Cp49 O Mago Negro (ou Apenas c
Cp49 O Mago Negro (ou Apenas cinco dias.)
-Você sempre foi um arrogante Salazar.- disse Godric.
-E você... não sofre do mesmo mal? Amigo?- respondeu.
Os dois se olhavam firmemente.
-Não se ataquem aqui!- disse Rowena se interpondo entre eles.- Sal... não...
-Me dê um bom motivo para não matar a reencarnação do maldito que tramou minha desgraça! E saia da minha frente Ravenclaw!
-Hora... Salazar... você tramava tomar o castelo! E eu sou muito mais bruxo do que você acha! Deixe-nos Rowena!
-Mentiroso! Seu cínico... Vamos resolver o que deixamos pendente! Seu traidor!-Disse empunhando a varinha.
-Que não seja por isso sua serpente traiçoeira.- disse Godric.- Você sempre se achou superior á nós!
-Não que não haja verdade nisso, você sempre foi um bárbaro Griffindor!
Godric apontou a varinha... encarando o homem moreno,
-Ava...
-Parem!- disse Helga.- Seus dois idiotas! Burros! Ignorantes! Parecem com os garotos que eram, mas ainda agem como os velhos nojentos que se tornaram!
-Isso é muito ofensivo Helga- disse Salazar rindo.- Levando em conta que não vivi o suficiente para envelhecer...
-O que quer Salazar? Desculpas? Quem lhe deve desculpas é Rowena que amaldiçoou toda a sua linhagem...-Começou Godric
-Você sabe muito bem porque Godric... ela fez aquilo.
-Ah... esse seu amor por ela é comovente.
-E eu devia mata-lo por abandona-la no altar.
-Hora parem com isso... Vão enlouquece-la de novo.- disse Helga indo a Rowena.
-É minha culpa... minha...- disse Rowena baixo.- Foi minha culpa Sal! Minha! Não de Godric... não de Helga. Eu o amaldiçoei! Eu o abandonei!
-Se não houvesse culpa... nenhum deles reencarnariam agora... eu cumpriria minha parte sozinho.- disse a olhando amargamente.
-Ah... posso interromper essa discussão... pessoal?- perguntou Draco.
-Ah... é óbvio garoto.- disse Salazar baixando a varinha.
-Estávamos aqui... porque o Potter encasquetou que tinha algo a saber...
-Só memórias... minha atual encarnação precisava de minhas memórias... para entender o que estava acontecendo.
-Memórias?-perguntou Neville.
-A memória permanece... é aquilo que chamamos de personalidade... vem um pouco de nossas vidas anteriores.-Disse Rowena ainda trêmula.
-Eu precisava da memórias da caçada á Lilith.- disse o moreno.
-Quando ainda nos preocupávamos com aventura... e tesouros não Godric?- disse Helga.
-Era um bom meio de vida.- sorriu ele.- Fazendo um mundo melhor... uma aberração mágica por vez...- disse olhando Salazar.
-Bárbaro.-disse Salazar.- Esse é Godric Griffindor... autor da famosa frase... enfie uma espada antes, tente magia depois...
-Tolice.- disse o homem loiro.
-Que memórias?- perguntou Luna a Salazar.
-Minha parte no tesouro de Lilith, a mortalha... vocês chamam de véu... a alma de Hangorn... o corpo de Baphomet a qual prometi guardar...
-No meio de Hogwarts!- disse Godric.- Era pra ser uma escola! não um cemitério!
-Você sabe muito bem porque jurei guardar o corpo de Baphomet!
-Eu tenho minhas dúvidas... construindo aquele seu santuário escondido... deixando aquele bichinho lá...
-O corpo de Baphomet precisava de uma guarda adequada... afinal sabiamos muito bem que tesouros atraem pessoas de gosto duvidoso não Godric?
-Mas porquê?- indagou Draco.
-Minha culpa...- disse Rowena sentada no chão.- Eu morri nas mãos de Lilith... Sal me salvou... fez um acordo com Baphomet. Sal...
-Pare de me chamar assim Rowena... me irrita.- disse o homem moreno lhe dando as costas.
