Cp44 Resgate...
Cp44 Resgate...
-Pelo menos ainda estamos seguros... em paz...- ela sussurrou.
-A que preço?- murmurou.
Deitado na cama improvisada... ignorando o ressoar pesado dos seus companheiros de quarto... olhos bem abertos.
"O que diabos estou esperando?" Se perguntou.
Não queria pensar que estava esperando a morte de mais alguém... não conseguia aceitar...
Não podia... levantou-se e desceu até a sala, onde restos mortais do fogo na lareira deixavam a lua nova infestar a sala... refletida no lago congelado...
Só então o fato de um dos mais belos lugares do mundo lhe pertencer o atingiu... era tão lindo... porque não podia apreciar isso... em paz?
Porque precisava ficar ali acordado na casa adormecida, apenas para sentir culpa de sua própria impotência?
Abriu a porta envidraçada e recebeu o golpe do ar gelado no peito...
-Não me agrada o frio...
-Muito não lhe agrada Pássaro...
-Essa sua birra comigo... é inútil.
-Desde que recuperou essa sua memória... você ficou arrogante.
-Defeito recíproco...
-Você veio aqui me criticar... ou me convencer a ir atrás dele?
-Nenhum dos dois, visto que não sou dado a críticas e você não precisa ser convencido...
A ave de fogo pousou em seu ombro.
-Agora que tenho mobilidade, graças a sua força... como pretende me afastar de ti?
-Não seria prático seria?
-Não...
-Não me darei ao trabalho...
-Então o que pretende fazer sobre o menino?
-Não pretende me convencer não é?-falou com um meio sorriso cínico.
-Não mesmo... só quero saber o que vai fazer, uma vez que desperdiçou a posse da espada para aquela veela...
-Confio naquela veela... não sei porque mais confio nele... bom... ele não pode abrir mão da espada sem abrir mão da própria vida...
-Sim... primeira arma em suas mãos...
-Não está em minhas mãos...
-Você pode tomá-la se assim desejar...
-Não desejo.E você?
-Uma espada em nada me serve...
-O que quer Hangorn? Para que se dar o trabalho de partilhar o ar frio comigo?
-Por mais que você desconfie... ainda quero sua amizade... ainda lhe sou fiel... sempre serei... o que desejo em nada lhe prejudica.
-E o que você deseja Hangorn?
-Minha vida de volta...
-Justo... todos querem isso...
-Você também...
-Eu também...- fechou a porta e se dirigiu a poltrona perto da lareira.- No entanto... me pergunto, que vida?
-Boa pergunta.
Encostou o cotovelo no braço da poltrona, a mão no rosto... dedos sobre a cicatriz... um bom tempo pensando em silêncio vendo as últimas brasas morrerem na lareira.
-Gostaria de saber onde ele está... se...- o som de passos na escada lhe chamou a atenção.-Lumos.
Os olhos negros refletiram a luz, a face permaneceu impertubável apesar de obviamente o homem estar surpreso.
-Deixe-me advinhar Potter... insônia?
-Deixe-me advinhar um pouco mais... não se trata de insônia no seu caso.
-Invariavelmente perderíamos muito tempo, que infelizmente é escasso, discutindo o que ambos estamos fazendo acordados quando Alvo Dumbledore mandou todos descansarem...
-A menos...
-A menos que, embora isso não seja do meu agrado, você me acompanhe nos meus termos...
-Porque eu iria seguí-lo de qualquer forma...
-Infelizmente acredito nisso... mas temos que ser discretos.
-Seremos...
-Isso quer dizer que não posso chegar onde vou com Harry Potter ao meu lado...
-Não se preocupe... não será exatamente Harry Potter ao seu lado.
Quando Severo Snape retirou a chave de portal de dentro do manto pesado que usava, um jovem moreno de pele escura e olhos negros apareceu na escada totalmente pronto para sair.
