.- Aqui perto do fogo é melhor e se os meus precisarem ir no banheiro não os acordarão... não se preocupe.


Com o tempo Sei acabou por se conformar, só evitava Draco furiosamente... até Harry descobrir que Draco era a aparência perfeita dos fantasmas de contos de horror chineses, assim como Luna, mas a mulher a tolerava mais, (talvez porque não a vira soltar fogo com a mão...) os cabelos claros (descorados segundo eles) e olhos claros (cegos pelo que achavam) riu muito da descrição e riu mais da reação indignada de Draco ao saber que ali... ele seria considerado “feio.”


Morgan, Gina e Rony no entanto por serem ruivos pareciam ser muito respeitados, pois ruivos eram ligados ao espíritos do submundo que controlam( e mantém longe) os espíritos malignos segundo Wong, e eles estavam bem certos em achar que tinham criaturas mágicas em casa, e Harry desistiu de tentar explicar o contrário.


“Tá, somos demônios, espíritos e o que ele quiser, desde que entenda que não o queremos mal.”


-Eu sou o senhor dos espíritos malignos... minha namorada é uma fantasma...- debochou Rony.


-Só não ria alto para não assustar a Sey.- disse.


-Sey...- Hermione disse baixinho.


Antes que Harry temesse um ataque idiota de ciúmes ela sorriu e perguntou.


-O que significa Sey?


-Sei lá?- disse se encostando nela... ainda não se sentindo bem o suficiente para abraçá-la... ela não lhe devolvera o anel apesar de tudo.


Ah... e a menina Mei Ming estava mais que convencida que Hermione era sua Deusa dos ventos por isso parecia muito feliz em ficar ao lado dela... Hermione usara um feitiço para secar as roupas que era como um vento quente e seco... pronto... armada a falsa impressão.


Eles tinham também a nítida impressão que Neville, Lupin e Sirius eram criaturas mágicas, mas como não os reconheciam resolveram que deviam ser espíritos também...


Harry não falou em bruxos, porque lá isso não seria bem vindo... bruxos eram considerados maus... como sabia? Não sabia, sentia.


Tomaram uma saborosa sopa com uma carne macia que só depois vieram a saber que era de um tipo de garça. Ninguém fez objeção já que a fome era grande e a provisão era pouca e iriam poupar tudo que pudesse ser aproveitado depois de ter sido molhado.


Um pouco antes de Sey recolher sua filha ao quarto a menina aprontou uma, indo devagar atrás de Draco e puxando o cabelo dele para ver se era de verdade... A reação de Draco no entanto fez Sey relaxar... Assustado ele virou doninha e se enfiou no meio das malas, para desgraça pessoal e risos gerais.


-Que doninha nervosinha... hein?- riu Rony.


Sey agora tinha a impressão reconfortante que em caso de emergência era só puxar os cabelos do fantasma para ele perder os poderes... não ia contradizer... esperava só que ela não tentasse.


Draco parecia decidido a dormir daquele jeito no meio da bagagem... ou talvez estivesse com vergonha de por o focinho pra fora.


-Gostaria de pedir um favor.- disse Wong meio constrangido.


-Qualquer coisa.- respondeu.


-Poderia me acompanhar senhor?


-Eu vou ver uma coisa já volto.- disse se levantando.


Seguiu o homem ao outro pelo corredo ao lado da entrada do quarto, o tinha visto, mas achara que era um armário, estava escuro, Wong abriu a porta de correr para um outro quarto, Mei estava sentada sobre sua cama baixa ao lado de outra cama... onde havia algo estirado.


-Senhor... sei que pode curar... vi isso... sei o que é... é um Itsumade... mas acho que não vai nos devorar... é um bom espírito.


“Devora-los... eu virei um canibal... pasmem...”


-Juro Wong... sou perfeitamente normal e nunca comeria uma pessoa…


-Desculpe a ofensa senhor... sei que tem o dom da cura... posso recompensa-lo... fomos hoje á outra vila em busca da cura ao meu filho... mas ninguém sabe o que ocorreu... o achamos caído no meio do arrozal...


Se aproximou, o garoto devia ter a mesma idade de Marco e jazia olhando o teto fixamente... reconheceu na hora o problema pelas mechas brancas no cabelo do garoto.


-Eu pagaria mil vezes para cura-lo Wong... os que fizeram isso são meus inimigos...


-Pode cura-lo senhor?


-Vou tentar...