-Eu perdi a cabeça... quando Godric disse que você estava indo embora... ver sua filha! Achei que você tinha me trocado também! Me abandonado!
-Não diga que você não mereceria...- Salazar disse baixo.
-Eu soube muito depois que sua filha já tinha mais de vinte anos... você nunca disse...
-Ora cale a boca!- se virou furioso.
Rowena o olhou séria.
-Se você tivesse dito que a tinham matado... se você dissesse que estavam correndo perigo...
-Minha cabeça estava a prêmio... acha mesmo que eu divulgaria onde estava minha filha?
-Do que estão falando agora?- Neville perguntou.
-Da primeira esposa de Salazar... mãe da filha única dele... filha de um nobre espanhol. Assassinada.
-Mandei minha filha para a Normandia... viver sobre outro nome... mas alguém revelou seu paradeiro aos meus ela se salvou.
-Eu não entendi nada.- disse Luna.
-Isso tem com o começo de tudo...
-Não estamos aqui para rever a minha maldita vida Helga!
-Sua vida não deixa de ser questão Salazar... a maior parte dos acontecimentos está ligada a você...
-Eu o amaldiçoei... isso tem a ver com a maldição... seu descendente.-disse Rowena.
-Não haverão mais Slytherins quando eu terminar.- disse ele.- Vamos embora... eu lembrei do que precisava... e vocês me darão as respostas que faltam.
-Salazar...- Godric disse sério.- Não fui eu quem revelou o paradeiro de sua filha... e eu apenas disse que você estava partindo... não insinuei nada. Não pretendia colocar vocês nessa situação...
-Não... eu sei que não. Infelizmente colocou... infelizmente com sua indiscrição... tudo ruiu... seu medo que eu me tornasse mais do que era... por ser mais bruxo que você...
-Isso tudo tem a ver com essa babaquice de puro sangue?- perguntou Neville.
Salazar olhou Neville longamente...
-Nunca entenderei como a história deturpou tanto minhas idéias... lógico que eu nunca amei os sem magia... eles destruiram tudo que eu tinha por ignorância... mas não era minha intenção promover a eles o que eles faziam conosco... isso é um equívoco. Minha esposa era sem magia... minha filha era mestiça.
-Você sempre disse que prefiria vê-los mortos...- disse Godric.
-Não todos eles Godric... só aqueles que mataram minha família... aqueles sim eu desejei matar e matei na maioria.
-Eu soube do rastro de sangue que deixou em sua partida.
-Se eu não os matasse... o que seria de minha filha? Eles mataram todos os Slytherins por causa de nossas posses e poderes... toda minha família... pais, irmãos... irmãs... minha jovem esposa... se salvei a menina foi milagre... agora me diga Godric... se sua família tivesse sido morta você não teria ido atrás de vingança? Você que caminhava por meia Europa com sua espada? Você, que a história esqueceu de contar, se vangloriava dos reinos que pôs abaixo? Não éramos santos... fomos um flagelo... Você entrou pela glória. Rowena pelo conhecimento e Helga pela aventura... eu entrei pela vingança...
-Éramos jovens! Desejávamos o mundo... mais tarde tivemos propósitos mais sérios.
-Foi idéia de Rowena fundar a escola... não sua Godric... não minha.
-Não há como você sobreviver ao combate com seu descendente Sal...- disse Rowena.- Não há como detê-lo. Ele é forte demais.
-Você está fora de si... Rowena... você está nervosa.- disse Helga.-É óbvio que Salazar se preparou para isso.
-Mil vidas se necessário.- disse Salazar já saindo.- Mil vidas em guerra... amarei morrer em paz se conseguir terminar isso... adoraria conhecer o descanso eterno... mas juro que quero ter uma vida normal antes disso.
-Ei! Salazar Slytherin!- gritou Godric.- Volte aqui! Sua serpente traiçoera! Temos contas a ajustar... eu não disse onde a menina estava!
-Já temos mais do viemos buscar... somos só memórias... estamos mortos!- a voz veio já de longe.-Mortos!