-Admito.- Grunhiu Snape.- Você tem um dom para transfiguração.
-Vindo de você vou tomar como um enorme elogio.- disse contendo o riso.-Porque não chamar o outros? Impressão minha ou há um feitiço para adormecer lá em cima?
Snape suspirou o olhando sério, face mostrando seu imenso desagrado pelas perguntas.
-Primeiro, não vamos a uma festa... seria perigoso, além do mais "os outros" tem uma tendência absurda, como a sua, de explodir primeiro perguntar depois...não é prático.E sim... infelizmente não lhe afetou... o feitiço deve ficar por meia hora... o suficiente para saírmos sem mais interrupções.
-Certo vamos aonde?
-Um dos pontos de encontro de Comensais em um contato limpo lá.
-Isso não é perigoso para você?
-Com vampiros, lendas e armas... acha que Voldmort ainda se preocupa com um mero fazedor de poções?
-Ele nunca esquece.
Snape sorriu torto.
-Exatamente... mas...
-Ele o chamou e volta não?
-Algumas pessoas tem seu valor... indepedentemente do risco envolvido.
Não sabia explicar se isso o fazia sentir-se pior ou mais incomodado, só que Snape estava se movendo,fazendo algo para variar... esticou a mão para a chave de portal sem receio.
-Não lhe preocupa a possibilidade de eu lhe levar diretamente a Voldmort?
-Não... você teria uma chance... mas e Draco? Narcisa? Voldmort os odeia.
-Vamos.- Snape disse friamente.
Ambos surgiram numa estreita rua de pedra no norte de Whiteshire, vazia ao que parecia.
-Silêncio.- Snape murmurou.-Não faça nada.
-Certo...-disse com as mãos nos bolsos do pesado sobretudo.-Você manda.
-Quisera fosse assim fácil sempre.- murmurou o outro baixinho.
Ambos andaram até uma árvore na esquina que era suficientemente velha e alta para fechar a rua como um telhado... o lugar estava congelando... mas não havia neve, porque a árvore evitava que chegasse até a rua. Pingava.
Em menos de meio minuto de espera o som de aparatação lhe chamou atenção, mas Snape parado em pé ao lado da árvore, não se moveu, parecia uma estátua.
-Severo Snape...
-Julius Rammestein.- disse Snape com um aceno de cabeça.
-E quem é esse? Achei que viria sozinho...
-É um deles...- disse Snape simplesmente.- E não precisamos de muita discrição por causa de uma chave de Portal...
Harry nem imaginou o que Snape poderia dizer com "um deles" mas um frio lhe percorreu a barriga, felizmente antes de tomar qualquer decisão burra o homem lhe olhou com desagrado.
-Esse é o problema não?Você deve achar engraçado vampiro... escoltar cada pessoa que anda em serviço.
Tentou manter-se indiferente, mas estava rindo por dentro... inteligente... o outro era inteligente... quem desconfiaria de um vampiro?Isso explicaria uma pessoa desconhecida...
-Não tenho tempo a perder mais do que ele já me fez perder...- Snape disse sério.
Harry grunhiu, havia sinceridade nas palavras do outro...o tal de Julius se virou para Snape e tirou um velho cachimbo das vestes.
-Direto para o porto... vão fazer algo esta noite? Achei que estavam todos no centro de Londres...
-Sim... apoio.- Disse Snape segurando o cachimbo e estendendo a Harry.- Estamos atrasados.
Harry apenas segurou o cachimbo.
Porto de Sheerness.
Ambos chegaram ao lado de um armazém... o cheiro de peixe era forte apesar do ar gelado.
-Vampiro... se me avisasse eu providenciaria presas.- disse num sorriso cínico.
-Como se vampiros alardeassem sua existência...- disse Snape.
-Tem razão.- disse distraidamente olhando em torno.
Snape ergueu ambas as sobrancelhas...
-Você me deu razão?
-Dei...- disse irritado.- Cadê seu contato?