O garoto estava sofrendo o efeito de uma sessão de Cruciatus intensa... Hangorn conseguiu ajuda-lo... estava imóvel paralizado pelo medo... reconheceu as máscaras... na memória do garoto... sim, Comensais pela região... procurando.


Tinham que se apressar, e partir ao amanhecer.


Wong se jogou aos seus pés quando o garoto chamou por eles e abraçou a mãe... havia errado a idade Ling Fei tinha dez anos. Teve que ser um pouco rude para impedir que a mulher fizesse o mesmo, estava preocupado, com comensais na região, estavam em perigo.


Embora, Lupin, Morgan e Sirius concordassem que por aquela hora não havia o que fazer, e que provavelmente não corriam perigo eminente.


A noite avançou um pouco e sem sono acabou saindo para a parte de trás da casa... andou até uma pedra grande, sentou-se nela, escutando a noite... observando os animais noturnos...


Ele aproximou-se e sentou na pedra a seu lado.


-Você está preocupado...- disse fechando a veste rústica por causa do ar gelado.


-Não deveria estar?- disse olhando o céu.


-Há uma diferença em se preocupar... e se matar de preocupação.- disse sério.


-Você está... tentando me aconselhar... de modo adulto?- disse meio rindo.


Sirius estreitou os olhos e num gesto lhe deu um repelão na cabeça.


-Ai!


-Você mereceu.


-Eu sei porque a Morgan não dá bola pra você... você vai afogar a cria...


-Não... eu vou... QUE TE INTERESSA ISSO?!


Riu, levou outro na cabeça.


-Você está estragando meu momento maduro e responsável... e esse tipo de momento é raro.


-Eu sei... Ai!


-Você mereceu...


O vento se tornou mais forte e frio, se encolheu um pouco.


-Eu acredito firmemente... que se Tiago fez o que fez... você vencerá.- disse Sirius.


Olhou-o.


-É verdade... sabe o motivo?


Balançou a cabeça.


-Veja quantos te seguem... eles te seguem Harry, porque acreditam... crer é poder... crer é a primeira lei da magia. Eu acreditei em mim... eu sobrevivi.


-Eu... Sirius eu não sei se estamos indo para o lugar certo... eu nem sei se minhas memórias são reais... pode ser uma armadilha...


-Vamos sobreviver... não se preocupe... pré- ocupação é tão chato quanto Ocupação...- deitou-se na pedra... - Algumas estrelas já não estão mais brilhando... mesmo as que vemos... já podem ter sumido na verdade... mas se elas soubessem disso... iriam parar de brilhar antes? Para quê? Inevitavelmente tudo vai acabar Harry... só acredite que vai ser da melhor forma possível.


-Gostaria de acreditar nisso.


-Então acredite.- disse Sirius.- É mais necessário do que você pensa.


-Sirius... você por um acaso sabe de algo que meu pai fez... em mim?


-Do que acha que estava falando?- sorriu ele.


-Você sabe?


-Eu prometi não falar... mas prometo... você vai adorar...


-Desse jeito me dá medo.


Sirius riu.


-Então meu pai era vidente?


-Não o ofenda. Ele tinha seus momentos de inspiração... sua mãe dizia que era porque ele comia demais antes de dormir...


-Sonhos?


-Sim.


-Ah...


-Uma vez só seu pai teve um lance de inspiração e disse algo como “os eventos são entrelaçados... mas tudo que começa termina...” foram palavras mais bonitas, mas como estávamos enchendo a cara por seu nascimento não lembro das palavras todas.


-“Por mais entramados que estejam os eventos... toda a situação tem um ínicio e fim apropriados.” Foi o que ele disse.- disse Lupin.


-Ah, claro... eu e ele estávamos bêbados... o Remo não, porque ele ia me levar para casa de moto.


-Alguém tinha que olhar a mulher com o recém nascido, seu pai e padrinho foram muito insensíveis.- disse com um sorriso torto.


-Por favor me poupem dos comentários sobre meu primeiro ano de vida... eu ainda tenho ilusões sobre ele...


-Que tal aquela vez que o Tiago cantou aquela músiquinha maldita tão desafinado que o Harry teve uma crise de soluço?


-A Lily pos ele pra fora de casa e ele foi dormir lá na minha casa!- disse Lupin.


-Oh, não...- gemeu.


-E aquela vez que VOCÊ- Sirius chacoalhou.- Tomou a poção de alizar cabelo da Lily e então cresceram espinhos em você e ela fez o Tiago carrega-lo...


-Ele teve que enfaixar as mãos...- riu Lupin...


-E teve aquela vez...

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