-Vamos... Rowena... já acabou... não adianta lamentar as desgraças já ocorridas... você não teve culpa Rowena... nem você Godric meu amigo... ele não os culpa tampouco... Salazar era frio... mas sempre foi justo.E vocês três andem também... temos relíquias a procurar... Lilith só será derrotada se reabrirmos seu túmulo. Salazar precisa de armas para vencer seu desafio...
Os três andaram em silêncio, seguidos pelos outros três e quando deixaram a luminosidade vermelha a escuridão os envolveu.
-Noossaaa!- gritou Gina.- Isso foi fora do normal...
-Você tá bem Gina?- perguntou Neville.
-Estou.- respondeu ela no escuro.- Caraca... eu lembro de cada coisa... sabia que tem um Ent verdadeiro na floresta proibida?
-Porque estamos no escuro afinal?- perguntou Hermione com voz embargada.
-Tem razão.- disse a voz rouca a frente.- Lumus.
Se olharam... havia algo de triste em se ver depois de tudo.
-OOaaa!!- disse Draco.- Antes de começarem com a novela de novo alguém pode me explicar algo? Eu não reencarnei nada pelo que parece.
-Eu precisava ter certeza.- disse Harry.- Eu não sabia quem poderia ser Helga. Mas se lhe serve de consolo Snape... sua família descende de Rowena.
Hermione suspirou e baixou a cabeça.
-Eu me sinto envergonhada.
-Besteira...- disse Harry.- Posso ser a reencarnação de Salazar Slytherin... mas mesmo assim não sou ele. Os mortos não voltam á vida... isso são só memórias perdidas. Foi um eco.
-Isso é um consolo.- disse Rony acendendo sua varinha.
-Alguém pode me dar uma luz ... que não seja um Lumus obrigado Luna...- disse Draco afastando a varinha da loira da sua cara.
-Eu posso falar muito.- disse Gina animada com a parte que lhe cabia.-Helga era muito legal... um pouco animada... conhecia o Grifindor do tempo que ele matava criaturas mágicas para alguns nobres... ah... ele era meio deliquente.
-Ele era um babaca metido a herói.- disse Rony.
-E Salazar era um amargurado.- disse Harry
-Ah... Rowena era meio complexada... e histérica...
-Que bando simpático.- disse Draco.
-Do que mais você lembra?- perguntou Neville.
-Helga tinha estudado com sacerdotisas, mas não queria uma vida de reclusão... montou no cavalo branco do belo cavaleiro que matou uma quimera e lhe salvou a vida... mesmo que depois não tenha dado em nada como um final romântico o seguiu pela aventura. Ei! Godric quase passou a conversa nela!
-Nos poupe dos detalhes incestuosos Weasley.- disse Draco.
-Godric era um pouco volúvel... e preferia uma boa briga e uma farra a qualquer outra coisa... gostava de chegar em uma vila e ver que era reconhecido como matador de dragões e coisa do gênero, falar bastande, dar em cima de algumas garotas, beber até cair... quando conheceu Salazar ficou um pouco mais organizado... admirava o jeito do outro resolver as coisas com magia, numa época que os próprios bruxos mal conheciam os mesmos feitiços. Mais tarde Rowena entrou no grupo e bem... acabou metendo-se onde não devia... ah... ele gostava das coisas boas da vida... que mal há nisso? Opa... ele abandanou mesmo Rowena... no dia do casamento... que papelão... mas foi Rowena mesmo que disse que não o amava... ele ficou fulo...
-Besteira... Rowena tinha medo da vida... era de ascendência nobre e tinha medo do fato de ser bruxa... fugiu de um casamento arranjado sabendo que o noivo a mataria se soubesse que ela conhecia e praticava magia... na fuga cruzou com os três e surpreendeu Slytherin pelo seu conhecimento de magia... se apaixonou pelo bruxo... mas depois, como ele sempre foi um homem meio frio, se ligou a Godric que era muito animado... era carente demais. Ficou com tanto ciúme de uma mulher inexistente que amaldiçoou Salazar...