-Não tenha pressa, as coisas andam Potter...Ah, lá está.
Algo grande e de passos arrastados vinha na direção deles, Harry achou aquele modo de andar conhecido, quando o outro se aproximou acabou exclamando:
-Krum!
O rapaz parou e encarou Severo.
-Achei que estaríamos sozinhos! Quem é ele?
Harry sorriu da ingenuidade do Búlgaro.
-Ele é Potter.- disse Snape.
Vítor o olhou novamente, as pesadas sobrancelhas fazendo um arco de surpresa.
-Potter?
-Não... um vampiro...- disse sério.
-Achou o local?-Snape os interrompeu.
-Sim... uma parte do antigo sistema de esgoto de Londres... Há poucos guardas, porque o próprio Kwaiyng está lá.
-Isso é um complicador.- disse Snape.
-Posso cuidar dele.- disse Harry.
-Isso não é um de seus...
-Hangorn me ajudará...
-Maya e os Patil estão lá.-Krum interrompeu-os.
-Então o risco vale a pena...
-Mais agora.- disse Krum.
-Você disse pouca guarda?
-Ainda esperam Potter no Largo...
-E?
-Estão dando buscas atrás de seu paradeiro...
-Incrível que não tenham pensado no óbvio ainda.
-Parece que os vampiros esperam algo grande acontecer...
-Como?
-Parecem esperar algo acontecer, mas somente os mais íntimos tem mais informações... pelo o que vi, alguns vampiros estão agitados.
-Lilith...- Harry disse baixo.
-Se Voldmort conseguir despertá-la... será um desastre.
-Hum... isso é mais um motivo para tirarmos o Evans de lá.
-Certo... vamos.
-Pensei que traria reforços.- disse Krum.
-Não podemos nos arriscar... precisamos ser poucos e atacar de surpresa... parece Potter, que você terá a chance de fazer o que sempre faz...
-Procurar e destruir...- sorriu cínico.
Levantou a cabeça atordoado... ainda meio chateado, mas também sabia que não havia motivo para a chateação... não poderia andar com uma espada daquelas...
Saiu do quarto antes de perceber o óbvio.
Andou pelo corredor onde pinturas e tapeçarias estavam adormecidas, e se pegou pensando no amigo... o amigo do qual se afastava desde do ano anterior... pra que mentir pra si mesmo... O sonho estava acabando desde que as crianças haviam crescido.
Rony olhou seu próprio reflexo numa das janelas, a neve caía...
Se pegou lembrando com saudades dos três primeiros anos de Hogwarts... antes da grande volta de Voldmort... que na verdade nunca tinha ido...
Mas naquela época, lutar contra o mal era uma aventura... um conto de fadas... magia funciona muito bem quando se acredita em contos de fadas.
Acreditava que era um herói também, mas ultimamente... Pensou se faria muito diferença se Harry tivesse crescido naqueles corredores e não em Alfeneiros... Deuses os Dursleys haviam morrido! Era como se não tivessem se encaixado todas as peças ainda... E depois de tudo aquilo.
Ainda não se encaixariam tão cedo.
Porque estava se iludindo? Sentia falta do amigo... sentia falta do sonho... sentia falta de si mesmo.
Quando tomou o caminho para o quarto olhou um espaço em especial, um quadro... parecia Hogwarts.
Sentia falta do castelo.
Entrou no quarto se censurando pelos pensamentos tortos e bateu os olhos na cama vazia.
Fechou a cara e saiu em passos firmes.
Como Harry se atrevia a andar por aí sem lhe dizer nada?
Quase trombou com ela.
-Mione?
-Rony... eu... eu tive um mau pressentimento.
-Você?
-Senha.- pediu a voz por trás da porta de madeira.
Se entreolharam, Krum se adiantou.
-Lótus.
A porta de madeira se abriu e entraram no que parecia um imenso corredor, a Harry lembrava as masmorras de Hogwarts se não fosse a umidade.