-Ele mereceu.- Harry disse sorrindo para Hermione.- Ele preferia se remoer sozinho a pedir ajuda... foi uma vida difícil... a familia dele é de origem oriental, entraram na europa e se estabeleceram usando magia a favor do rei local... a prosperidade de sua família irritou alguns nobres que usaram a bruxaria contra seu nome... era jovem quando seu castelo foi invadido... -Harry olhou em torno.- Sabiam que mataram todos e ele não pode ajudar? Pai, mãe... dois irmãos e seus filhos e duas irmãs com os maridos? Ele era o mais novo da família... recém casado, com uma filhinha bebê... presos no castelo em chamas... os nobres pediram ajuda a outros bruxos... a esposa dele morreu com um flecha no pescoço... ele fugiu com o bebê... deixou num convento na Normandia sob um outro nome... quando retornou soube que até os empregados do castelo haviam sido enforcados... e sal havia sido espalhado na terra de seus pais... seu nome foi ligado ao demônio e as trevas por seu inimigos, o rei decretara um prêmio sobre sua cabeça... foi assim que conheceu Griffindor.
-Ele pretendia ganhar a recompensa...- disse Rony.
-Acabaram amigos... com ajuda de Helga.-disse Harry.
Gina riu.
-Helga sempre achou Salazar bonitão. Gostava da idéia de andar para lá e pra cá com dois homens bonitos... mesmo encarando quimeras, dragões e um ou outro basilisco no caminho... Acho que ela tinha uns pinos soltos... e... – Gina calou-se e voltou a abraçar Neville.
-Salazar queria fortelecer sua magia antes de ir em busca de vingança. Acabou trombando com Rowena e sua fuga... apaixonou-se, mas o medo de colocá-la em perigo... afastou-se dela.
-Em enorme erro.- disse Gina baixo.-Um casal lindo.
-Eu estou passando mal...- Disse Draco.- Que história mais melosa...
-Depois de terminarem o serviço com Lilith...- disse Hermione.- acharam que haviam visto mal e morte perto demais e resolveram se instalar numa das antigas propriedades de Salazar... usaram um pouco do ouro de Godric para recomprar a terra confiscada e fizeram um dos primeiro Fidelius que se tem notícia.
-A construção do castelo foi maravilhosa...- disse Rony.- mas foi o começo do fim. Eles começaram a discordar de tudo...
-Acho que a sessão nostalgia acabou.- disse Harry olhando a parede.
-Só uma coisa.- perguntou Hermione.- os três morreram já em idade avançada em Hogwarts... ou acabaram lá... Harry... onde está o corpo de Salazar?
-Não há corpo...- Harry disse sem se virar.- Os vampiros o acharam no meio da China alguns anos depois de deixar Hogwarts... Antes de ser vencido pela horda que o atacou ele usou sua última arma.
-A quarta maldição... Oh... eles as criaram...- disse Hermione surpresa.
-Criaram o quê?- perguntou Draco.
-As imperdoáveis... foram eles que as criaram como são hoje.- disse Rony. - Godric Grifindor criou o Avada kedrava... era para matar grandes ... poxa,acho que... eu aprendi a manha.- E fez uma careta com o pensamento que lhe veio.
-Rowena Criou o Cruciatus... para se defender nas batalhas. Ela tinha mesmo problemas...
-Helga criou o Imperio.- disse Gina se encostando em Neville.- Para não ter que matar nem ainda levava em consideração o ensinamento das sacerdotisas.
-E a maldição de Salazar?- Perguntou Draco.
-Afeta tanto quem a recebe quanto quem a profere... nunca a usou em batalha.- disse Harry.- Ele tinha feitiços muito fortes... vão ser úteis.
-Mas ele usou no final.- disse Hermione.
-Mago juiz és.- disse triste.- Morreu lutando... preferiu assim... e sabe concordo com ele.-agachou-se e sibilou contra a parede.- Maharaja abra a porta...
-Então ele morreu jovem... uns quarenta e cinco, cinquenta anos...
-Ele já não era tão jovem... apesar de parecer jovem... era um alquimista experiente... sessenta e sete quando morreu...-disse Harry.