-O que fazem aqui?- perguntou o homem alto que abrira a porta, Harry sentiu o que Hangorn sentiu... um vampiro.
-Temos uma mensagem do Lorde a Donnovan.
O vampiro os olhou seriamente e indicou o corredor.
-Prossigam.
Continuaram andando, aparentemente calmos, mas já acostumado a ver aurores em prontidão percebeu a forma como ambos os bruxos a sua frente estavam com as mãos próximas de seus bolsos.
No fim do corredor bem longe da porta, havia duas pessoas... uma mulher de cabelos curtos totalmente brancos e olhos avermelhados, uma vampira... Albina... e ao seu lado um homem esse não era tão pálido, parecia ser somente um bruxo, foi ele que arregalou os olhos.
-Vítor Krum?! Ora que honra!
Krum só acenou com a cabeça, agradecendo mentalmente a fama. Harry e a vampira se olhavam com interesse, para desgosto de Snape.
-Temos ordens para passar ao Donnavan.-disse Krum baixo.
-Ele está com os prisioneiros... O que vão fazer? Interrogatório? Pensei que você tivesse abandonado a parte suja do trabalho a tempos Snape.
-Isso não lhe diz respeito Jonathan.- replicou Snape.
O homem soltou um riso sonso e abriu a porta, antes que Harry passasse no entanto ele estendeu o braço e disse o olhando:
-E quem é você... eu não lhe conheço baixinho.
Antes que Snape pudesse falar algo, já que Krum confiava que era o ex-comensal que devia cuidar disso, a vampira falou de modo monótono.
-É um dos nossos.
Harry apenas deu um sorriso e afastou o braço do homem com a mão. Dando um aceno com a cabeça para a vampira.
-Escolta... você sendo escoltado Snape? Está tão ruim assim?Ou a velha guarda está mesmo com medo?
Snape apenas deu de ombros. E enquanto se aprofundavam no novo corredor, agora ainda mais úmido ele disse:
-Fomos descobertos?
-Não.- Harry disse calmo.
-Como não Pot...- lembrou de não terminar.- A mulher disse que...
-Ela diria que eu sou o rei da Inglaterra se eu mandasse.
-Como assim?- perguntou Krum.
-Imperio. Não se preocupe... idéia do passarinho.
Krum fez um gesto vago de não entendimento, mas Snape já sibilava.
-E desde quando você sabe usar o Imperio?
-Depois do Crucio e do Avada, o Império é muito fácil de dominar... precisamos discutir as imperdoáveis agora?- disse irritado.- E Ela não é humana...
-Isso Potter... todos começam dando justificativas.- disse Snape.-Mas... foi uma boa saída.
-Seu elogio é reconfortante.
Havia uma bifurcação deram com uma parede, saída a direita e a esquerda.
-Pra onde vamos?- perguntou Snape a Krum.
-Nunca passei da segunda porta.- disse Krum.
“O Maya está a direita...”
-Maya está para a direita.- disse.
“Kwaiyng está a esquerda...”
-Kawaiyng está a esquerda.- repetiu.
-Vamos evita-lo sim?- disse Snape entrando no corredor a direita.
Morgan acordou quando Sirius lhe segurou pelo braço e a desalojou da cama.
-INFERNOOO!!- berrou sentada no chão.- Sei que você não pode me ver folgada numa cama Sirius... mas você já foi mais delicado... beijava antes... lembra?!
-Harry sumiu.
Os olhos de Morgan abriram e ela viu Remo e Narcisa de pé ás costas de Sirius.
-Me dêem o prêmio de advinhação... Severo sumiu junto.
-Como você sabe?- Narcisa perguntou friamente.
Morgan sorriu enviesado.
-Porque você tá com aquela ruguinha indecente na testa Narcisa...além do mais é óbvio... Severo não gosta de ver crianças envolvidas com comensais... é um traço grifinório que ele não admite.
-Eu lhe dou o prêmio de advinhação depois... como você sabe?
-Ele é o espião... como diabos Harry sozinho iria encontrar Marco... ele pensa ao contrário do que alguns acham...- disse ela séria olhando para estava na porta.- Ele comentou algo?
-Não... nada que desse a idéia...
-Ele não precisava “dar a idéia” é a natureza dele.- disse olhando Hermione.- Existem coisas que só as companheiras conseguem fazer...- disse baixinho.
Hermione suspirou alto.
-Ele não disse nada Morgan... parecia conformado!
Mas a bruxa já estava no meio do corredor.
-Eu coloquei um alarme na sala e nas escadas... se não ouvi nada houve um feitiço para dormir forte por aqui...-disse séria erguendo a varinha.-MaquiaPerenat.
Teias de uma luz azulada, algo como fios de algodão-doce se materializaram pelo corredor... Morgan ruminou... seguiu até a sala, havia uma concentração de fios meio alaranjados no meio da sala.
-m... m... m... Alguém pode chamar o Moody?
-O que houve Morgan?- Sirius perguntou baixo chegando ao seu lado.
-Não há como saber para onde foram... usaram uma chave de portal...
-Maldito Snape!- disse Sirius.
-Porquê?- Morgan o olhou.- Convenha Sirius... ele é um dos que menos chances tem de pôr Harry em apuro... Ele é competente... e acima de tudo...- Morgan deu um tapão na testa.
-O que foi isso? Azaração?
-Preciso ir... ver Dumbledore agora...
-Porquê?
-Já viu o tonto do Severo contrariar Dumbledore?- disse e desaparatou.
Havia cerca de meio metro de água no corredor.
-Estou escutando algo...
-Espere.- Harry segurou a veste Krum.- Isso não é bom sinal.
-Exatamente.- disse Snape, que olhou em torno e pegou uma tocha apagada do suporte da parede.- Vejamos...
-Temos varinhas... não precisamos de tochas...- começou Krum que viu então Snape jogar a tocha na água.- Pra quê isso?
No segundo seguinte a tocha foi envolvida numa bolha dágua que se desfez.
-Uma armadilha de sufocamento.- disse Harry.
-É fácil de resolver. Altanark.- Snape disse apontando a varinha.
Num instante a água se dividiu e afastou mostrando o chão brilhoso e provavelmente escorregadio.-Vamos.
-Você tinha razão...- disse Harry para Krum... estou escutando algo...
-São... gritos...- disse Snape.
-Melhor nos apressarmos.- disse puxando a varinha.
Andaram rápido pelo longo corredor e subiram alguns degraus... abriram a pesada porta e os gritos se tornaram mais altos... gritos de mulher.
-Maya.- disse Krum se diantando.
Havia um bom grupo de portas com grades e cadeados, nada que feitiços não destrancassem, no entanto seguiram os gritos.
-Potter... fique na retaguarda.- disse Snape.-Vítor... comigo.
Snape com muita frieza se pôs em frente a porta de onde vinham os gritos, e abafadamente um riso.
Bateu.
Harry deixou o braço da varinha pender ao lado do corpo. Snape dera três batidas na porta... seu cérebro simplesmente guardou a idéia de arrebentar a porta e entrar já jogando feitiços.
Até porque o silêncio imperou e Snape voltou a bater... e a porta se abriu.
-Snape?
-Connor?
-O que faz aqui?- o homem retorquiu.-E você Krum?
-Podemos?- Snape disse entrando na cela.- Olá Maya.
Harry ainda estava parado no corredor, o comensal não o vira... mas Harry... Harry o via, de costas olhando Snape e Krum.
-O que fazem aqui? Ah...
-Estupefaça!- Harry acertou-o pelas costas e entrou na cela.
Viu Krum terminar de passar seu manto em torno de Maya que recebia um frasco das mãos de Snape.