Então olhou-os surpreso:
-Há uma pedra filosofal lá... uma no túmulo de Baphomet...
-Isso é...
-Maravilhoso?-Interrompeu Rony.
-Horrível!- disse Mione.- Se Voldmort souber...
A parede se deslocou a serpente estava toda enrolada, mas desta vez completamente visível.
-Escutei muitas vozes... – sibilou a serpente.
-Sim, conseguimos o que queríamos...- sibilou de volta.-Obrigado, estamos indo.
Nem precisava ter falado, ao ver a serpente, os outros se mandaram pela porta de madeira, seguiu-os devagar...
-Volte um dia... talvez em dois anos.- foi o que a serpente disse.
Virou-se na porta, encarou as orbes lustrosas que o encaravam, no enrodilhado do corpo, vislumbrou o pequeno ovo.
-Talvez... se puder... volto em dois anos.- disse e fechou a porta.
-Não quero dizer nada Potter... mas pare de sibilar... isso me irrita.
-Sensível.- sibilou.
-Você está me xingando não está?- perguntou o loiro.
-Eu?- continuou em língua e cobra.- Porque xingaria você? Uma pobre galinha esquentadinha?
-Ele está me xingando.- disse Draco apressando o passo...- Eu sei que está... você me paga Potter!
Riu... Recebeu um tapa forte no ombro.
-Você estava xingando ele?- perguntou Rony.
-Imagina.- sibilou.
-A pare com isso Harry!- disse Hermione.
-Isso é muito divertido...
-Se você começar a xingar a gente...
Gina e Neville já estavam bem a frente, Luna abraçou Rony rindo da cara indignada de Hermione...
-Não seja mal-educado...
-Mas eu recebi uma péssima educação na infância...
-Pare! Seu... seu...
Sorriu cinicamente.
-Eu odeio você! Você me irrita tanto!- ela saiu andando.
Suspirou.
-Nada como a rotina.- disse normalmente.
-Você se sente melhor?- perguntou Rony.
-Sabe aquelas coisas que a gente faz... e depois tem que falar?- disse ainda olhando Hermione andando mais a frente.
-Pois é... eu sei, sinto a mesma coisa... só, essa sensação esquisita de ter coisas na cabeça passa?- perguntou Rony.
-Eu sei lá? Minha cabeça é uma zona permanente.- disse andando devagar.
“Eles só precisavam desabafar...”
“Você não estava com o garoto?”
“Ah... ele está muito bem... os dois amarraram ele.”
A cena era patética... o garoto loiro de olhos verdes estava roxo de raiva... amarrado e sentado num banco de pedra. Sirius batia a varinha na mão com um grande sorriso.
-O que houve?- perguntou Mione.
-Sirius apenas está demonstrando sua capacidade de cuidar de crianças...- disse Morgan
-Eu estou sendo prático.
Lupin apenas riu discretamente.
-Marco...- disse com tom de censura.
-Eu só queria ir ver... nem ia atrás de vocês...
-Solta ele Sirius.. já sabemos o que queríamos...- disse Rony.
-E isso seria o quê?- perguntou Lupin.
-Podemos falar disso depois?
-Ah... que foi Potter? Vai ficar escondendo?- começou Draco.
-Sossega doninha!- respondeu.
-O que tem de errado em ser a reencarnação de alguém?- perguntou Luna.
-Luna... – disse Rony a olhando.
-Reencarnação?- Morgan disse pensando.- Ah... esse negócio do Karma... muito bom...
-Reencarnação de quem?- perguntou Sirius.
-Salazar Slytherin por exemplo.- disse Draco mansamente.
Ignorando os olhares Harry esticou a varinha... o loiro apenas sumiu com um POP! E antes que alguém dissesse algo,esticou a mão e o bichinho branco veio em sua direção como que preso num feitiço convocatório... Harry passou os nós dos dedos com força na cabeça da doninha.
-Você fala demais... você fala demais... você fala demais... tem uma cobra lá embaixo que vai adorar uma doninha sabor galinha...
O bichinho apenas se contorcia...
-Harry... pára de torturar o Snape.- disse Mione.
-Ah... não estou torturando...- disse e olhou marotamente para Marco.- Só estou “educando” ele.
Marco se encolheu no meio das cordas. Luna e Rony estavam rindo.
-Acho mesmo melhor irmos atrás do Armand e sairmos daqui... aposto que é esse ar quente, está afetando vocês... – disse Morgan.
-É melhor.- disse soltando a doninha que caiu no chão, se ajeitou e com outro POP... Draco estava de pé... todo amassado.
-Potter... seu... seu... ai minha cabeça, Por...
-Olha a boca.- disse apontando a varinha.
Draco apenas deu um pulo para trás arrumando o estava engasgada... Rony a olhava preocupadamente.
-Deixe sua varinha longe de mim Potter.
-Lembre-se... eu não preciso de varinha...
-Então mantenha essa mão boba pra lá.- disse ele ajeitando o resto de dignidade junto com o cabelo revirado.
-A com certeza... minha mão boba tem muita mais utilidade que ficar esganando doninhas sabor galinha...
-Pare de me...- Draco começou deu outro pulo para trás só de olhar Harry.
O grupo riu chamando atenção de Armand que vinha com o grupo de homens de vestes açafrão. Todos pareciam ter um ar grave.
-Vou ter que pedir que esperem.- disse Armand.
-Nós precisamos ir...
-Parece que alguém aqui quebrou um Tabu.- disse Armand.
-Que tabu?- perguntou Morgan.
-Algum de vocês fala a língua das cobras?- perguntou Armand.
O povo o olhou.
-Harry...
-Qual o problema?- perguntou para Armand.
-Cobras são animais sagrados... imita-las é considerado ofensivo.
-E você não conseguiu calar a bocona Potter.
-O que você tem com isso? Snape?
Draco ficou calado.
-Você... é ofidioglota mesmo?- perguntou Armand.
O grupo de homens vestidos de laranja já havia se afastado. O de vestes pretas havia corrido.
-Morgan você ainda é boa em duelos?- perguntou Armand.
-Ah que Droga...- disse ela puxando a varinha.- É melhor você ficar neutro... já que mora aqui.
O homem concordou com a cabeça e foi se afastando...
Um grupo de homens de vestes azuis-índigo avançou em fila já com as varinhas em punho.
-Hangorn! Cuide de Marco.- berrou.
-Cuidado vocês.- disse Sirius indo para frente.
-Droga... não me diga que bater papo com a Maharaja é crime punível com morte!- disse puxando sua varinha.
-Sua culpa Potter!!- disse Draco já se defendendo de um feitiço.
Os onze tiveram que recuar...
-Morgan... lembra daquela azaração que lhe tirou dos duelos duas vezes?- perguntou Sirius.
-É claro que lembro.- disse ela sorrindo.
Os dois eram difíceis de acompanhar... lançavam azarações tão rápido que mal dava para ver a varinha... Harry e Lupin ficaram mais atrás, lançando feitiços e ajudando um ou outro mais lento...
Então Draco recebeu uma azaração no ombro... e antes que alguém pudesse atinar o que ocorria, os olhos dele ficaram totalmente azuis... em segundos duas asas apareceram... como meio-veela, Draco não ganhou bico... mas mesmo assim, o rosto retorcido de raiva era quase inumano... ele subiu um pouco, as asas batendo fortes e as bolas de fogo acertaram alguns dos homens e o grupo recuou.
-Alguém desce ele! É um alvo fácil!-berrou Morgan.
Um outro grupo de homens vestidos de azul vieram por outra porta... estes portavam bestas, mirando-as em Draco.
Harry apontou a varinha para a veela e lançou um estuporante.
-Gina... Neville! Cuidem dele, fiquem perto de Marco!
Os dois concordaram, Luna e Rony estavam fazendo um feitiço de escudo o que evitou as flechas encantadas dos bruxos.
-TODO MUNDO PERTO DE MIM!- gritou Hermione.- Arma.
O cajado luminoso apareceu
Todos se aproximaram, Harry não teve escolha.
-Accio Morgan... Accio Sirius.
Felizmente os dois se bateram antes de cair em cima de Harry...