-Onde está Marco?- perguntou.
Ela o olhou e olhou os dois bruxos, óbvio que não o reconhecera.
-Potter.- disse Krum baixo.
Ela voltou a olha-lo.
-O menino está com o vampiro... o vampiro não o deixa nem por um segundo...- disse virando o frasco pela boca.
-E os Patil?- perguntou Snape.
-Uma das celas ao lado.- ela apontou a frente.- Uma ou duas a frente...
estão bem ao que parece.
-Ótimo... peguem eles e vão... estou indo.
-Não se apresse Potter!- disse Snape.
-Eu só vim para pegar Marco.- disse olhando o outro.
-Vítor... Maya... soltem os Patil e usem isso.- passou o pequeno óculos.- Eu vou com você Potter.
-Tem certeza?
-Sou melhor com vampiros que Olash...- disse Snape.
-É uma boa referê esta Kwaiyng Hangorn?
-Ainda no mesmo lugar.- a ave respondeu baixo.
-Você não acha estranho... tão pouca guarda?- perguntou para Snape.
-Não, esse é um lugar muito secreto... só entramos porque Krum ajudou... agora no entanto ele não pode mais voltar a espionar...
-Nem você, nem Maya.
-Deveras.
Chegaram ao ponto de onde haviam entrado a direita.
-Pronto?- Harry perguntou.
-Eu tenho anos de experiência em luta a mais que você Potter...
-Conto com isso.
-Espero que se controle.
-Não conte com isso.- apressou o passo.
-Mantenha a cabeça fria Potter!
-Fácil para você falar...
Andavam rápidos e atentos.
-Alguma dica de última hora?
-Duvido que um vampiro me reconheça.-disse Snape.
-Então é... no meu jeito.
Marco continuava ali sentado... sem noção de onde estava e a quanto tempo fora tirado da casa de Harry... no chão os dois caixões lhe davam arrepios... sabendo o que tinha dentro então... não melhorava sua situação... se perguntava o que podia estar acontecendo quando alguns sons estranhos penetraram pelas frestas da pesada porta, em seguida o som dos caixões sendo abertos lhe roubou a atenção, lá estavm os dois vampiros novamente, o homem lhe sorriu, caninos evidentes.
-Hangorn... Começou menino... ele veio.
Marco se debateu na cadeira... como queria poder fazer algo... como queria avisar Harry que não viesse, que era perigoso, que era uma armadilha... Sentiu as garras da mulher em seus ombros e foi erguido com cadeira e tudo.
Harry empurrou a franja do rosto, ainda despejando feitiços em todas as criaturas feias que via pela frente, exceto Snape é claro... que fazia o mesmo, uma ou duas vezes Hangorn brilhara tão intensamente que tinha que fechar os olhos e apenas escutava o som de coisas queimando.
Snape acabou ficando para trás quando pulavam as carcaças...
O feitiço redutor acabou com mais uma porta...
-O que foi?- perguntou o bruxo ao ver os dois vampiros saírem de sua toca.
-Visitas.- disse Adhara.
-Fique com o menino.- disse Kwaiyng.
-O que vão fazer?- perguntou o segundo bruxo.
-Recepcionar o do menino... se precisar... mate-o.
Quando Morgan entrou no terreno de Hogwarts não penssava que uma boa parte da Ordem estaria na sala de McGonagall.
-Que diabos está havendo aqui.
-Entre Graveheart.- disse Moody.- Bem vinda ao conselho de guerra.
-Dumbledore...
-Antes de mais nada Morgan- Dumbledore a interrompeu.- Preciso saber porque está aqui.
-Você mandou Severo pegar Marco?
-Harry o seguiu?
-MALDIÇÃO!!- Morgan gritou.- Você nos usou para manter o Harry quieto?
-Harry não deve se encontrar com Voldmort agora Morgan... ele não está pronto.
-Pelos deuses... Eu concordo com Lílian Alvo Dumbledore! Você é um manipulador!
-Controle-se Graveheart!- McGonagall falou ríspidamente.
-Potter não pode ser encarado como inimigo ativo Graveheart... temos que nos manter na defensiva... por isso foi organizada uma missão mais discreta.- disse Moody.
-Nunca deixaríamos de tentar resgatar Marco Evans.- disse Dumbledore, só não poderíamos invadir cada esconderijo conhecido e desconhecido de Voldmort.
-Porquê não nos contar... porque não podemos ajudar...
-Porque o rapaz é um bom legelimente e um exímio oclumente agora... e a ave não é confiável...
-Dumbledore...-disse ignorando Moody.- Somos fracos quando desconfiamos de nós mesmos... você me ensinou isso... não se pode parar Harry... nem para o bem dele... é o fato.
-Assim parece ser.- disse Dumbledore.- No entanto, sente-se Morgan... vamos esperar notícias, não há nada a fazer agora que a missão se desenrola.
-Imagino que ninguém possa ir atrás deles...
-Não, Severo está usando seus contatos em parceria com Krum.
-Maravilha...- disse passando a mão no rosto.
Nesse instante Krum entrou na sala.
-Maya e os Patil estar bem... deixei-os na enfermaria.
-Os Patil?- Morgan falou baixo para Moody.
-Há muito em jogo Morgan...
-E Marco Evans? Severo? - começou Minerva.
-Porquê Potter estava lá? Não fui avisado.- disse Krum.
-Ele estava?- perguntou Morgan.
-Bem disfarçado, mas era ele. Ficaram porque o menino Evans estava em poder do Vampiro.
-Kwaiyng...- disse baixo Olash, que ficara quieto desde a entrada de Morgan.
-Sim.- concordou Krum
A fúria do rapaz era algo maior do que esperava, tinha que convir... antes que tivessem se adiantado a porta veio abaixo e ele entrara com a ave... um outro mais atrás... no corredor vinha a luz do fogo purificador... não havia tido tempo de revidar o que lhe jogou contra a parede, era imenso e devastador... talvez o rapaz nem tivesse percebido quem atacara, já que parecia cego, passou direto em direção ao menino.
Harry não se importaria... mal havia percebido mesmo quem caíra pela parede, só havia a vampira a sua frente e o bruxo, porque usava uma varinha que a apontou para a cabeça de Marco.
-Pare ou eu mat...
-Rictus!
Adhara sorriu ao receber o sangue do comensal que caiu berrando... o braço da varinha caído no chão... segurou o garoto pelo pescoço.
-Vou mata-lo.
-Se fizer isso...
Adhara sorriu ainda mais vendo os outros dois bruxos se entreterem com um duelo e com o fato que Kwaiyng se levantara apesar de meio queimado.
-Vou fazer melhor.- disse ela soltando o pescoço de Marco.
No momento que Kawaiyng acenou com a cabeça, num movimento rápido Adhara segurou o cabelo de Marco e cravou-lhe as presas no pescoço.
Os olhos verdes se arregalaram mais.
-NÃO!!
Há alguns instantes que Voldmort em sua sede preparava algo num caldeirão assistido por dois de seus mais fiéis comensais, numa olhada mais atenta ele preparava um caldeirão assistido por duas mulheres... uma morena e uma ruiva.
No momento em que botou o último ingrdiente, Belatriz percebeu uma palidez anormal na face do Lorde, algo além da brancura já existente... no momento seguinte Voldmort surpreso levou as duas mãos a cabeça e soltou um longo grito rouco.
Teve a mórbida e dolorosa impressão que morreria.
(N/A) Pessoas que não se espera se mostram fiéis... pessoas de quem se espera fidelidade... são traídoras... e a única coisa que se pode fazer... é confiar... ou enlouquecer. Nos próximos capítulos muita coisas vai ocorrer...
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