-Thudara!- Hermione cravou o cajado no chão.
Harry lembrou-se de uma magia bem útil e aproveitando que todos estavam perto...
-Athanamovius!
Os bruxos de azul que não foram atingidos pelos raios de energia provenientes do feitiço de Hermione viram uma esfera vermelha se formar em torno do grupo, a esfera pareceu que ia aumentar, mas no entanto diminuiu e em seguida sumiu num pequeno flash...
-AAAAAHHHH!!
Primeiro uma estranha sensação de estar enfiada numa camâra de luz vermelha, em seguida a falta de peso e depois... água... Hermione sentiu-se afundar... em seguida subiu a superfície... não era boa, mas fizera aulas básicas de natação quando criança... nadou até a beira do rio, enfiando pés e mãos na lama... virou-se para ver, ao seu lado Rony já puxava Luna para fora e Neville ajudava Gina que amparava Marco, os três juntos nadavam devagar... mais atrás e com uma cara horrível, Draco natava meio que no estilo cachorrinho, no meio do rio Sirius subiu e em seguida Lupin, pareciam desorientados. Morgan surgiu na margem e olhou para eles e pareceu contá-los.
-O idiota não sabe nadar sabe?- lhe perguntou.
-Q... quem? Ah... não!- meteu os pés de volta e sentiu Morgan segurá-la.- Ele não sabe!
-Sirius e Lupin já estão o procurando...
-Me larga Morgan!- empurrou a outra e entrou na água.- Harry!
Sirius e Lupin mergulharam novamente, Lupin a olhou.
-Hermione volte! Tem correnteza aqui!
Correnteza... forçou-se a nadar mais rápido... mais a frente no rio... mergulhou...
-Athanamovius!
Sentiu o clarão vermelho... e foi como se tivesse feito algo imensamente cansativo... então sentiu a falta do chão e o frio lhe envolver... frio úmido...
Abriu os olhos na água turva... quis se mover... mas sentia-se tão cansado... estava mais escuro... sentia o fluir da água...
Tão cansado... e seu peito ardia... tentou subir para respirar... mas os braços pareciam não querer se mover... queria usar... não havia força para usar magia...
Tão escuro...
Som da água, dos insetos noturnos e da respiração dele...
-Você se lembra...- a voz falou baixo.- de quando nós nos conhecemos... a tantos anos atrás mago?
A voz era conhecida... e nesse instante se dividia entre sentir-se bem, incomodado ou... riu como se tivesse ouvido uma piada. Foi uma voz além da sua que respondeu, uma voz magoada de lembrança.
-A sim, me lembro... você prometeu que me daria as respostas...
-Mas eu lhe dei as respostas mago... eu lhe disse que por mais que corresse, seu destino era morrer assassinado.
Abriu os olhos, encarou o par de olhos verdes... a mulher lhe sorriu, amparando sua cabeça.
-Você se lembrou de mim Mago?
-Lilith!-tentou erguer-se mas ela o segurou com força, anéis de garras em seu peito.
-Você está pronto... está lembrando do caminho...
-Estou lembrado que você vem me perseguindo... e que não desta vida!
-Eu disse que só você poderia possuir... que só você havia sido destinado a tal poder...
-Eu só sei que não quero jogar seu jogo! Largue-me!
-Hum... está bem... está bem.- sorriu ela pondo-se de pé.- Você está destinado a vir até mim.
-Porque faz tanta questão que eu a acorde?
-Você sabe...- Lilith sorriu.- Você sabe...
-Você não acha que a deixarei livre? Acha?
Lilith riu.
-Venha... o artefato que falta está na Europa... você lembra? A ânfora que você não teve tampo de esconder... e que meus vampiros arrancaram de você na China.
-Mas a lança permanece...- calou-se, lembrava exatamente onde estava a lança... o outro...
-Um de seus amigos ficou com o escudo... acho que foi sua amada... ah... a amada de sua outra vida.
-Foi você... Como você...
-Como eu lhe enviei o presente? Eu tenho meios de influenciar as coisas fora de meu túmulo... Hangorn se fortaleceu... Baphomet se fortaleceu...- ela se aproximou.- Eu me fortaleci quando as rodas inexoráveis do destino se puseram em movimento...
-Como você me deu o ovo?- perguntou encarando-a.
-Eu tenho meios... eu tenho a quem manipular...- disse ainda se aproximando.
-Você ainda está presa... eu posso virar as costas e esquecer... você ficará presa pela eternidade!- disse sério.
-E você será assassinado de novo.- sorriu Lilith.- Minha liberdade está ligada a sua vida... eu lhe disse uma vez... mago negro... meu anjo negro...
Afastou-se... o primeiro grito de alerta que sentiu ao vê-la pela primeira vez... perigo...
-Fique longe de mim demônio!
-É inevitável... nossos destinos estão todos enredados! Sua alma está entramada nessa teia de eventos... não há fuga... só há decisões... e para elas... conseqüências... você só tem um caminho.
Encostou-se contra a parede, Lilith ainda sorrindo esticou a mão até seu pescoço.
-Você fará a peregrinação negra... como fez antes... o caminho muda sempre, mas você o achará novamente... ele se abrirá para você...
-Eu não vou.
-Não é uma escolha... se você não for... ele o matará quando se enfrentarem.- ela passou de leve uma das garras em seu rosto.
-Não tenho medo.
-Mas tem medo que os outros morram... vou lhe dar um prazo.
-Como?
-Em cinco dias... se não chegar até o castelo do lago de Storavan com as armas... eu providenciarei um incentivo.
-Isso é impossível!
-E outro morrerá em três dias... e depois no dia seguinte até que minha fúria lhe deixe sobre uma pilha de cadáveres! Cinco dias Mago...- ela apertou seu pescoço.
-Eu não vou fazer nada... isso é mais um motivo para eu não fazer sua vontade.- disse sufocado.
-Escolha o primeiro.
A encarou, Lilith agora sim parecia um demônio, os olhos eram frios brilhantes e a face estava como que pálida, o cabelo parecia ainda mais negro.
-Pode ser o menino... você gosta dele... o homem que você protege... o lobo talvez? Quem sabe seu melhor amigo? A mulher... sua amiga...
-Não vou escolher ninguém!
-Que tal ela? Amor nessa vida... amor de outra vida... eu a matei daquela vez lembra? Desta vez nem Baphomet lhe ajudará.- Lilith riu. – Cinco dias!
E desta vez foi expulso do salão negro... sentindo algo queimar em seu peito e sucessivos impactos no seu rosto.
-Não! Não!! NÃO!! Acorda! Acorda!
Tossiu, abriu os olhos para levar mais uns dois tapas de Hermione que chorava sentada em sua barriga...
-Ah... Harry!! HARRY!! Achei que você tinha se afogado!
Olhou-a um pouco confuso e tossiu de novo.
-Acho que estou bem...- gemeu.
Ela o olhou, segurou seu rosto e o beijou.
Desesperadamente... teve que afasta-la.
-Repirar... ah... Amor... eu preciso... de ar...
-Ah... não faz isso de novo...
Olhou-a sair de cima e sentar ao seu lado, sentou-se zonzo.
-Ah... então eu preciso me afogar... pra você me beijar?
-E despencar de uma cachoeira.- ela apontou a cachoeira.
-Onde estão os outros?
-Não sei... eu comecei a te procurar e caí também...
Se virou preocupado.
-Você está bem?
-Muito melhor que você...- o abraçou.- Harry... me perdoa... eu não posso ficar sem você...
-Perdoar? Eu disse que não te culpava...- disse se pondo de pé, preocupado com os outros, com ela ali o olhando. Esticou a mão e a puxou para cima.
-Tem certeza que você está bem?
Hermione se jogou em seus braços chorando.
-Eu achei que tinha perdido você! Harry! Não faz isso de novo!
A abraçou... estava feliz por ouvir aquilo, mas cansado e confuso, temeroso... se pegou a abraçando com ainda mais força.
-Eu não vou deixar você... nunca mais. Eu não vou abandonar você nunca! Minha vida.
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